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A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO

1º. Trimestre de 2010

SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- A Defesa do apostolado de Paulo
2- O Consolo de Deus em meio à aflição
3- A Glória do ministério Cristão
4- A Glória das duas alianças
5- Tesouro em vasos de barro
6- O Ministério da reconciliação
7- Paulo, um modelo de líder servidor
8- Exortação à santificação
9- O Princípio biblico da generosidade
10- A Defesa da autoridade apostólica de Paulo
11- Caraterísticas de um autêntico líder
12- Visões e revelações do Senhor
13- Solenes advertências pastorais.

Textos: II Co. 1.5 - II Co. 1.12-14; 10.4,5
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Mostrar que apesar dos dissabores e angústias da jornada cristã, jamais faltará a consoladora presença do Espírito Santo.

INTRODUÇÃO: Neste trimestre estudaremos a II Epístola de Paulo aos crentes de Corinto. Na primeiro estudo trataremos a respeito dos aspectos gerais dessa Carta. Em especial, contextualizaremos a cidade nos tempos do Apóstolo, a autoria, os objetivos, a data e a estrutura da Epístola, e ao final, apontaremos algumas lições que essa epístola nos trarão nos estudos seguintes.

1. A CIDADE DE CORINTO NOS TEMPOS DE PAULO: A cidade de Corinto nos tempos de Paulo situava-se no estreito istmo que ligava o Peloponeso ao território continental da antiga Grécia. Essa cidade foi construída sobre uma plataforma trapezoidal, com cerca de cinco quilômetros e meio a sudoeste da Corinto atual, ao pé de uma colina rochosa conhecida como Acrocorinto. Tal colina se levanta à altura de quase mil metros acima do nível do mar e abrange toda a paisagem ao redor. Essa cidade ficava no cruzamento de duas importantes rotas comerciais. A primeira era a que dava a volta pelo istmo, entre a Ática e o Peloponeso; a segunda, cortava o istmo, indo de Lecaion até Cencréia. A posição geográfica privilegiada de Corinto favoreceu o enriquecimento à custa dos impostos cobrados pela movimentação de mercadorias. Além da importância comercial, Corinto era reconhecida também pelos jogos realizados a cada dois anos e que atraiam muitas pessoas. No local havia um templo construído para a adoração a Afrodite no qual os transeuntes gastavam seu dinheiro com as prostitutas cultuais. Nos tempos do Apóstolo essa cidade estava debaixo do controle romano, ainda que tivesse características cosmopolitas em virtude da presença de pessoas dos diversos lugares que para lá se dirigiam em busca de enriquecimento. Paulo ministrou naquela cidade no período em que Cláudio era o imperador e permeneceu no local pelo período de dezoito meses, por ocasião da sua segunda viagem missionária (At. 18).

2. A II EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS: AUTORIA, DATA, OBJETIVO E ORGANIZAÇÃO: A autoria dessa Epístola aos Coríntios está explicitada em sua abertura: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo” (II Co. 1.1), além dos testemunhos históricos de Irineu, Atenágoras, Clemente de Alexandria e Tertuliano, todos do Século II. Essa é a carta mais autobiográfica do Apóstolo dos Gentios. Paulo enviara Timoteo a Corinto para levar a primeira Carta e regularizar as situações adversas na igreja daquela cidade (I Co. 4.17). Como a viagem de Timóteo não surtiu o efeito desejado, o próprio Apóstolo se encarrega de fazer uma viagem para Corinto (II Co. 12.14; 13.1). Mesmo assim, o resultado da viagem não foi satisfatório (II Co. 2.5; 7.12). Ao invés de chegar a um consenso em relação aos problemas da igreja, Paulo é rejeitado por alguns crentes de Corinto. Tais pessoas acusam-no de leviandade (II Co. 1.15), de não ter carta de recomendação (II Co. 3.1), de dar motivo de escândalo (II Co. 5.11; 6.3-4); de se beneficiar pessoalmente das ofertas (II Co. 7.2; 12.16), de usar sua oratória em benefício pessoal (II Co. 10.10; 11.6), questionam especificamente o apostolado de Paulo. Esse é justamente o objetivo de Paulo nessa Epístola: a defesa do seu apostolado. O versículo-chave que expressa esse intento se encontra em II Co. 4.7: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus Cristo”. Essa Carta provavelmente foi levada por Tito (II Co. 8.16), o qual deveria também ajudar a igreja a coletar uma oferta para os irmãos necessitados de Jerusalém. Essa Epístola, escrita provavelmente no ano 56 d. C., da Macedônia, está assim dividida:

1) Saudação e ação de graça (1.1-11);
2) A defesa de Paulo em sua relação com o evangelho (1.12-7.16);
3) A contribuição para os crentes necessitados de Jerusalém (8,9);
4) Os detratores de Paulo na igreja de Corinto (10.1-13.10). A palavra-chave da Epístola é “consolo”, pois começa (II Co. 1.3) e com ela (II Co. 13.11). O verbo “consolar” – parakaleo - em grego, aparece dezoito vezes e o substantivo – paraklesis - “consolação”, onze vezes.

3. LIÇÕES A PARTIR DA II EPÍSTOLA AOS CORINTIOS: Ao longo do trimestre estudaremos a respeito de vários assuntos que tratarão a respeito dos seguintes aspectos da II Epístola de Paulo aos Coríntios: - o consolo de Deus em meio à aflição: as aflições nos ensinam a lidar com as circunstâncias e a depender de Deus; - a glória do ministério de Cristo: a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o evangelho e na salvação dos fiéis; - a glória das duas alianças: a glória da antiga aliança desvaneceu ante a glória superior da Aliança revelada em Cristo Jesus; - tesouro em vaso de barro: embora sejamos frágeis, Deus nos usa para proclamar as boas novas e dá-nos poder para realizarmos sua obra; - o ministério da reconciliação: consiste na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo; - Paulo, um modelo de líder-servo: não age egoisticamente, antes serve ao povo de Deus com o espírito voluntário e solícito; - Exortação à santificação: através de uma vida santificada e pura o crente dedica-se ao serviço de Cristo; - o princípio bíblico da generosidade: esse princípio deva fazer parte da atitude do crente que deverá faze-lo com alegria, pela graça de Deus; - A defesa da autoridade apostólica de Paulo: sem a autoridade espiritual recebida por Deus, o obreiro não pode desempenhar o ministério de Cristo com eficácia; - Características de um autêntico líder: a liderança cristã autêntica tem por objetivo maior servir a Deus e à igreja do Senhor; - Visões e revelações do Senhor: as experiências espirituais são importantes, mas não devem ser o requisito primário para o ministério cristão; - solenes advertências pastorais: uma das responsabilidades do pastor é a disciplina da igreja, mas essa deva ser feita com amor, a fim de que os membros do corpo se desenvolvam com saúde espiritual.

CONCLUSÃO: Neste primeiro estudo destacamos alguns aspectos gerais da II Epístola de Paulo aos Coríntios, bem como os tópicos que serão estudados ao longo do trimestre. Esse estudo nos chega em momento propício, haja vista os equívocos atuais no ministério cristão, dentre eles destacamos: a profissionalização do pastorado, apostolado e bispado; o espírito torpe da ganância pelo dinheiro travestido de benção de prosperidade; e expansão do triunfalismo que se sobrepuja à cruz de Cristo. Oremos para que esses estudos, tal como a bússula que norteia o navegador, conduzam os obreiros de Deus, especialmente os mais jovens, a fim de atentaram para o sentido real do ministério cristão. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

DAVI – UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

Texto Áureo: At. 13:22
irmaoteinho@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Durante este trimestre aprendemos que Davi foi um homem escolhido por Deus para realizar a sua obra, porém surgiram alguns problemas na sua vida espiritual. Observamos que Davi foi chamado de “um homem segundo o coração de Deus.” O Senhor escolheu Davi pois ele tinha muitas virtudes para administrar, dentre elas: humildade, submissão e dedicação. “E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.” (At. 13:22)

I – DAVI E A VONTADE DE DEUS EM SUA VIDA: Davi estava na vontade de Deus, mas isto não significa dizer que ele fosse perfeito ou isento de falhas ou defeitos. O crente passa varias dificuldades, porém precisa perseverar na vontade de Deus. Embora Davi soubesse que um dia seria rei ( I Sm 16:13; 23:17; 24.20), e que o momento parecia ser mais propício quando Saul estava morto, ainda assim perguntou a Deus se deveria mudar-se para Judá, a terra natal de sua tribo. Isto nos ensina que antes de tomarmos qualquer atitude , mesmo que seja aparentemente óbvia, devemos primeiramente apresentar o assunto a Deus, o único que conhece o momento mais adequado. Davi tinha uma grande fé em Deus, por isso aguardava o cumprimento da promessa. Na Bíblia podemos destacar alguns homens de Deus que foram chamados e fizeram a vontade de Deus:

=>Abraão – Deus chama Abraão e faz promessas de ser pai de uma grande nação. (Gn 12:12)
=>Moisés – Deus chama o seu líder para tirar o povo do Egito através de uma sarça ardente. ( Êx 3:1-22)
=>Josué – Deus Chama Josué para ser substituto de Moisés. ( Js 1:1-9)
=>Isaías – Chamado e consagrado por Deus para ser Profeta. (Is. 6:1-13)
=>Jeremias – Deus chama Jeremias e faz promessas. ( Jr 1:1-19)
=>Ezequiel – Chamado por Deus para ser profeta. (Ez. 2: 11)
=>Jonas – Chamado por Deus para pregar em Nínive. ( Jn 1:1-17)

II – DAVI HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS: Davi foi escolhido por Deus, mediante o fiel coração de Davi perante o Senhor, “Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.”( I Sm 16:7) Esta foi a razão da escolha de Deus para com Davi. A aparência não revela como a pessoa é na verdade ou quais são os verdadeiros valores. Deus julga pela fé e pelo caráter; não pela aparência.

III – CARACTERÍSTICAS DE DAVI QUE TANTO AGRADARA A DEUS: Davi foi um homem que teve suas virtudes durante a sua trajetória como líder. Podemos observar algumas das suas características:

=>DAVI, O GUERREIRO – Davi foi um guerreiro habilidoso. Mesmo pela sua passagem pelo palácio real, quando ainda era jovem, suas qualidades de guerreiro já eram vistas pelo povo. (I Sm 18:5) Davi se destacou como um guerreiro. Mas possuia humildade suficiente para reconhecer que o Senhor era quem adestrava porção para a vitória. ( Sl.18:34) Ele diz que foi o Senhor que adestrou suas mãos para a batalha” (Sl 18:34). Davi impetrou muitas guerras, muitas batalhas, mas ele atribui essas vitórias ao Senhor. (Sl 24:8-8; Sl.20:7);

=>DAVI, O POETA – Davi era um poeta inspirado por Deus. “ O Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra está na minha boca.” ( II Sm 23:2) Davi também era um músico habilidoso. (Sm 16:18);

=>DAVI, O REI – Davi fez a diferença no seu reinado aos monarcas de sua época. Quando ele se torna rei de Israel, mandou chamar Mefibosete para dentro de casa a fim de que este tenha o privilégio de comer na mesa real. ( II Sm 9:6-7 ) Quando Davi instituiu a lei da partilha dos despojos de guerra, ele também demostra ser um homem extremamente generoso. ( I Sm 30:24);

=>DAVI, O LOUVOR A SERVIÇO DE DEUS – Não era a harpa de Davi o remédio que acalmava o coração do rei, era o louvor que fluía daquele simples instrumento e do coração contrito do pequeno pastor de Belém. Louvemos a Deus nas circunstâncias desfavoráveis e nos momentos críticos de nossas vidas, e certamente sentiremos alívio e o bálsamo oriundo do céu. (Sl 23; 40; 96);

=>DAVI, O SERVO – Davi foi um homem que viveu para servir. “Porque, na verdade, tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus, dormiu, foi posto junto de seus pais e viu a corrupção.” (At 13:36) Davi cumpriu o propósito de Deus no seu ministério.

=>DAVI, O PIEDOSO – Nas Escrituras observamos a piedade de Davi. O Salmo 103 mostra sua virtude de forma mais profunda. “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades, Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia, Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos.”(Sl 103: 1-6);

=>DAVI, O PASTOR CUIDADOSO – Na corte real observamos duas passagens importantes de Davi:

1ª. - Quando Davi ele foi convidado como músico para assistir ao rei Saul que estava atormentado por um espirito mal. “E Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.” (I Sm 16:19);
2ª. - Davi já era um herói nacional por haver vencido o gigante Golias, o grande filisteu. “E Davi era o menor; e os três maiores seguiram a Saul. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai em Belém.” (I Sm17: 14-15); Davi deixou as ovelhas com um guarda “Davi então se levantou de madrugada, pela manhã, e deixou as ovelhas com um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara; e chegou ao lugar dos carros, quando já o exército saía em ordem de batalha, e a gritos chamavam à peleja.” ( I Sm 17:20).

IV – DAVI E SUAS CONQUISTAS: Sua história é narrada na Bíblia, nos livros I e II de Samuel. Harpista na corte do rei Saul, rei de Israel, na guerra contra os filisteus, armado com uma funda, matou Golias, o gigantesco campeão dos inimigos. Essa vitória e outras que se seguiram despertaram o entusiasmo do povo. Enciumado, o rei resolveu eliminar o rapaz, embora este tivesse se casado com sua filha Mical e fosse amigo de seu filho Jônatas. Fugindo então da corte, viveu em seguida em vários lugares, enquanto seus partidários tornavam-se cada vez mais numerosos. Depois da morte do rei e seu filho em luta contra os filisteus, regressou à Judéia e sua tribo o nomeou rei, ao mesmo tempo em que as tribos restantes elegiam Isbaal, outro filho de Saul. ( II Sm 2:8-10). Mas, finalmente, Davi tornou-se rei de todo o Israel.(II Sm 5:5).

V – POR QUE DAVI FOI A ESCOLHA DE DEUS? Observemos que Davi, mesmo na visão divina, era um “homem” (I Sm 13.14 a), mas, por duas vezes na Bíblia é chamado de “homem segundo o coração de Deus” (I Sm 13:14; At 13:22). Mais de sessenta capítulos são dedicados a ele, e cerca de 60 referências são feitas a este homem de Deus no Novo Testamento, além de figurar na genealogia do Senhor (Mt 1:1) e até hoje ser lembrado como o maior rei de Israel. Por que tanta honra a um homem que apesar de notável, teve sua vida pontuada por falhas e graves pecados? Apesar destes pontos negativos Davi soube esperar no cumprimento das promessas de Deus, no tempo que ele havia determinado, e após o momento solene da cerimônia de unção,voltou ás ovelhas, e lá ficou, esperando a hora certa para reinar.

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NA VIDA DE DAVI:

=>Samuel unge Davi como o próximo rei - I Sm 16:1-13
=>Davi torna-se músico de Saul - I Sm 16:19-23
=>Davi enfrenta e derrota Golias - I Sm 17:48-58
=>Saul dá inicio à perseguição a Davi - I Sm 18:6-11
=>Davi casa-se com Mical, filha de Saul - I Sm 18:27
=>Davi foge para Nobe, e vai ter com o sacerdote Aimeleque - I Sm 21:1-10
=>Davi torna-se rei de Judá - II Sm 1-2
=>Davi é constituído rei de todo Israel - II Sm 5.1-25
=>Davi traz a Arca para Jerusalém - II Sm 6. 1-23
=>A queda e a restauração de Davi - II Sm 11.2,4,5,14-17;Sl 51. 1-9
=>Os últimos dias de Davi -I Rs 1.1-53;2.1-10

CONCLUSÃO: Davi foi um líder que influenciou na sua administração, confrontava com coragem; porém muito cuidadoso. Apesar das falhas, ele reconheceu o seu erro e pediu a misericórdia de Deus. (Sl 51) Deus conduziu seu povo em diferentes formas de liderança: juizes, sacerdotes, profetas e reis. Aqueles que ele escolheu para estes diferentes oficios, tais como Eli, Samuel, Saul e Davi, demonstraram diversos estilos de liderança. Mesmo assim, o sucesso de cada líder depende da fidelidade ao Senhor, não de sua posição, estilo de liderança, sabedoria, idade ou força. PENSES NISSO!

Deus é Fiel Justo!



DAVI E O SEU SUCESSOR


Textos: I Cr. 22.9 - I Cr. 28.4-8

OBJETIVO: Mostrar, através do exemplo de Davi, que formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes.

INTRODUÇÃO: Davi está avançado em seus dias de vida e começa a antever a necessidade de um novo rei para Israel. Como rei prudente, segundo o coração de Deus, trata de preparar o povo para a sucessão. No estudo desta semana, meditaremos justamente a respeito desse processo a fim de extrair lições sobre a liderança cristã. Estudaremos, a princípio, sobre a transição do reinado. Em seguida, analisaremos a escolha de Salomão para ser o rei de Israel. Ao final, refletiremos sobre a importância da formação de líderes sucessores no ministério cristão.

1. A ESCOLHA DO SUCESSOR DE DAVI: Davi está enfermo, em seus últimos dias de vida. Reconhecendo a realidade circunstancial, o rei se dirige aos líderes do povo. Vale a pena atentar para alguns detalhes do texto bíblico básico desta lição. Davi reconhece que fora escolhido rei em Israel não por méritos pessoais, mas porque o Senhor o escolhera graciosamente (I Sm. 16.10-12), assim como Judá por príncipe (Gn. 49.10). Devi teve muitos filhos (I Cr. 3.1-9), mas Deus optou por Salomão a fim de que esse sucedesse seu pai no trono de Israel, demonstrando que Ele somente conhece a pessoa certa para o lugar adequado no tempo apropriado (v. 4,5 – ver I Cr 17.12; 22.9; II Sm 7.12-14; 12.24,25 I Rs.1.13). É válido ressaltar que essa não é uma escolha para a salvação, mas para a realização do trabalho que Ele mesmo decretou (v. 6). Aqueles que Deus escolham precisam responder ao chamado de Deus, e principalmente, perseverar em cumprir os mandamentos do Senhor (v. 7 – ver I Rs. 3.14; 9.4). A observância aos mandamentos não deveria ser perseguida apenas pelo rei, mas por todo o povo de Israel a fim de desfrutar das promessas que Deus havia previamente dado a Moisés (Dt. 30.15-20). Os cristãos também precisam estar atentos para a Palavra de Deus, ciente que essa é viva e eficaz e que sonda os corações dos homens (Hb. 4.12,13) e para que, como Israel no Milênio, possamos desfrutar do melhor de Deus (Is. 1.19). O cristão deve levar adiante a mensagem do evangelho de Cristo, começando de casa com os seus filhos (v. 8), pois a Palavra de Deus é a maior herança que um pai pode deixar aos seus filhos.

2. SALOMÃO, O SUCESSOR DE DAVI: Apesar de suas falhas, Davi deixou para a Salomão, seu filho, um grande legado espiritual. O rei de Israel costumava buscar a orientação divina diante das decisões a serem tomadas (I Sm. 23.2; 30.8; II Sm. 2.1). Tomando o exemplo do pai, Salomão, após assumir o trono de Israel, ora ao Senhor, reconhecendo a benevolência de Deus (I Rs. 3.6), agradecendo ao Senhor por Sua bondade. Em seguida demonstra humildade, assumindo que diante do Grande Deus de Israel o rei não passava de uma criança (I Rs. 3.7). Por fim, demonstrou disposição para a justiça e para o altruísmo ao pedir a Deus que lhe desse um coração sábio para julgar e discernir entre o bem e o mal (I Rs. 3.9). Salomão conduziu Israel com tamanha sabedoria que sua fama se espalhou pelas nações vizinhas. A rainha de Sabá quis testificar pessoalmente a respeito de tudo que havia ouvido a seu respeito (I Rs. 10.1-13). Enquanto andou nos caminhos do Senhor, Salomão desfrutou da benção da prosperidade. Além de reger a nação com bom senso, tornou-se um pesquisador profícuo e um escritor de reconhecida sabedoria até aos dias atuais. Seguido os passos literários de seu pai, também escreveu seus livros: Cantares (na juventude), Provérbios (na meia-idade) e Eclesiastes (na velhice). Nesse último livro extraímos uma confissão que serve de exemplo para as pessoas de todas as idades a respeito do valor substancial da vida. Assim diz o pregador: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec. 12.13,14). Diferentemente de seu pai Davi, Salomão não teve o mesmo sucesso na escolha de seus sucessos. Após sua morte o reino de Israel dividiu-se e os reis seguintes alternavam-se entre servir ao Senhor e aos deuses pagãos.

3. LÍDERES PREPARAM SUCESSORES: A escolha de sucessores para o ministério é uma missão a ser observada por todo líder que ama a obra do Senhor. Mas essa não é uma tarefa fácil, haja vista que não se trata apenas de apontar uma pessoa, mas de prepará-la, no Senhor, para que essa venha a conduzir o rebanho de Deus com sabedoria. Na Bíblia temos vários exemplos que líderes que fizeram outros líderes, evidentemente debaixo da direção divina. No Novo Testamento Paulo é um modelo de um líder que prepara outros líderes. Paulo preparou, entre outros, o jovem pastor Timóteo para que esse desenvolvesse o ministério (I Tm. 1.18,19; 3.1; 4.12). Mas Timóteo também precisava fazer sua parte: exercitar-se na piedade, dá exemplo aos crentes na maneira de falar, na vida, no amor cristão, na fé e na pureza, evitar ser alvo de críticas, sabendo governar bem sua própria casa, evitar conversas profanas e não se deixar levar por discussões tolas, nem pela maledicência, não repreender um homem mais idoso, mas respeita-lo como pai. No Antigo Testamento Moisés também nos deixou o exemplo de sucessão na liderança. Antes de partir tratou de dar as devidas instruções para que Josué servisse ao Senhor e ao povo de Israel com responsabilidade e sabedoria.

CONCLUSÃO: O líder chamado por Deus deve estar ciente da necessidade de fazer sucessores para a obra de Deus. Para tanto, deve tomar consciência dos talentos e habilidades das pessoas, aceitar as diferenças como parte da constituição das pessoas, auxiliar as pessoas para ajustar suas diferenças, mostrar que tem interesse não apenas pelo que as pessoas fazem, mas pelo que elas são, expressar apreciação pelo trabalho desempenhado, reconhecer que o desenvolvimento das pessoas que o cercam contribuem também para seu crescimento e ajudar as pessoas a desenvolverem os alvos e a tomar decisões. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

DAVI E A RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ


Textos: I Cr 16.7-14 - I Cr 16.29
irmaoteinho@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Durante o seu reinado Davi precisou restaurar o culto ao Senhor, através dos elementos de adoração diante do seu ministério. Davi era um verdadeiro adorador e durante o seu ministério o louvor era prestado a Deus. “Porque já nos dias de Davi e Asafe, desde a antiguidade, havia chefes dos cantores, e dos cânticos de louvores e de ação de graças a Deus.” (Ne 12:46) Cerca de 73 salmos foram escritos por Davi. Observaremos onde eles realizavam o culto e de que forma adoravam a Deus.

I – RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ: Davi restaurou o culto a Deus por seu temor ao Senhor e pela sua liderança. Esse crescimento se deu pelo teocentrismo ao Deus de Israel e de uma independência tribal para um governo centralizado; da liderança dos juízes para uma monarquia; de uma adoração descentralizada a uma adoração centralizada em Jerusalém. Davi considerava os interesses de Deus como mais importantes que os seus próprios interesses. Embora Davi tenha sido o mais justo de todos os reis de Israel, ainda assim era imperfeito. Seu senso de justiça oferecia a esperança de um reino celestial, ideal. Ele manteve a unidade de Israel. ( II Sm 7:1 29).

CONCEITOS: A adoração é a veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo-lhe a soberania sobre o universo, o governo moral, a força de seus decretos e o seu redentivo amor através de Jesus Cristo. Os Judeus do tempo de Isaías não sabiam fazer tal distinção. Por isso foram severamente repreendidos por Deus: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados, e não me agrado de sangue de novilhos, nem de cordeiro, nem de bodes.” (Is 1:11) A verdadeira adoração acha-se intimamente ligada ao amor que devotamos ao Senhor. É um ato permanente na vida do filho de Deus; não pode ser sob hipótese alguma, uma atitude de adoração. Temos que mostrar ao mundo que somos uma comunidade de adoradores. A adoração não é apenas contemplação; é, acima de tudo, serviço que se presta ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.

►ADORAR
– Significa “prostrar-se”, “curvar-se”, “se por de joelhos” deriva-se do grego “Phroskyneõ”. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno “Sãhãh” no sentido de “curvar-se” ou “ inclinar-se” mas não no sentido geral de “adorar”. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica e mostra algo do seu significado cultural.

►ADORAÇÃO
– É um ato de rendição, reverência, dedicação ao Senhor. (Sl 95:6; II Cr 29:30; Hb 12:28-29).

II – QUAL É O PROPÓSITO DO CULTO? O propósito do culto ao Senhor é de que ele seja glorificado e reverenciado como um Deus de amor, caridade e respeito.
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4:23).
Os cultos são sistemas particulares de adoração religiosa com referências especiais a rituais e cerimônias. O culto é o ponto central de uma religião e eventualmente assume formas e símbolos que revelam mais claramente o caráter distintivo da religião. Davi teve o desejo de construir para o templo para que o Senhor fosse adorado e também foi responsável por grandes transformações sociais, políticas e religiosas. Dois fatores importantes do Culto a Deus:

2.1 - ADORAR A DEUS: É a forma de prestarmos culto ao nosso Deus, portanto existem alguns propósitos no culto prestados. No Antigo Testamento observa-se a maneira de adorar: (Ex 4:31; 34:8; Lv 10:3; I Cr 16:29; II Cr 7:3; Ne 8:6; Ec 5:1).

2.2 - TER COMUNHÃO: É o vinculo de unidade fraterna, mantido pelo Espírito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo Jesus (II Co 13:13; I Jo 1:3). Do grego “Koinonia”, lat. “Comunicare”, significa “comunicar.” Comunhão também significa cooperação.


EXEMPLO DE ADORAÇÃO:

=>Jacó - “Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão.” (Hb 11:21)

=>Josué - “E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? (Js 5:14)

=>Elcana - “Subia, pois, este homem, da sua cidade, de ano em ano, a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos em Siló; e estavam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli.” (I Sm 1:3)

=>O menino Samuel - “Por isso também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver, pois ao Senhor foi pedido. E adorou ali ao Senhor. (I Sm 1:28)

=>Saul - “Então, voltando Samuel, seguiu a Saul; e Saul adorou ao Senhor.” (I Sm 15:31)

=>Davi - “Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do Senhor, e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu.” (II Sm 12:20)

=>Jeosafá - “Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o.” (II Cr 20:18)

=>Jó - “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.” (Jó 1:20).

III – QUAIS OS ELEMENTOS DO CULTO E ONDE REALIZAVAM A ADORAÇÃO? Sabemos que os elementos para a adoração estavam centrados na oração, no louvor, confissão de pecados, confissão da fé, leitura bíblica, pregação, Ceia do Senhor e coletas. A adoração eram realizadas:

=>No tabernáculo – A adoração pública de Israel começou por ocasião da observância da páscoa, no Egito. Essa adoração girava em torno do tabernáculo ou da tenda da congregação. Durante as marchas pelo deserto, uma tenda era única estrutura que podia ser usada de maneira prática pelos israelitas, embora esteja envolvido também um importante principio, a saber, o fato de que Deus vivo por assim dizer não está limitado a alguma estrutura permanente. (Êx 3:4; Dt. 16:13; At. 7)

=>Nas festividades religiosas - A adoração a Deus, por parte de Israel, concentravam-se quase toda em torno das grandes festas religiosas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos. A Páscoa era a festa da libertação, representando simbolicamente a nossa salvação em Cristo; o Pentecoste era a festa da constante provisão de Deus, que se cumpre na experiência cristã com o Espírito de Deus; e a festa dos Tabernáculos era a festa da orientação divina ao povo que peregrinava pelo deserto. (Lv 3:1-44)

=>Nos sacrifícios – Desde o começo os holocaustos faziam parte da adoração bíblica. Quando da revelação dada no Sinai, eles receberam uma forma organizacional de âmbito nacional. As ofertas foram divididas em Levítico em várias categorias, a saber: os holocaustos ou ofertas queimadas; as ofertas de manjares; as ofertas pelo pecado; e as ofertas pela culpa. (Lv 16:15-34). Essa verdade é particularmente expressa no grande ritual anual do dia da expiação, quando o santuário, os sacerdotes e o povo eram todos purificados. (Lv. 16:1-32)

=>No templo - Quando os israelitas entraram na terra prometida, houve a localização da adoração, a princípio em Siló, e mais tarde em Jerusalém.(At. 2:43) A adoração no templo de Jerusalém seguia as diretrizes básicas da adoração na tenda, porém, melhor organizada, especialmente no tocante ao sacerdócio. A grande contribuição da adoração no templo foi o desenvolvimento do lado musical e poético. (II Sm 6:5 e I Cr 25)

=>Na Sinagoga – A destruição do templo de Jerusalém, por ocasião do exílio, criou uma nova situação; o aparecimento das sinagogas. As sinagogas tiveram prosseguimento em Israel e nas terras da dispersão. Visto que a adoração sob a forma de sacrifícios só podia ter lugar em Jerusalém, foi mister a criação de uma nova forma de adoração, nas sinagogas. Essa palavra, que vem do grego, significa “ajuntamento”, “congregação”. (Mt 4:33; Mc 3:1; Lc 4:38; Jo 18:20).

IV – A LITURGIA DO CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO: No Antigo Testamento a liturgia do culto era complexa e inflexível. Porém há princípios básicos para a adoração no Antigo Testamento. (Jr 7:2; Ez 46:9; Dn 3:7) As raízes da adoração bíblica devem ser procuradas não nas emoções humanas, mas no relacionamento divinamente estabelecido entre Deus e o homem. A base da adoração é teológica e não antropológica. A comum indagação que pergunta se a origem da adoração deve-se encontrar em emoções como o temor, o respeito e a veneração aos antepassados, tornam-se indagação fora de lugar, do ponto de vista bíblico. A adoração é controlada pelo seu objeto, que também é o sujeito. (Is 6: 1-7)

V – A LITURGIA DO CULTO NO NOVO TESTAMENTO: Os Evangelhos pressupõem as formas de adoração nativas ao judaísmo da palestina, no começo do século I d. C. Isso significa que o templo continuava ocupando o lugar na adoração primitiva do Novo Testamento (Jo 4:21). Zacarias pai de João Batista era sacerdote, e a revelação divina lhe foi dada quando ele estava cumprindo o ritual do ministério no templo. (Lc 1:5) José e Maria tiveram cuidado de observar a lei da circuncisão e a lei da purificação (Lc 2:21). Quando Jesus criticava a adoração que se efetuava no templo, fazia-o contra os abusos daqueles que corrompiam e contaminavam essa adoração propriamente dita. Por isso que ele expulsou do templo os cambistas e negociantes (Jo 2:17). A Igreja primitiva também tinha uma liturgia de adoração a Deus (At. 2:38-47).

O CULTO A DEUS

ANTIGA ALIANÇA

=>Adoração com base na letra (Js 1:7-8)

=>Sacerdote local (tribo de Levi)-(Nm 18:2; Js 13:33)

=>Unção do Espírito Santo sobre os Reis, Profetas e Sacerdotes (Is. 6:1-9)

=>Reservado no Templo (Sl 11:4; Ed 5:15)

=>O Espírito Santo estava sobre os crentes (Êx 35:31; II Cr 15:1)

NOVA ALIANÇA

=>No Espírito (Jo 4:24)

=>Sacerdócio Universal (IIPe 2:9-10; Ap 1: 6)

=>É derramado sobre toda a Carne (At. 2:1-8)

=>Cada crente um santuário (I Cor 6:19; II Tm 1:14)

=>O Espírito Santo está no Crente (Lc 12:12; Jo 20:22; At. 8:17)

CONCLUSÃO: Davi restaurou o culto ao Senhor pela verdadeira adoração. No seu reinado houveram grandes transformações: políticas sociais e religiosa. Desde primórdios encontramos a forma de adorar a Deus. “E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra.” (Ne 8:6). PENSE NISSO!

Deus é Fiel Justo!



DAVI E O PREÇO DA NEGLIGÊNCIA NA FAMÍLIA

Textos: I Tm. 3.4 -II Sm. 13.2,5,10-12,14,15
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que não adianta termos êxito em tudo se a nossa família é uma prova do nosso fracasso.

INTRODUÇÃO: Numa sociedade marcada pela competitividade, o sucesso pessoal, na maioria das vezes, é colocado como meta a ser alcançada a qualquer preço. Mas essa não é uma prerrogativa dos dias atuais. Davi, no tempo em que viveu, usufruiu de bom êxito em seus projetos, por outro lado, sua família entrou em decadência. A derrocada da sua família será o tema do estudo desta semana. Destacaremos, a princípio, a situação familiar de Davi, em seguida, trataremos a respeito dos problemas familiares que enfrentou, e ao final, apontaremos algumas perspectivas cristãs para a família.

1. A FAMÍLIA DE DAVI: Davi conseguiu ter bom êxito em praticamente tudo o que fez, exceto na edificação da sua família. No capítulo 13 de I Samuel, lemos a respeito do caso de estupro de Tamar, que fora violentada por Amnom. Essa, na verdade, era meia-irmã de Amnom, e irmã total de Absalão. Aquele, a fim de coabitar com sua meia-irmã, finge estar doente, e pede que seja por ela alimentado. Após violentar sua meia-irmã, Amnon, a rejeita e o “amor” que por ela sentia se transformou em ódio (v. 15). O fato de ter sido abusada sexualmente por Amnon encheu o coração de Tamar de tristeza. Absalão, ao perceber o que havia acontecido, resolveu ordenar o assassinato do seu meio-irmão Amnom (v. 24-29). Como Davi havia perdido o controle sobre os seus filhos, haja vista esses terem deixado a capital, não houve outra saída senão prantear prostrado pelo ocorrido. No capítulo 15, Absalão se revolta contra Davi, seu pai. O contexto da Escritura nos revela algum ressentimento desse filho do rei, certamente por causa da falta de atitude em relação ao estupro da sua irmã. As pessoas ressentidas tendem a fazer oposição àquelas que julgam as ter ofendido. Absalão planejou, ao longo de quatro anos (I Sm. 15.7,8), um esquema para usurpar o trono de seu pai, assumindo o controle total da situação (v. 10,11). Errante, por causa da perseguição do filho, Davi perdeu o comando do rei e da própria vida. Mas suas angústias paternas ainda não tinham chegado ao fim. Absalão, após ficar dependurado numa árvore, fique à mercê dos soldados de Davi, foi morto. Ao receber mais essa notícia Davi entra nos seus aposentos para chorar a morte do filho (I Sm. 18.31-33). O lamento reservado do rei revelou sua consciência da falta de direcionamento familiar. O casamento com várias mulheres, os filhos que não se toleravam, resultaram em tragédia para a família de Davi.

2. OS PROBLEMAS FAMILIARES DE DAVI: O Senhor havia dito a Davi, por intermédio do profeta Nata, que por causa do seu pecado, a espada jamais se apartaria da sua casa (II Sm. 12.10-11). Essa profecia se cumpriu cabalmente na família do rei de Israel, demonstração contundente da lei da semeadura (Gl. 6.7-8). É digno de destaque que Deus perdoa os pecados, mas essa não prática não deva ser estimulada. Há inclusive quem peque antecipando a promessa do perdão de I João 1.9. Mas o fato de Deus perdoar os pecados não implica necessariamente que ele reverterá as conseqüências. Os problemas familiares começaram a se acumular na vida de Davi: seu filho Absalão coabitou com as esposas de seu pai (II Sm. 12.11; 16.21-22), ele perde o filho decorrente do relacionamento com Bate-Seba (II Sm. 12.15,18), Amnom estrupra sua irmã Tamar (II Sm. 13.1,2), presenciou o ódio intenso entre os seus filhos (II Sm.13.21,27), é obrigado a conviver com a ameaça do próprio filho (II Sm. 14.28), e dele começa a fugir, abdicando do trono (II Sm. 15.14). A atitude dos filhos de Davi refletem os valores que ele mesmo defendia. Ele se deixou levar pelas paixões carnais, por isso, como seu pai Davi, Amnom entregou-se ao desejo sexual (II Sm. 13.1). Amnom não conseguia olhar para a Tamar com respeito, antes, como fez Davi com Bate-Sabe, a transformou em objeto da sua concupiscência. A cultura daquele tempo, bem como a dos dias atuais, é pautada no sexo fácil, na satisfação imediata, em atitudes irresponsáveis. Os sentimentos do outro não são levados em conta. As pessoas não mais falam em amor, na verdade, dizem que “fazem amor”, e, para tanto, agem egoisticamente, sem medir as conseqüências. Não poucas vezes utilizam as pessoas como se fossem copos descartáveis. Davi também demonstrou ser condescendente com as atitudes erronias dos filhos. Ao invés de tomar posição, o rei não se posicionou em relação ao incesto (Lv. 20.17) de Amnom, acentuando a ira de Absalão. Alguns psicólogos modernos defendem esse tipo de omissão paterna. O resultado dessa conivência, no entanto, já começa a ser percebido na sociedade. Filhos rebeldes que não atentam para a autoridade e que se acham donos do mundo.

3. FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM CRISTÃ: A família é a célula mãe da sociedade, assim, se tivermos famílias bem estruturadas, também teremos sociedades solidificadas. A família cristã é aquela que reconhece Deus como o mentor de toda e qualquer decisão. Ele é a cabeça, protetor, guia e instrutor da família, e esta se pauta pela Sua palavra, não pelas tendências humanas. Uma abordagem cristã em relação à família consideração as instruções de Cristo e dos apóstolos. Jesus apelou para a criação como fundamento para a organização monogâmica da família (Mt. 5.27-32; 18.19,20). Deu o devido lugar às crianças, apontando-as como exemplo de simplicidade (Mt. 19.13-15). Alguns milagres do Senhor foram realizados em contextos familiares (Mt. 8.1-15; 9.18-26; 15.21-28; Jô. 2.1-11; 4.46-54; 7.11-17; 11.1-46; 21.6-11). Vários textos dos apóstolos referendam o posicionamento de Jesus quanto ao valor da família. Paulo dedica todo o capítulo 7 da I Epístola aos Coríntios a fim de demarcar o posicionamento cristão na família. Outras passagens podem ser destacadas: II Co. 6.14; Ef. 5.22; Cl. 3.18; I tm. 5.8; I Pe. 3.1-7. Em suma, os textos do Novo Testamento sobre a família resguardam o ato sexual para o casamento, determina o homem como o cabeça da mulher, que as relações devam ser contraídas dentro do convívio cristão, e o marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja, mas a esposa deve ser submissa em amor a esse. Os filhos devem obedecer aos pais para que tenham muitos anos de vida sobre a terra, mas os pais, por outro lado, não deve favorecer à irritação dos filhos.

CONCLUSÃO: Davi teve tudo o que desejou na vida, mas, em certas circunstâncias, colocou seus desejos acima dos interesses da família. Como resultado, precisou conviver com uma série de desavenças familiares. Sua conivência, e talvez falta de autoridade para repreender o pecado dos filhos, levou sua família à destruição. Que Deus preserva nossas famílias, que não sejamos levados pela ganância, que a busca desenfreada pelo sucesso não nos distancie de Deus. De nada adiantar ocupar o trono de Israel e não ser capaz de governar sua própria casa. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI


Textos: II Sm. 12.13 - Sl. 51.1-4; 7-12; 17
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Mostrar que o caminho da restauração passa pelo arrependimento e confissão do erro cometido e abandono da prática.

INTRODUÇÃO: Em prosseguimento ao episódio da aula passada, quando Davi é confrontado pelo profeta Natã, estudaremos, esta semana, a respeito do processo de arrependimento e confissão do rei de Israel. A princípio, discutiremos a respeito da resposta imediata de Davi à Palavra de Deus. Em seguida, analisaremos o Salmo 51, no qual Davi expressa seu quebrantamento. Ao final, meditaremos a respeito do papel do arrependimento e da confissão na vida cristã.

1. DAVI RECONHECE SEU PECADO: Davi finalmente se identificou com o enfrentamento profético de Natã (I Sm. 12.5,6). Viu em si mesmo a realidade do pecado, não pode mais se eximir da culpa. Ao invés de encontrar explicações descabidas a fim de preservar sua imagem, Davi se humilhou na presença de Deus. Mesmo sendo rei, Davi confessa a culpa diante do profeta, reconhecendo ser esse o porta-voz de Deus. Tal ato poderia, do ponto de vista político, ser considerado um suicídio. Mesmo assim Davi não estava colocando o trono acima do seu relacionamento com Deus. Confessou seu pecado assumindo que a Palavra de Deus deveria estar acima de sua atuação no reinado. Diante de tal atitude, o profeta complementa: o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás. Nesse particular observamos uma nítida diferença entre Davi e Saul. Este, ao invés daquele, jamais assumiu seus erros. Essa teria sido uma das causas da sua rejeição pelo Senhor. Uma das expressões marcantes do reconhecimento do pecado de Davi se encontra no Salmo 32. Nesse Salmo o rei transborda de alegria ao saber do perdão de Deus no lugar da culpa, e da restauração da comunhão após a angústia da convicção do pecado. Ao invés da morte Davi desfrutou da vida que o Senhor pode dar a alma ressequida pelo pecado. O perdão do Senhor não o isenta das conseqüências do seu ato, concretizada no vaticínio da morte do seu filho com Bate-Sabe (I Sm. 12.13-15).

2. UM SALMO DE ARREPENDIMENTO: O Salmo 51 fora proferido por Davi por ocasião do reconhecimento do seu pecado. Nesse salmo Davi suplica o perdão e a misericórdia de Deus por causa das suas transgressões. O rei de Israel pede ao Senhor que o lave dos seus pecados e o purifique das suas iniqüidades (v. 2). Ele reconhece, isto é, tem a percepção da gravidade dos seus erros, por isso, roga a Deus que retire o peso do pecado, pois eles estão sempre diante dele, não saem da sua mente (v. 3). Ainda que o pecado de Davi tenha causado males às pessoas, seu pecado, na verdade, foi contra Deus. Ele assume que procedeu com maldade perante Deus, pois ninguém pode escapar da visão do Senhor. Mas nem tudo está perdido, já que Davi pode ser justificado pelo falar de Deus (v. 4). A causa do pecado de Davi está na sua própria constituição. Ele diz que nasceu em pecado e que sua mãe também em pecado o concebeu (v. 5). Davi sabe que Deus ama a verdade que vem do íntimo, sem fingimento, e isso faz com que o rei abra seu coração (Rm. 2.29). A purificação do pecado é efetuada pelo Senhor, que o torna mais alvo do que a neve (v. 7). O pecado, conforme estudamos na lição anterior, acarreta em males físicos. O salmista ora para que o Senhor restitua sua alegria e os ossos que foram esmagados (v. 8). Diante da santidade de Deus e da realidade do pecado humano, Davi suplica ao Senhor que esconda o Seu rosto dos seus pecados (v. 9). Em seguida, implora por um coração purificado e um espírito renovado, isto é, uma nova condição espiritual (v. 10). O rei sequer exige que permaneça no trono, mas que o Senhor não retire dele o Espírito (v. 11). O pecado acarreta tristeza, resulta em angústia, por isso pede que Deus restitua a alegria da salvação (v. 12). E depois que encontrar a alegria, ele ensinará aos transgressores o caminho da justiça de Deus (v. 13). Davi sabe que cometeu um crime ao matar Urias e, por essa razão, pede que seja livre dos crimes de sangue (v. 14). O pecado cala o homem, tira-lhe o regozijo de cantar louvores a Deus. Somente o Senhor pode, através do perdão, colocar um cântico novo na boca do pecador (v. 15). De nada adiantam os sacrifícios rituais, a menos que sejam cumpridos em sincero arrependimento (v. 16). O pecado não pode oferecer algo mais valioso a Deus que um coração quebrantado, sinceramente contrito (v. 17). O rei está preocupado que os seus pecados tragam mazelas ao seu povo (v. 18), então, promete que, ao ser perdoado, não apenas ele, mas todo o povo celebrará a Deus com sacrifícios de justiça (v. 19).

3. A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI: Os textos de II Sm. 12 e os salmos 32 e 51 revelam como Davi reagiu diante da revelação do seu pecado. Em II Sm. 12.13 está escrito que o rei disse: “pequei contra o Senhor”. Esse é o caminho da restauração espiritual de todo aquele que quer prosseguir nos caminhos do Senhor. Ao ser confrontado pela Palavra de Deus (Hb. 4.12,13), o cristão deve adotar uma atitude de submissão (Rm. 10.17; I Ts. 1.6). O pecado é uma dura realidade e o seu pagamento é a morte espiritual, mas a vida eterna está em Cristo Jesus (Rm. 6.23). O cristão é pecador, ainda que não viva no pecado (I Jo. 1.8; 3.8), mas se houver arrependimento e confessar os seus pecados, encontrará a misericórdia divina (Pv. 28.13). Temos um Advogado perante o Pai, Jesus Cristo, o Justo, portanto, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo. 1.8). E tem mais boas notícias: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo. 2.1,2)..

CONCLUSÃO: O pecado traz conseqüências drásticas às vidas das pessoas. Mas nem tudo está perdido, pois Deus é especialista em transformar tragédias em comédias. Há muitos casos registrados na Bíblia de pecadores que foram perdoados por Deus. Nem tudo está perdido para aqueles que fraquejaram durante a caminhada. Há esperança para os que se arrependem e que buscam ao Senhor com coração sincero, orando as palavras do Salmo 51. Reconhecem, com Davi, que pecaram contra o Senhor e são carentes da Sua misericórdia. Deus não apenas trata o pecador arrependido com graça – dando-lhe o que não merece (perdão) – mas também com misericórdia – deixando de dar-lhe o que merece (condenação). Ao Deus que contempla os arrependidos e perdoa os seus pecados seja a honra e glória pelos séculos dos séculos. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Textos: II Sm. 11.1 - II Sm. 11.2,4,5,14-17

OBJETIVO: Mostrar que a resposta à tentação para pecar não é ignorá-la ou ser-lhe indiferente, mas invocar as promessas bíblicas pela fé em Cristo.

INTRODUÇÃO: Davi, o homem segundo o coração de Deus, se deixou levar por sua vaidade. E, como todos os homens, a exceção de Cristo, também pecou. No estudo desta semana, extrairemos algumas lições a respeito desse triste episódio na vida de Davi. Inicialmente contextualizaremos o seu pecado, mostraremos as condições existenciais para que esse ocorresse. Em seguida trataremos especificamente a respeito do seu pecado e ao final, mostraremos as conseqüências do pecado de Davi a fim de extrairmos lições para a vida cristã.

1. O DESEJO DESENFREADO DE DAVI: O narrador bíblico diz, em II Sm. 11, que Davi estava em Jerusalém. Enquanto isso, seus subordinados se arriscavam na guerra contra os amonitas. Após a refeição, o rei fez sua sesta, e em seguida, caminhou pelo terraço do palácio, perambulando de um lado para outro, em inquietação extrema. Em sua posição estratégica, acima dos demais moradores da cidade, a tudo observava do alto até que seus olhos pairam na direção de uma mulher mui formosa que se banhava. Davi não levava em conta os sentimentos pessoais dela, por isso, numa atitude de abuso sexual, envia seus mensageiros a fim de se relacionar sexualmente com ela. É digno de destaque que o nome de Bate-Seba somente é citado depois dos primeiros versículos desse capítulo, isso porque, para Davi, ela, a princípio, não passava de uma mulher. Mas Bate-Seba, a mulher com a qual Davi se envolveu impulsivamente, engravidou, consequentemente, o rei ficou preocupado. A fim de encontrar uma saída, Davi chamou Urias, o heteu, para coabitar com Bate-Sete, sua esposa, a fim de que a gravidez fosse encoberta. Em respeito ao rei e aos demais guerreiros, Urias se deitou à porta da casa real, decidindo a permanecer com todos os servos de Davi. Diferentemente de Davi, Urias demonstrou fidelidade e não quis usufruir do seu direito para cumprir a satisfação própria. Sua atitude também demonstra solidariedade em relação aos seus colegas soldados. Por fim Davi toma uma decisão extrema, e, para desposar Bate-Seba, planeja a morte de Urias. Muitas vidas são postas em risco para que a vontade egoísta do rei seja levada adiante.

2. O PROFETA REPREENDE O REI DAVI:O rei de Israel deveria submeter-se à palavra profética, por esse motivo, o Senhor enviou Nata, o profeta, para repreender o rei pelo seu pecado. Nata conta-lhe uma história a respeito de dois homens – um rico e um pobre – o primeiro tinha ovelhas e gado em grande número, mas o segundo apenas uma cordeirinha. Para recepcionar um hospede, ao invés de sacrificar uma das suas muitas ovelhas, o homem rico toma a ovelha de estimação do pobre e a prepara para o banquete. A reação de Davi, revoltado pela atitude descabida do homem rico, é imediata e contundente: o homem que cometeu tamanha atrocidade deva ser morto. Interessante que Davi não conseguiu identificar-se naquela história. Uma demonstração da evasão humana diante do pecado. O ser humano prefere apontar seu dedo na direção do outro ao invés de reconhecer seus erros. Uma pesquisa comprovou que uma das frases menos ditas é: “eu errei”. A repreensão profética se fez necessária a fim de que, como diante do espelho, Davi tomasse consciência do seu pecado: Tu és o homem. Esse trecho da Escritura nos revela o poder de desvelamento da Palavra de Deus, sendo essa, conforme está escrito em Hb. 4.12,13: “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. O pecado de Davi não ficaria impune, por isso, uma série de conseqüência adviria das atitudes do rei de Israel. Ninguém pense que o pecado não trará suas mazelas, pois o que homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7).

3. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO: Não há como conviver amistosamente com o pecado, pois o que o homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7). Essa é uma verdade que pode ser constatada na realidade do pecado de Adão e Eva (Gn. 3.1-6). Algumas vezes, como no caso de Davi, o pecado não apenas atinge o indivíduo pessoalmente, também aqueles que lhe cercam. Uma das conseqüências primárias do pecado, depois de reconhecido, é a tristeza, atingindo o ser humano emocionalmente (Sl. 6.6), ainda que essa tristeza possa conduzir ao arrependimento (II Co. 7.10). Essa porém não é a conseqüência imediata do pecado, antes o distanciamento do Seu Criador (Rm. 3.23). O pecado é uma transgressão dos mandamentos do Senhor que é Santo (I Jo. 3.4; Rm. 4.15). Por esse motivo, quando o pecado ocorre não apenas o pecador se entristece, também entristece o Espírito Santo, que o selou para o dia da redenção (Ef. 4.30). Uma outra conseqüência do pecado não arrependido é o efeito cascata, isto é, um erro pode conduzir a outros sucessivos. O envolvimento sexual de Davi com Bate-Seba o levou a um outro pecado, o assassinato de Urias. O pecado de um determinado indivíduo também pode levar outras pessoas – algumas vezes que nada têm a ver com o caso – ao sofrimento. Urias padeceu por causa do pecado de Davi, demonstrando, assim, a implicação social do pecado humano. Por fim, mas não por último, o pecado tem implicações psicossomáticas, ou seja, a menos que haja arrependimento e confissão, males sobrevirão ao corpo, por isso Paulo advertiu os crentes de Corinto que entre eles havia “muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (I Co. 11.30).

CONCLUSÃO: O pecado do cristão precisa ser confessado e abandonado (Tg. 5.16). Como Davi, é preciso reconhecer os pecados pessoais perante Deus (Sl. 41.1). A Palavra de Deus diz que os que confessam seus pecados e os deixam alcançarão misericórdia (Pv. 28.13). Aqueles que assim o fazem desfrutarão da bem-aventurança do Sl. 32.1-2, pois o Senhor não atribui iniqüidade. Caso contrário, os ossos envelhecerão, a alma passará por gemidos, e a mão do Senhor pesará (Sl. 32.3,4). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO


Textos: II Sm. 3.9,10 - II Sm. 5.6-10
irmaoteinho@hotmail.com
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OBJETIVO: Destacar a potencialidade e a expansão do reinado de Davi, bem como os perigos decorrentes da prosperidade material.

INTRODUÇÃO: Após ser entronizado como rei de Israel, Davi estende as fronteiras do território, resultando numa expansão expressiva. No estudo desta semana estudaremos a respeito desse crescimento, com destaque para a conquista de Jerusalém, a sede do reino. Em seguida, refletiremos a respeito do alcance desse reino bem como os perigos dele decorrente para Davi e o povo de Deus.

1. A CONQUISTA DE JERUSALÉM: A conquista de Jerusalém aconteceu provavelmente após a vitória sobre os filisteus. O domínio de Jerusalém constituiu-se num marco histórico para todo o povo hebreu. A providência divina nessa vitória é evidenciada no fato de Davi disponibilizar um exército pequeno para a batalha. Já que os jebuseus – habitantes daquela região – eram considerados imbatíveis. A descrição da cidade mostra a dificuldade para sua conquista: o norte – com uma encosta a oeste – na direção do vale do Tiropeom e o Cedorom, um muro de pedras rústicas e pesadas isolava a cidade, e de cima, os jebuseus podiam atirar pedras sobre os inimigos, o que tornava qualquer vitória sobre ela improvável. Mesmo assim Davi se apossou da fortaleza de Sião, sob as condições mais adversas. Após a conquista, os guerreiros de Davi entraram na cidade paulatinamente e subjugaram os jebuseus. Aquela cidade, situada em ponto estratégico, tornou-se a cidade de Davi. Ao decidir por aquela cidade, Davi tomou a sábia decisão de se colocar numa região neutra em relação às tribos de Israel. Esse feito possibilitou a unidade nacional representada simbolicamente pela capital, centro das atenções do povo. Logo depois da ocupação da cidade, Davi tratou se investir em sua infra-estrutura a fim de torná-la favorável à habitação do rei.

2. A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO: A conquista de Jerusalém resultou na ampla expansão do reino de Israel. Ainda que, logo a principio, os filisteus investiram contra Davi, a fim de matá-lo, mas não obtiveram êxito, pois o Senhor era com ele (II Sm. 5.10,25). Os povos vizinhos de Israel reconheciam a atuação de Deus no reinado de Davi, os mensageiros do rei de Tiro, Hirão, é um exemplo (II Sm. 5.11). Por essa época a Arca da Aliança fora trazida para Jerusalém e ali permaneceu em uma tenda provisória até a construção do Templo no reinado de Salomão, o filho de Davi (I Rs. 8.1-9). A presença da Arca em Jerusalém, na sede do reinado, demarcava a importância do culto a Deus. Por essa razão, Davi e os filhos de Israel celebraram ao Senhor por ocasião da chegada da Arca (II Sm. 6.5). Essa atitude de Davi revela a importância que o rei atribuía a Deus. Nos dias atuais, no contexto materialista no qual estamos inseridos, predomina a ganância. São poucos os que ainda têm algum temor a Deus. Ao invés de tributarem em agradecimento a Deus pela expansão, os governantes ostentam a glória própria, pois como Herodes, não dão a devida glória a Deus (At. 12.23). Alguns outros, até dizem acreditar que Deus existe, mas vivem como se Ele não existisse, trata-se de uma crença meramente intelectual, destituída de obediência (Rm. 2.1-7). A expansão, seja ela coletiva ou individual, implica em grande responsabilidade. Aqueles que têm em abundância não devem olhar apenas para si mesmos, antes precisam se voltar para os outros, principalmente para os mais necessitados (I Jo. 3.17). Principalmente na cultura brasileira, já que as pesquisas comprovam que a prosperidade material, neste país, não redunda em dividendos sociais, diferentemente de alguns outros paises em que os ricos têm vergonha do acumulo exagerado de bens, por esse motivo, tratam de investir no reino de Deus e nas obras sociais.

3. OS PERIGOS DA EXPANSÃO: Fala-se muito em prosperidade nos dias atuais. Muitas igrejas fizeram da expansão e da riqueza o moto de suas mensagens. Mas a busca desenfreada pelo sucesso, fama e riqueza não garantem genuína espiritualidade. Uma igreja – ou pessoa – financeiramente próspera não necessariamente é espiritual. O Senhor Jesus repreendeu a igreja de Laodicéia pela prosperidade destituída de espiritualidade (Ap. 3.14-22). Os momentos de expansão foram sempre os mais perigosos na história de Israel e da Igreja. A romanização da igreja é um exemplo que não deve ser seguido. A fim de ganhar território e expandir suas fronteiras a igreja fez concessões que puseram em risco sua integridade. A biografia de Davi revela essa verdade, pois mesmo sendo um grande rei, juiz e general, não esteve imune às tentações que envolvem o sucesso. Há um sábio provérbio que diz: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Na mesma medida em que Davi expandia as fronteiras de Israel - também cometia os maiores deslizes espirituais. Acumulou várias esposas e com cada uma delas teve filhos que se digladiavam na ânsia pelo poder e luxúria (II Sm. 3.2; 13.1-4). Dentro de casa Davi não conseguia ser um bom pai, pois não contrariava os filhos, de modo que esses se voltaram contra ele (II Sm. 15.13,14; I Rs. 1.5-6). A expansão levou Davi à monotonia e às práticas de lazer que o conduziram aos desejos descontrolados (II Sm. 11.2-17).

CONCLUSÃO: A coroação de Davi possibilitou uma expansão sem precedentes na história do povo de Israel: de 24.000 para 240.000 Km². A conquista de Jerusalém foi o marco inicial do período áureo do reino davídico. Os cristãos esperam pela manifestação da Jerusalém espiritual, que virá de cima, em estado eterno (Gl. 4.25,26; Ap. 21.1,2). A expansão, o crescimento e a prosperidade no tempo presente não devem anular a esperança do que está por vir, pois “como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!