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* A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO

Texto: Dt. 10.17 – Is. 43.11-13; Ef. 1.4,5; Jo. 3.16

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia, a despeito de Seu imenso poder e soberania, concedeu aos homens, o direito de agirem como seres livres.

INTRODUÇÃO: No estudo anterior, refletimos a respeito da redenção propiciada por Deus através de Jesus Cristo. Essa salvação, conforme fora explicado, tratou-e de um ato soberano de Deus. Ao mesmo tempo, Ele exige do ser humano uma resposta à essa providência. A fim de esclarecer melhor essa verdade, no estudo desta semana, mostraremos que Deus, em Sua Soberania, dotou o ser humano com a capacidade de escolher entre amá-lo e rejeitá-lo.

1. A SOBERANIDA DE DEUS: Existem diversas acepções teológicas e filosóficas a respeito do conceito de soberania. Na teologia filosófica, Deus é soberano porque existe antes de todas as coisas, conhece todas as coisas e pode todas as coisas, e está também no controle de todas as coisas. Na Bíblia, o conceito de soberania divina está bastante associado àquele de um rei celestial, cujas abas das vestes enchem o tempo (Is. 6). No Salmo 48.2 o Senhor é chamado de “grande Rei, cujo reino é eterno porque “reina soberanamente para sempre” (Sl. 29.9). A Bíblia, a Palavra de Deus, nos ensina que Deus governa sobre tudo e sobre todos (I Cr. 29.11,12). Ele não apenas governa sobre todas as coisas, também está no controle delas (Jó. 42.2; Sl. 115.3; 135.6; Dn. 4.35). A explicitação da soberania de Deus na Confissão de fé de Westminster sumariza esse pensamento afirmando que, “desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece”. Esse conceito, no entanto, tem sido levado a extremos e dado margem à uma visão equivocada da predestinação bíblica. Alguns estudiosos, em certos momentos, exageram na concepção de soberania, em outros, na liberdade do ser humano.

2. A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO NA TEOLOGIA: Quando se fala em chamada para a salvação, a primeira palavra que nos vem à mente é ‘predestinação’, que, de fato, se encontra na Bíblia, com destaque especial para o texto de Ef. 1.5-11, onde está escrito que “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo...”. No grego, a palavra é proordzo e aparece seis vezes no Novo Testamento com o sentido de predestinar o qual significa, literalmente, “assinalar de antemão por conhecimento prévio”. Ao longo da história, muitas teólogos se debateram a respeito dessa doutrina. Destacamos, a seguir, algumas perspectivas em relação a essa doutrina:

1) Predestinação Incondicional – delineada por Calvino, a partir de Agostinho, que a definia como "o decreto divino com referência aos seres morais – os anjos e homens”. A Confissão de Fé de Westminster a apresenta nos seguintes termos: “Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns anjos e homens – são predestinados para a vida eterna, e outros preordenados para a morte eterna”;

2) Predestinação Restrita – desenvolvida por Jacob Arminius, que, na verdade, era um seguidor de Calvino, que se distinguia do seu mestre ao defender que em relação à predestinação ou eleição, trata-se de algo mais ocasionado por parte do livre-arbítrio humano, do que ocasionada pela soberana vontade de Deus, diferenciando-se, assim, da incondicional que ensinava que a salvação humana depende de uma “eleição absoluta e soberana” exclusiva de Deus;

3) Predestinação Condicional – sob a influência arminiana, John Wesley defendia que a “predestinação é Deus designando de antemão para a salvação os crentes obedientes, não sem conhecer antecipadamente todas as obras deles, mas ‘segundo sua presciência’ dessas obras, ‘desde a fundação do mundo’

3. O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO: A palavra “predestinação” se encontra na Bíblia, mas não no sentido que alguns teólogos costumam atribuir. Proodzo, conforme apontamos anteriormente, significa, em grego, “conhecer de antemão” (Rm. 8.29; 11.2; I Pe. 1.20; II Pe. 3.17), muito mais do que “destinar com antecipação”, como se encontra na maioria dos dicionários. A predestinação para a salvação, nesse contexto, é coletiva e está baseada na presciência divina (Ef. 1.5,11). O propósito de Deus, nesse ato, e no contexto do capítulo 9 de Romanos, não é negativo, mas positivo, diferentemente do que defendem os predestinacionistas incondicionais (Rm. 9.18). Segundo esse princípio, o da predestinação coletiva, vemos que Deus, em Cristo, escolheu a igreja (Ef. 1.11-13). Deus deseja que todos os seres humanos sejam salvos (I Tm. 2.4-6; TT. 2.11; Hb. 2.9), por isso, todas as pessoas, de algum modo têm alguma iluminação da parte de Cristo para a compreensão da revelação (Jo. 1.9; 12.32). As passagens anteriormente citadas mostram que a expiação no sangue de Cristo tem aplicação universal, pois Ele morreu por todos (II Co. 5.15), portanto, todos quantos o receberem, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo. 1.11,12).

CONCLUSÃO: O texto bíblico básico da Bíblia, Jo. 3.16, diz que Deus amou o mundo de maneira tal que deu Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Esse versículo sumariza tanto a soberania de Deus quanto o livre-arbítrio do homem. A salvação é um ato que provém de Deus, isto é, procede dEle, pois Deus, em Seu amor, se revelou aos seres humanos e escolheu um escape para que o homem caído não perecesse: Jesus Cristo. Resta, agora, recebê-lo, pela fé e em arrependimento dos pecados (At. 20.21; Rm. 1.16), assim, vemos que Deus e o homem têm parte na salvação (Rm. 8.29; II Pe. 1.1-11). PENSE NISSO!

* O DEUS DA REDENÇÃO


Textos: Áureo: Is. 46.9,10; 3.8 – Gn. 6.1-7

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia, o Pai, projetou a salvação, o Filho, Jesus Cristo, executou, e o Espírito Santo, o Consolador, a aplica na vida daqueles que crêem.

INTRODUÇÃO: No estudo anterior, estudamos a respeito da intervenção de Deus na humanidade. Em Jesus Cristo, Deus visitou os homens, fez morada entre nós (Jo. 1.14). Hoje, veremos que o propósito de Deus, nessa atuação, é salvar a humanidade, perdida em seus delitos e pecados. Esse processo recebe, na Bíblia, o nome de “redenção”. Na primeira parte, definiremos o que seja “redenção” no Antigo Testamento. Em seguida, analisaremos o sentido da “redenção” no Novo Testamento. Por fim, mostraremos o alcance dessa redenção e sua importância para a humanidade.

1. A REDENÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO: A palavra redenção, em hebraico, é “gaal” e tem significados diversos. Em geral, refere-se ao ato legal de adquirir as pessoas como propriedade. No livro de Salmos e Isaias, o Senhor é apresentado como o Redentor (Sl. 19.4; Is. 41.14). O fundamento dessa redenção se encontra na libertação do povo da escravidão egípcia (Ex. 6.6; 15.13; Is. 51.10). O profeta Isaias também vaticinou a redenção do povo de Israel do cativeiro babilônico (Is. 35.9-10; 51.11; 63.9; 62.12). O verbo hebraico associado à redenção é “padâ”, que significa “redimir” por meio de recursos monetários. Em seu pacto com Israel, Deus determinou que os primogênitos pertenceriam a Ele (Ex. 13.1-2; 34.19), ainda que, para remi-los, o povo poderia pagar uma taxa (Ex. 13.13-15; Nm. 18.15-17). Essa possibilidade já apontava para a remissão de Cristo, o Filho Unigênito do Pai, que sacrificou-se como preço pago por nossa redenção (I Co. 6.20). Nos momentos de angústia, o salmista pediu ao Senhor que o remisse (Sl. 25.22; 119.134). E o Senhor, por sua vez, prometeu resgatar (ou redimir) Seu povo de doenças, dos inimigos e do pecado (Sl. 31.5; 55.18; 130.8). Na ocasião em que se encontrava no cativeiro, Deus também redimiu o Seu povo das nações, a fim de que pudessem voltar para “casa” (Jr. 31.11), como propriedade do Senhor (Is. 35.10; 51.11). A partir dessas passagens, é possível identificar a ampla dimensão que a redenção tinha no contexto do Antigo Testamento.

2. A REDENÇÃO NO NOVO TESTAMENTO: No Novo Testamento, algumas palavras gregas estão associadas à redenção da humanidade. O verbo “axagorazô” significa “redimir”. Paulo usa esse verbo duas vezes em Galátas para se referir à redenção espiritual em Jesus Cristo daqueles que foram vendidos ao pecado (Gl. 4.5; 3.13). O verbo “lutroô” também significa “redimir” e existem três ocorrências somente em I Pe. 1.18,19. Para Pedro, nos fomos redimidos da vida pecaminosa e fútil, não com prata ou ouro, mas com o precioso sangue do Cordeiro, que, como o cordeiro pascal, não tinha mácula ou defeito (Is. 53.7). O sentido de redenção, nessas passagens, é espiritual, bem como em Tt. 2.14. Além desses dois verbos, há um substantivo no grego, “apolytrosis” que também significa redenção. Em Hb. 9.15 essa palavra tem o sentido de “resgate”. Jesus morreu para nos resgatar do pecado, metáfora reforçada em Hb. 11.35, em que é dito que Cristo nos libertou do cativeiro e da tortura. Outras passagens que usam essa palavra para denotar que Jesus nos proveu a redenção por meio de Sua morte na cruz são Rm. 3.24 e I Co. 1.30. Em Ef. 1.14 e Cl. 1.14 isto é demonstrado como algo que os cristãos já têm no momento presente. Essa redenção, contudo, tem um aspecto futuro, por ocasião da volta do Senhor Jesus Cristo (Lc. 21.28; Rm. 8.23; Ef. 1.13,14; 4.30). O substantivo “lutrõsis” é outro termo para “redenção” no Novo Testamento. Após a circuncisão de João Batista, Zacarias, seu pai, louva a Deus pela redenção de Israel através de Jesus Cristo (Lc. 1.68). Ana, quando o menino Jesus foi apresentado no templo, adorou o Senhor, dando graça por ver a “redenção” do seu povo (Lc. 2.38). O escritor aos hebreus lembra ainda que Jesus, pelo seu sangue, obteve uma “redenção” eterna, para nós, que começa agora e segue por toda eternidade (Hb. 9.12).

3. AS IMPLICAÇÕES DA REDENÇÃO DE DEUS: A redenção em Jesus Cristo tem alcança maior e mais profundo que os sacrifícios da Antiga Aliança (Hb. 9.26,28), isso porque o sangue dos animais apontavam para o perfeito sacrifício que haveria de ser consumado no futuro (Sl. 51.9; Is. 38.17; Mq. 7.19). O sacrifício de Cristo foi propiciatório, isto é, nos tornou favoráveis, reconciliados com Deus (I Jo. 2.2; Rm. 3.23-26; 5. 10; II Co. 5.18,19; Cl. 1.21; Hb. 2.17); substitutivo, pois Cristo morreu em nosso lugar (Is. 53.4-6; I Pe. 2.24), e triunfante, pela morte de Cristo nenhuma condenação há (Rm. 8.1), haja vista que agora não somos mais de nós mesmos (I Co. 6.19). Vivemos, a partir da redenção de Deus em Cristo, não para o pecado, mas em santificação, como filhos de Deus, não vive pecando (I Jo. 3.6-8). Por causa dessa redenção, a natureza pecaminosa, ainda que não tem sido abolida, está sob o controle do Espírito. Fomos comprados por Deus, e, ao mesmo tempo, libertos para servi-lo em amor. O Filho nos libertou, portanto, somos verdadeiramente livres (Jo. 8.36) para não mais andar na carne, no caminho da desobediência, como outrora. Andamos, a partir de então, no Espírito, produzindo o Seu fruto (Gl. 5.22).

CONCLUSÃO: Redenção, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, tem a ver com compra, aquisição de propriedade. No passado, fomos vendidos, através de Adão, ao pecado, agora, em Cristo, fomos adquiridos por precioso valor. Não mais somos de nós mesmos, pertencemos Aquele que nos chamou das trevas para a Sua verdadeira luz. Após nos ter comprado, Ele nos deu a liberdade para O servirmos em amor, produzindo o fruto do Espírito. PENSE NISSO!

* O DEUS QUE INTERVEM NA HISTÓRIA

Textos: Is. 46.9,10; 3.8 – Gn. 6.1-7

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia interveio na história da humanidade, desde a criação, após a queda, na redenção de Israel e na salvação por meio de Cristo.

INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos que Deus se comunicou com os seres humanos. Essa manifestação de Deus fora já uma demonstração do Seu amor gracioso. No estudo desta semana, estudaremos a respeito da intervenção de Deus na história da humanidade. Ele é o Criador dos céus e da terra, e, quando o homem caiu, Ele, de pronto, interviu em Sua redenção, continuada na escolha de Israel como nação eleita, na encarnação do Verbo para a salvação da humanidade, e por fim, no arrebatamento e manisfestação em glória para reinar por mil anos.

1. A INTERVENÇÃO DIVINA NA CRIAÇÃO: No princípio criou Deus o céu e a terra, assim inicia o relato bíblico do Gênesis (1.1). Deus, nesse sentido, não seria uma invenção humana, sua existência é tomada como pressuposto. Por conseguinte, a matéria não seria eterna, ela teria sido criada num momento dado do tempo. O que é criado não surgiu aleatoriamente, Deus, o Criador, planejou a existência de todas as coisas, de modo que o mundo visível veio do que não é visível (Hb. 11.3). O homem, diferentemente do que defendem os materialistas, não é o resultado de uma evolução casual, não veio de uma ameba, antes é resultado do propósito de Deus (Gn. 1.3-14,27). Deus tem liberdade plena e poderia, de fato, não ter criado o céu e a terra, nem mesmo os seres humanos, mas Ele interviu, e, como resultado dessa intervenção, podemos ver, hoje, a criação, contempla-la em sua beleza, e testemunhar a sabedoria, grandeza e providência de Deus (Sl. 8; 19).

2. A INTERVENÇÃO DIVINA NA QUEDA: O homem foi criado para glorificar a Deus, ele não se realizada em nenhum outro a não ser nEle (Is. 43.7). Deus não, no entanto, não o criou como uma máquina, para obedecer cegamente, sem que tivesse livre-arbítrio. Adão e Eva, ao invés de usarem a dádiva da escolha para a glória de Deus, optaram por satisfazerem a eles mesmos. Sonharam em ser deuses, ambicionaram a árvore do conhecimento do bem e do mal, ficaram com o mal, como resultado, cairam, desobedeceram, tornaram-se rebeldes pecadores diante de Deus. Naqueles tempos, como também hoje, o pecado traz conseqüências angustiantes para a humanidade (Gn. 3.15). O Senhor, contudo, não desprezou a humanidade a qual havia criado com tanto amor. Ainda que o pecado tenha se espalhado avassaladoramente, a violência e a corrupção (Gn. 4.8-16; 6.1; 5-7). Deus encontrou graça em um homem chamado Noé, e, como também é justiça, enviou o dilúvio sobre a humana, mas antes revelou seu plano ao patriarca, e esse, por fé, foi preservado com a sua família (Gn. 7.7).

3. A INTERVENÇÃO DIVINA NA ESCOLHA DE ISRAEL: Depois do dilúvio, Deus chamou um homem, chamado Abraão, e prometeu que dele faria uma grande nação (Gn. 12.1,2). Mesmo em sua velhice, esse patriarca gerou um filho, cujo nome dado fora Isaque (Gn. 17.19). Isaque gerou Jacó e a partir dele as doze tribos de Israel (Gn. 25.26-34). Após um período de escravidão no Egito, Deus levantou Moisés, como Libertador, para ir àquela terra, retirar o povo que Ele havia escolhido da servidão (Ex. 3.2-4). Nesse evento, o Senhor se revelou a Moisés como o EU SOU. A retirada e a caminhada de Israel, desde o Egito e ao longo do deserto, são marcadas pela atuação sobrenatural de Deus (Ex. 12.37-51). O Senhor fez grandes proezas para libertar o Seu povo, a morte dos primogênitos, a abertura do Mar, o Maná do céu, a água da rocha. Na religiosidade judaica, Deus manifestação sua redenção ao povo através do derramamento do sangue dos cordeiros que eram imolados como sacrifício pelo perdão do pecado (Lv. 9.3). Essa revelação divina apontava para Aquele que seria, definitivamente, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29).

4. A INTERVENÇÃO DIVINA NA ENCARNAÇÃO DO VERBO: Na abertura do Evangelho que trás o seu nome, João diz que “no princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Mais adiante, acrescenta que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo. 1.1,14). Há aproximadamente dois mil anos, Deus resolveu fazer morada no meio dos homens. Mais do que isso, decidiu se tornar um deles. Como disse um certo pregador, esse é o maior evento histórico de todos os tempos. Maior do que a ida do homem a lua em 1969. O Emanuel, Deus conosco, colocou os seus pés aqui na terra, viveu entre nós, tornou-se um vizinho. Com essa atitude, Deus condescendeu plenamente em sua revelação, manifestando-se como o Caminho, a Verdade e a Vida, afirmando que quem quisesse conhecer ao Pai deveria olhar para Ele (Jo. 14.1-10). Essa intervenção mudou significativamente o relacionamento dos homens com o Deus, podemos, agora, chamá-lo de Aba, pois somos seus filhos (Rm. 8.15; Gl. 4.6). Isso porque fomos regenerados (I Jo. 5.18; Jo. 3.5-7; II Pe. 1.4), justificados (Rm. 3.22-28; 4.3,16; 5.1), santificados (Hb. 12.14; I Pe. 1.15).

5. A INTERVENÇÃO DIVINA NOS ÚLTIMOS DIAS: Vivemos já, em parte, o tempo escatológico de Deus, pois nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1). Mesmo assim, temos ainda a expectativa quando ao dia em que o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade (I Co. 15.53,54). Nessa ocasião, o Senhor virá dos céus para arrebatar a Sua igreja, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e os vivos serão transladados (I Ts. 4.15-17). Haverá um tempo de Tribulação, o qual findará com a Volta Gloriosa de Jesus Cristo, como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16). Haverá um período de mil anos, no qual Cristo reinará entre as nações a partir de Israel (Ap. 20.3-7). Até que, enfim, serão feitos nova terra e céus, onde habitarão justiça e paz (II Pe. 3.16). Após o Juizo Final (Ap. 16.11-15), descerá a Nova Jerusalém, e, com Deus, habitaremos para todo o sempre. E todo aquele que tem essa esperança purifique-se a si mesmo, assim como Ele é puro (I Jo. 3.3).

CONCLUSÃO: O Deus da Bíblia não é um deus ausente, o qual Elias ironizou em seu confronto com os profetas de Baal. É um Deus que intervem na história da humanidade e isto Ele tem feito desde o princípio, no ato da criação. Esse Deus Vivo e Verdadeiro também separou uma nação, da qual nasceu Aquele que é a Promessa. No final, Ele que é Esperança Nossa, virá dos céus para reinar, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ao Deus que intervém seja a honra e a glória pelos séculos dos séculos. Amém. PENSE NISSO!

* O DEUS QUE SE COMUNICA COM O HOMEM

Textos: Gn. 3.8 – Sl. 29.1-10
irmaoateinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia se relaciona com o homem a fim de comunicar-lhe seu amor, cuidados e salvação eterna.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana veremos que Deus se comunica com o homem. O princípio da comunicação, ou da revelação divina, repousa no relato bíblico de que Deus falou. Partindo desse pressuposto, definiremos e distinguiremos a revelação divina geral e especial. Em seguida, trataremos a respeito da revelação divina na história da salvação. E por fim, da resposta divina diante dessa revelação.

1. REVELAÇÃO: GERAL E ESPECIAL: Neste estudo, os termos “comunicação” e “revelação” serão usados de forma intercambiável. Assim sendo, podemos dizer, consoante ao título da aula, que Deus se comunica ou se revela ao homem. A revelação se faz necessária porque o homem é finito e não pode conhecer a Deus por meios próprios. Por isso, num ato de livre graça, Deus se revelou para nós. Ele rompeu o silêncio e se deu a conhecer. Essa revelação acontece, tanto nos tempos antigos quanto atuais, pela manifestação geral e/ou específica: 1) geral – Deus comunicando a respeito de si mesmo a todas as pessoas de todos os tempos e lugares; e 2) especial – a manifestação de Deus para pessoas específicas em épocas específicas. Os meios da revelação geral são: a natureza, a história e a constituição do ser humano (Sl. 19.1; Rm. 1.18-21,25; At. 14.15-17; 17.22-31). A revelação geral, no entanto, tem suas limitações por causa da queda do ser humano (Rm. 1.21; II Co. 4.4; Rm. 10.14). Ademais, por meio dessa revelação, é possível identificar um Deus Criador e Poderoso, mas não Amoroso e Salvador. Diante de tal limitação, o Deus da Bíblia resolveu se revelar especialmente à humanidade. Primeiramente, a Israel (Ex. 3.14), revelando-se como o EU SOU. Posteriormente, pela Bíblia, por meio da palavra profética, conhecida hoje, entre os cristãos, como Antigo Testamento (Jr. 18.1; Ez. 12.1; Os. 1.1; Jl. 1.1; Am. 3.1). O Novo Testamento, desde os tempos dos apóstolos, é também considerado revelação divina, Palavra de Deus (II Pe. 3.15; Ap. 22.18,19).

2. CRISTO, A PLENITUDE DA REVELAÇÃO DIVINA: A plenitude da revelação divina, no entanto, está em Cristo, o Verbo que se fez Carne (Hb. 1.1-3). A revelação como Pessoa, por conseguinte, se junta à Palavra Escrita, de modo que, pela Bíblia, temos o testemunho fiel e verdadeiro dos apóstolos a respeito de Cristo (Jo. 19.35; 21.24; I Jo. 1.1). Em Hb. 1.1 está escrito que “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. A esse respeito, entendemos:

1) que Deus falou antigamente – assim sendo, não podemos incorrer no erro de pensar que somente há revelação em Cristo e/ou depois dele, a Lei, também tem o seu papel em relação com o Evangelho;
2) Deus falou não apenas um vez, mas “muitas vezes” – não continuamente, em fragmentos e intervalos;
3) não apenas de um modo, mas de “muitas maneiras” – por anjos, Urim e Tumin, sonhos e visões (Nm. 12.6-8);
4) ao pais – Noé, Abraão, Isaque, Jacó, entre outros - pelos profetas – Moisés, Davi, Elias, Jeremias, entre outros – essa revelação fora dada em porção, isto é, nenhum desses detinha a plenitude da revelação divina (I Co. 10.1);
5) nos últimos dias, isto é, nos dias de Cristo na terra, Deus falou-nos pelo Seu Filho, Jesus Cristo, que é a expressão completa, ininterrupta da revelação divina, pois nEle habita a plenitude da deidade (Jo. 1.16; 3.34; Cl. 2.9). Em Jesus Cristo repousa todo o espírito da profecia, a graça e a verdade do Evangelho (Ap. 19.10; Jo. 1.17; 5.46; 14.9; Hb. 1.3).

3. A RESPOSTA HUMANA À REVELAÇÃO DIVINA: Deus falou, e como resultado dessa revelação, desse apocalipse, manifestação, parousia, somos todos postos diante dEle. Cabe ao homem, diante de Cristo, responder a Deus, aceitando-O ou rejeitando-O. A todos quantos O receberam, deu-lhes a autoridade de serem chamados filhos de Deus (Jo. 1.12). Em virtude do pecado, a condenação eterna está imposta a todos os homens, pois todos pecaram e destituídos ficaram da glória de Deus (Rm. 3.23). As obras são insuficientes para trazer a salvação dos homens (Ef. 2.8,9). Na verdade, nada há que o homem possa fazer para encontrar a justiça divina, a não ser por Jesus Cristo (Is. 57.12). A religiosidade ou a moralidade também não garantem a salvação, pois necessário se faz que o homem nasça de novo (Jo. 3.3). Não há outro caminho pelo qual os homens possam ser salvos, somente Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo. 14.6; I Jo. 5.20). Não há outro nome, além do de Cristo, por meio do qual possamos ser salvos (At. 4.12). Aos que recusam o Filho de Deus, permanece sobre eles a ira divina (Jo. 3.36). Segundo a revelação bíblica, estão entesourando ira para si, que se manifestará no juízo de Deus (Rm. 2.5-8; Rm. 12.19).

CONCLUSÃO: O Deus da Bíblia não é como um pai que se ausentou dos seus filhos e não mais resolveu dar notícias. Ou mesmo, como dizem os deístas, a um relojoeiro que deu cordas na sua criação e a abandonou ao acaso. O Deus da Bíblia, ciente das limitações humanas decorrentes da Queda, resolveu falar. Ele se revelou, a princípio, através da natureza – mostrando o seu poder criador, e da consciência – revelando na constituição humana o seu pecado. A ápice dessa revelação é Cristo, Aquele que revelou a face de um Deus de justiça e de amor. Essa é a grandeza da revelação divina, que, ao contrário do que se dizem, não é excludente, na verdade, é includente, pois Deus, em Cristo, forneceu um escape à humanidade outrora condenada à perdição eterna (Jo. 3.16). PENSE NISSO!