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* Resposta ao “filme” Zeitgeist.

O conteúdo do vídeo Zeitgeist sinaliza um grau profundo de desconhecimento histórico, teológico e hermenêutico. Inicia ignorantemente associando todos os males da humanidade a Deus, esquecendo-se de informações pontuais, como o conceito filosófico e teológico do livre arbítrio que embasa o homem na liberdade de escolha. Outrossim, é de se considerar que o homem é sujeito de sua própria história, responsável pelos seus atos, pelas suas escolhas e decisões. Portanto, o conteúdo veiculado anula o papel do indivíduo na construção da história, nega o sujeito agente, atribuindo a Deus toda sorte de violência e eximindo o homem de suas atitudes.

O equívoco maior está em associar Deus com religião. A religião é uma criação humana, instituição do mundo dos homens; Deus está acima das instituições religiosas, políticas e filosóficas; Deus não é ideologia; Deus é espírito absoluto, como aponta a teoria hegeliana.

Os homens e instituições, ao longo da história, têm se apropriado indevidamente do sagrado para legitimar seus atos, e esta visão crítica é que deve ser veiculada; no entanto este vídeo não possui senso crítico, mas tendencioso, leviano e ideológico.

Para os desinformados, existe uma forte tendência ideológica, apologética, nascida nos EUA e divulgada esparsamente na Europa, de conteúdo ateu, com o firme propósito de desconstruir a crença em Deus.

Este vídeo, considerado nos EUA uma teoria da conspiração, fictícia, faz parte deste movimento conspiratório. Nada que é produzido pelo homem é desprovido de ideologia, e isto devia ter sido mencionado pela professora regente.

Outro erro crasso e anacrônico foi tentar criar uma relação entre a Bíblia e a astrologia; haja visto que os hebreus não praticavam a astrologia; esta mística não fazia parte da cultura hebréia. Qualquer livro didático de história vai provar que todos os povos da antiguidade oriental praticavam a astrologia, menos os hebreus.

Por outro lado, associar o peixe, símbolo do cristianismo, com o conhecimento astrológico é uma falácia desmedida, já que a astrologia não fazia parte da realidade histórico-cultural do povo hebreu. O peixe é um símbolo cristão por causa da expressão grega “lesous christos theou Uios Soter” ( Jesus Cristo filho de Deus, Salvador). As iniciais formam a palavra “ ICTUS” , que significa peixe em grego.

O filme associa Jesus Cristo a outros deuses, atribuindo o dia 25 de dezembro como a data do nascimento de vários deuses. O fato é que Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Tal fato não está registrado na Bíblia e é imposto pela Igreja Católica Romana.

Devido ao domínio de Roma sobre o mundo “cristão”, por séculos, a data tornou-se tradição para toda a cristandade. O significado original de 25 de dezembro é que esse dia era uma celebração do retorno do sol. Em 21 de dezembro ocorre o solstício de inverno (o mais curto dia do ano e assim um dia marco no calendário) e 25 de dezembro era o primeiro marco quando os antigos podiam notar claramente que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do sol estava retornando. Este dia era considerado místico e mágico para todos os pagãos, que festejavam e celebravam ao sol.

A Igreja Católica, quando começou a influenciar a cultura romana, resolveu substituir o festival pagão com um dia santo cristão. O método se valia do fato que seria mais fácil substituir do que acabar com o festival e colocar a opinião popular contra a Igreja. Daí resultou celebrar-se o nascimento de Jesus nesta data, já que muitas culturas cultuavam aos seus deuses também nesse dia. É o caso de mitra, hórus e outros. Jesus não pode ter nascido no dia 25 de dezembro, pois os relatos bíblicos afirmam que os pastores estavam no campo e nesta data seria impossível pastorear naquela região, pois o inverno estaria rigoroso e os campos, improdutivos.

Além dos escritos dos historiadores Flávio Josefo e Tácito, que são provas históricas da existência de Jesus, existem os evangelhos que narram o nascimento, a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Nenhum dos deuses citados no vídeo tem provas históricas de sua existência, mas mitológicas. Desqualificar as provas da existência de Jesus é uma atitude desesperada, leviana e tendenciosa. Se Jesus Cristo foi uma invenção de vários homens e mulheres de seu tempo, que deixaram relatos escritos, então foi a invenção mais bem feita e inteligente de todos os tempos, pois a personalidade de Cristo é invariavelmente peculiar e especial!

Desconstruir a imagem de cristo não vai destruí-lo, Ele vai continuar existindo, salvando e perdoando os pecados dos caluniadores!

Autora: Historiadora Clari Couto