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HABACUQUE – A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES



Textos: Hc. 1.13 – Hc. 1.1-6 2.1-4

INTRODUÇÃO: O Deus da Bíblia é soberano, isto é, todas as coisas estão sob o Seu governo e controle. Nada acontece sem Sua direção e/ou permissão (Ef. 1.11), Seus propósitos não podem ser frustrados (Is. 46.11). No estudo desta semana veremos a respeito dessa doutrina com base no livro do profeta Habacuque. A princípio, destacaremos os aspectos contextuais do livro, em seguida, sua mensagem, e por último, sua aplicação para hoje.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS: Habacuque, cujo nome significa abraço, teve como propósito mostrar que Deus ainda está no controle do mundo, apesar do aparente triunfo do mal. O profeta destinou sua mensagem à Juda, o Reino do Sul, provavelmente entre os anos 612 a 589 a. C, durante o reinado de Josias. Esse foi um rei de Judá bastante piedoso e que exerceu papel fundamental na restauração da nação. Alguns estudiosos defendem que Habacuque foi um levita que participou das reformas desse rei. Naquela época a Babilônia tornava-se a maior potência mundial, e Judá logo sentiria sua força destruidora. No cenário nacional, o povo de Judá estava sendo solapado por problemas internos, tais como crime, ódio, corrupção e divisão. Habacuque se angustia com essa situação, principalmente com as respostas dadas pelo Senhor. O versículo-chave se encontra em Hc. 3.2 “Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a Tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na tua ira lembra-te da misericórdia”. O livro apresenta a seguinte subdivisão: Questionamentos a Deus (Hc. 1,2): Pergunta 1: Por que os pecados de Judá ainda não foram julgados? e Pergunta 2: Como pode Deus punir Judá usando uma nação mais ímpia ainda? Habacuque adora a Deus (Hc. 3): o profeta lembra a misericórdia de Deus e confia no Senhor para a salvação.

2. A MENSAGEM DE HABACUQUE: O profeta não compreende a razão de tanta injustiça e violência em Judá, principalmente porque Deus não manifesta a Sua justiça diante daquela situação (Hc. 1.1-4). A resposta do Senhor deixa Habacuque ainda mais contrariado, pois não entende o motivo dEle usar uma nação ímpia para executar a disciplina sobre Seu povo (Hc. 1.5-12). Habacuque teme que os babilônios, após subjugarem Judá, se tornem arrogantes, e menosprezem mais ainda o povo de Deus (Hc. 1.13-17). O questionamento de Habacuque se parece com muitos que ouvimos: por que Deus não se posiciona diante de tanta maldade? Por que Ele não resolve o problema do mal e do sofrimento humano? Deus responde as questões de Habacuque, suas revelações são incômodas (Hc. 2.1-3). Ele revela ao profeta que as nações que arvoram grandeza, que se fiam em seu poderio, cairão no futuro (Hc. 2.4-20). Os impérios humanos sobem e descem, nenhum governo persiste para sempre, as impiedades serão julgadas. Ninguém deve julgar a espiritualidade de um povo com base em seu desenvolvimento econômico. Habacuque, após ouvir as respostas de Deus, as aceita pela fé, que o conduz à oração e a pedir ao Senhor que avive Sua obra no decorrer dos anos (Hc. 3.1,2). Deus contraria mais uma vez o profeta, ao mostrar que os próximos anos serão de juízo (Hc. 3.3-15). Ele sente a miséria da nação, angustia-se pela dor do seu povo, e se nega a ser conduzido pelas circunstâncias. Ao contrário, reafirma a sua fé em Deus, independentemente do que venha a acontecer (Hc. 3.17,18). Apesar do perigo iminente, Habacuque sabe que pode confiar na soberania de Deus, por isso, se deixa guiar pela Sua palavra, através da fé (Hc. 3.19).

3. PARA HOJE: Onde está Deus quando as pessoas estão sofrendo? Esta é uma pergunta que tem incomodado a muitos. Alguns céticos inclusive negam a existência de Deus a partir dessa indagação. A resposta de Deus ao sofrimento humano é o Seu próprio sofrimento, em Cristo, na cruz do calvário (Mt. 27.30-34). Deus sabe o que é sofrer, mais que isso, Ele continua sofrendo com aqueles que padecem e são perseguidos (At. 9.4). Quando não compreendemos os desígnios de Deus, devemos aceita-los soberanamente, ciente de que Ele tem os Seus propósitos (Rm. 8.28). Perguntamos a Deus “por que?”, mas na maioria das vezes, não temos acesso aos Seus “porquês”. Diante dessa realidade, o melhor é saber que Deus tem um “para que” em tudo o que faz. É nesse contexto que o justo viverá da e pela fé, como afirma Habacuque (Hc. 2.4) e é reafirmado por Paulo (Rm. 1.17; Gl. 3.11) e o autor da Epístola aos Hebreus (Hb. 10.38). Essa declaração resultou na Reforma Protestante, pois através desse texto Lutero compreendeu que o homem é justificado por Deus, quando decide acreditar nEle. Essa fé não é meramente intelectiva, ou seja, não se trata apenas na crença em um conjunto de doutrinas, mas na disposição existencial de ir após Cristo, negando-se a si mesmo (Mt. 16.24; Lc. 9.23). Viver pela fé é estar disposto a aceitar a soberania de Deus, a não retornar, mesmo quando as coisas não fazem sentido (Hb. 10.37-39; 11.1,6). Com Habacuque devemos aprender a orar com confiança em Deus, não apenas para receber o que desejamos, mas para aceitar Sua vontade soberana (I Jo. 5.14).

CONCLUSÃO: Deus é soberano, Ele está no controle de todas as coisas. Às vezes não compreendemos porque acontece tanta maldade no mundo.  Deus responde que no mundo teremos aflições (Jo. 16.33), Ele mesmo padeceu na cruz do calvário (Mt. 27.39-43). Mas Deus, soberanamente, estabeleceu um tempo em que o mal não mais triunfará (Ap. 20.4). Enquanto esse dia não chega, aprendamos, com Habacuque, a confiar em Deus, independentemente as circunstâncias (Hc. 3.17-19). PENSE NISSO!

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NAUM - O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA


Textos: Gn. 18.32 – Na. 1.1-3; 9-14


INTRODUÇÃO: Esta na moda uma teologia bastante condescendente, que supervaloriza a misericórdia e o amor divino em detrimento do julgamento. No estudo desta semana servirá para reestabelecer o equilíbrio bíblico a esse respeito. O Deus da Bíblia é amor (I Jo. 4.8), mas também é fogo consumidor (Hb. 12.29). O livro de Naum ressalta essa verdade, a respeito da qual trataremos neste estudo. A princípio apontaremos os aspectos contextuais do livro, em seguida, sua mensagem, e por último, a aplicação para os dias atuais.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS: Naum, cujo nome significa “confortador”, era da Galileia e pronunciou o juízo de Deus contra a Assíria, na medida em que também confortou Judá por causa da opressão daquele inimigo. Sua profecia é destinada, especificamente, aos judeus, às tribos do Sul, provavelmente entre 663 a 612 a. C. O cumprimento da profecia da destruição da Assíria, se deu por volta de 663 a. C., após a queda de Tebas. O versículo-chave do livro se encontra em Na. 1.7-9: “O SENHOR é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que cofiam nele. E com uma inundação transbordante acabará de uma vez com o seu lugar; e as trevas perseguirão o seus inimigos. Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia”. Os livros de Naum e Jonas se complementam, pois os dois tratam do julgamento sobre a Assíria, e têm Nínive, a capital do império, como foco. O Reino do Norte, Israel, já havia caído nas mãos dessa potência mundial em 722 a. C., que agora assolava o Reino do Sul, Judá. Naum foi levantado por Deus para proclamar a ira do Senhor sobre essa nação, que viria a cair diante da Babilônia. Através das profecias de Naum, sabemos que Deus não é apenas o Senhor de Israel, mas de toda a história. Ele está no comando das nações, o mundo está sobre a Suas mãos, pois “o SENHOR é Deus zeloso e vingador (...) tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado” (Na. 1.2,3). O livro de Naum apresenta a seguinte divisão: A terrível ira de Deus – os princípios do julgamento divino (Na. 1.1-7); a ira pessoal de Deus – o julgamento de Deus sobre Nínive e Senaqueribe (Na. 1.8-15); a ira de Deus manifesta – a destruição de Nínive (Na. 2.1-3.11) e a ira irresistível de Deus – a destruição de Nínive foi inevitável (Na. 3.12-19).

2. A MENSAGEM DE NAUM: A mensagem de Naum começa em Deus, pois Ele é zeloso e vingador, que tem ciúme do Seu povo, por isso exercerá justiça sobre os inimigos do Seu povo (Na. 1.2,3). Os inimigos de Deus, nos tempos do profeta, estavam materializados na Assíria, que representavam o mal contra a Israel e Judá (Na. 1.9-11). Como consequência, a ira de Deus sobreviria sobre aquela nação (Na. 1.12-14), que resultaria em paz para Judá (Na. 1.15). Nínive iria cair, “como palha mais seca” (Na. 1.10), o jugo sobre Israel seria quebrado (Na. 1.12,13). Aquela destruição seria motivo de júbilo e celebração, pois não haveria mais razão para medo (Na. 1.15). Sendo Deus o Senhor, e estando Ele no comando da situação, de nada adiantaria a Assíria lançar mão das suas armas poderosas (Na. 2.1). Todo artifício humano cai por terra quando Deus determina a Sua vontade. As forças humanas não podem ir de encontro aos desígnios de Deus, pois Ele é soberano. As promessas feitas ao Seu povo se cumprirão, para tanto, destruirá as fortalezas dos inimigos (Na. 2.2-19). Quatro imagens são apresentadas por Naum para denunciar a culpa dos ninivitas: a cidade é um leão que causa pavor à vizinhança (Na. 2.11,12); uma prostituta que escraviza os outros com feitiçaria (Na. 3.4); uma cidade egípcia de Tebal, que acaba sendo destruída pela Assíria (Na. 3.8-10); e gafanhotos que destruíram o campo (Na. 2.15-17). Mas Deus não admite a opressão de nações que abusam do poder para tirar vantagem e oprimirem as mais pobres. Ele acompanha as situações de injustiça entre as nações, e como fez com a Assíria, agirá em relação às nações no futuro (Na. 2.13; 3.5). A queda daquele império, e de tantos outros que oprimem as nações ainda hoje, foi e será motivo de júbilo, pois aliviará o fardo daqueles que se encontram debaixo de jugo pesado (Na. 3.14-19).

3. PARA HOJE: Nenhum império é absolutamente grande perante Deus, nações subiram e depois desceram, um exemplo disso é a queda de Roma no quinto século da era cristã. A queda de Nínive, bem como da Babilônia, é uma demonstração de que somente o Reino de Deus permanece para sempre (Sl. 45.6). Desde o princípio os seres humanos querem construir suas torres, tal como o império de Nimrode, que queria se instituir permanentemente sobre a terra (Gn. 10.8; 11.11). Mas o julgamento de Deus virá, não apenas sobre as pessoas, mas também sobre as nações (Mt. 25.31,32). Deus não quer que as pessoas pereçam, pois é misericordioso, e rico em perdoar (II Pe. 3.9,10), mas estabeleceu um dia de julgamento, no qual destruirá as nações que não se arrependerem, e que perseguiram Israel na Tribulação (Ap. 20.4). O conforto, que é o significado do nome Naum, será não para os inimigos, para aqueles que oprimem, mas para os que são oprimidos, pois serão confortados pelo Senhor. O Deus de Israel, e da Igreja, é de vingança, Ele não deixará impune aqueles que se opõem à Sua palavra, e que perseguem o Seu povo (Dt. 32.35; Rm. 12.19). Nínive, como império fundado por Nimrode, continua sendo símbolo dos governos humanos que se opõem a Deus (Ap. 17.5). Mas o império dos homens tem data marcada para terminar, ainda que não saibamos quando será o dia e a hora. Durante a Tribulação, Babilônia, o império do Anticristo, cairá por terra (Ap. 18.2). Os governantes da terra lamentarão a queda desse último império (Ap. 18.16-18). Os súditos do reino de Deus celebrarão, cantarão louvores a Deus, pois a glória terrena findará, dando lugar ao poder de Deus (Ap. 19.1-4; 6-9).

CONCLUSÃO: Jonas recebeu a incumbência de ir para Nínive proclamar a Palavra do Senhor (Jn. 1.1,2; 3.1,2). Na ocasião, a cidade se arrependeu, mas não persistiu em obediência, antes se entregou à vaidade. Por causa disso, aproximadamente duzentos anos depois, foi destruída. Isso mostra que Deus tolera o pecado, pois não deseja que ninguém seja destruído, mas deseja que todos se arrependam (II Pe. 2.9). Caso contrário, Seu julgamento virá (I Ts. 5.2,3), por isso, é preciso ter cuidado para não recair no pecado da apostasia, que resultará em destruição eterna (Hb. 1.9; 6.6; 10.26). PENSE NISSO!

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MIQUÉIAS – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA


Textos: I Sm. 15.22 – Mq. 1.1-5; 6.6-8


INTRODUÇÃO: Uma das declarações comumente repetidas da Bíblia se encontra em I Sm. 15.22 “eis que obedecer é melhor do que o sacrificar”. Miquéias, através da mensagem profética, chama a atenção a esse respeito. Para aprendermos a respeito desse assunto, estudaremos esta semana, sobre a importância da obediência. Inicialmente apontaremos os aspectos contextuais de Miquéias, em seguida sua mensagem, e por último, a aplicação para a igreja contemporânea.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS: Miquéias, cujo nome significa “quem é como Deus?”, natural de Moresete, nas proximidades de Gate, cerca de 32 quilômetros a sudoeste de Jerusalém, profetizou para Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul). Miquéias foi contemporâneo do profeta Isaias, o estilo inclusive assemelham-se. O propósito central do seu livro é mostrar ao povo que o julgamento de Deus estaria próximo, bem como o perdão divino para aqueles que se arrependessem dos seus pecados e se dispusessem a obedecer a Palavra do Senhor. O versículo-chave do livro se encontra em Mq. 6.8: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?”. O livro foi escrito por volta de 742 a 687 a. C., durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, em um período de prosperidade sem precedentes, mas politicamente conturbado, registrado em II Rs. 15-20 e II Cr. 26-30. Israel e Judá viviam com base na ostentação, davam pouco interesse a Deus. Enquanto isso Tiglate-Pileser III (745-727) expandia o território da Assíria, que viria a se tornar uma potência mundial. A mensagem é caracteristicamente poética, constituindo-se em um clássico da literatura hebraica, repleta de paralelismos. O livro pode ser assim dividido: 1) o julgamento que virá sobre o povo e a liderança (Mq. 1-3); 2) a restauração que virá através do reino do Messias (Mq. 4-5); e 3) dois apelos ao arrependimento e a promessa de salvação de Deus (Mq. 6,7).

2. A MENSAGEM DE MIQUÉIAS: O profeta inicia sua mensagem descrevendo o julgamento que sobreviria sobre Samaria, a capital de Israel. Ainda que este seja temível, deveria ser visto como parte da justiça divina, pois Seus atos são corretos (M1.1.1-16). Um dos pecados do povo era social, pois os ricos defraudavam os mais pobres, arrebatavam as suas terras, causando fome e necessidade (Mq. 2.1-5). Os falsos profetas se levantaram contra o profeta de Deus, motivados por interesses financeiros, já que recebiam salários dos líderes corruptos (Mq. 2.6-11). Essa liderança corrupta, juntamente com os religiosos, ignorava a justiça divina, e proclamava uma paz aparente (Mq. 3.1-12). Mesmo assim, o juízo de Deus sobreviria sobre a nação, mas Ele não permitiria que Seu povo fosse totalmente destruído. Haveria esperança, pois no futuro haverá um mundo onde reinará a verdadeira paz, em que não haverá mais guerra (Mq. 4.1-4). Um Rei, que nasceria em Belém (Mq. 5.1-4), triunfará, depois que o povo for purificado pelo castigo, uma alusão ao período da Tribulação (Mq. 5.5-15). Esse Rei é Jesus, que nasceu em Belém (Lc. 2.4-7), e que no futuro virá como o Príncipe da Paz (Is. 6.9; Ap. 19-22). Antes disso Israel precisará se arrepender dos seus pecados (Mq. 6.1-2), fazer o bem e andar humildemente diante do Senhor (Mq. 6.3-8), pois Deus não terá o culpado por inocente (Mq. 6.9-16). Miquéias lamentou a derrota de Israel e a corrupção da sociedade na qual vivia (Mq. 7.1-7), mas concluiu com uma mensagem de esperança, pois um dia a nação se voltará para o Senhor (Mq. 7.11-17). O Deus de Israel é compassivo e perdoador, e fiel para cumprir as Suas promessas (Mq. 7.18-20).

3. PARA HOJE: Miquéias tem muito a dizer para a igreja destes dias, a começar pelo seu nome: Quem é igual a Deus?. Essa é uma pergunta que as igrejas cristãs precisam fazer constantemente. De vez em quando esquecemos que Deus exige exclusividade, e O substituímos por ídolos (Mt. 4.10). As seduções do presente século estão conquistando muitas igrejas, que estão se distanciando dos princípios bíblicos (Gl. 1.7-9). A corrupção está invadindo muitas igrejas, a liderança, a fim de tirar proveito financeiro, está fazendo concessões com a verdade (Ap. 2.10,15). A mensagem de Deus continua sendo a mesma, por isso não podemos deixar de fazer o bem (Gl. 6.9). Esta geração volúvel precisa aprender a se manter firme e constante na obra do Senhor, ciente que tudo o que fazemos para Ele não é vão (I Co. 15.58). A sociedade moderna endeusou o dinheiro, não busca outra coisa senão a prosperidade financeira (Mt. 6.24). Mas a igreja, em obediência à Palavra de Deus, deve ser rica perante Deus (Lc. 12.16-21), e não se fundamentar nas riquezas materiais (Ap. 3.17,18). Ao invés de pactuar com a corrupção, deverá denunciá-la, somente assim estará cumprindo seu ministério profético (I Tm. 3.15). O reino da igreja não é deste mundo, pois Jesus, o Rei dos reis, que nasceu em Belém, já governa sobre seus súditos (Jo.18.36). Ele também é o Bom Pastor, pois entregou Sua vida pelas ovelhas, e as conhece individualmente, chamando-as pelo nome (Jo. 10.11-14). Suas ovelhas O obedecem, pois escutam a Sua voz, nela se comprazem, sabem que nEle há vida abundante (Jo. 10.4,10).

CONCLUSÃO: O Senhor é o nosso Pastor, por isso de nada temos falta, Ele nos é suficiente (Sl. 23.1). Essa agradável revelação nos motiva à obediência, não como um fardo pesado a ser carregado, mas por amor (Jo. 14.21). A obediência a Deus é resultado de um andar constante com Deus, por meio do qual o Espírito Santo produz o Seu fruto (Gl. 5.22). Aqueles que seguem por esse caminho não estão imunes ao pecado, mas quando pecam, se arrependem e o confessam, buscando o Senhor, que é misericordioso para perdoar (I Jo. 1.9; 2.1). PENSE NISSO!

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JONAS – A MISERICÓRDIA DIVINA


Textos: Jn. 3.10 – Jn. 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2


INTRODUÇÃO: A misericórdia de Deus incomoda a muita gente, os religiosos não admitem que um Deus condescendente com o pecador. Há até cristãos que não conseguem conviver com a graça – o favor imerecido de Deus – aos pecadores. No estudo desta semana, a partir de Jonas, aprenderemos a aceitar o princípio da misericórdia. A princípio trataremos a respeito de alguns aspectos do livro, em seguida, sua mensagem, e por último, sua aplicação para hoje.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS: Jonas, o filho de Amitai, o “profeta patriota”, residente em Jerusalém, um dos profetas de Deus em Israel, chamado para profetizar contra Nínive, a capital do império Assírio. O propósito do seu livro é mostrar a extensão da misericórdia (Deus não trata o pecador como merece) e da graça divina (Deus oferece ao pecador o que não merece). A data provável do livro é 785 – 760 a. C., no tempo de Jeroboão II (II Rs. 14.25), época em que a Assíria era o maior inimigo de Israel e conquistou a nação em 722 a.C. O versículo-chave se encontra em Jn. 4.11 “E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?”. Esse livro apresente uma característica especial em relação aos outros profetas, ele traz apenas uma mensagem profética, que se encontra em Jn. 3.4. Trata-se, portanto, de um gênero narrativo, mas que não deixa de ter um caráter profético, pois revela a mensagem de Deus em relação aos pecadores, independentemente da nação. Alguns teólogos argumentam que a narrativa de Jonas seria apenas uma parábola, por conseguinte, não conteria fatos históricos. Mas não existem evidências que comprovem tal afirmação. O testemunho de Cristo a respeito da história de Jonas mostra que se trata de uma história verídica (Mt. 12.38-42). O livro apresenta a seguinte estrutura: Deus comissiona Jonas para ir a Nínive, e este O desobedece, sendo engolido por um grande peixe, (Jonas 1,2); Deus reenvia Jonas para Nínive, a cidade se arrepende dos pecados, por isso o profeta fica amargurado (Jn. 3,4).

2. A MENSAGEM DE JONAS: Jonas recebeu a missão de Deus para pregar em Nínive, mas foge e segue para Tarsis (Jn. 1.1-4). Por causa da fuga, o navio no qual o profeta se encontra é ameaçado por terrível tempestade. Diante de tal ameaça, Jonas testemunha da sua relação com o Deus de Israel e sugere que seja lançado ao mar (Jn. 1.5-16). Eles obedecem a orientação do profeta, mas depois que está na água, Jonas é engolido por um grande peixe, este preparado por Deus (Jn. 1.17). Do interior do animal, denominado por ele de “ventre do abismo” (Jn. 2.2), Jonas ora a Deus e se rende, reconhecendo sua desobediência, e lembrando-se do Senhor (Jn. 2.7), e propondo-se a obedecê-lo (Jn. 2.9). Após sua oração de rendição, por ordem soberana de Deus, o peixe lança Jonas em terra seca (Jn. 2.10). Em obediência a Deus, mesmo contra a vontade própria, Jonas segue para Nínive, por onde caminha anunciando a destruição iminente da cidade (Jn. 3.1). O profeta não desejava que as pessoas se arrependessem, pois se tratavam de inimigos de Israel. Mas o povo, atemorizado com a mensagem, se volta para Deus, o próprio rei decreta jejum (Jn. 3.3.5-9). Acontece justamente o que Jonas temia, o povo deu ouvido à palavra de Deus, o profeta patriota ficou amargurado, pois por causa do arrependimento dos ninivitas Deus exerceu misericórdia (Jn. 4.1-4). Enquanto Jonas se encontra fora da cidade, Deus ordena a uma vinha que cresça para dar sombra ao profeta (Jn. 4.5,6). Mas no outro dia um verme consome a planta, fazendo com que o profeta fique deprimido, desejoso de morrer (Jn. 4.7,8). Deus dá uma lição a Jonas, revelando Sua misericórdia aos pecadores (Jn. 4.9-11).

3. PARA HOJE: Os cristãos receberam do Senhor uma missão, na verdade, uma Grande Comissão, da qual não podem fugir, a de fazer discípulos de todas as nações (Mt. 28.19-20). Uma igreja genuinamente cristã não foge da responsabilidade de testemunhar do evangelho de Jesus Cristo até aos confins da terra (At. 1.8). O evangelho de Cristo é a verdade de que a salvação vem do Senhor, pois Jesus é a salvação dos pecados (Mt. 1.9,21). Ciente dessa missão, devemos levar adiante a palavra de Deus, que é mais afiada que espada de dois gumes, que penetra nas divisões da alma e do espírito, juntas e medulas, e que julga os pensamentos e atitudes do coração (Hb. 4.12). Não poucas vezes queremos colocar Deus dentro do nosso escopo, queremos que Ele julgue de acordo com nossas vontades. Jesus se deparou com esse problema na religiosidade da sua época. Os fariseus não admitiam que Ele estivesse entre os pecadores (Lc. 5.30-32). Aqueles religiosos achavam que apenas eles eram dignos de Deus, mas Jesus os surpreende afirmando que publicanos e prostitutas o precederiam no Reino dos céus (Mt. 21.32). Esse é o principal entrave da religião humana, ela está fundamentada na auto justiça, não atenta para a verdade evangélica de que todos são pecadores, necessitados salvação pela graça divina (Rm. 3.23; Ef. 2.8,9). As pessoas que pensam que são boas perante Deus, e que por isso não precisam de arrependimento, tendem à hipocrisia (Lc. 18.11; 23.27-28). E esta, por sua vez, pode fazer com que as pessoas não se apercebam dos seus pecados, convivam com eles como se tudo estivesse normal, mesmo dentro das igrejas (Ap. 3.17,18).

CONCLUSÃO: A mensagem do evangelho de Jesus Cristo é de salvação, devemos levá-la a todos, indistintamente, arrebatando-os do fogo (Jd. 23). Deus, em sua misericórdia, não tem em conta o tempo da ignorância, antes anuncia a todos, em todo lugar, que se arrependam (At. 17.30). Mas devemos também lembrar que não há nenhum justo, nenhum sequer, portanto, todos se fizeram inúteis perante Deus (Rm. 3.10-12). Por isso, tenhamos cuidados para não agir como os fariseus, e deixarmos de exercitar a misericórdia (Mt. 23.23), pois graças a esta podemos nos aproximar de Deus (Ef. 2.3-5; I Tm. 1.13-16; Hb. 4.16). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!