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* VENCENDO AS TENTAÇÕES: AGRADANDO A DEUS

Texto Áureo: Mc. 14.38 – Tg. 1.12-18
irmaoteinho@hotmai.com

OBJETIVO:
Estimular os crentes a vencer as tentações por meio da graça divina a fim de ter uma vida santa de diante de Deus e dos homens.
INTRODUÇÃO:
Estudaremos esta semana a respeito das tentações. A princípio, mostraremos as definições bíblicas de tentação. Em seguida, refletiremos a respeito das fontes das tentações, ressaltando que elas provêm de Satanás, do mundo e de nós mesmos. Por fim, apresentaremos algumas disciplinas cristãs para vencer as tentações e agradar ao Senhor.
1. A TENTAÇÃO NA BÍBLIA:
A palavra “tentação” vem do hebraico “nacah” e do grego “peirazo” e, em ambas as línguas, têm o sentido de “provar, testar, tentar”. Originalmente, essas palavras tinham um sentido mais neutro, isto é, enfocavam mais o ato de se colocar à prova o caráter ou qualidade de uma determinada pessoa. Nesse sentido, Deus pôs Israel à prova em relação à confiança nEle a fim de que aquele povo fosse capaz de se desenvolver (Ex. 17.2; Sl. 78.18; At. 15.10; Hb. 3.9). Abrãao também for a tentado quando chamado a sacrificar seu filho Isaque (Gn. 22.1), bem como Jesus quanto à Sua messianidade (Mt. 4). Em relação a essas tentação, não se pode pensar que haja qualquer mal implicado. Por isso, na Escritura, a tentação tem o sentido de possibilidade, podendo resultar em santidade ou em pecado. Assim sendo, o resultado da tentação pode ser tanto a vitória quando a queda. Ciente desse aspecto da tentação, Tiago diz que devemos nos regozijar quando formos tentados (Tg. 1.2), uma vez que, por meio dela, podemos amadurecer espiritualmente. Paulo nos lembra que as tentações que nos sobrevêem não são maiores do que possamos suportar (I Co. 10.13). E mais que isso, a graça de Deus nos será sempre suficiente para nos fazer vitoriosos (II Co. 12.8,9).
2. AS FONTES DAS TENTAÇÕES:
São três as fontes da tentação para o cristão, e, para as quais, é preciso atentar. O mundo, não o planeta habitado pelos seres humanos, mas o sistema que se opõe à vontade de Deus. Paulo, em Rm. 12.2, nos instrui para que não nos deixemos moldar por esse mundo. Atrelado ao mundo está as concunpiscência – os desejos desenfreados da carne. Tenhamos o devido cuidado para não confundir a carne – corpo físico (Rm. 1.3) com a carne – natureza pecaminosa herdada de Adão (Mc. 7.21,22; Gl. 5.19-21). Outro inimigo a ser vencido é Satanás. Em sua epístola, diz Tiago: "Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugira de vós" (4:7). Como então podemos enfrentar o tentador e as tentações? Aqui diz que aquele que se aproxima de Deus o diabo foge dele. Jesus enfrentou ao diabo com a Palavra de Deus (Mt 4). É isso que nós também devemos fazer, ter sempre a mente cheia da Palavra de Deus. Se aproximar de Deus é imperativo para aqueles que querem ser vitoriosos na vida crista. Separamos essas fontes de tentação tão somente por razões didáticas, pois, na verdade, esses inimigos atuam de modo integrado, a fim de nos distanciar de Deus. Os passos que conduzem os seres humanos ao pecado, e suas consequências podem ser vistos no relato de Gn.. 3. O pecado apela aos sentidos, gera desejo de concretização, seu final, no entanto, é sempre trágico, a ruptura da comunhão com o Senhor.
3. VENCENDO AS TENTAÇÕES:
Paulo aconselha a Timóteo dizendo: "Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas cousas" advertindo-o contra o perigo das riquezas (I Tm 6:11). De outra feita diz: "Foge, outrossim, das paixões da mocidade" (2.22). Em sua epistola aos coríntios Paulo adverte: "Fugi da impureza!" (I Co 6:18); referindo-se aos pecados de imoralidade. Diz também: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria" (I Co 10:14). Assim fica o conselho bíblico de, a exemplo de José, fugir das tentações que nos sobrevém. Fugir não significa apenas sair correndo, mas que devemos evitar aquelas situações nas quais sabemos que seremos tentados. Por exemplo, se meu problema é de cunho sexual devo tomar medidas para sufocar a carne cortando aquilo que a sustenta. Como disse o apóstolo não devo dispor de nada que me leve a desejos impuros (Rm 13:14).
CONCLUSÃO:
A tentação é uma atração que quer nos levar para o mal a fim de obter satisfação pessoal contrária à vontade de Deus. Suas fontes são: Satanás (Gn. 3), a concupsciência humana (Tg. 1.14,15) e o mundo (Rm. 12.1,2). Nenhuma tentação nos sobrevem acima do que possamos suportar e vecê-la (I Co. 10.13). Jesus é o maior exemplo para nós de Alguém que fora tentado e venceu a tentação (Mt. 4.1-11). Por esse motivo, Ele mesmo pode socorrer aqueles que são tentados (Hb. 2.18; 4.15). Para não cedermos à tentação devemos orar e vigiar (Mt. 6.13; 26.41), não esquecendo de socorrer aqueles que caem (Gl. 6.1). PENSE NISSO!

* LOUVOR QUE CHEGA AO TRONO DA GRAÇA

Textos: Sl. 33.2,3 – Sl. 33.1-14
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Estimular a composição de hinos e louvores a Deus através de cânticos reconhecidamente espirituais e que reflitam as verdades bíblicas.
INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, quando falamos em músicas evangélicas, poderíamos retratá-las aludindo ao título de uma das peças de William Shakespeare, não passam de “Muito barulho por nada”. Há muita cantoria, mas pouco louvor, muita produção musical, sem, no entanto, qualquer respaldo bíblico. Preocupado com essa triste realidade, e no anseio por mudanças, proporemos, no estudo desta semana, uma reflexão a respeito do papel da música sacra na igreja, ressaltando os princípios bíblicos que devam nortear o louvor reconhecidamente espiritual.
1. MÚSICA E LOUVOR: A palavra “música” é de origem mitológica e diz respeito às canções entoadas às musas. Posteriormente, o termo passou a ser usado com sentido mais genérico, para se referir a qualquer combinação harmoniosa e expressiva de sons. Nos dias atuais, a acepção do que seja “música” envolve uma gama de elementos, dependo da situação na qual ela é executada. Por isso, o Dicionário eletrônico Aurélio define-a como “a arte de se exprimir, por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização, etc.”. É nesse sentido que é possível dizer que existe uma Música “Sacra”, isto é, uma expressividade musical baseada no sagrado, naquilo ou nAquele que é santo. Numa cosmovisão cristã, diríamos que a música sacra seria aquela que tem como objetivo central o louvor e a adoração a Deus. A música cristã tem como meta primordial o louvor, isto é, a celebração ao Senhor na beleza de Sua Santidade. Não podemos, contudo, pensar que o louvor restringe-se ao canto. Na verdade, podemos louvar a Deus por meio da oração, desde que, por meio dela, reconheçamos quem Deus realmente é. A associação do louvor com a música costuma ser tão recorrente que, na igreja, há uma tendência para reduzi-lo a essa.
2. A MÚSICA NA BÍBLIA
2.1 No Antigo TestamentoO invenção dos instrumentos musicais, de acordo com o relato bíblico de Gn. 4.21, é atribuida a Jubal. Os hebreus, como todos os povos circunvizinhos, sempre estiveram voltados para a música. Podemos destacar alguns exemplos bíblicos dessas manifestações musicais:
1) na repreensão de Labão quando Jacó fugiu de sua casa (Gn. 31.27);
2) após a passagem triunfante do Mar Vermelho quando Moisés e os filhos de Israel cantaram em celebração ao livramento do Senhor (Ex. 15.1);
3) Os tempos de Samuel, Davi e Salomão foram áureos para a música, já que essa fazia parte do treinamento na escola dos profetas (I Sm. 10.5; 19.19-24; II Rs. 3.15; I Cr. 25.6), possibilitando o surgimento dos cantores profissionais (II Sm. 19.35; Ec. 2.8);
4) era no templo que os israelitas exercitavam a música com maior proeminência, usando intrumentos para o louvor e a adoração (II Sm. 6.5; I Cr. 15.1-16; 23.1-32; 5.1-26; I Cr. 25.1-6); 5) a música também ocupava lugar de destaque na vida privada do povo hebreu (Ec. 2.8; Am. 6.4-6; Is. 5.11,12; 24.8,9; Sl. 137.1; Jr. 48.33; Lc. 15.25).2.2 No Novo TestamentoJesus, na noite de sua paixão, conforme está registrado em Mt. 26.30, cantou um hino.
Não sabemos, com precisão, que hino Jesus entoou, mas é bem provável que tenha sido um salmo. Afinal, o saltério – composto pelos salmos – sempre foi o hinário do povo judeu. Mais importante do que saber qual o salmo Jesus teria cantado é reconhecer que o Senhor deu, ao cântico, um lugar de destaque como parte da adoração. O apóstolo Paulo também ressalta o papel dos salmos e hinos na liturgia cristã (Ef. 5.19; Cl. 3.16). Mesmo na vida pessoal, Paulo e Silas nos apresentam o exemplo do que é possível Deus fazer quando Lhe tributamos através do cantico com sinceridade de coração (At. 16.25-31). O apóstolo Tiago recomenda que os momentos de felicidade são motivos para que venhamos a cantar hinos de louvores a Deus (Tg. 5.13). A partir do contexto do grego do Novo Testamento, é possível distinguir os significados de “salmos” (psalmos), “hinos” (hymnos) e “cânticos espirituais” (odais pneumáticos). Os “salmos” são geralmente acompanhados por instrumentos musicais, os “hinos” são louvores dirigidos diretamente a Deus, e os “cânticos espirituais” têm cunho mais geral, podendo ser direcionado ao público.
3. AS MÚSICAS CRISTÃS: A igreja cristã, ao longo de sua história, sempre teve bons músicos que contribuiram com suas composições para a adoração. Destacamos, entre eles, o nome Charles Wesley, irmão de John Wesley, cujos hinos cristãos se encontram nas antologias poéticas dada a sublimidade de seu estilo, beleza, e sobretudo, cultura bíblica. Os compositores dos hinos da Harpa Cristã também nos legaram hinos belíssimos. Emílio Conde e Paulo Leivas Macalão, entre outros, enchem os nossos cultos de alegria, transmitem verdades que se encontram exaradas nas páginas da Escritura. Suas experiências, ratificadas pelo conhecimento bíblico fundamentam suas produções musicais. A justificativa para hinos tão belos, que, infelizmente, são cada vez mais raros nas igrejas, se encontra na letra de um dos hinos da Harpa Crista de autoria de Frida Vingren: “Os mais belos hinos e poesias, foram escritos em tribulação, e do céu, as lindas melodias, se ouviram, na escuradão” (HC 126). Em sua vasta maioria, a geração atual de compositores não sabe o que é padecer por amor a Cristo, sequer têm o esmero de se dedicaram ao estudo bíblico a fim de encontrar no Livro Santo a inspiração para as suas letras. O resultado são melodias sensuais e letras antropocêntricas. A maioria dos hinos cantados nas igrejas atualmente objetiva apenas "animar" os crentes. Muitos deles centrados no “eu”, pautados em promessas carentes de fundamentação bíblica.
CONCLUSÃO: A Bíblia nos presenteia com alguns hinos que eram entoados na igreja cristã primitiva. Apontamos dois deles que se encontram em Rm. 11.33-36 e um outro em I Tm. 3.16. Esses cânticos se caractizam por sua cristocentricidade. Eles têm como objetivo mostrar a grandeza e a soberania de Cristo como Senhor e Salvador da humanidade. Que essas composições, e tudo o mais dito ao longo deste estudo, sirva de motivação para que os compositores cristãos e os líderes eclesiásticos, procurem valorizar mais o conteúdo dos hinos a serem cantados em nossas igrejas. E, ao mesmo tempo, lembrarem-se ainda que hinos são importantes na liturgia, mas não podem ocupar todo ou o maior tempo do culto. É preciso separar o momento sagrado da exposição da Palavra de Deus. PENSE NISSO!

* DIZÍMOS E OFERTAS – UMA DISCIPLINA ABENÇOADORA

Textos: Ml. 3.10 – Ml. 3.7-12
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Motivar os crentes à contribuição, por meio de dízimos e ofertas, como uma das disciplinas abençoadoras do viver cristão.

INTRODUÇÃO: A contribuição é uma entre as várias disciplinas da vida cristã que precisa ser mais cultivada. A indisposição para a contribuição, pelos dízimos e ofertas, talvez se dê em virtude das incompreensões que permeiam a prática evangélica sobre esse assunto. Diante dessa realidade, nos propomos, neste estudo, a mostrar o que a Bíblia tem a dizer sobre os dízimos e ofertas, no intuito de motivar os crentes à liberalidade, não segundo a lei, mas em graça.

1. DÍZIMOS E OFERTAS NA BÍBLIA: O dízimo (maaser, em hebraico e dekato, em grego) corresponde à décima parte do produto da terra, a qual, deveria ser separada e consagrada a Deus. Ao contrário do que se costuma postular, essa prática antece ao período da lei mosaica. Abraão pagou dízimos a Melquisedeque (Gn. 14.20; Hb. 7.6) e Jacó votou ao Senhor que lhe daria o dízimo (Gn. 28.22). A lei fora estabelecida a esse respeito, pela primeira vez, somente em Lv. 27.30-32. Posteriormente, algumas leis foram adicionadas a fim de regulamentar a entrega dos dízimos pelos israelitas (Nm. 18.21-24, 26-28; Dt. 12.5,6,11,17; 14.22,23). O pagamento dos dízimos era parte constitutiva da adoração judaica. Nos dias do rei Ezequias, como resultado da reforma religiosa, as pessoas traziam, com ânimo, os seus dízimos ao Templo do Senhor (II Cr. 31.5,6). Por isso, a negligência quanto a esse dever era fortemente combatida pelos profetas de Israel (Am. 4.4; Ml. 3.8-10). Em seus diálogos com os religiosos de sua época, Jesus recomendou que eles perpetuassem a prática do dízimo, mas que não deveriam desprezar a justiça, a misericórdia e a fé (Mt. 23.23; Lc. 11.42). Ainda que o dízimo tenha deixado de ser uma lei para os cristãos, seu princípio, no entanto permanece, especialmente no que tange à proporcionalidade (I Co. 9.13,14). A diferença é que, nessa perspectiva, ninguém deva mais ser coagido a fazê-lo. O dízimo, para aqueles que amam ao Senhor, deva ser entregue em graça, com liberalidade e alegria (v. 7). Isso também se aplica em relação às ofertas, a respeito das quais, Jesus ensinou que deva ser produto de uma vida de desapego às coisas materiais (Lc. 21.1-4). As contribuições cristãs, por conseguinte, fazem parte de um estilo de vida, que abrange os diversos aspectos da existência, englobando também, o suprimento aos necessitados (II Co. 8.3-5).

2. O CRISTÃO, O DINHEIRO E AS CONTRIBUIÇÕES: A contribuição cristã, indubitavelmente, está atrelada a um estilo de vida com o qual, infelizmente, muitos cristãos se acostumaram. E, como estamos estudando as disciplinas da vida cristã, não podemos deixar de abordar a questão do dinheiro, já que o tratamento em relação a esse repercute diretamente na atitude de dizimar e ofertar. Vejamos, a princípio, o que diz Jesus em Mt. 6.24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. O dinheiro, de acordo com o ensinamento do mestre, nada tem de sagrado. Ele serve apenas para o suprimento das necessidades fundamentais à existência humana. Como cristãos, devemos aprender a depender da providência divina e a não vivermos preocupados como fazem os pagãos (Mt. 6.25-34). O ensinamento de Cristo, bem como o de Paulo, é que aprendamos a viver contentes, pois o amor ao dinheiro, definitivamente, é a raiz de todos, não apenas de alguns, males (I Tm. 6.6-10; ver também Hb. 13.5). Paulo nos deixa o exemplo, afirmando que sabia viver satisfeito, fosse nos momentos em que tinha com fartura ou nos de escassez (Fp. 4.6-13).

3. DÍZIMO E OFERTAS, BENÇÃOS GRACIOSAS: É comum ouvirmos, principalmente nos programa televisivos, os pregadores exortarem aos fieis a entregarem os seus dízimos. Alguns, mais ousados, já estão orientado aos “telefiéis” que enviem seus dízimos para os seus programas, via depósito bancário, outros via cartão de crédido, outros cheque prédatados, outros transferências, incitando o desreito aos pastores locais. Como se isso não fosse o bastante, ainda lançam maldições sobre aqueles que não são dizimistas. Dizem que se assim não o fizerem, uma série de mazelas acompanharão suas vidas. Com medo de serem amaldiçoados, muitos fieis entregam os seus dízimos, e em circunstâncias extremas, até mais do que isso. O problema, nesse particular, está na forma como as pessoas estão sendo orientadas, por esses "pastores", a contribuirem. Alimentam uma espécie de barganha com Deus com vistas a adquirirem sempre mais. Entregar o dízimo, desse modo, seria o mesmo que aplicar em ações rentáveis da bolsa de valores. Devemos ter cuidado com essa abordagem que nada tem de cristã. Devemos ser levados a contribuir com nossos dízimos e ofertas como ato de gratidão e adoração a Deus. Nos dias atuais, não se faz necessário que prove o seu amor para conosco pela prosperidade material, pois já nos provou dando o que há de mais valioso: Seu Filho Jesus Cristo em sacrifício pelos nossos pecados (Rm. 5.8).

CONCLUSÃO: A justiça do cristão deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt. 5.20) porque, diferentemente daqueles, não agimos por motivações interesseiras. Aqueles que o fazem já receberam a sua recompensa, por esse motivo, aqueles que dizimam ou ofertam para aparecer, ou mesmo para enriquecerem, não pensem que estão agindo em conformidade com os princípios cristãos (Mt. 6.2). A entrega dos dízimos e ofertas é uma oportunidade abençoadora para adorar a Deus devolvendo parte daquilo que Ele anteriormente nos deu. É uma disciplina cristã porque demonstra, para nós mesmos, que não fiamos nossa confiança nas riquezas e que somos capazes de nos desprender do dinheiro, cientes de que temos um tesouro mais precioso nos céus (Mt. 6.19-21). É por isso que uma atitude cristã em relação ao dinheiro nos motiva a entregar, amorosamente, nossos dízimos e ofertas, não como LEI, mas como GRAÇA (Gl. 5.18,23). PENSE NISSO!

* O SERVIÇO CRISTÃO

Textos: Ag. 2.4 – Rm. 12.1,2
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Motivar os crentes à cooperação, através do serviço cristão, com vistas à expansão do reino de Deus na terra.
INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, refletiremos a respeito da importância do serviço cristão. Inicialmente, definiremos o que seja “serviço cristão”. Em seguida, mostraremos como se dava o serviço cristão no Antigo e no Novo Testamento. E por fim, a importância do serviço cristão no contexto eclesiástico.
1. DEFINIÇÃO DE SERVIÇO CRISTÃO: A palavra hebraica para serviço é “abodah”, encontrada, por exemplo, em Gn. 29.27 e Ez. 44.14. No grego, existem quatro palavras: “douleia”, para o serviço escravo (Rm. 8.1515,21; Gl. 4.24), “diakonia”, para o serviço ou ministração (Rm. 11.13; I co. 12.5), “latreia”, para o serviço religioso, como o culto (Rm. 9.4; 12.1; Hb. 9.1,6) e “leitougia”, para o serviço público (Lc. 1.23; II Co. 9.12; Fp. 2.17,30; Hb. 8.6; 9.21). Destacamos que os usos desses termos gregos, no Novo Testamento, não são excludentes, mas includentes, isto é, aquele que serve, como cristão, é colocado na posição de servo diante do Senhor, para cultuar a Deus e adorando-O publicamente, e, ao mesmo tempo, auxiliando aos necessitados. O serviço cristão se diferencia de qualquer outro tipo de serviço por ser submisso a Jesus, Aquele a quem servimos, não por coerção, mas por amor (II Co. 5.14; Jo. 14.21,24).
2. O SERVIÇO NO CONTEXTO BÍBLICO:
2.1 No Antigo TestamentoNo antigo testamento, o serviço era algo que se fazia em favor de alguém. É nesse sentido que se diz que Esaú serviu a Jacó (Gn. 25.23). Jacó também serviu a Labão em troca de suas esposas (Gn. 30.26-29). Em Gn. 41.46 é dito que José prestou serviço a Faraó, e posteriormente, o povo de Israel serviu, como escravo, a Faraó (Ex. 1.14). Em relação ao trabalho entre os hebreus, Moisés proibiu que esses se tornassem escravos uns dos outros e que seus rendimentos fossem respeitados (Lv. 25.52). Diante da realidade das guerras, bastante comuns nos tempos do Antigo Testamento, o serviço militar tinha importância singular (Nm. 4.30, 35, 39, 43; 31.12). Outro serviço, esse de cunho mais religioso, era o ritual, cujos responsáveis principais eram os levitas (Nm. 8.11,15,19; I Cr. 23.32).
2.2 No Novo TestamentoO serviço cristão, diferentemente daquele do Antigo Testamento, adquire uma nova dimensão, sendo mais amplo, pois, como Jesus, não viemos para ser servidos, mas para servir (Mt. 20.28; Jo. 12.26; 13.3-17). Esse serviço, no entanto, não é uniforme, isto é, tem múltiplas manifestações para a edificação do Corpo de Cristo (I Co. 12.5). Nos primórdios da igreja, surgiu o diaconato, cujo fim primordial, seria o de servir às mesas e o cuidado com as viúvas (At. 6.1-6). Devido a importância desse serviço, Paulo apresenta recomendações a serem seguidas na escolha dos diáconos (I Tm. 3.8-13). Há uma dimensão toda especial no serviço cristão, e esse não está restrito aos diáconos, toda a igreja é vocacionada a trabalhar para Cristo, na verdade, quando prestamos qualquer serviço, estamos fazendo para Ele, e não apenas para os homens (Mt. 25.35). Um outro princípio exemplar de Jesus, é o de que quem quiser ser grande deve se tornar servo (Mt. 2026-28).
3. O SERVIÇO CRISTÃO NA IGREJA: Se nos voltamos para a Bíblia, veremos que, a igreja cristã demonstrou nítida preocupação com o serviço ao próximo. No livro de Atos, está escrito que, em Jerusalém, todas as coisas lhes eram comuns, que havia abundante graça, e que, entre eles, não havia necessitado algum (At. 4.32-35). O surgimento dos diáconos se deu, justamente, com vistas a dirimir o problema das viúvas gregas que eram desprezadas no ministério cotidiano da igreja. Homens foram separados a fim de que, naquela época, as carências sociais da igreja fossem cumpridas, e isso, foi considerado um importante negócio (At. 6.1-7). Paulo, em suas epístolas, mostra que a igreja deva ter preocupação com os pobres (Rm. 15.26; Gl. 2.10). Tiago, em sua epístola, chama a atenção para que não haja acepção de pessoas no seio da igreja cristã, principalmente, entre pobres e ricos (Tg. 2.1-5). Esse apóstolo também critica aqueles que vendo seu irmão necessitado não tomam uma atitude, antes o despede sem prover sua carência material (Tg. 2.15-17). Os ricos gananciosos devem chorar a miséria na qual se encontram, pois suas riquezas apodrecidas, produto da ilicitude, terá o devido julgamento, pois Deus não deixará passar impune aqueles que oprimem o pobre e assalariados (Tg. 5.1-6). E, acima de tudo, não devemos esquecer que a religião pura e imaculada é aquela que demonstra preocupação para com os órfãos e as viúvas, em suma, aqueles que carecem de que suas necessidades sejam supridas (Tg. 1.27).
CONCLUSÃO: Contrariando à Palavra de Deus, muitos cristãos desprezam o valor do serviço cristão. Há uma ilustração interessante que narra a visita de um mendigo à casa de um espírita, de um católico e de um evangélico. Dizem que em cada uma das casas o mendigo recebeu respostas diferentes para a sua necessidade. Cada um tinha apenas um pão. O espírita, apelando para a filantropia como forma de salvação, deu o pão inteiro ao mendigo e ficou com fome. O católico, na dúvida se a salvação seria somente pela fé, repartiu o pão ao meio e deu a outra parte ao mendigo. O evangélico, crendo na salvação pela graça, por meio da fé, respondeu que somente tinha um pão, e que, por isso, iria orar pelo mendigo. Não esqueçamos de que, de fato, somos salvos pela graça, por meio da fé, conforme está escrito em Ef. 2.9,9, mas o versículo 10 diz que é “para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Portanto, servimos ao Senhor, e ao próximo, não para sermos salvos, mas porque já somos salvos. Devemos, portanto, servir a todos, até mesmo aos inimigos (Rm. 12.20), mas, primordialmente, aos domésticos da fé (Gl. 6.10). PENSE NISSO!