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MISSÕES E A IGREJA PERSEGUIDA

 

Texto Base: Atos 6.8,9,13,14; 8.1-4

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm.3:12).

Atos 6:

8.E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.

9.E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.

13.Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;

14.porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.

Atos 8:

1.E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.

2.E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.

3.E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.

4.Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.

INTRODUÇÃO

A perseguição contra os cristãos é, de fato, uma realidade preocupante em muitas partes do mundo, afetando, segundo fonte especializada, cerca de 350 milhões de cristãos. Muitas vezes, a obra missionária é realizada num contexto de perseguição religiosa, política e cultural.

No princípio da igreja, os apóstolos enfrentaram perseguição por parte das autoridades judaicas e romanas devido à pregação do Evangelho de Jesus Cristo. O livro de Atos dos Apóstolos apresenta diversos relatos de perseguição enfrentados pelos primeiros seguidores de Jesus Cristo. Por exemplo, Pedro e João foram presos e interrogados por curar um homem coxo no Templo (Atos capítulos 3 e 4).

A mensagem de Cristo desafia regimes autoritários e movimentos ativistas contrários aos ditames da Palavra de Deus, o que pode levar a hostilidades contra os seguidores de Cristo. Hoje, muitos missionários e cristãos enfrentam detenções arbitrárias, interrogatórios e prisões em vários países por espalharem a mensagem do Evangelho. É importante que os cristãos estejam cientes dessa realidade e continuem a orar, apoiar e defender aqueles que enfrentam perseguição por causa de sua fé e da mensagem do Evangelho de Cristo.

Nesta Aula vamos explorar alguns relatos de perseguições no início da Igreja, registrados no Atos dos Apóstolos, e como eles se relacionam com a perseguição contemporânea.

I. A IGREJA NASCEU EM UM CONTEXTO DE PERSEGUIÇÃO

1. A perseguição contra Estêvão, o primeiro mártir

Estêvão era um dos primeiros diáconos da igreja primitiva, conhecido por sua fé fervorosa e pela graça que Deus derramava sobre ele, permitindo que realizasse milagres e prodígios entre o povo (Atos 6:8). No entanto, suas atividades atraíram a atenção e a oposição da sinagoga dos Libertos, dos cirenenses, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, que disputaram com ele. Eles não conseguiram resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava (Atos 6:9,10). Esses opositores subornaram homens para que falsamente alegassem que Estêvão estava blasfemando contra Moisés e contra Deus. Essas acusações resultaram em Estêvão sendo levado ao Sinédrio, o conselho judaico (Atos 6:11-14).

Estêvão, em sua defesa diante do Sinédrio, fez um discurso abrangente que revisou a história do povo de Israel desde Abraão até Jesus Cristo. Ele os repreendeu pela resistência ao Espírito Santo e acusou-os de terem traído e assassinado os profetas, culminando com a traição e assassinato de Jesus Cristo (Atos 7:1-53). Essas palavras enfureceram o Sinédrio, e eles o apedrejaram até a morte, com Saulo (que posteriormente se tornou o apóstolo Paulo) consentindo e guardando as roupas daqueles que o apedrejavam (Atos 7:54-60). Este evento marcou o início de uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, levando os crentes a se espalharem e a proclamar o evangelho em outras regiões (Atos 8:1-4).

A morte de Estêvão como mártir é um exemplo poderoso da intensa perseguição que os primeiros cristãos enfrentaram por causa de sua fé em Jesus Cristo e sua disposição de defender essa fé, mesmo sob ameaça de morte. Este evento também teve um impacto profundo na disseminação do cristianismo, com a perseguição resultando na expansão da mensagem do Evangelho para além de Jerusalém e da Judeia.

2. A igreja foi dispersada

A perseguição desencadeada pela morte de Estêvão levou os cristãos a fugirem de Jerusalém para escapar da perseguição iminente. Isso resultou na dispersão dos crentes para outras regiões, como a Judéia e Samaria (Atos 8:1). Essa dispersão foi um elemento-chave para a propagação do Evangelho além das fronteiras de Jerusalém.

Mesmo em meio à perseguição e ao deslocamento, os cristãos não cessaram de proclamar a Palavra de Deus. Eles levaram o Evangelho consigo para as áreas para onde foram dispersos, cumprindo a comissão de Jesus de serem suas testemunhas "até os confins da terra" (Atos 1:8). A perseguição, de certa forma, serviu para fortalecer a determinação dos crentes em compartilhar a mensagem de salvação.

A dispersão dos cristãos resultante da perseguição contribuiu para a disseminação do cristianismo para diferentes culturas, povos e regiões geográficas. Essa expansão foi fundamental para o crescimento da Igreja de Cristo em suas primeiras décadas e séculos.

A perseguição, portanto, embora tenha trazido sofrimento e perda para os primeiros cristãos, também serviu como um catalisador para a expansão do cristianismo e a consolidação da identidade e missão da Igreja. Essa dinâmica é um tema recorrente ao longo da história da Igreja, onde a perseguição muitas vezes desencadeia um crescimento fervoroso e uma resiliência na fé. Os primeiros cristãos viveram uma realidade que não é distante de muitos outros em pleno século XXI.

3. A perseguição cristã é uma realidade

A perseguição é o ato de assediar, oprimir, dificultar ou negar os direitos fundamentais, incluindo a tortura e execução, com base em diferenças étnicas, políticas e religiosas. Infelizmente, isto é uma triste realidade que afeta os cristãos em diferentes partes do mundo. De acordo com os dados do portal “Missão Portas Abertas”, são aproximadamente mais de 360 milhões de cristãos no mundo que enfrentam oposição, discriminação, prisões e violências graves, simplesmente por exercer sua fé em Jesus Cristo. Muitos cristãos em vários países do mundo, principalmente na região da janela 10/40, são discriminados, presos e até mesmo torturados, e mortos.

Essa situação destaca a importância de promover e defender a liberdade religiosa e os direitos humanos fundamentais em todas as partes do mundo. A conscientização sobre essa questão é crucial para mobilizar a comunidade internacional a agir contra a perseguição aos seguidores de Cristo e buscar soluções para proteger aqueles que estão em situações de risco devido à sua fé.

II. A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ NA ATUALIDADE

1. Em muitos lugares ser cristão é perigoso

Isto é uma realidade atual. Em muitas regiões do mundo, principalmente na região da janela 10/40, ser cristão pode ser extremamente perigoso. Ao abraçar a fé em Jesus e proclamá-la, muitas pessoas enfrentam uma resistência contundente, levando-as a ter que abandonar suas famílias, perder empregos, bens e até mesmo seus direitos fundamentais. Lamentavelmente, em diversos lugares, viver como cristão ou missionário está intrinsecamente ligado a expatriação, ao ostracismo, prisão, tortura, mutilação e até a ameaça de morte.

Diante desse cenário, é imperativo expressar gratidão a Deus pela liberdade religiosa que ainda desfrutamos em nosso país. Simultaneamente, devemos permanecer alertas em relação a ideologias e movimentos políticos que, de maneira dissimulada, buscam minar a influência da igreja sob o pretexto de uma suposta neutralidade religiosa. É fundamental reconhecer que a Constituição Brasileira garante a inviolabilidade da liberdade de consciência e crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de adoração e suas práticas (artigo 5º, inciso VI da Constituição Federal de 1988).

Se for necessário, tal como o apóstolo Paulo, não devemos hesitar em utilizar os meios legais, conforme necessário (conforme registrado em Atos 22:25-29), para defender e preservar nossos direitos e liberdades religiosas, respeitando sempre o princípio da lei e da justiça. Mas é valido ressaltar que a liberdade religiosa que desfrutamos, amparada por esta cláusula pétrea da constituição, não deve ser usada como desculpa para promover o ódio, a discriminação ou a violência contra outros grupos religiosos ou pessoas com diferentes crenças. A diversidade de crenças é uma parte fundamental da sociedade e deve ser celebrada e respeitada.

É fundamental que apoiemos e ajudemos aqueles que enfrentam perseguição religiosa em todo o mundo. Isso pode ser feito por meio de organizações que trabalham para proteger os direitos humanos, promover a liberdade religiosa e fornecer ajuda e refúgio aos perseguidos.

2. Coreia do Norte: a nação mais fechada ao Evangelho

A Coreia do Norte é o pais que segue um sistema governamental rígido e fechado considerado uma autocracia. Historicamente, esse país tem relativo apoio de países como China e Rússia. Mesmo assim, é considerado um dos países mais fechados e isolados do mundo.

A perseguição religiosa na Coreia do Norte é uma das mais extremas do mundo. É um país onde o regime autoritário exerce um controle rigoroso sobre a vida dos cidadãos, reprimindo qualquer forma de dissidência e impondo um culto de personalidade em torno dos líderes do país. O governo promove uma ideologia oficial que coloca os líderes do país como figuras quase divinas, tornando qualquer outra crença uma ameaça ao regime.

Os cristãos são particularmente visados, pois sua lealdade a Deus é vista como uma competição direta com a lealdade exigida por este país Os que são descobertos praticando sua fé podem enfrentar prisão, tortura, execução e, em alguns casos, até mesmo seus familiares podem ser punidos. Imagine o que é fazer a obra missionária num país como a Coreia do Norte! Apesar disso, há muitos missionários ousados e destemidos que se arriscam em levar o Evangelho para os norte-coreanos. Quando vão não sabem se voltam para os seus países de origem.

A combinação de repressão política, controle estatal e desastres econômicos, como a fome que assolou o país, torna a situação humanitária na Coreia do Norte terrível. Milhões de pessoas estão em extrema necessidade, sofrendo de desnutrição, falta de acesso a cuidados médicos adequados e condições precárias de vida. A situação na Coreia do Norte é profundamente preocupante, tanto em termos de perseguição religiosa quanto das condições humanitárias enfrentadas pela população. Portanto, orar pela situação na Coreia do Norte e apoiar organizações que trabalham para mitigar o sofrimento e promover a liberdade religiosa é crucial para trazer conscientização e alívio a uma população que enfrenta enormes desafios.

III. COMO AJUDAR A IGREJA PERSEGUIDA

1. Conhecer a gravidade da situação

A preocupação com a perseguição cristã é muito válida e é importante buscar formas de ajudar a igreja perseguida ao redor do mundo. Infelizmente, como argumenta o pr. Wagner Gaby, não é tão fácil ter acesso a informações de qualidade em relação ao contexto de perseguição cristã no mundo. Lamentavelmente, parece que há má vontade das mídias internacionais em divulgar esse quadro de violação aos direitos fundamentais do ser humano. Por isso, precisamos tomar consciência do terror religioso que a perseguição cristã nos revela. Nesse sentido, devemos ter acesso a dados e informações sérias e objetivas. Aqui estão algumas maneiras de fazer isso:

a)    Informar-se e Educar. A educação é o primeiro passo para entender a extensão do problema e criar consciência sobre a necessidade de ajuda. Sites como SENAMI, Missão Portas Abertas e Voz dos Mártires fornecem informações detalhadas sobre a perseguição cristã em diferentes partes do mundo. Estas plataformas prestam um excelente serviço de informação e apoio aos cristãos perseguidos.

b)   Compartilhar a Conscientização. Deve-se utilizar das redes e mídias sociais, blogs ou outras plataformas para compartilhar informações sobre a perseguição religiosa. Quanto mais pessoas estiverem cientes do problema, maior será a chance de mobilizar apoio e ação.

É crucial que as pessoas estejam cientes da perseguição que os cristãos enfrentam e se envolvam ativamente para apoiar e defender a liberdade religiosa em todo o mundo.

2. Orar pela igreja perseguida

A oração é uma ferramenta poderosa. Portanto, devemos orar pelos cristãos perseguidos e pelos missionários, por suas famílias, pela proteção e pela liberdade de pregar o evangelho de Cristo, e praticar a fé cristã.

Oremos também por aqueles que estão perpetuando a perseguição, para que possam encontrar a paz e a compreensão; estes, mais do que nunca, precisam urgentemente da salvação em Cristo Jesus. A Bíblia nos ensina que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg.5:16).

3. Se envolva com a causa da igreja perseguida

Engajar-se com a causa da igreja perseguida começa com a disposição de orar pelos cristãos que enfrentam perseguição. Ao fazer isso, abrimos nosso coração para a voz do Espírito Santo, tornando-nos mais sensíveis às Suas direções. O Espírito Santo pode nos chamar para uma ação mais direta e efetiva em prol da causa dos crentes perseguidos. Orar em forma de clamor, de intercessão fervorosa, com efusiva sinceridade.

O simples ato de orar pelos cristãos perseguidos nos conecta emocionalmente à causa deles. Ao ouvirmos os testemunhos de cristãos que permanecem firmes em sua fé diante de um governo opressor, somos profundamente impactados. Essas histórias desafiam nossa complacência e nos incentivam a viver o Evangelho de forma mais comprometida e apaixonada.

Os relatos dos cristãos perseguidos ilustram uma dimensão da fé que muitos cristãos no Ocidente, por vezes, não compreendem totalmente. Eles enfrentam desafios extraordinários, expondo-se a situações difíceis e perigosas para praticar sua fé. Isso nos faz refletir sobre a natureza verdadeira e radical do seguimento de Cristo, encorajando-nos a viver nossa fé com maior intensidade e coragem.

Os órgãos e instituições governamentais precisam pressionar os governos e as organizações internacionais para que tomem medidas contra a perseguição religiosa e exerçam pressão política e diplomática em países onde a perseguição é prevalente.

CONCLUSÃO

É verdadeiramente angustiante que, mesmo nos tempos atuais, haja lugares onde pessoas são mortas por professar sua fé em Jesus Cristo. A perseguição religiosa persiste, alimentada por ideologias que se opõem aos princípios da fé cristã. Neste século XXI, é essencial que estejamos conscientes dessas atrocidades e unamos nossas vozes em oração pelos nossos irmãos e irmãs perseguidos ao redor do mundo.

Oremos fervorosamente para que Deus conceda força e coragem aos nossos irmãos e irmãs que enfrentam tal perseguição. Que Ele os envolva com Sua proteção e amor, fortalecendo-os em meio às dificuldades e dando-lhes perseverança para continuar firmes em sua fé. Que a presença de Deus seja uma fonte de consolo e esperança para eles, mesmo nos momentos mais sombrios.

Que possamos ser uma igreja que se regozija em estar na presença de Deus e que, movidos pelo amor e compaixão, intercede fervorosamente pela obra missionária, especialmente pela igreja perseguida. Que possamos fazer a diferença através da nossa união em oração, apoio prático e defesa em prol da liberdade religiosa e dos direitos humanos.

Que Deus nos guie e nos capacite a ser uma luz no mundo, levando amor, paz e esperança a todos, especialmente àqueles que enfrentam a perseguição por causa do nome de Jesus. Oremos para que a justiça prevaleça e para que a perseguição seja erradicada, permitindo que todos possam praticar sua fé livremente e viver em paz. Amém.

O DESAFIO DA JANELA 10/40

 Texto Base: Efésios 6:10-20
“E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm.15:20).

Efésios 6:

10.No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

11.Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;

12.porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

13.Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.

14.Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,

15.e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;

16.tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

17.Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,

18.orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos

19.e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,

20.pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.

INTRODUÇÃO

Nesta Lição trataremos de um assunto muito importante do ponto de vista missionário: a Janela 10/40. Esta é uma área que vai desde o norte da África, passando pelo Oriente Médio e a Ásia central e oriental, entre os paralelos 10 e 40 ao norte da linha do Equador. Essa área do globo constitui o grande desafio para a igreja neste século. Os países que formam a Janela 10/40 são os seguintes:

Ø  Oriente Médio – 21 países: Arábia Saudita, Argélia, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Palestina, Jordânia, Kuweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Síria, Sudão, Tunísia e Turquia.

Ø  África – 12 países: Benin, Burkina, Cabo Verde, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Níger e Senegal.

Ø  Ásia – 21 países: Afeganistão, Bangladesh, Barein, Butão, Camboja, China, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Filipinas, Índia, Japão, Laos, Malásia, Maldivas, Mongólia, Nepal, Paquistão, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan (Formosa) e Vietnã.

Ø  Eurásia – 3 países: Cazaquistão, Turcomênia e Tadjiquistão.

Ø  Europa – 4 países: Albânia, Chipre, Gibraltar e Grécia.

As várias características da Janela 10/40 para as quais os crentes devem atentar:

ü  Primeira: Ali vive grande parte da população mundial, e embora essa zona represente apenas 1/3 da superfície da Terra, ela é habitada por quase 2/3 da população mundial.

ü  Segunda: As duas nações mais populosas da Terra estão dentro dela: a Índia e a China, que juntas perfazem quase que a metade da população do mundo.

ü  Terceira: É aí que estão as pessoas que mais precisam da mensagem do Evangelho; representa mais de noventa por cento do povo menos evangelizado da Terra.

ü  Quarta: O islamismo tem imperado nessa parte do globo; é o local do nascimento das principais religiões do mundo: judaísmo, hinduísmo, budismo, cristianismo e islamismo.  É triste, mas vale à pena lembrar que com exceção do cristianismo, todas as outras religiões têm presença forte nessa área.

É válido salientar que, no passado, o cristianismo teve forte influência nesta parte do globo; nasceu lá. As igrejas da Ásia Menor estavam lá, agora está tomado pelo islamismo. Por que isto ocorreu? O grito de socorro do carcereiro de Filipos ainda ecoa de lá – “Que devo fazer para que seja salvo?”.

É na janela 10/40 onde se encontra a maior incidência dos problemas sociais da Terra. A maioria dos povos mais pobres do mundo, cerca de oitenta por cento acha-se nesse espaço do globo, além de serem muito fechados à mensagem do Evangelho. Diante desse quadro, apresentaremos maneiras com que podemos enfrentar esse grande desafio da evangelização mundial.

I. UMA BATALHA ESPIRITUAL CHAMADA DE JANELA 10/40

1. Uma verdadeira batalha espiritual

O texto de Efésios 6:10-20 destaca a existência de uma batalha espiritual na qual os crentes em Cristo estão envolvidos. Esta batalha espiritual sujeita-nos a ataques astutos e cruéis do inimigo, conforme mencionado em Efésios 6:11. Dentro desse contexto, é crucial reconhecer que a obra missionária é um campo onde esta luta espiritual ocorre intensamente. É um cenário de enfrentamento e combate que deve ser guerreado com toda reverência, zelo e temor. Portanto, ao nos engajar nessa batalha espiritual na missão, é vital escolher com sabedoria as ferramentas e estratégias que empregaremos para enfrentá-la.

2. Nessa batalha devemos usar armas espirituais

O apóstolo Paulo nos lembra de que nossa batalha não é contra seres humanos, mas contra forças espirituais malignas no mundo celestial (Ef.6:12). Para combater o inimigo nesta batalha é preciso de armas adequadas – a armadura de Deus (Ef.6:11-17). A saber:

ü  O Cinto da Verdade: Representa viver em verdade e integridade.

ü  A Couraça da Justiça: Simboliza viver uma vida justa e reta.

ü  Os Calçados do Evangelho da Paz: Representam estar preparado para pregar o evangelho e viver em paz.

ü  O Escudo da Fé: Significa confiar em Deus para proteção e defesa contra os ataques do inimigo.

ü  O Capacete da Salvação: Simboliza a esperança e segurança da salvação que temos em Cristo.

ü  A Espada do Espírito: Representa a Palavra de Deus, a Escritura, que é uma arma poderosa contra o mal.

ü  A Oração (Ef.6:18-20): Paulo também enfatiza a importância da oração contínua e vigilante como uma arma crucial na batalha espiritual. Devemos orar uns pelos outros e pela obra missionária, buscando a orientação e proteção de Deus.

Portanto, os missionários devem estar equipados com essa armadura e buscar a orientação divina por meio da oração, para enfrentar os desafios e as artimanhas espirituais que possam surgir durante seu trabalho de disseminar a mensagem do evangelho.

3. Enfrentando a batalha espiritual da Janela 10/40

Essa região é como uma janela simbólica que apresenta complexos desafios; é um campo de batalha espiritual bastante tenso. Ali, satanás tem estabelecido o seu trono, e utilizado de seus instrumentos e armas para destruir qualquer cenário diferente do seu.

A "Janela 10/40" é um local de grande relevância para a missão e evangelização devido à sua concentração de cerca de 67 nações. Essas nações enfrentam extrema pobreza e têm uma forte resistência à propagação do cristianismo. Elas abrigam a maioria dos povos não alcançados, compreendendo quase quatro bilhões de pessoas, ou seja, dois terços da população mundial.

Nessa área, estão concentradas as três maiores religiões não cristãs do mundo: o Islamismo, o Budismo e o Hinduísmo. A situação socioeconômica desafiadora desses países e suas barreiras culturais e políticas tornam o trabalho missionário especialmente difícil. No entanto, essa janela representa uma oportunidade estratégica para levar a mensagem do evangelho em locais onde a necessidade espiritual é imensa.

Portanto, a "Janela 10/40" é uma representação simbólica de uma região geográfica vital para o avanço da missão global, onde a evangelização enfrenta obstáculos, mas onde o potencial de impacto é imenso, abrangendo uma grande parte da população mundial.

II. PRINCIPAIS DESAFIOS DA JANELA 10/40

Como já dissemos anteriormente, a expressão "janela 10/40" se refere a uma área geográfica específica que vai aproximadamente de 10 graus a 40 graus de latitude norte do equador, abrangendo várias nações com populações predominantemente não cristãs. Essa região é frequentemente mencionada no contexto de missões cristãs, pois é considerada uma das áreas mais desafiadoras e estratégicas para a disseminação do cristianismo.

Os principais desafios relacionados à "janela 10/40" incluem:

1. A necessidade humana

A "janela 10/40" engloba muitas nações e regiões com altos índices de pobreza, falta de acesso a cuidados de saúde adequados, educação limitada e condições de vida precárias. Nessa região estão as pessoas mais necessitadas financeiramente da Terra. Ali estão as maiores megalópoles (cidades com mais de um milhão de habitantes). A situação nessas megalópoles é muitas vezes marcada pela pobreza extrema, falta de saneamento adequado, escassez de água potável, desnutrição e outros problemas de saúde. Além disso, conflitos políticos, étnicos e religiosos são comuns em algumas áreas, resultando em violência, deslocamento forçado e trauma psicológico.

É essencial abordar essas questões com compaixão, solidariedade e ações práticas. O envolvimento dos missionários para oferecer ajuda humanitária, serviços de saúde, educação e apoio emocional é vital para mitigar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas na "janela 10/40".

Certamente, a mensagem do Evangelho de Jesus é uma fonte de esperança, conforto e transformação pessoal. É importante que essa mensagem seja pregada a fim de oferecer a salvação e esperança em Cristo Jesus em meio às adversidades enfrentadas por essa população. O amor, a compaixão e o compromisso são fundamentais para alcançar e impactar positivamente a vida das pessoas nessa região, que não pode permanecer fechada à mensagem do Evangelho de Jesus.

“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef.6:12).

2. O desafio da perseguição

Em várias nações da "janela 10/40", a perseguição aos cristãos é, de fato, um grande desafio. Os cristãos enfrentam diversos tipos de perseguição, incluindo restrições legais, discriminação social, violência física, detenção, tortura e até mesmo a morte em alguns casos, o que torna o trabalho missionário desafiador e perigoso.

Segundo informações do portal da Missão Portas Abertas, alguns países na "Janela 10/40" têm leis que limitam ou proíbem a prática do cristianismo. Estas leis são muitas vezes usadas para perseguir os crentes e restringir a liberdade religiosa, e na maioria dos casos são levados à prisão, tortura e morte. Além disso, a pressão social, muitas vezes impulsionada por familiares, comunidade e governo, pode criar um ambiente hostil para os que decidem seguir a fé cristã.

Estes e outros desafios refletem a complexidade da tarefa de espalhar e consolidar a fé cristã na "janela 10/40. Organizações como a Missão Portas Abertas e outras dedicadas à liberdade religiosa e direitos humanos trabalham para aumentar a conscientização sobre a perseguição religiosa na "Janela 10/40", fornecer apoio prático e espiritual aos afetados e advogar por mudanças nas políticas e práticas que visam garantir a liberdade de religião e crença para todos. A conscientização global sobre essa realidade é crucial para mobilizar esforços internacionais visando a proteção dos direitos humanos e a promoção da tolerância religiosa na "Janela 10/40", e em todo o mundo.

Mas, infelizmente, o que se nota é que está aumentando em muito a oposição ao cristianismo nestes países e até mesmo em países, que décadas atrás, predominava a religião cristã. Em breve, o mundo não tolerará o cristianismo ortodoxo. Hoje mesmo, aqui no Brasil, nos sermões evangelísticos não se pode mais empregar textos da Bíblia que venham de encontro aos movimentos ativistas, os quais se infiltram de uma maneira poderosa nas instituições governamentais. Estamos vivendo tempos difíceis. Os escritores sagrados da Bíblia vaticinaram isto (2Tm.3:1-5); Mt.24:10-12; 1Tm.4:1; 2Pd.2:1; 1João 2:1).

III. ESTRATÉGIAS PARA ALCANÇAR PAÍSES DA JANELA 10/40

1. Orando pela Janela 10/40

É de grande importância a oração pelos cristãos e missionários que enfrentam perseguição nos países da janela 10/40. A oração é uma ferramenta poderosa e essencial para fortalecer e manter de pé os missionários que dedicam suas vidas a levar a mensagem do Evangelho a lugares onde enfrentam adversidades e perseguições.

Orar por mais igrejas mantenedoras e obreiros dispostos a se envolver nessa missão é fundamental para ampliar o impacto do trabalho missionário nesses territórios. Além disso, a oração pode abrir os corações dos crentes para a direção de Deus em suas vidas, levando a descobertas de vocações e chamados para servir de maneiras diferentes. É um momento de reflexão e ação, onde podemos buscar a orientação divina e ser motivados a contribuir para a propagação do evangelho e o bem-estar espiritual dos povos não alcançados.

Que possamos unir nossos corações em oração, pedindo a Deus que dê força, coragem e sabedoria aos missionários, protegendo-os e capacitando-os para levar a luz do Evangelho a lugares onde ela é tão necessária. Oremos também para que mais pessoas sejam inspiradas a se dedicar à missão de alcançar os povos não alcançados, e que possamos fazer a diferença através do nosso compromisso com a oração e a ação.

2. Evangelização por meio da ação social

A evangelização por meio da ação social é uma estratégia eficaz e impactante para levar a mensagem do Evangelho a lugares onde pode haver resistência ou desconfiança em relação à fé cristã. Ela permite que os missionários demonstrem o amor de Cristo de maneira tangível e prática, atendendo às necessidades reais das comunidades e construindo relacionamentos baseados no serviço e na compaixão.

A Bíblia nos ensina sobre a importância de demonstrar amor na prática, não apenas com palavras, mas por meio de ações concretas que beneficiem o próximo (1João 3:17,18; Rm.12:20; Fp.2:4; Tg.1:27; 2:14-17). Esse tipo de abordagem alinha-se com o exemplo de Jesus, que não apenas pregou, mas também curou, alimentou e cuidou das pessoas.

Ao executar um trabalho social por meio de um planejamento bem elaborado, os missionários podem oferecer ajuda em diversas áreas, como educação, saúde, alimentação, habitação e sustento. Isso não apenas supre necessidades físicas, mas também cria oportunidades para compartilhar a mensagem do Evangelho de forma contextualizada e relevante para a vida das pessoas.

Além disso, ao incorporar princípios bíblicos de justiça, compaixão e cuidado ao trabalho social, os missionários podem transmitir valores que estão alinhados com a fé cristã, fortalecendo a aceitação e a receptividade da mensagem do evangelho.

Que possamos continuar a buscar maneiras criativas e eficazes de compartilhar o amor de Cristo por meio de ações sociais que atendam às necessidades práticas das pessoas, contribuindo para a transformação de vidas e comunidades.

3. A ação médica-missionária

A ação médica-missionária é, sem dúvida, uma estratégia poderosa para alcançar os países da Janela 10/40. Ela representa uma abordagem prática para demonstrar o amor de Cristo, atendendo às necessidades de saúde das pessoas e proporcionando cuidados físicos e emocionais em um contexto onde o acesso à assistência médica pode ser limitado.

Certa feita Jesus afirmou que “os sãos não necessitam de médicos, mas sim os doentes" (Mt.9:12). Isto destaca a compreensão de Jesus sobre a importância de atender às necessidades físicas das pessoas como um meio de abrir portas para atender suas necessidades espirituais.

Ao cuidar das enfermidades físicas, os médicos e profissionais de saúde podem criar um ambiente propício para compartilhar o Evangelho e demonstrar o amor de Cristo de maneira tangível. Além dos médicos, outras profissões da área de saúde, como enfermeiros, dentistas, terapeutas e profissionais de saúde mental, são igualmente valiosas para nesta missão. A presença desses profissionais na área da saúde pode não apenas tratar doenças, mas também fornecer educação sobre higiene, prevenção de doenças e promoção da saúde.

Essa estratégia não só contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas nas regiões da Janela 10/40, mas também abre portas para o testemunho do Evangelho e para a formação de relacionamentos significativos com as comunidades locais. A integração dos cuidados de saúde com a proclamação do Evangelho permite que as pessoas vejam o amor de Cristo em ação e, eventualmente, recebam a mensagem da salvação.

Que Deus continue a abençoar e capacitar os profissionais de saúde que se dedicam à obra médica-missionária, para que possam ser agentes de transformação nas vidas e comunidades das nações da Janela 10/40.

CONCLUSÃO

Sem dúvida, a evangelização dos povos da Janela 10/40 é um desafio hercúleo e requer o envolvimento e a sensibilidade de todas as igrejas locais. Qualquer pessoa que tenha um coração disposto a compartilhar o Evangelho e se dedicar à missão de alcançar essas pessoas pode participar desse esforço.

A conscientização sobre o desafio da evangelização na Janela 10/40 e o compromisso contínuo de orar, contribuir e se envolver de diversas maneiras são cruciais para enfrentar esse desafio e levar a mensagem de esperança e salvação a essa região. O engajamento coletivo e a colaboração são essenciais para alcançar esse objetivo.