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* OS MALES DO CONSUMISMO

Textos: Pv. 30.8 – Ec. 2.4-11

OBJETIVO: Mostrar que a sabedoria e a moderação gerada pelo Espírito é o antídoto contra o consumismo que subjuga as pessoas, inclusive alguns cristãos.

INTRODUÇÃO: O consumismo se tornou uma prática comum na sociedade moderna. Muitos cristãos têm se deixado levar por essa tendência. Os efeitos do consumismo são danosos não só ao bolso, mas também, à fé cristã. Ciente disso, estudaremos, no estudo desta semana, o que significa ser consumista na sociedade contemporânea, as influências dos meios de comunicação de massa na prática do consumo, e por fim, os cuidados que precisamos a fim de consumir com equilíbrio.

1. O CONSUMISMO COMO DOENÇA: A palavra “consumismo”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa “1) ato, efeito, fato ou prática de consumir ou comprar em demasia; e 2) consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente de artigos supérfluos. Do ponto de vista sociológico, o consumismo é o ato de consumir bens ou serviços, muitas vezes, sem reflexão. Existem muita polêmica a respeito desse assunto, entre elas, o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem sobre os indivíduos. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um produto do capitalismo e um fenômeno da sociedade moderna. Destacamos, também, que o consumismo pode se tratar de uma doença comportamental, clinicamente denominada de “oneomania”. Nesses casos, a pessoa doente consome compulsivamente coisas que não irá usar ou que não terá qualquer utilidade. Na maioria das vezes, o consumidor compulsivo busca preencher, por meio da aquisição de produtos, um vazio na alma. Sua maior tristeza é perceber que todos os bens que estão do lado de fora não trazem a satisfação interior. Pior que isso, resultam em dívidas, que, muitas vezes, não poderão ser saldadas.

2. O CONSUMISMO E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO: A princípio, faz-se necessário distinguir o que seja “consumo” e “consumismo”. No primeiro caso, as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para a sobrevivência. Em relação ao consumismo a pessoa gasta tudo aquilo que tem, e até o que não tem, em produtos supérfluos. Esse consumo exagerado, em muitos casos, é produto das provocações dos meios de comunicação de massa, especialmente, da propaganda da televisão. Os canais televisivos cobram quantias exorbitantes aos anunciadores dos produtos, os quais, incitam as pessoas a adquirirem os seus produtos, criando necessidades que, na verdade, não existem. As implicações sociais do consumismo são terríveis, pois podem gerar violência na medida em que as pessoas distanciadas de Deus acabam cometendo atrocidades a fim de satisfazer a vontade de possuir um determinado produto. A explicação da compulsão pelo consumo talvez possa se amparar em bases históricas. O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução Industrial. A industrialização agilizou o processo de fabricação, o que não era possível durante o período artesanal. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Uma outra conseqüência danosa do consumismo é a destruição do meio ambiente, algo que não pode ser desconsiderado, mesmo pelos cristãos, pois somos mordomos da criação de Deus (Gn. 2.8,19,20; Ex. 23.11)

3. O CRISTÃO DIANTE DO CONSUMISMO: O consumismo não afeta apenas os não-cristãos, na verdade, em virtude da famigerada Teologia da Prosperidade - que preferimos denominar de Teologia da Ganância – muitos cristãos estão sendo preso às teias do consumo compulsivo. Essa teologia antibíblica acaba por valorizar mais as coisas materiais do que as espirituais (Pv. 30.15. Mt. 6.19-21). Ela incita a insatisfação dos cristãos que acabam se distanciando do sábio conselho de Agur (Pv. 30.8,9). As igrejas evangélicas, em geral, não estão imunes a essa prática, pois muitos templos se transformaram em comércio, nos mesmos moldes que nos tempos de Jesus (Mt. 21.12). Alguns pregadores e cantores cobram preços exorbitantes para freqüentar uma determinada igreja ou espaço físico, fomentado os shows gospel. Alguns líderes eclesiásticos acabam sendo tragados por essa tendência, e ao invés de se reunirem para estudar a Bíblia, não têm outro assunto senão o último bem que acabaram de adquirir. A esse respeito bem ressaltou Jesus quando disse que a boca fala do que o coração está cheio (Lc. 6.45). O consumo desordenado é anticristão, pois em Fp. 4.11-13 e I Tm. 6.10, somos instruídos a viver em contentamento. E esse, sem dúvida, é o verdadeiro antídoto contra a prática do consumismo (Pv. 15.27; Ec. 5.10; Jr. 17.11).

CONCLUSÃO: Com Jesus, precisamos aprender a orar pelo “pão nosso de cada dia” (Mt. 6.11). Se levarmos esse princípio adiante, saberemos consumir com equilíbrio, a fim de satisfazer as necessidades e evitaremos o desperdício (Jo. 6.12). Sejamos cautelosos na aquisição de bens, é preciso sempre avaliar se o orçamento familiar será suficiente para cobrir as despesas (Is. 55.2; Lc. 15.13,14). Não deixe de investir na propagação do Reino de Deus através dos seus dízimos e ofertas (Mt. 23.23), adquira, com moderação, bons livros e cds evangélicos de escritores e cantores que tenham comprometimento com a obra de Deus, não em fazer fortuna. Aprenda a confiar no Senhor, não se deixe levar pelas exigências sociais, pois não são poucos os casos de pessoas que estão endividadas porque optaram por um padrão de vida além de suas posses. A sociedade exige que você tenha de tudo, sempre novo e do mais caro, mas não patrocina. Por isso, aprenda a confiar em Deus e a encontrar plena satisfação nEle, e assim, nada irá nos faltar (Sl. 37.25; 23.1). PENSE NISSO!

* Resposta ao “filme” Zeitgeist.

O conteúdo do vídeo Zeitgeist sinaliza um grau profundo de desconhecimento histórico, teológico e hermenêutico. Inicia ignorantemente associando todos os males da humanidade a Deus, esquecendo-se de informações pontuais, como o conceito filosófico e teológico do livre arbítrio que embasa o homem na liberdade de escolha. Outrossim, é de se considerar que o homem é sujeito de sua própria história, responsável pelos seus atos, pelas suas escolhas e decisões. Portanto, o conteúdo veiculado anula o papel do indivíduo na construção da história, nega o sujeito agente, atribuindo a Deus toda sorte de violência e eximindo o homem de suas atitudes.

O equívoco maior está em associar Deus com religião. A religião é uma criação humana, instituição do mundo dos homens; Deus está acima das instituições religiosas, políticas e filosóficas; Deus não é ideologia; Deus é espírito absoluto, como aponta a teoria hegeliana.

Os homens e instituições, ao longo da história, têm se apropriado indevidamente do sagrado para legitimar seus atos, e esta visão crítica é que deve ser veiculada; no entanto este vídeo não possui senso crítico, mas tendencioso, leviano e ideológico.

Para os desinformados, existe uma forte tendência ideológica, apologética, nascida nos EUA e divulgada esparsamente na Europa, de conteúdo ateu, com o firme propósito de desconstruir a crença em Deus.

Este vídeo, considerado nos EUA uma teoria da conspiração, fictícia, faz parte deste movimento conspiratório. Nada que é produzido pelo homem é desprovido de ideologia, e isto devia ter sido mencionado pela professora regente.

Outro erro crasso e anacrônico foi tentar criar uma relação entre a Bíblia e a astrologia; haja visto que os hebreus não praticavam a astrologia; esta mística não fazia parte da cultura hebréia. Qualquer livro didático de história vai provar que todos os povos da antiguidade oriental praticavam a astrologia, menos os hebreus.

Por outro lado, associar o peixe, símbolo do cristianismo, com o conhecimento astrológico é uma falácia desmedida, já que a astrologia não fazia parte da realidade histórico-cultural do povo hebreu. O peixe é um símbolo cristão por causa da expressão grega “lesous christos theou Uios Soter” ( Jesus Cristo filho de Deus, Salvador). As iniciais formam a palavra “ ICTUS” , que significa peixe em grego.

O filme associa Jesus Cristo a outros deuses, atribuindo o dia 25 de dezembro como a data do nascimento de vários deuses. O fato é que Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Tal fato não está registrado na Bíblia e é imposto pela Igreja Católica Romana.

Devido ao domínio de Roma sobre o mundo “cristão”, por séculos, a data tornou-se tradição para toda a cristandade. O significado original de 25 de dezembro é que esse dia era uma celebração do retorno do sol. Em 21 de dezembro ocorre o solstício de inverno (o mais curto dia do ano e assim um dia marco no calendário) e 25 de dezembro era o primeiro marco quando os antigos podiam notar claramente que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do sol estava retornando. Este dia era considerado místico e mágico para todos os pagãos, que festejavam e celebravam ao sol.

A Igreja Católica, quando começou a influenciar a cultura romana, resolveu substituir o festival pagão com um dia santo cristão. O método se valia do fato que seria mais fácil substituir do que acabar com o festival e colocar a opinião popular contra a Igreja. Daí resultou celebrar-se o nascimento de Jesus nesta data, já que muitas culturas cultuavam aos seus deuses também nesse dia. É o caso de mitra, hórus e outros. Jesus não pode ter nascido no dia 25 de dezembro, pois os relatos bíblicos afirmam que os pastores estavam no campo e nesta data seria impossível pastorear naquela região, pois o inverno estaria rigoroso e os campos, improdutivos.

Além dos escritos dos historiadores Flávio Josefo e Tácito, que são provas históricas da existência de Jesus, existem os evangelhos que narram o nascimento, a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Nenhum dos deuses citados no vídeo tem provas históricas de sua existência, mas mitológicas. Desqualificar as provas da existência de Jesus é uma atitude desesperada, leviana e tendenciosa. Se Jesus Cristo foi uma invenção de vários homens e mulheres de seu tempo, que deixaram relatos escritos, então foi a invenção mais bem feita e inteligente de todos os tempos, pois a personalidade de Cristo é invariavelmente peculiar e especial!

Desconstruir a imagem de cristo não vai destruí-lo, Ele vai continuar existindo, salvando e perdoando os pecados dos caluniadores!

Autora: Historiadora Clari Couto

* DEPRESSÃO, A DOENÇA DA ALMA


Textos: Sl. 42.5 –I Rs. 19.1-8
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que a depressão tem sido um dos males do século e que precisa ser abordada sabiamente, levando em conta os estudos médicos, mas, principalmente, os princípios bíblicos.

INTRODUÇÃO: Nunca se falou tanto em depressão, há pessoas com essa doença por toda parte, inclusive dentro de muitas igrejas evangélicas. O desafio para a igreja, dependendo da situação, deve ser o de oferecer um tratamento espiritual adequado às pessoas que passam por esse tipo de enfermidade. Estudaremos a respeito dessa doença, e, para esse fim, partiremos da definição bíblica dessa condição, suas causas e conseqüências, e principalmente, o aconselhamento espiritual que conduz à cura.

1. DEPRESSÃO, O QUE É ISSO? A depressão é uma condição existencial que tem afetado milhões de pessoas em todo o mundo, não só descrente, mas, também, muitos cristãos. Aqueles que sofrem de depressão experimentam sentimento intensos de tristeza, ira, desespero, fadiga e uma variedade de outros sintomas. Eles podem se sentir inúteis e mesmo ter tendências suicidas, demonstrando pouco interesse em coisas e pessoas que anteriormente gostavam. A depressão costuma ser desencadeada pelas circunstâncias da vida, tais como: perda de trabalho, morte de um ente querido, situação de divórcio ou problemas psicológicos tais como a baixa estima. A depressão clínica é uma condição física que deve ser diagnosticada por um médico. Em alguns casos, a cura não depende, como se costuma pensar, da vontade própria. Devemos ter cuidado para não associar a depressão com pecado, o que costuma acontecer em muitas igrejas. Essa doença, dependendo do caso, pode ser tratada tanto com medicação quanto por meio de terapia e aconselhamento. Não podemos descartar a possibilidade de uma cura divina, e, quando necessário, atentar para a necessidade de uma intervenção médica (Mt. 9.12).

2. AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA DEPRESSÃO: Conforme apontamos anteriormente, as causas da depressão podem ser as mais diversas, não podemos descartar, inclusive, os casos hereditários. Há pessoas que, ao que tudo indica, têm alguma propensão, vinda dos seus pais, para desenvolver esse tipo doença. Mas, na maioria das vezes, a causa da depressão é cultural, isto é, depende do estilo de vida no qual as pessoas se integram e a que são expostos. Na Bíblia, a partir da experiência de Elias perante Jezabel, é possível identificar, como causas da depressão: a oposição, a frustração, medo e a angústia (I Rs. 19.1-4). Elias, no entanto, não foi o único personagem bíblico a enfrentar a depressão, destacamos, entre outros, Jó (Jó 3.11; 6.11; 17.1), Abraão (Gn. 15), Jonas (Jn. 4), Saul (I Sm. 16.14-23), Davi (Sl. 13.1-3; 56; 57.6,7) e Jeremias (Jr. 9). Quando a depressão chega, costumamos reagir através da fuga, como fez Moisés (Ex. 2.15) e o próprio Elias (I Rs. 19.3). Como a maioria das pessoas que sofrem de depressão, Elias também se escondeu (I Rs. 18.19-40), quis desistir de seus projetos (I Rs. 19.3) e desejou a própria morte (I Rs. 19.4).

3. SUPERANDO A DEPRESSÃO: O aconselhamento que damos, a seguir, está baseado na crença de que Deus é capaz de curar todo e qualquer tipo de doença, e como não poderia ser diferente, também a depressão. Reconhecemos, contudo, que nem todas as pessoas são curadas, algumas delas precisarão aprender a conviver com esse problema. Isso, no entanto, não deva servir de desestimulo para que persigam uma intervenção divina. Mas enquanto isso não acontece ou a fim de amenizar a situação, apresentamos algumas recomendações bíblico-teológicas no tratamento da depressão: 1) entregue-se à possibilidade de recuperação total (Sl. 51.10,12); 2) devote-se à oração e à gratidão (Fp. 4.6; Jr. 29.11,13); 3) mesmo que, aparentemente, não haja motivos para tal, dedique louvor e adoração a Deus (Sl. 42.11); 4) invista em seu relacionamento com o Pai Celestial (Mt. 11.28-30); 5) reconheça que você é filho de Deus e alvo de Sua maravilhosa graça e amor (I Jo. 3.1-1; 3.1); 6) entregue o seu corpo, integralmente, a Deus (I Co. 6.19-20); 7) esteja disposto a ter uma renovação de mente (Rm. 12.2; II Co. 10.3-6); 8) confie sua vida a Cristo (Fp. 3.7-9; Mt. 6.33,34); 9) direcione seus cuidados a Deus e deixe que Ele o conduza (Jz. 15.18) e 10) deposite sua esperança e confiança em Deus (Fp. 4.13; Mt. 28.20).

CONCLUSÃO: A depressão, conforme vimos neste estudo, trata-se de uma doença complexa, com múltiplas causas e conseqüências. Por isso, os cristãos precisam ter sabedoria tanto para aconselhar quanto para enfrentá-la. Alguns casos precisam de tratamento clínico, por isso, sejamos cautelosos nos encaminhamentos. Os médicos, dependendo da formação, podem atuar de modo diferenciado na condução do problema. Do ponto de vista bíblico, sabemos que podemos confiar em Deus a fim de que essa doença não seja otimizada pelas circunstâncias sociais, haja vista que o Senhor está no controle de nossas vidas. PENSE NISSO!

* VIVENDO SEM MEDO

Textos: I Jo. 4.18 – Nm. 13.25-32.

OBJETIVO: Mostrar que o amor de Deus, derramado em nossos corações, é a garantia da vitória sobre o medo, tão comum na sociedade moderna.

INTRODUÇÃO: O medo, ou mais precisamente, o pânico é uma das doenças do nosso século. Muitas pessoas, levadas pelo pavor, não conseguem sequer sair de casa, assustadas com o que lhes venha a acontecer, especialmente, em relação à morte. Neste estudo, após definir o que seja medo e mostrar as suas causas e conseqüências, nos voltaremos à cura que a Palavra de Deus nos oferece a fim de que, como o mundo, não sejamos tomados pelo terror o assola.

1. O MEDO, SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS: Na psicologia moderna, o “medo” é um sentimento caracterizado pela inquietação, falta de paz, desespero e insegurança. Tal sensação tem se manifestado de muitas maneiras, por meio de fobias – medos injustificados, e da síndrome do pânico – sensação irracional que pode levar o indivíduo ao isolamento em relação à sociedade. Esse tipo de medo, no entanto, pode ser identificado ainda nos tempos dos salmistas (Sl. 27.1-3; 121), pois aquele tempo, bem como o atual, era marcado pela violência e pelo terror (Sl. 55.4-6). No livro de Gênesis, após o pecado, Adão percebeu sua condição e teve medo: “Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.” (Gn. 3.10). A causa do medo, de acordo com o relato bíblico, é a forma como nos vemos pelos olhos dos outros, é o receio de como Deus nos verá. Por isso, estamos sempre tentando nos cobrir com folhas de figueira, na inútil tentativa de camuflar aquilo que realmente somos. O Deus de Israel já antecipara que caso aquele povo se distanciasse dEle, a conseqüência seria o sentimento de pavor (Lv. 26.36). A causa de todos esses medos modernos continua sendo a mesma, o homem encontra-se distanciado do Deus que o criou (Rm. 3.23).

2. O HOMEM DIANTE DA MORTE: A morte é o maior dos temores do homem dos tempos modernos. Conta-se que Satre, famoso filósofo existencialista, costumava dizer que teria forças para enfrentar a morte nos dias finais. Isso, todavia, não aconteceu, e, seus últimos dias foram de intenso pavor. Ao ser perguntado a respeito da falta da causa de seu pânico em relação à morte, o filósofo respondeu que não tinha esperança, porque essa carecia de um fundamento. Os cristãos, diferentemente dos materialistas e dos existencialistas ateus, sabem que têm uma bendita esperança (I Ts. 4.13-17). Jesus trouxe à luz a imortalidade através do Seu evangelho (II Tm. 1.10). Por isso, quando esse tabernáculo humano se desfizer, receberemos, do Senhor, um corpo incorruptível, não mais sujeito às fragilidades temporais (II Co. 5.1). A meditação nessas verdades reveladas nos traz de volta a confiança, e repentinamente, o medo da morte se esvai, e sobrenaturalmente, podemos vê-la a partir do prisma do Senhor (Sl. 116.15; Ap. 21.4). Percebemos, então, que nada nos separará do amor de Cristo, nem mesmo a morte (Fp. 1.20; Rm. 8.38), e que, ao final, essa será definitivamente tragada pela vitória (I Co. 15.54). O poeta inglês John Donne, após vários anos de meditação sobre a morte, chegou a uma confortadora conclusão. Em versos diz: “Não te orgulhes, ó Morte, embora te hão chamado, poderosa e terrível, porque tal não és, já que quantos tu julgas ter pisado aos pés, não morrem, nem de ti eu posso ser tocado”. Com Donne, concordamos que a morte não pode tocar aquele cuja esperança repousa no Senhor da Vida. Ao ser vencida por Cristo, no ato da ressurreição, a morte perdeu o seu poder. Resta-nos, a partir de então, a agradável surpresa e a convicção de que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (II Co. 2.9).

3. FÉ, A VITÓRIA QUE VENCE O MEDO: Após refletir sobre o grande amor de Deus, o salmista afirmou com veemência: “o Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?” (Sl. 27.1), e, mais adiante, “O Senhor está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem” (Sl. 118.6). O principal problema do medo é que ele nos fecha diante dos outros. Ele destrói a razão para a qual fomos criados, para ter relacionamentos, tanto com Deus quanto com o próximo. Quando nos entregamos ao medo, somos impulsionados a fugir de Deus e das pessoas. Tornamos-nos construtores de muros ao invés de edificadores de pontes. Venceremos o medo quando formos capazes de vencer a nós mesmos. A principal ameaça para nós é o nosso próprio egoísmo. Na passagem bíblica de I Jo. 4.18, o apóstolo Amado, aquele que esteve por longo tempo preso na ilha de Patmos, nos mostra a saída para o medo, diz ele: “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor”. Em relação a Deus, é necessário, primeiramente, ter a convicção do seu imenso amor em Cristo, o qual morreu e ressuscitou para que tivéssemos vida e não mais temêssemos. O ser humano não precisa mais se esconder nas “folhas de figueira” dos paliativos humanos, em Cristo, o temor foi substituído pelo amor.

CONCLUSÃO: Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Em relação aos outros, devemos tomar a decisão de pôr o amor acima de qualquer pavor. Esse é o caminho para nos abrirmos aos relacionamentos. Se tivermos que ter medo de alguma coisa, deve ser o medo de não amar, pois se não amarmos, verdadeiramente, não conseguiremos viver, já que não há vida sem amor. Jamais devemos esquecer de que Deus é amor (I Jo. 4.8), e, nEle e com Ele, não temos o que temer, pois, definitivamente, nada nos separará do amor de Deus em Cristo Jesus (Rm. 8.35-39). Não esqueçamos que o Senhor é o nosso Pastor, portanto, ainda que passemos pelo vale da sombra da morte, não temeremos (Sl. 23.4). PENSE NISSO!

* VENCENDO A ANSIEDADE


Textos: I Pe. 5.7 – Mt. 6.25-30, 33,34
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Refletir a respeito dos efeitos danosos da ansiedade, bem como buscar o remédio bíblico para evitar que ela domine o viver cristão.

INTRODUÇÃO: Neste estudo, meditaremos a respeito de uma das principais doenças do século atual, a ansiedade. Veremos, inicialmente, que a causa de ansiedade é o sentimento constante de insatisfação. Em seguida, mostraremos que a ansiedade traz sérias conseqüências ao viver cristão. E, por fim, aprenderemos a encontrar plena satisfação em Deus, o antídoto contra a doença da ansiedade.

1. ANSIEDADE, QUANDO NADA SATISFAZ: A raiz da ansiedade é a insatisfação contínua do ser humano. Desde a sua queda, o homem e a mulher perderam a fonte da completude que se encontrava em Deus. A partir de então, a existência costuma ser uma busca desenfreada a fim de preencher uma lacuna angustiante que somente pode ser completada pelo Criador. A causa central da ansiedade, nessa perspectiva, se encontra na ausência de fé (Mt. 6.30-34). E essa, por sua vez, está associada a uma cosmovisão, isto é, a uma vida pautada na tentativa de alcançar a felicidade através dos bens materiais. Somos ensinados a nos sentirmos seguros através dos bons empregos, do acúmulo das riquezas, dos prazeres carnais, e quem sabe, no acréscimo dos anos de vida por meio das técnicas científicas. Mas todos esses paliativos não nos garantem a satisfação plena, e, como Saul (I Sm. 18.7-16), nos perturbamos com muitos cuidados, especialmente em relação ao sucesso dos outros. Essa sensação é testemunhada numa música secular, dos Rolling Stones, por meio da qual, dizem que não conseguem obter satisfação plena: “I can’t get no satisfation”. A esse respeito, são apropriadas as palavras de Salomão, ao afirmar que, nessa ânsia desenfreada por satisfação sem Deus, “nem os seus olhos se fartam de riquezas” (Ec. 4.8).

2. CONSEQUÊNCIAS DA ANSIEDADE: É muito comum, nos dias atuais, ouvir a lamentação de pessoas em relação ao estresse. Há, inclusive, quem considere ser essa uma situação normal. Os cursos de motivação oferecidos a preços nada modestos estimulam “os primeiros depois delas mesmas”. Não há lugar para os últimos, contrariando o ensinamento de Jesus (Mt. 19.30; 20.16). O espírito de competição é insuflado, todo mundo com medo de perder o seu lugar, e muitos outros, lutando para derrubar uns aos outros, tentando se manter ou obter mais poder, em muitos casos, sem atentar para a ética. Tanto dentro quanto fora da igreja, os cargos são vistos não em sua funcionalidade, para a edificação do Corpo de Cristo (Ef. 4.11,12), mas como se estivéssemos numa hierarquia militar. É como se vivêssemos numa selva de pedra, a seleção natural das espécies de Darwin domina o os relacionamentos. Como conseqüência, fica a frustração, por não ter um emprego melhor do que um outro almejado, uma casa luxuosa como aquela do seu vizinho ou um carro do ano repleto acessos desnecessários. Outro mal é o desânimo, o complexo de inferioridade, que arrasta o ser humano para uma perda total da identidade para a qual fora criado.

3. A PLENA SATISFAÇÃO EM DEUS: Nada há de errado em buscar melhores condições de vida, reconhecendo, como cristãos, que tudo procede de Deus, e por isso, sendo a Ele gratos (I Tm. 4.4; 6.17). Mas a meta do cristão não pode ser o acúmulo descontrolado de riquezas, antes ter, com critério, o suprimento das necessidades familiares e também para ajudar os mais necessitados (I Ts. 1.11; Ef. 4.28). Para não entrarmos pelo caminho da ansiedade, o segredo é seguir o exemplo e a instrução da simplicidade experimentada por Paulo: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Fp. 4.11-13) “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (I Tm. 1.8).

CONCLUSÃO: A solução contra os males da ansiedade, portanto, é a plena satisfação e contentamento em Deus, e, nesse contexto, podemos, como diz o texto áureo desta lição, lançar sobre ele toda a nossa ansiedade, porque ele tem cuidado de nós (I Pe. 5.7). Há uma tradução do versículo 1, do Salmo 23, bem mais equivalente com o texto hebraico, que reforça esse ensinamento bíblico. Diz assim: “O Senhor é o meu Pastor e de nada tenho falta”. Que essa palavra se aplique às nossas vidas, e só assim, venceremos a doença danosa da ansiedade. PENSE NISSO!