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O PODER DA INTERCESSÃO


Textos: I Sm. 12.23 - Jr.14.1-3,7,8,10; 15.1.
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que orar é uma necessidade e interceder uma obrigação de todo cristão.

INTRODUÇÃO: Estaremos, no estudo desta semana diante de um dos mais sublimes textos do livro do profeta Jeremias. Essa porção da Escritura alterna poesia e prosa, num diálogo vigoroso entre Deus e o profeta. No início do estudo analisaremos a oração intercessória de Jeremias. Em seguida, trataremos a respeito da imediata resposta do Senhor. Ao final, compreenderemos alguns princípios cristãos para a prática da intercessão.

1. A INTERCESSÃO DE JEREMIAS: A desgraça assolaria, em breve, todo nação de Judá. Mesmo assim, o povo se negava a abandonar o pecado. Jeremias deseja interceder pelo povo, mas o Senhor, mais uma vez, adverte ao profeta da ineficácia da sua intercessão. Deus ignorará a intercessão do profeta porque o povo, premeditadamente, não se arrependerá. O Senhor acusa os falsos profetas por conduzirem Judá às falsas visões, adivinhações, vaidade e engano (Jr. 14.14). Tais falsários seriam os primeiros a sofrerem os julgamentos divinos quando a calamidade chegasse sobre a nação. Nos dias atuais, conforme nos antecipou o Senhor Jesus, existem muitos falsos profetas (Mt. 24.11; Mc. 13.22). De vez em quando aparece alguém que deseja se passar por Cristo. Dentro e fora das igrejas acumulam-se os falsos ensinadores, mestres que não atentam para a Palavra de Deus. A respeito deles, diz Judas em sua Epístola: “Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas” (v. 12,13). A filosofia da auto-ajuda tem favorecido o surgimento de vários profetas do engano. Dizem ao povo que tudo está bem, que podem encontrar saída por conta própria, e que não precisam de Deus. Ao invés de proclamarem arrependimento, induzem as pessoas a massagearem o ego, e a viverem distanciadas de Deus. Os profetas do Senhor, neste tempo, devem continuar intercedendo e pregando ao povo, conduzindo-os à sã doutrina (II Tm. 4.1-5).

2. A RESPOSTA IMEDIATA DO SENHOR: A doutrina da intercessão é bíblica e deve ser observada pela igreja. Na história de Israel, Deus ouviu a intercessão de Moisés e Samuel (Ex. 32.11-14; Nm. 14.13-24; Dt. 9.18-20; I Sm. 7.5-9; 12.19-25). No caso de Jeremias, porém, a resposta do Senhor foi negativa (Jr. 14.11; 7.16; 11.14). De nada adiantaria interceder por Judá, pois a morte, a espada, a fome e o cativeiro seria inevitável. Não porque o Senhor não desejasse, mas porque Ele sabia, pela Sua onisciência, que o povo não daria ouvidos às palavras do profeta. Mesmo a religiosidade judaica não seria capaz de deter o julgamento, pois tudo não passava de mera exterioridade. As orações, jejuns e sacrifícios serviam apenas para ocultar a ausência de temor a Deus. Em relação aos falsos profetas, se o povo tivesse conhecimento da Palavra de Deus, saberia que eles não traziam uma revelação do Senhor (Dt. 18.20-22; Jr. 13.1-18; Is. 8.20; II Ts. 2.7-12). A resposta negativa de Deus não é uma demonstração de rejeição ao Seu povo. A disciplina faz parte do processo instrutivo de Deus (Pv. 3.11-12; Hb. 12.6). Está na moda uma teologia que valoriza apenas o amor de Deus, transforma-o num vovô bonachão, que a ninguém castiga, esquecendo que Ele, além de amor (I Jo.4.8), é também fogo consumidor (Hb. 12.29) e que a Sua ira permanece sobre aqueles que não crêem em Cristo (Jo. 3.36). A falta de temor ao Senhor está construindo uma geração de cristãos insubmissos à Palavra de Deus. Como nos tempos em que não havia rei em Israel, cada um faz o que bem entende (Jz. 22.21), a ortodoxia está sendo substituída pela pura subjetividade, o experiencialismo chega a ter maior valor que a Escritura. Para essa geração, a resposta de Deus é não, pois o sim de Deus somente se encontra em Jesus Cristo, fora dele, tudo o mais é mera especulação humana (II Co. 1.20).

3. A PRÁTICA CRISTÃ DA INTERCESSÃO: Ainda que Deus tenha instruído Jeremias para que não intercedesse pelos judeus, essa, porém, deva ser uma prática rotineira entre os cristãos. Aquele, conforme destacamos anteriormente, tratou-se de uma revelação específica para o profeta. Em hebraico, o verbo palal tem o sentido de interceder, o encontramos em I Rs. 8, nesse capítulo Salomão utiliza essa palavra 20 vezes intercedendo pelo povo de Israel. Moisés intercedeu pelo povo de Israel e obteve resposta (Nm. 11.2; 21.7; Dt. 9.20; I Sm. 2.25). Samuel intercedeu pelos israelitas (I Sm. 7.5; 12.19,23), bem como Esdras (Ed. 10.1) e Daniel (Dn. 9.4). Em grego, o verbo interceder é entunchanõ e pode ser encontrado em At. 25.24. Paulo utiliza essa palavra a fim de ressaltar o ministério do Espírito a fim de responder às necessidades dos santos (Rm. 8.27). Cristo é o Exemplo Maior de Intercessor, pois, no Céu, intercede, perante Deus, em nosso favor (Rm. 8.34; Hb. 7.25). Paulo orienta a interceder – enteuxis – por todas as pessoas, apresentando-as perante Deus (I Ts. 2.1).

CONCLUSÃO: Os cristãos precisam exercitar a intercessão. Essa prática, na verdade, é uma demonstração de amor pelos outros. Quando orarmos, devemos lembrar apenas de nós mesmos, mas também daqueles que se encontram em situação de privação. Temos razões e pessoas por quem interceder: os missionários que se encontram distantes da sua pátria anunciando o evangelho de Cristo; os obreiros que amorosamente militam pela causa do evangelho; os políticos que governam para que ajam com sobriedade; as crianças abandonadas que perambulam pelas ruas; os encarcerados que pagam suas infrações perante a lei; os enfermos que agonizam nas filas dos hospitais. Todos esses, e alguns outros mais, carecem das nossas intercessões. Devemos orar, mas também agir quando for necessário, suprindo, visitando e cobrando atuações justas. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

CHORANDO AOS PÉS DO SENHOR


Textos: Tg. 4.9 - Jr. 9.1-9.
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Ressaltar que somente o quebrantamento, demonstrando em choro aos pés do Senhor, pode trazer um grande e singular avivamento.

INTRODUÇÃO: Jeremias é um profeta que sente as dores do seu povo. A mensagem de julgamento não o insensibiliza. Uma demonstração dessa sensibilidade profético-espiritual se encontra no capítulo que estudaremos esta semana. Ele se derrama em lágrimas por causa da corrupção espiritual de Judá. Que esse estudo sirva para despertar a igreja do Senhor para buscá-LO, em lágrimas, pranteando pelos pecados do povo, e pelos nossos próprios pecados.

1. O CHORO DE JEREMIAS: Essa é uma passagem comovente das Escrituras na qual Jeremias pranteia pelos pecados do povo. Ele prefere viver no deserto a ver as coisas degradantes que acontecem na cidade, mas ele havia sido chamado para permanecer ali e anunciar com ousadia a Palavra de Deus (Jr. 40.6). O profeta descreve os pecados das pessoas nos seguintes termos: “como um arco eles curvam a sua língua; falsidade é o seu arco. Eles foram bem sucedidos na terra, mas não no interesse da verdade. Vão de um mal a outro...”. Eis aqui mais uma demonstração de que prosperidade material nada tem a ver com espiritualidade. Por ser o povo escolhido por Deus (Ex. 19.4-6), Judá achava que o culto ritual seria suficiente para não passar por qualquer ameaça inimiga. Ao invés de atentarem para a responsabilidade da escolha, o povo vivia em ostentação e vanglória. Nós, os cristãos, não podemos esquecer que a justificação não nos isenta da responsabilidade para a santidade (Rm. 6.1-2). O arrependimento, para Judá, era dispensável, tanto João Batista (Mt. 3.7-10), quando Jesus (Jo. 8.33) e Paulo (Rm. 2-4) passaram por essa resistência, não será diferente conosco. Como Jesus, em Lc. 19.41 e Paulo, em Rm. 9.1-5, Jeremias chorou devido a condição espiritual do seu povo. Será que ainda existem pregadores que choram pelas almas perdidas? Existem lágrimas nos olhos dos pecadores, daqueles que sofrem nas mais diversas circunstâncias, mas onde estão as lágrimas das igrejas? O culto ao entretenimento também está invadindo muitas igrejas, os cristãos deixaram de considerar as sábias recomendações de Tiago: “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tg. 4.9).

2. A CALAMIDADE DE JUDÁ: A calamidade que sobrevirá sobre Judá causa emoções fortes em Jeremias. Ele consegue descrever a destruição da nação em cores vivas, destacando que as pastagens do deserto ficarão assoladas, onde antes o gado pastava (Ex. 3.1) e por onde vagavam aves e animais (4.25). Não muito em breve se encontraria apenas chacais em meio às ruínas em virtude da decadência espiritual (Jr. 9.7). Isso aconteceria porque o povo, em sua teimosia, não queria dar ouvidos à mensagem profética. Jeremias, corajosamente, denuncia a maldade dos pais que encorajam seus filhos a pecar, resultando em castigo (Ex. 20.5). Somente através do arrependimento e do reconhecimento da misericórdia e justiça de Deus o povo estaria seguro (I Co. 1.31; II Co. 10.17). O legalismo pode levar os cristãos à mesma situação. Como os crentes da Galácia, há quem despreze a verdade do evangelho pelas práticas religiosas (Gl. 1.7-9). A salvação não é pelas obras, mas pela graça, por meio da fé, não pelas obras para que ninguém se glorie (Ef. 2.8,9). Ainda que, já salvos, precisamos andar na luz, nas boas obras, para as quais fomos feitos no Senhor (Ef. 2.10). As boas obras do cristão são realizadas por meio do fruto do Espírito (Gl. 5.22). O fundamento é o amor, por meio do qual demonstramos que estamos verdadeiramente em Cristo (I Co. 13). A igreja cristã deva cultivar o amor, sem qual é impossível que haja unidade (Ef. 4.3). Em nossos dias, as pessoas não têm coragem de amar porque não têm coragem de sacrificarem-se (Jo. 3.16; I Jo. 3.16).

3. AOS PÉS DO SENHOR: Nos versículos 23 e 24 de Jeremias 9 está escrito: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”. Nestes versículos, encontramos os maiores valores dos tempos de Jeremias, ainda cultuados na sociedade moderna: conhecimento, poder e riqueza. Mas Deus não olha para uma nação atentando para a imponência das suas universidades, influência política ou armamentista ou seu desenvolvimento econômico. O interesse de Deus é que as pessoas se prostrem aos seus pés, que ajam com justiça, que demonstrem genuíno amor. É chegada a hora dessa nação se voltar para o Senhor nosso Deus. A educação é necessária ao futuro do país, mas não devemos buscar apenas um ensino com vistas à competitividade. É preciso que a educação invista na melhoria das vidas das pessoas, sobretudo com vistas à solidariedade, na diminuição das desigualdades sociais, na preservação do meio ambiente. A democracia é uma conquista que precisa ser preservada, mas pouco será feito enquanto os políticos não forem capazes de ter um espírito público, de buscarem o bem da nação e não o enriquecimento ilícito, a fim de satisfazerem interesses egoístas. A riqueza também precisa deixar de ser o valor máximo da sociedade contemporânea, o mercado não pode ser tratado como se fosse um deus. Enquanto estivermos dobrados aos pés de Mamon, será pouco provável que descubramos o valor de estar aos pés do Senhor. A maior glória que alguém pode buscar, em todo tempo, é a de servir a Cristo, e reconhecer que, nEle, somente nEle, encontramos a plenitude da vida. Quando isso acontecer, o conhecimento, o poder e a riqueza deixarão de ser o alvo neurótico da existência.

CONCLUSÃO: Quantos ainda estão dispostos a derramar suas lágrimas aos pés do Senhor pela nação? Infelizmente são poucos que ainda têm alguma sensibilidade espiritual. Estamos tão anestesiados pela competitividade e pela ambição que não conseguimos nos voltar para o próximo. O Senhor nos convida, neste tempo, a sentir a miséria do povo, a prantear por aqueles que se encontram distanciados da Palavra de Deus. A igreja tem um papel fundamental nesses últimos dias, e, cada cristão, precisa sentir-se responsabilizado e imbuído da tarefa profética de denunciar o pecado e conduzir o povo de volta aos caminhos do Senhor. PENSES NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

ANUNCIANDO OUSADAMENTE A PALAVRA DE DEUS


Textos: II Cr. 7.14 - Jr. 7.1-11.
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Ressaltar o valor da Palavra de Deus que deva ser proclamada ousadamente aos crentes e incrédulos.

INTRODUÇÃO: O povo de Judá ia de encontro a Palavra de Deus porque depositavam toda confiança no Templo. Em oposição, Jeremias anuncia ousadamente a Palavra de Deus, ressaltando seu valor e cumprimento. No desta semana, veremos, inicialmente, sobre a templolatria nos dias de Jeremias; em seguida, as advertências feitas pelo profeta, e, ao final, a importância do anuncio ousado da Palavra de Deus.

1. ADORAÇÃO AO TEMPLO: Para os judeus, o Templo era sacrossanto, a Casa de Deus, por isso, dificilmente seria alvo dos inimigos. Ao invés de confiar no Deus do Templo, fiavam a fé no Templo de Deus. Por causa disso, o Senhor conclama-o, através do profeta Jeremias, a emendar os caminhos e as obras (v. 3), e, ao invés de adorar o templo, deveriam confiar na Sua palavra (v. 2). O templo se tornou numa espécie de amuleto, que os livraria do mal, das ameaças dos inimigos. O povo judeu, como alguns cristãos hoje, esquecem que Deus prima por pessoas vivas para serem Seu templo (Is. 57.15; 61.1; I Co. 3.16). Jesus, ao ser indagado pela samaritana sobre o lugar da adoração, respondeu que o Senhor busca para Si adoradores, que o adorem em Espírito e em Verdade (Jo. 4.24). Não há mais lugar, na doutrina evangélica, para demarcação de espaços físicos para a adoração a Deus. Os templos são importantes e necessários à acomodação dos cristãos, para o ensino da Palavra e oração, mas não podem ser objeto de adoração. Quando isso aconteceu, entre os judeus, o Senhor os advertiu que, do mesmo modo que aconteceu com a arca, esse também seria destruído (Sl. 78.60). A oração de dedicação do Templo, de Salomão, em I Rs. 8, antecipava os judeus, para que não depositassem a fé no Templo, mas no Senhor, que não habita em templos feitos por mãos de homens. Qualquer igreja que privilegia, demasiadamente, o Templo, e esquece de proclamar ousadamente a Palavra de Deus, corre o risco de passar pela experiência do Icabode, isto é, de perder a glória do Senhor (I Sm. 4.21).

2. A ADVERTÊNCIA DO SENHOR: Havia, em Judá, uma espécie de sincretismo religioso com o qual o povo convivia naturalmente. Jovens e adultos adoravam a rainha dos céus, a deusa assírio-babilônica Istar. Ao mesmo tempo, prestavam rituais judaicos, destituídos de valor espiritual, por causa da desobediência do povo. O culto a Deus não pode ser misturado, desde o Sinai o Senhor exigiu de Israel exclusividade. Mas o pecado de Judá era tão deliberado que o Senhor orientou a Jeremias, por três vezes (7.16; 11.4; 14.11), para que não orasse por aquele povo. A idolatria de Judá tomou um caráter familiar, maridos, mulheres e filhos seguiam após os falsos deuses (Jr. 7.17-19). Quando a desobediência entra na família, dificilmente os demais membros deixam de ser afetados. As conseqüências do adultério – o culto a deusa do sexo – traz seqüelas para toda a família. A entronização do sexo na sociedade moderna está causando severos danos às famílias. Os jovens estão se iniciando irresponsavelmente cada vez mais cedo no sexo. O número de mães solteiras implica em problemas tanto de ordem espiritual quanto social. Os relacionamentos sexuais descartáveis estão objetificando as pessoas, de modo que as pessoas não mais cultivam relacionamentos duradouros, apenas “ficam”. Os casamentos deixam de ser motivados enquanto instituição divina, e, em alguns casos, deixam de ser “até que a morte os separe”. A palavra amor perdeu o sentido próprio de sacrifício e foi reduzida ao ato sexual. Mesmo entre cristãos se observa a indisposição para o sacrifício no relacionamento familiar, pois a busca pelo prazer tornou-se a única razão de ser do casamento. As pessoas não querem mais se casar para conviver “na alegria e na tristeza, na saúde e na dor”. O desafio do cristão, em meio a toda essa apostasia, é o de viver em santidade, a investir no amor genuíno – ágape – que tem sua expressão maior em Deus que deu Seu Filho Unigênito pelos pecados de todo aquele que crê (Jo. 3.16).

3. ANUNCIANDO A PALAVRA: A saída para todo esse imbróglio no qual a sociedade se encontra é retornar à Palavra de Deus. Os valores eternos revelados na Sagrada Escritura precisam novamente ser relembrados. Cabe a igreja proclamar o Evangelho de Jesus Cristo a fim de que descrentes, e mesmo os crentes, não percam o norte espiritual. Os pregadores devam se ater ao texto bíblico, pregando-o expositivamente, a fim de evitar conduzirem sua mensagem conforme seus interesses pessoais. A própria igreja precisa tomar consciência de que é serva e não senhora da Palavra. Por isso, deve estar disposta a ser avaliada continuamente à luz da Escritura. A experiência, a razão e a tradição têm o devido lugar na igreja, mas essas estão submissas à Palavra de Deus. Uma igreja centrada na experiência tende ao fanatismo, voltada para exclusivamente para a razão, finda em liberalismo teológico, e fundamentada na tradição, resulta em religiosidade humana. Somente uma igreja respaldada na Bíblia pode ser ousada no anúncio da Palavra de Deus. Um culto genuinamente evangélico não exacerba nos cânticos em detrimento do ensinamento bíblico. Infelizmente, o que se observa em determinadas igrejas é um verdadeiro descaso em relação à Bíblia. Os dirigentes de culto deixam o mínimo de tempo reservado para a pregação e o ensino. O povo, que outrora ouvia com atenção a mensagem, está agora viciando em cultos que mais parecem programas de auditório, repletos de entretenimento absurdos e acrobacias “evangélicas”. É chegado o momento de retornar à Palavra de Deus, de resgatar a exposição bíblica, outrora observada pelos pregadores evangélicos. Somente uma igreja que está atenta às Palavras do Evangelho de Jesus Cristo pode, verdadeiramente, se dizer evangélica, caso contrário, não passa de tradição humana, e, portanto, recebe o anátema de Deus (Gl. 1.9).

CONCLUSÃO: O cristianismo evangélico sofre fortes ameaças nesses últimos dias. A Palavra de Deus está sendo relegada a segundo plano. O culto cristão está repleto de atividades que visam o entretenimento, mas não consideram a exposição bíblica. Oremos ao Senhor da seara para que levante uma legião de pregadores comprometidos com o Evangelho. Que não façam concessões com a Verdade, e que não se dobrem à mera razão, tradição e/ou experiência. Esse é o desafio profético da igreja brasileira nestes últimos dias, os quais as pessoas procuram para si mestres conforme seus interesses, tendo comichão nos ouvidos para não ouvir a Palavra de Deus (II Tm. 4.1-4). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL


TEXTOS: Jr. 2.13 - Jr. 2.1-7,12,13
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Destacar que não podemos compactuar com a apostasia, para que não venhamos a perecer em nossos pecados.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, vamos aprender a respeito do desvio espiritual de Israel. O povo de Judá deu as costas para o Deus que graciosamente o escolheu. Inicialmente, trataremos sobre o antigo amor de Israel pelo Senhor. Em seguida, enfocaremos o desvio espiritual desse povo, e, ao final, as conseqüências do distanciamento do Senhor. Esperamos que essa lição sirva de despertamento para aqueles que se encontram em situação de perigo, distanciados dos caminhos do Senhor, mesmo que tenham algum vínculo religioso.

1. O AMOR ANTIGO DE ISRAEL: Judá esqueceu do seu primeiro amor e é questionado pelo Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim? (Jr. 2.4,5). Em seguida, responsabiliza os sacerdotes, que se corromperam e não ensinaram a Torá ao povo; aos governantes, os quais, seguindo o caminho dos sacerdotes, também se corromperam, e os falsos profetas, que, ao invés de buscarem ao Senhor, se envolveram com Baal, o deus cananeu da fertilidade (Jr. 2.8). O Senhor compara seu relacionamento com Judá a de um esposo traído, já que, no princípio, Israel se voltou para Deus, mas, posteriormente, seguiu seu próprio caminho, tornando-se adúltera (Jr. 31.32; Is. 54.5; Os. 2.16). A nação rompeu o relacionamento antigo de amor entre Deus e Israel. Preferiu ir após ídolos estranhos, trocando o Manancial de Águas por cisternas rotas. Por analogia, para a igreja, Jesus é a água da vida, todos os que O recebem experimentam da fonte que jorra para a vida eterna (Jo. 4.10-14; Ap. 21.6). Lembramos que, na Palestina, a água é uma possessão de valor singular, por esse motivo, seria uma loucura tomar tal atitude. É uma pena que, nestes dias, algumas igrejas estejam fazendo o mesmo. Substituem o Manancial de Vida por Cisterna Rotas que para nada servem. A espiritualidade genuína está sendo trocada pelo mero tarefismo religioso; o poder do Espírito Santo está sendo usurpado por barganhas políticas; a vocação ministerial fora transformada em profissionalização eclesiástica; e a o pastorado cristão, fundamentado no amor, conduzido via técnicas insensíveis de administração empresarial.

2. O DESVIO ESPIRITUAL DE ISRAEL: Em Jr. 2.17 encontramos a causa dos desvios espirituais de Israel, pois a desobediência do povo tornou-se intencional, a nação optou pela idolatria, do mesmo modo, os cristãos, hoje, devem buscar a retidão, para não seguir o mesmo caminho, especialmente os obreiros (I Tm. 6.11; II Tm. 2.22). Ao invés de se voltar para o Senhor, o Manancial de Águas, Judá busca subterfúgios políticos, indo após o Egito (Jr. 2.18; Is. 30.15). O cristão, ao longo do trajeto, pode ser tentado a retornar ao mundo. Mas isso se constitui num perigo espiritual, que incorre em apostasia (Hb. 6.4-6). As alianças com as nações vizinhas, na tentativa de escapar do julgamento divino, que viria através dos babilônicos, somente agravaria a situação. Ao longo da história de Israel, quando o povo se aliou aos povos vizinhos, acabou perdendo sua identidade, e se distanciado do Senhor. Na história da cristandade aconteceu o mesmo, basta citar, como exemplo, a constatinização da igreja que, ao se romanizar, acatou práticas pagãs do império, desviando-se, assim, da Palavra de Deus. Nos tempos de Jeremias, o contato direto com os cananeus afetou diretamente a espiritualidade judaica. A adoração a Baal se tornou uma prática tão comum que os judeus assumiram o culto a essa divindade como se fosse algo normal (Jr. 2.20). Jeremias responsabiliza, mais uma vez, os sacerdotes, os governantes, os pastores e os profetas por serem coniventes com a religiosidade pagã, adotada pelo povo (Jr. 2.26,27).

3. A CONSEQUÊNCIA DO DESVIO ESPIRITUAL: Como conseqüência desse desvio espiritual, Jeremias pronunciou palavras de julgamento (Jr. 2.31). Isso porque ao invés de se arrependerem e confessarem seus pecados, as pessoas rejeitaram a mensagem profética (Jr. 5.3). O Senhor lembra a sua esposa quão ricamente Ele a havia abençoado, ainda que essa agisse com atitudes rebeldes (Jr. 2.29) e O esquecido (Jr. 2.32) e mentido para Ele, dizendo ser inocente (Jr. 2.33-35). Por causa da prosperidade econômica que a nação estava usufruindo, os judeus achavam que estavam sendo abençoados por Deus. Há hoje os que confundem prosperidade financeira com benção espiritual. Na verdade, o que mais acontece é justamente o contrário, pois quanto mais próspera costuma ser uma nação, mais materialista essa se torna. Com o acúmulo de bens, o ser humano apenas tenta preencher um vazio que somente pode ser satisfeito por Deus. A Teologia da Ganância - que alguns denominam de Teologia da Prosperidade – favorece, inclusive, uma espiritualização das riquezas. As conseqüências começam já a ser percebidas na igreja evangélica mundial. A vasta maioria das igrejas que acatou tal doutrina, ainda que sejam financeiramente prósperas, perderam a genuína espiritualidade. Transformaram seus cultos em parque de diversão e os púlpitos em palcos, substituíram a pregação da Palavra e a verdadeira adoração por tristemunhos de “artistas” e acrobacias “espetaculares”, em suma, trocaram o Manancial de Águas por Cisternas Rotas.

CONCLUSÃO: Mas ainda há tempo pra se voltar para Água da Vida (Jo. 4.10-14). Somente Jesus satisfaz completamente a existência humana e oferece liberdade plena (Jo. 8.32), principalmente do deus mamom, outrora denunciado por Jesus (Mt. 6.19-24) e por Paulo (I Tm. 6.3-10) perante o qual muitos têm se prostrado nestes dias. A mensagem do Senhor para a igreja de Éfeso se aplica às igrejas evangélicas que se desviaram dos caminhos do Senhor. Em algumas delas, a ostentação das riquezas para nada servem, senão para ocultar a falta de espiritualidade. Para essas, a Palavra do Senhor é: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Ap. 2.4,5). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!