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* A SUBLIMIDADE DO CULTO CRISTÃO


Textos: I Co. 14.26 – Cl. 3.12-17
irmaoteinho@hotmail.com


Objetivo:Mostrar que o culto cristão é sublime, e como tal, precisa traduzir-se em comprometimento espiritual.

INTRODUÇÃO: O culto cristão é sublime, isto é, tem um caráter elevado. A sua nobreza se justifica porque tem como meta central a adoração a Deus. No estudo para a nossa reflexão desta semana, meditaremos a respeito do significado do culto na Bíblia, seus objetivos e encaminharemos algumas disciplinas necessárias para que possamos adorar a Deus em Espírito e em verdade.

1. O CULTO, UMA TENTATIVA DE DEFINIÇÃO: A palavra “culto”, de acordo com o Dicionário eletrônico Aurélio, vem do latim “cultus”, a qual deu origem à palavra “cultura” e ao verbo “cultivar”. Essa, nesse sentido, seria uma prática religiosa, que, no caso específico do cristianismo, estaria alicerçada tanto na revelação quanto na tradição. É digno de destaque que, em inglês, a palavra que os cristãos usam para se referirem ao culto é “service” (serviço), o que aponta para um sentido mais amplo do culto cristão. Cultuar a Deus, nesse sentido, não se reduz apenas a alguns momentos dentro de quatro paredes, trata-se de um estilo de vida. Isso, no entanto, não retira a importância de separarmos alguns momentos para que, reunidos, adoremos a Deus. Nesses encontramos, temos a oportunidade de louvá-LO, expor a Sua palavra, e também, cultivar a unidade entre os irmãos da igreja. Esses são os aspectos básicos e fundamentais do culto, no que tange aos demais, em virtude das múltiplas possibilidades de manifestações congregacionais, fica, de certo modo, difícil defini-lo, principalmente, se considerarmos que existe, em suas realizações, componentes culturais, os quais, precisam ser reconhecidos, e, se estiverem em conformidade com o ensinamento bíblico, respeitados.

2. O CULTO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO

2.1 - No Antigo Testamento

Na Bíblia, o culto tanto pode ser individual quanto coletivo. No Antigo Testamento, o culto pressupõe relacionamento entre Deus e o Homem, assim, começando com Adão e Eva.
Posteriormente, o culto oferecido a Deus por Caim e Abel, neste caso, observamos que os rituais foram os mesmos, mas só um foi aceito. Destacamos, também, os cultos realizados por Melquizedeque, Noé, Abraão, Jacó e tantos outros. Com o povo de Israel já liberto do Egito, sob a liderança de Moisés, Deus dentre este povo escolhe uma tribo para ministrar de forma exclusiva tudo que envolveria a relação de culto entre os homens e Deus (Nm. 3.6-10). No deserto, o Tabernáculo foi erigido com todos os objetos colocados no seu lugar, a nuvem da glória do Senhor desceu sobre aquela casa e a Sua presença encheu todo aquele ambiente. Este era o selo que tudo foi feito de acordo com as ordens de Deus e que, a partir de então, Ele se manifestaria nesse lugar preparado para sua habitação (Ex. 25.8).

2.2 - No Novo Testamento

No Novo Testamento, vemos que, no primeiro século da era cristã, os participantes da igreja primitiva não conseguiram entender em sua totalidade que todos os rituais e atos no Antigo Testamento eram símbolos para cumprimento em Cristo. Com o decorrer dos dias, vindo o derramamento do Espírito Santo, o crescimento numérico assombroso e a perseguição dos judeus; a igreja começou a se reunir nas casas e ainda constantemente iam ao templo (At. 2.42-47), a base agora era oração, doutrina, comunhão e evangelização (At. 4.23-35). Os apóstolos não estavam preocupados com o estilo de culto, próprio de cada igreja, mas sim com a doutrina e com a permanência do entendimento dos símbolos do Antigo Testamento, com cumprimento total em Cristo, os novos cristãos teriam que compreender a importância dos símbolos, para compreenderem em sua essência o significado do culto. Em I Co. 14.26, Paulo fala sobre a ordem do culto em Cristo. Segundo o Apóstolo do Gentios, a parte humana tem uma participação fundamental na ordem do culto, ou seja, deve-se ter um cuidado enorme para organizar um culto espiritual, mas que tenha uma liturgia definida ou uma ordem de seqüência, sem, contudo, perder a direção do Espírito Santo, que é o Agente principal para levar até Deus o nosso louvor, adoração e oração.

3. O CULTO VERDADEIRAMENTE ESPIRITUAL: O culto cristão tem muitos componentes litúrgicos, cujos valores a eles atribuídos, dependem da tradição eclesiástica. Algumas igrejas supervalorizam em demasia os cânticos, as coreografias, apresentações de peças teatrais, entre outras práticas. Esses elementos têm o seu lugar dentro da liturgia cristã, contudo, não podem ocupar o lugar central que deva ser dado à exposição da Palavra de Deus, afinal, não podemos esquecer que a igreja se reúne, fundamentalmente, em torno da Verdade. Por isso, ao ser perguntado pela Samaritana em qual lugar se deveria adorar a Deus, o Senhor lhe respondeu que o “onde” não é o mais importante, mas “a quem” e “como”. Diante disso, entendemos que um culto genuinamente cristão deve ter como meta central a adoração a Deus (quem), não os que o fazem de qualquer jeito, mas os adoradores buscados por Ele, que se prostram diante do Altíssimo em espírito e em verdade (como) (Jo. 4.24). Isso quer dizer que no culto cristão há espaço para os dons espirituais, mas esses devam ser equilibrados e julgados à luz da verdade bíblica (I Co. 14.29). Em muitas igrejas locais o culto é totalmente voltado aos dons espirituais enquanto que, em outras, esses são reprimidos. O ensinamento de Jesus é o de que o culto a Deus precisa de equilíbrio, de modo que tanto o espírito quanto a verdade sejam balanceados. O problema de Corinto era justamente os excessos, existiam muitas línguas estranhas e profecias, mas pouca doutrina, e certamente, essa era a causa de tantas divisões e carnalidades na igreja (I Co. 3.5-6).

CONCLUSÃO: O culto a Deus verdadeiramente espiritual está fundamentado no fruto do Espírito (Gl. 5.22). Os dons espirituais fazem parte do culto, o mais importante, no entanto, continua sendo o amor (I Co. 13). Os dons servem à edificação do corpo de Cristo, mas não revelam a verdadeira espiritualidade. Os encontros na igreja (Hb. 10.25), para cultuar a Deus, através da pregação, ensino, cânticos, etc. só fazem sentido se, de fato, os cristãos estiverem andando no Espírito (Gl. 5.16), no amor de Cristo (Rm. 12.10), caso contrário, todas as práticas não passarão de exterioridades, produto legalista das obras da carne (Gl. 5.19). PENSE NISSO!

* A LEITURA DEVOCIONAL DA BÍBLIA


Textos: II Tm. 3.16,17 – II Pe. 1.16-21
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Despertar os crentes para a importância da disciplina na meditação da Bíblia, extraindo dela o alimento necessário para o crescimento na vida cristã.

INTRODUÇÃO: Estudaremos nesta semana a respeito da leitura devocional da Bíblia enquanto uma das disciplinas da vida cristã. Esperamos que seja de grande valia para os crentes aprenderem a relevância da meditação nas Sagradas Letras. A palavra “devoção”, no sentido usado nessa aula tem a ver com intimidade, dedicação e afeto, mas, sobretudo, com obediência a Deus. Veremos que, por se tratar de uma palavra inspirada pelo Espírito Santo, precisamos nos submeter à voz dAquele que fala na Escritura. Refletiremos um pouco a respeito da composição da Bíblia, em seguida, trataremos da sua inspiração, e por fim, da leitura devocional propriamente dita.

1. A BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS: A palavra Bíblia é derivada do grego “biblion”, que significa rolo ou livro (Lc. 4.17) ou “bíblia”, conjunto de livros. Atribui-se, também, a esse livro, o nome de Escritura, especialmente quanto o Novo Testamento se refere ao Antigo Testamento (II Tm. 3.16; Rm. 3.2), expressão utilizada, também, para fazer alusão a outras porções do próprio Novo Testamento (II Pe. 3.16). A declaração mais amplamente usada em relação à Bíblia, e aceita pela igreja, é a de que ela é a Palavra de Deus (Mt. 15.6; Jo. 10.35; Hb. 4.12). As perspectivas humanas abordam a Bíblia de modo diferente:

1) Liberalismo – nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural, estando essa sujeita à razão humana;
2) Romanismo – assume que essa é produto da igreja, portanto, não é autoridade final, e sim a tradição eclesiástica;
3) Neo-ortodoxia – a Bíblia seria o testemunho da Palavra de Deus, a saber, Jesus Cristo, ela, por assim dizer, torna-se a Palavra de Deus;
4) Misticismo – põe a experiência pessoal acima ou em igual posição à revelação bíblica;

5) Ortodoxia – A Bíblia é a Palavra de Deus, única base de autoridade, carecendo, porém, de interpretação apropriada (At. 8.30-34; II Pe. 1.20). É maravilhoso saber que a Bíblia, escrita ao longo de aproximadamente 1500 anos, por cerca de 40 autores, continua atuando na vida de pessoas em todas as épocas e em todos os lugares, revelando a salvação em Jesus Cristo (II Tm. 3.16,17).

2. A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA: Esse tema tem sido alvo de controvérsias e críticas, principalmente, pelos adeptos da Teologia Liberal, uma vez que, para esses, a Bíblia não passa de meros relatos humanos. Em resposta a essa declaração, lemos em II Tm. 3.16, o ensino de Paulo dizendo que “Toda Escritura é inspirada por Deus” . Merece destaque, nessa passagem, o termo Escritura, graphê, em grego, que fala do material como um todo (pasa), dizendo ser toda a Bíblia Hebraica, isto é, o Antigo Testamento, produto do theopneustos, ou seja, do sopro de Deus, que seria a tradução mais apropriada para o termo inspirada. Em consonância a essa idéia, em II Pe. 1.21, Pedro afirma que “homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”. Entendemos, então, que “homens falaram”, assim, Deus não desconsiderou suas personalidades (Rm. 10.20; I Co. 2.13; 14.37). Eles foram impelidos, que em grego é pheromene, uma metáfora marítima usada para se referir a um navio levado pelo vento, pelo Espírito Santo. Em relação ao Novo Testamento, Paulo tinha consciência de que as cartas que escrevia deveriam ser lidas e obedecidas (Cl. 4.16; II Ts. 3.14). Não podemos, portanto, esquecer da promessa do Espírito Santo que lembraria, ensinaria e guiaria os apóstolos a toda a verdade (Jo. 14.26; 15.26; 16.13). João, no Apocalipse, declara que aquilo que escreve é a Palavra de Deus, a qual não se pode acrescentar ou subtrair (Ap. 1.1,2,11; 22.18,19). Com base nesses textos, concluímos que a Bíblia não é resultante da mera inspiração humana, mas é, de fato, a verdade de Deus (Jo. 17.17), cabe a nós, portanto, ler o livro e obedecê-lo. No mais, conforme nos adverte Pedro, em II Pe. 3.14-18, o problema não se encontra nas Escrituras, mas nos falsos mestres e em suas compreensões equivocadas das Sagradas Escrituras.

3. DEVOÇÃO NA LEITURA BÍBLICA: Quando os discípulos encontraram Jesus no caminho de Emaús, é dito que o Senhor lhes explicou as Escrituras. Na medida em que o fazia, o coração deles ardia ao ouvir o ensino do Mestre (Lc. 24.32). Esse episódio aponta para o que acontece quando lemos a Bíblia devocionalmente, ouvindo a voz dAquele que fala. Muitos lêem a Bíblia apenas para extrair doutrinas, e, preferencialmente, para aplicar somente à vida dos outros. Mas se quisermos crescer espiritualmente como filhos de Deus, devemos meditar nas Escrituras, aplicando-a, inicialmente, às nossas vidas, na busca por alimento (I Pe. 2.2). Para isso, a Bíblia deva ser o espelho diante do qual podemos avaliar nossa condição e a necessidade de transformação a fim de nos aproximarmos mais de Deus (Tg. 1.21-25). Quando lemos a Bíblia com o intuito de ouvir a Palavra de Deus e a ela nos submetermos, somos comparados, por Jesus, a um homem que edificou a sua casa sobre a rocha (Mt. 7.21,24). A análise lingüística e contextual de um determinado texto bíblico pode fazer parte da leitura, mas não deva ser o fim último. Toda leitura bíblica deve ser devocional na medida em que tem como objetivo central nos aproximar da revelação de Deus (Rm. 4.23,24; 15.4), a fim de que Cristo seja manifestado em nós (Ef. 3.16-19).

CONCLUSÃO: Após o pecado de adultério e homicídio de Davi o profeta Natan lhe trouxe a Palavra de Deus. O rei ouviu a parábola contada pelo profeta (II Sm. 12.1-7), mas não a identificou como se fosse para ele. Essa é uma demonstração do que acontece com aqueles que lêem a Bíblia, mas se esquivam de aplicarem-na às suas próprias vidas. Uma leitura devocional da Bíblia deve ter como alvo primordial ouvir ao Deus que fala (Hb. 1.1,2). É bem possível que, como Samuel, queiramos associa-la a palavra a homens. Se estivermos atentos, e deixar que o testemunho interno do Espírito atue em nossas vidas, veremos que é o Senhor que quer falar conosco. Para tanto, estejamos de mente e coração abertas e submissas para dizer: “fala conosco, Senhor, que o teu servo ouve” (I Sm. 3.9,10). PENSE NISSO!

* ORAÇÃO - O DIÁLOGO DA ALMA COM DEUS


Textos: Ef. 6.18 – Mt. 6.9-13
OBJETIVO: Despertar o povo de Deus para a prática contínua da oração, não com meras repetições de palavras, mas na forma de diálogo com Deus, falando e ouvindo, seguindo, sobretudo, o padrão que Jesus nos ensinou.

INTRODUÇÃO: É possível saber muito sobre oração, e mesmo assim, não orar. O principal desafio para o cristão não é começar a orar, mas continuar orando. Ademais, o aparato moderno que temos hoje à disposição contribui para que nos distanciemos da oração. No estudo desta semana, veremos que orar é mais do que uma necessidade é um ato de obediência. A principio, definiremos o que seja oração, mostraremos sua importância, e ao final, meditaremos a respeito do ensino de Jesus sobre a oração.

1. ORAÇÃO: DEFINIR É FÁCIL:No Antigo Testamento, a palavra bíblica para “oração” é “tepila”. Esse termo é bastante recorrente no livro dos Salmos (Sl. 17; 86; 90; 102; 142), na verdade, a maioria desses é composta por orações. No Sl. 4, o autor ora pedindo a Deus que o livre dos seus inimigos (v. 1). No 102, roga a Deus que o livre do sofrimento que o atormenta (v. 1). A oração bíblica é sempre dirigida a Deus, nunca a qualquer outra pessoa (II Cr. 6.39; 30.27).

O salmista está convicto de que Deus responde a oração (Sl. 102.17), principalmente, conforme aponta o autor dos Provérbios, a dos justos (Pv. 15.29). A solução para os problemas da existência humana, nos Salmos, vem do Senhor por meio da oração (Sl. 88.22,13). No Novo Testamento, a palavra oração é “proseuchê” que é sempre dirigida à divindade, a Jesus (Ef. 1.6-17; Ap. 5.8; 8.3,4) e a Deus (Rm. 15.30). Jesus nos dá o exemplo do valor da oração porque Ele mesmo passou horas, às vezes, noites inteiras em oração (Lc. 6.12). Paulo também demonstrou ser um homem de oração (Rm. 1.10; Ef. 1.16; I Ts. 1.2; Fm. 4). Orar não é fácil por uma série de razões, a principal delas é a propensão humana para a auto-suficiência. O desafio, seguindo o exemplo de Jesus, Paulo e tantos outros, é o de transformar a oração numa prática contínua em nossas vidas, que aprendamos a desfrutar da comunhão que oração possibilita, através do diálogo com Deus.

2. EMPECILHOS E INCENTIVOS À PRÁTICA DA ORAÇÃO: Existem alguns impedimentos humanos à oração, dentre eles, destacamos:

1) o egoísmo humano faz com que nos distanciemos da oração, e às vezes, se revela na própria oração (Tg. 4.3);
2) uma vida voltada para o pecado também impossibilita a prática da oração, pois quanto mais o homem peca mais distante quer estar de Deus (Is. 59.1,2);
3) a entronização de ídolos no coração humano retira-lhe o elo de relacionamento com Aquele que não dá a Sua glória a outro deus (Ez. 14.3);
4) o descaso em relação aos pobres nos é apresentado pelo autor de provérbios como uma das causas de não sermos ouvidos na oração (Pv. 21.13);
5) a indisposição para perdoar afasta as pessoas de uma vida de oração (Mc. 11.25);
6) um relacionamento conjugal desajustado reflete-se improdutivamente na oração (I Pe. 3.7);
7) a falta de fé, retratada no materialismo, distancia as pessoas da oração (Tg. 1.5-7).

Esses são alguns dos empecilhos à oração, nós, no entanto, temos muitos motivos para depender da oração, o principal deles, é o exemplo que Cristo nos deu. Jesus sabia que dependemos de Deus para viver. Por isso, não dispensava seus momentos de oração, fosse de madrugada (Mc. 1.35), às vezes, Ele passava a noite orando (Lc. 6.12). Antes de tomar decisões importantes, e nos momentos de crises, Jesus orou (Mc. 1.35-38; Lc. 3.21,22; 6.12,13; 9.18,21,21,22; 22.39-46).

Quando as ocupações do dia-a-dia queriam fazer com que Jesus perdesse o foco, Ele se distanciava e procurava um lugar isolado onde pudesse ficar à sos com o Pai (Lc. 5.15,16; Mc. 3.20; 6.31,33,46). Antes das tentações da vida, Jesus colocou-se debaixo da dependência do Pai por meio da oração (Mt. 26.36). Se Cristo sendo quem foi orou não deveríamos nós fazer o mesmo? Lembremos, no entanto que a vida do cristão não deva se satisfazer apenas com momentos de oração, deva ser, acima de tudo, uma vida de oração (I Ts. 5.17; Ef. 6.18).

3. ORANDO COMO JESUS ENSINOU: Há muitas orações na Bíblia, inclusive a de Jabez, bastante citada e imitada, especialmente, por aqueles que postulam a teologia da prosperidade e da confissão positiva. Mas todas as orações, seja do Antigo e/ou do Novo Testamento, precisam passar pelo crivo de Jesus. Quando os seus discípulos pediram-No que os ensinassem a orar, Ele lhes apresentou uma oração modelo, dizendo que deveríamos orar “assim” (Mt. 6.9). A oração do Senhor não deva ser estímulo para a mera repetição (Mt. 6.7), ela deve nos servir de padrão para que façamos as nossas próprias orações. Destacamos, a seguir, alguns princípios para a oração cristocêntrica: a princípio, a intimidade, pois somente em Cristo podemos chamar a Deus de “Pai”, expressão aramaica “Abba”, cujo significado aproximado é o de “papaizinho”. Segundo Paulo, recebemos o Espírito de adoção, pelo qual, clamamos “Abba”, Pai (Rm. 8.15; Gl. 4.6). Ele não é apenas o MEU Pai, mas o NOSSO Pai, ressaltando, assim, a união de todos aqueles que foram chamados, a Igreja (Mt. 16.18), a fim de reconhecer que o Senhor é Santo e que todos são pecadores, necessitados de Sua graça (Rm. 3.23; 6.23), mas não apenas isso, que também o Seu reino é chegado entre nós (Lc. 10.9; 17.21), ainda que ansiamos pelo dia em que se concretizará em Sua plenitude (Ap. 20.2-6).Que a vontade de Deus, e não a nossa, prevaleça, que ela seja feita na terra como já é no céu. Somente a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm. 12.2).

Para que o pão diário nos seja dado e não todas as riquezas do mundo, a fim de que tenhamos o suficiente para vivermos contentes (I Tm. 6.6; Hb. 13.5) e não nos inquietarmos com o dia de amanhã (Mt. 6.34). E não esqueçamos que a maior riqueza que o ser humano pode ter é o perdão divino, ainda que esse precise ser repartido com aqueles que nos ofendem (Mt. 5.7; 6.14,15; 18.21-23). Que Deus não nos deixe cair em tentação, cientes de que também devemos vigiar para não sermos tragados pelo Mal (Mt. 26.41; I Co. 10.13; I Pe. 5.8), e por fim, saibamos que somente a Deus, e não a quem quer que seja, pertence o reino, o poder e a glória para sempre (I Cr. 29.11; I Tm. 1.17; Ap. 19.1).

CONCLUSÃO: Ainda que não estejamos dispostos, precisamos orar. Deixar de orar é um ato de desobediência a Cristo. Afinal, sabendo Ele da importância da oração, nos instrui: “orai e vigiai” (Mt. 26.41), Samuel reconheceu, ainda na Antiga Aliança, que deixar de orar se tornaria um pecado: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito” (I Sm. 12.23). Consoante a mensagem do evangelho, fica claro, nessa passagem, que não apenas devemos orar, precisamos também agir. Lutero, o sábio reformador, já dizia: “oremos como se todo o trabalho dependesse de Deus, e trabalhemos como se tudo dependesse de nós”. PENSE NISSO!

* A MINHA ALMA TE AMA, O SENHOR


Texto Áureo: Sl. 42.2 – Sl. 42.1-5
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Aprender a desfrutar de comunhão plena com Aquele que nos ama e que nos satisfaz por meio da graça que nos concede em Seu Filho Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, veremos que há, no ser humano, um vazio que somente pode ser preenchido por meio da comunhão com Deus. O amor a Ele é a razão para a verdadeira satisfação, uma vez que fomos, por Ele, também amados. Dividiremos o estudo em três partes: 1) a sede da alma humana por Deus; 2) a certeza de que Ele nos tem amado; e 3) por essa razão, podemos ter comunhão com Ele.
1. A SEDE DA ALMA HUMANA: Agostinho, o célebre bispo de Hipona, disse em suas Confissões: “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.”. Essa é uma primorosa verdade bíblica para a qual os seres humanos precisam atentar (Sl. 63.1,2; 84.2; 143.6,7; Is 26.8,9). O homem moderno, distanciado de Deus, tenta encontrar satisfação nos prazeres carnais. Há os que querem se satisfazer através das riquezas, do sexo e do poder, mas tudo isso é vaidade, como diz o autor do Eclesiastes, “correr atrás do vento”, “aflição de espírito” (Ec. 2.17). A sede da alma humana por satisfação plena somente pode ser concretizada quando encontramos a Cristo, a Água da Vida (Sl. 36.8,9; 63.1; Jo 7.37; Ap 22.1). Mesmo distante de Deus, a alma humana clama por Ele, na ânsia por encontrá-lO, pois, no seu íntimo, sabe que Ele é a verdadeira fonte da vida espiritual (Jó 23.3; Jr 2.13; 10.10; Jo 5.26; I Ts 1.9).
2. PORQUE DEUS NOS AMOU PRIMEIRO: Deus nos amou primeiro (I Jo. 4.19) e enviou o Seu Filho Unigênito para que fôssemos salvos da condenação eterna (Jo. 3.16). Paulo diz que Ele demonstra o Seu amor para conosco não por merecimento, mas por um ato livre de graça, demonstrado por meio da morte sacrificial de Cristo por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8), nisto conhecemos o amor gracioso de Deus (I Jo 3.16; 4.9,10). O pecado aliena o homem de Deus, faz com que ele se distancie de si mesmo, que perca a sua verdadeira identidade, a razão para a qual fora criado, que é viver para a glória de Deus (Jo. 13.23; 20.2; 21.7,20). No encontro da vontade humana com a vontade de Deus (Rm. 12.1,2) repousa o genuíno sentido da vida, o segredo para não sermos condenados com o mundo (I Co. 11.32). A angústia e o desespero solapam a alma do homem, na medida que em que somos rotulados como meros animais racionais. O amor está reduzido a uma série de reações químicas, um simples sentimento biológico. Em oposição a essa tendência, podemos, como João, o evangelista, reclinar a cabeça no peito de Jesus. Nada melhor do que reconhecer, como fez esse apóstolo, que somos amados do Pai e a aprender a ter prazer em seus mandamentos (Jo. 14.21,23).
3. TEMOS COMUNHÃO COM ELE: Porque Deus nos ama, e nos proveu um caminho por meio de Cristo, nosso mediador, podemos ter plena comunhão com Ele (I Jo. 1.3; 2.23,24; 3.24). O véu do templo fora rasgado (Mc. 15.38), de modo que, como nos revela o autor da Epístola aos Hebreus, podemos nos achegar “com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb. 4.16) . A palavra comunhão, no grego, é “koinonia” e tem a ver com “relação e intimidade”. Assim, devido ao vivo caminho que Jesus nos possibilitou, podemos, hoje, desfrutar de um íntimo relacionamento com Deus. A base desse relacionamento, entretanto, não é material, haja vista Deus ser Espírito (Jo. 4.24). Por isso, aqueles que se aproximam do Senhor precisam fazê-lo pela fé (Hb. 11.6), não por vista (II co. 5.7), adorando a Deus em espírito e em verdade (Jo. 4.23). A motivação para esse relacionamento será sempre o amor, não aquele da barganha, mas o agape, produzido no fruto do Espírito (Gl. 5.22), que é o cumprimento de toda a lei (Rm. 13.8), manifestado, também, no amor ao próximo (I Jo. 4.21).
CONCLUSÃO: Quando indagado a respeito do grande mandamento, Jesus citou a Escritura (Mt. 22.36-38; Dt. 6.5), respondendo “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”. E acrescentou: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Vemos, aqui, o tripé do amor cristão, sob qualquer hipótese, podemos amar apenas a nós mesmos, o que revela egoísmo, ao próximo, mero filantropismo, ou a Deus, puro fanatismo. Amemos, portanto, tanto a Deus quanto ao próximo, mas não apenas em palavras, antes de fato e de verdade (I Jo. 3.11). PENSE NISSO!