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CONFLITOS NA FAMÍLIA


Textos: Mq. 7.7 – Ef. 5.22-30


INTRODUÇÃO: A família é constituída por pessoas pecadoras, algumas delas mais espiritual, outras carnais. Por esse motivo, esse é também um ambiente de conflito, mas que precisa ser trabalhado. No estudo desta semana veremos a respeito dos conflitos familiares, inicialmente, os conflitos conjugais, e em seguida, entre pais e filhos. Ao final, apresentaremos encaminhamentos cristãos para a resolução dos conflitos familiares.

1. FAMÍLIA, LUGAR DE CONFLITO: Um conflito, de acordo com a definição dicionarizada, é uma “oposição, discórdia, disputa e confronto”. A família é composta de pessoas caídas, portanto, pecadoras, por isso, em maior ou menor grau, é um espaço de conflito. Quanto mais carnal for a família, maiores são as incidências de conflitos (I Co. 3.1-4). Uma família espiritual, por sua vez, tende a conviver com menos conflitos, quanto mais se anda no Espírito, menos oportunidade terá a natureza pecaminosa (Gl. 5.16,25). É preciso reconhecer, no entanto, que existem interesses distintos dentro da família. Por esse motivo, as desavenças, cedo ou tarde, virão. Uma família não deve se achar menos cristã pela existência dos conflitos. A diferença de uma família cristã, em comparação com as outras, está justamente na capacidade para solucionar as discórdias. A falta de comunicação, o que geralmente acontece em situações de conflito, pode justamente ser o problema. Na hora do conflito os membros da família costumam dar vasão à carne, perdem o controle da situação, e se exasperam. A comunicação tranquila, através de palavras mansas, e a disposição para ouvir (Pv. 18.13), é substituída pela gritaria (Ef. 4.29). Na maioria das vezes os conflitos que acontecem dentro dos lares são resultantes de influencias externas. O estresse do cotidiano, advindo de sobrecarga de trabalho, as pressões do emprego, dentre outros fatores, pode resultar em conflitos. As exigências escolares pelas quais as crianças passam no dia-a-dia também favorecem a disputa na família. A solução de um conflito familiar somente será possível se os membros identificarem o desencadeador e forem capazes de contornar a situação.  A identificação da raiz do problema é o primeiro passo para a solução. O problema é que, como no princípio, nem sempre as partes envolvidas querem reconhecer sua participação na disputa (Gn. 3.10-14).

2. CONFLITOS ENTRE MARIDO E ESPOSA: Os conflitos entre marido e esposa surgem por razões diversas, e dependem de cada caso, fatores contextuais devem ser considerados. Uma família que tem uma condição financeira favorável dificilmente entrará em conflito por causa das dívidas. Por outro lado, essa mesma família, pode ter disputa por causa das vaidades profissionais. A formação educacional pode, por exemplo, diminuir a grosseria entre o marido e a esposa, mas resultar em competitividade no trabalho. Há também o caso de cônjuges demasiadamente possessivos, que não confiam no marido ou na esposa. Um casamento sólido está fundamentado na confiança, e esta, por sua vez, no amor (I Co. 13.4). Mas é preciso que os cônjuges não deem oportunidade para que um desconfie do outro. Existem ciúmes que são doentios, pessoas que se apegam tanto ao cônjuge que, por insegurança, não permite que esse tenha amizades. Por outro lado, há marido e esposa que não levam o relacionamento a sério. Nesses tempos de relacionamentos virtuais, o cuidado deve ser redobrado. O marido cristão não pode deixar de assumir publicamente seu estado civil. A esposa, por sua vez, deve evitar que o marido seja exposto, e evitar más aparências (Lc. 12.2). As dívidas podem levar um casamento à ruina, por isso, marido e mulher devem ter cuidado para não comprarem além do que podem pagar. Não esqueçamos que vivemos em uma sociedade de consumo, que vive das aparências. Em nome da aparência, alguém pode sacrificar seu relacionamento conjugal, comprando além do que pode pagar (Rm. 13.8). O excesso de trabalho pode ser um fator de conflito entre o marido e a mulher. As pressões que sofrem no emprego pode comprometer o bom relacionamento entre os cônjuges. Às vezes, a fim de comprar o que não precisam, casais estão se assoberbando de atribuições. Em alguns contextos, os filhos são as principais vítimas, pois são abandonados pelos pais, que deixam de lhes dar a atenção devida.

3. CONFLITOS ENTRE PAIS E FILHOS: Quando os filhos são abandonados pelos pais, esses tendem a encontrar alguma compensação. Nos dias atuais, quem mais tem tomado conta dos filhos são as “babás eletrônicas”, com sua programação secularista. Na busca desenfreada por audiência, os canais de televisão estão baixando cada vez mais o nível dos programas. As crianças, desde cedo, são expostas aos conflitos que assistem na televisão. Tais conflitos respingam dentro de casa, filhos respondem agressivamente aos pais, não lhes dão a devida honra, inspirados em personagens que não condizem com a realidade, principalmente a cristã. Pais e mães que servem a Deus devem ensinar seus filhos a viverem a partir dos princípios bíblicos. Eles precisam compreender que aquele é um mundo, no sentido teológico do termo, distante dos valores divinos. A orientação do sábio, em Pv. 22.6, é válida, ensinamos os filhos no caminho em que devem andar. Se assim fizermos, as chances deles tomarem uma decisão distante do Cristo serão menores. No trato com os filhos, os pais devem ser firmes na disciplina, cientes de que essa é um ato de amor (Hb. 12.6). Admoestarem-nos na Palavra de Deus, sem causarem irritação (Ef. 6.4). O relacionamento entre pais e filhos não é fácil porque existem percepções diferenciadas em relação à vida. Crianças e jovens, principalmente os adolescentes, não entendem que as instruções paternas são para o bem. É próprio dessa idade os filhos pensarem que sabem de tudo, e que os pais são antiquados e chatos. Por isso, os pais precisam desenvolver um ambiente amigável, serem capazes de respeitas os espaços dos filhos, sem fugir da responsabilidade. Nesses tempos de redes sociais, há filhos que interagem com várias pessoas ao mesmo tempo, menos com os pais. E esses correm tanto que se aproximam dos filhos apenas para criticá-los ou repreendê-los. Muitos conflitos poderão ser evitados se pais e filhos investirem em relacionamentos saudáveis.

CONCLUSÃO: Os conflitos acontecem porque marido, mulher, filhos e filhas são pessoas caídas, portanto, pecadoras. Mas esses conflitos podem ser atenuados na medida em que a família se distancia dos interesses carnais, favorecidos por Satanás e o mundo, e se volta para Deus. Atentemos para algumas orientações cristãs na resolução dos conflitos familiares: ore (Ef. 2.16), aprenda a ser flexível quando necessário (Fp. 2.2,4), externe o sentimento, isso pode ser terapêutico (I Pe. 3.8), se for o caso, peça perdão (Mt. 6.12), e esteja disposto a colocar-se no lugar do outro, evitando avaliar tudo do seu ponto de vista (Mt. 7.5; Gl. 5.14). Esses encaminhamentos são fundamentais para a reconciliação no ambiente familiar (Cl. 3.12-14). PENE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

A FAMÍLIA SOB ATAQUE


Textos: Ef. 6.11 – Ef. 5.1-6


INTRODUÇÃO: Estamos diante de uma batalha espiritual, a nossa luta não é contra sangue e carne, e sim contra os principados e potestades da região celeste (Ef. 6.12). A família também está na mira do inimigo e das suas hostes.  No estudo desta semana trata justamente a respeito dos ataques externos e internos que a família cristã recebe nos dias atuais. Ao final, mostraremos, com base na orientação paulina de Ef. 6.10-18, a necessidade de nos revestir de toda armadura de Deus para vencer essa batalha.

1. ATAQUES EXTERNOS CONTRA A FAMÍLIA: A família cristã é alvo de ataques de natureza externa, isto é, de forças que veem de fora, e que tentam desconstruí-la. Uma das principais ameaças à família é o secularismo que predomina na sociedade contemporânea. Secularismo é uma forma de pensar que se opõe a Deus, e que pode ser mais bem definido como mundanismo (I Jo. 2.15). O secularismo é uma doutrina humanista, que partem de sofismas que enganam as pessoas e as distancia de Deus (Cl. 2.8). Esses sofismas(segundo o Aurélio, é um “argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má-fé por parte de quem o apresenta”; “argumento falso formulado de propósito para induzir outrem a erro”; “engano, logro, burla, tapeação”.), estão presentes em vários contextos institucionais, dentre eles destacamos: as leis e a educação. O secularismo, em sua atuação mais engajada, se propõe a afrontar os princípios judaico-cristãos. Por causa disso, os ativistas buscam influenciar a sociedade para que essa aceite com naturalidade as mudanças secularistas por eles propostas. O uso da mídia é bastante influente nesse sentido. Os meios de comunicação de massa repassam valores contrários àqueles exarados na Palavra de Deus. As novelas, noticiários e entrevistas televisivas defendem práticas contrárias aos princípios cristãos para o casamento à família. Na medida em que a sociedade aceita essas práticas, os políticos atuam no congresso com o objetivo de modificar as leis e aprovar leis que nada têm de bíblicas. A educação também tem sido amplamente utilizada a fim de que, desde cedo, as crianças acatem modelos alternativos, e antibíblicos, de família. O próprio Estado favorece essas políticas, justificando que se trata de direito das minorias. Livros didáticos são patrocinados pelo Estado com textos e imagens que contrariam o modelo cristão de família: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Esses sofismas secularistas objetivam desconstruir o padrão bíblico de família. A família cristã pode ser afetada por essa visão. As crianças são as que mais sofrem, pois não dispõem de maturidade, e muito menos de fundamentação bíblica para se enfrentar esses sofismas. 

2. ATAQUES INTERNOS CONTRA A FAMÍLIA: Mas a família cristã não sofre apenas ataques de fora, ela é também ameaçada por forças internas. A indisciplina é um grande problema que a família tem tido dificuldade para resolver. O liberalismo social, que nega Deus e sustenta o materialismo, tem empoderado exageradamente as crianças. A programação televisiva, que também está à disposição dos cristãos, mostra a desobediência como algo natural. Por causa disso, mesmo os filhos de cristãos não querem mais obedecer aos seus pais, que é um mandamento bíblico (Ef. 6.2).  O desempoderamento dos pais, por sua vez, contribui para a formação de uma geração de rebeldes, que não se submete às regras, nem as humanas e muito menos às divinas. O ambiente familiar torna-se extremamente traumático, pais e filhos findam feridos, com sementes que amargura, que destroem os relacionamentos. O ritmo de trabalho dos pais pode favorecer essa condição, alguns trabalham demais, não têm mais tempo para os filhos. Quando voltam para casa, ligam a televisão ou o computador, ninguém dá a mínima atenção ao outro. Ao invés de lerem a Bíblia, e orarem, as famílias cristãs estão na mesma prática das famílias não cristãs. O entretenimento ocupa papel primário nas decisões da família, a vida devocional praticamente não existe. As visitas aos shoppings e as viagens de passeio não é pecado, contanto que não comprometam os momentos devocionais e particulares das famílias. Uma família que é cristã deve viver como tal, não a partir de valores meramente humanos. Os cristãos não precisam se envergonhar de viverem como tais. A sociedade, respaldada em suas leis e propostas educacionais, não podem interferir no cotidiano da família cristã. A atuação de pai, mãe e filhos, dentro do paradigma cristão, deve ser cultivado com respeito. Crianças, jovens e adultos, de uma família cristã, precisam estar cientes que vivem de modo diferente, não de acordo com o mundanismo, mas em conformidade com a Palavra de Deus (Ef. 5.22-33).

3. ENFRENTANDO OS ATAQUES CONTRA A FAMÍLIA: Diante dos ataques externos e internos que a família cristã sofre, faz-se necessário que essa esteja preparada para enfrentar os ataques do Inimigo. Para tanto, devemos estar revestidos de toda armadura de Deus (Ef. 6.11), “fortalecidos no Senhor e na força do seu poder” (Ef. 6.10), para enfrentar as astutas ciladas de Satanás (Ef. 6.13-18). Uma família protegida contra os ataques do inimigo cinge os lombos com a verdade, não com a mentira que satanás tenta propagar, usando inclusive a mídia televisiva (Ef. 6.14). Ele é o pai da mentira, e mentiu desde o princípio, fazendo com que Adão e Eva se distanciassem da Palavra de Deus (Gn. 3.4-6; Jo. 8.44). A família cristã não se veste com os trapos que o mundo oferece, mas com a justiça de Deus (Ef. 6.14). A justiça de Deus é o evangelho de Jesus Cristo, cujo fundamento é o reconhecimento do pecado e a justificação por meio dAquele, por Seu Espírito, nos conduz à santificação (Rm. 1.17; 8.14). A família cristã calça os pés com a preparação do evangelho da paz (Ef. 6.15). O mundo está em guerra, os conflitos são considerados normais, mas os crentes vivem em paz, primeiramente desfrutam a paz de Deus (Rm. 1.7; 5.1), e a paz com Deus, para também conviverem em paz uns com os outros (Fp. 4.7). Para apagar os dardos inflamados do Maligno, a família cristã utiliza o escudo da fé (Ef. 6.16). É fé que vence o Inimigo (I Pe. 5.9) e o mundo, com seus sofismas anticristãos (I Jo. 5.4,18).   A família cristã recorre ainda ao capacete da salvação e à espada do Espírito (Ef. 6.17). Enquanto o mundo caminha para a perdição, a esperança da família cristã é a vida eterna, a salvação plena em Cristo Jesus (Rm. 5.5). A espada do Espírito é a Palavra de Deus, poderosa para confrontar os ataques de Satanás (Hb. 4.12; Ap. 1.16; 2.12).

CONCLUSÃO: Nesses dias difíceis, nos quais a família cristã tem sofrido ataques externos e internos, faz-se necessário que os crentes tenham consciência dessa luta renhida, que não é contra sangue e carne, mas contra o próprio satanás. Diante desses ataques, precisamos nos fortalecer no Senhor, usando a Sua armadura, atuando em todas as frentes, vigiando com toda perseverança, mas sem desprezar a oração, por meio da qual receberemos poder de Deus para enfrentar as forças dos principados e potestades deste mundo tenebroso (Ef. 6.18). PENSE NISSO! 

Deus é Fiel e Justo!

AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO


Textos: Ef. 5.25 – Ef. 5.22—28. 31.33



INTRODUÇÃO: O casamento cristão está fundamentado na Bíblia, a Palavra de Deus. No estudo desta semana trataremos, especificamente, a respeito das bases que sustentam o casamento. A primeira delas é a graça, o favor imerecido, a disposição de aceitar o outro, com suas diferenças e particularidades. E não com menor importância, o amor que se sacrifica, que não busca apenas os interesses individuais.

1. O CASAMENTO CRISTÃO: Existe muito idealismo em relação ao casamento, até mesmo entre os cristãos, na maioria das vezes isso se concretiza em um romantismo exacerbado, que, ao invés de ajudar, atrapalha a relação conjugal. O casamento cristão é a união de duas pessoas, um homem e uma mulher, que não são perfeitas, por isso, precisam administrar cada situação, principalmente as mais adversas. Não podemos esquecer que existe uma propensão à carnalidade no ser humano, tanto no homem quanto na mulher (Gl. 5.17), por isso, ambos carecem de arrependimento, e sobretudo, das orientações do Senhor Jesus (Lc. 5.31,32). O casamento cristão, que está pautado em Cristo, busca, na Bíblia, e não nos padrões midiáticos, seu alicerce de sustentação (Jo. 14.6). Em Ef. 5, Paulo destaca que Cristo é a referência, não a sociedade, para as atitudes no casamento. As esposas devem submeter-se ao marido, “como ao Senhor” (v. 22). Os maridos, por sua vez, devem amar a esposa “como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v. 25). Os maridos devem cuidar de sua esposa “como também Cristo o faz com a igreja” (v. 29). Em todas as circunstâncias, devemos considerar que se trata de um mistério, que está diretamente relacionado a Cristo e à igreja (v. 32). É um equívoco da nossa sociedade tentar fundamentar o casamento no sexo e no romantismo. Mesmo na igreja muitos cristãos foram contagiados por essa tendência. Evidentemente o sexo é necessário, e importante dentro do matrimonio (Hb. 13.4), mas não é uma base para o casamento. As pessoas envelhecem, a beleza física se esvai, o fervor sexual arrefece. O romantismo não deve ser desconsiderado, as palavras afáveis contribuem para o crescimento conjugal, mas nem só de romantismo vive o casamento. As pessoas podem perder o bom humor de vez em quando, principalmente nos momentos difíceis, quando filhos adoecem, e as contas chegam à caixa do correio. O casamento cristão é composto por um casal de pessoas pecadoras, uns mais ou menos espirituais, que são desafiados a permanecerem juntas, até que a morte as separe (I Tm. 1.15, 16).

2. SEM GRAÇA, É UMA DESGRAÇA: Diante das adversidades, o casamento precisa de graça, caso contrário, permitam-me o trocadilho, se transformará em uma desgraça. Quanto mais espirituais forem os cônjuges, maior será a propensão de andarem no Espírito, de não satisfazerem as concupiscências da carne (Gl. 5.17). Um casamento centrado apenas no eu, nos interesses individuais de apenas um dos cônjuges, resulta em sofrimento para o outro. Há uma tendência, alimentada pela mídia, de fazer com que as pessoas passem a vida inteira procurando uma alma gêmea. Por causa disso, muitos casamentos se desfazem, pessoas passam a vida inteira na busca pelo príncipe encantado. Essas pessoas que querem encontrar uma alma gêmea põem o foco demasiado em seus desejos, entram nas relações querendo sempre autossatisfação, que resulta em frustração (Tg. 4.1-3). Essa é uma tendência da natureza caída, que fará de tudo para minar o casamento, já que tem o egocentrismo como base. Se essa lei do pecado não for controlado pelo Espírito, a vida conjugal poderá ser arruinada (Rm. 7.21-23). Ao invés de sempre querer julgar o outro, o cristão deve antes olhar para si mesmo (Mt. 7.4,5). Muitos maridos e esposas encontram facilmente defeitos nos seus cônjuges, mas têm dificuldade de fazer o mesmo quando olham para eles mesmos. É bom lembrar que não conhecemos os outros, nem mesmo a nós mesmos em completude, apenas em parte (I Co. 13.12). Por isso, ao invés de julgar o outro, precisamos aprender antes a nos avaliar, isso porque se julgássemos a nós mesmos não seríamos julgados, mas quando somos julgados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo (I Co. 11.32). Quando abordado pelo Senhor, Adão quis, imediatamente, colocar a culpa sobre a sua esposa, fugiu da sua responsabilidade pela desobediência (Gn. 3.12). Davi precisou de um Natã para reconhecer o seu pecado e se voltar para o Senhor (II Sm. 12.13). Portanto, o casamento cristão deve basear-se na graça – charis em grego – que é um favor imerecido. Fomos alcançados pela graça e misericórdia de Deus, por isso devemos agir de igual modo em relação ao nosso cônjuge (Lc. 6.36; Tt. 2.11-14). Jesus compadeceu-se das nossas fraquezas, por isso devemos fazer o mesmo (Hb. 4.15), e lembrar que a misericórdia poderá triunfar sobre o julgamento (Tg. 2.13). Para o bem do casamento, todo cristão deve fortificar-se na graça que está em Cristo Jesus (II Tm. 2.1).

3. NÃO SÓ COM PALAVRAS, MAS COM AMOR SACRIFICIAL: A supervalorização do sexo na sociedade contemporânea tem causado muitos males ao casamento. O sexo foi criado por Deus, não apenas para reprodução, mas também para o prazer. O problema é que ele tem sido usado indiscriminadamente, e às vezes, confundido com amor. A expressão “fazer amor” tornou-se sinônima de fazer sexo, ainda que fora dos padrões bíblicos. Deus criou o sexo para a realização dos casais, e este é por ele estimulado (I Co. 7.1-5), mas ninguém deve basear o casamento exclusivamente no sexo. A palavra-chave do casamento, e o seu principal fundamento, é o amor. Isso não diz respeito a qualquer tipo de amor, mas ao agape – o amor sacrificial. Um casamento somente alcançará maturidade quando os cônjuges dependerem menos do eros – o sexo, e mais do agape – o amor desinteressado. É o amor agape que supera as incompatibilidades, pois, definitivamente, o casamento é uma composição de pessoas incompatíveis, ainda que essas possam ser atenuadas se os jovens forem sábios antes da decisão de dizer “sim” (Gn. 24). As imperfeições ficam evidentes antes mesmo da celebração do casamento. Aqueles que dizem “sim” devem estar cientes que precisam fazer concessões. E para ser mais realista, dificilmente as mudanças acontecerão de forma significativa depois do casamento. Por isso, como se costuma dizer aos jovens, “abram bem os olhos antes do casamento, mas feche-os um pouco depois de casados”. Isso porque o casamento é um pacto de sujeição, de disposição para viver não para si mesmo, mas para o outro (Ef. 5.22-25). Jesus é o maior exemplo, tendo em vista que não agradou a Si mesmo (Rm. 15.2,3). O casamento é plano de Deus, e um glorioso ministério, mas o alvo central não é a busca da felicidade. A meta do casamento não é a felicidade, ainda que essa, de uma maneira misteriosa, possa ser encontrada, mesmo na adversidade. O casamento é um ambiente de amor, no qual atitudes de paciência, benignidade, sacrifício, entrega e perdão são manifestas, elementos do fruto do Espírito (Gl. 5.21,22; I Co. 13.4,5). Dizer que se ama não é difícil, e mostrar interesses pelos outros para “fazer amor” também, mas a base cristã para o casamento é o amor-agape, que não se revela apenas em palavras, mas, sobretudo, em obras e em verdade (I Jo. 3.18).

CONCLUSÃO: O casamento cristão é um mistério, tão sublime como a relação entre Cristo e a Igreja, cujo fundamento é a graça e o amor. Como cristãos, não podemos nos deixar influenciar pelos valores que tentam sustentar o casamento, tais como o individualismo romântico e a sexualidade descompromissada. Um casamento genuinamente cristão aceita o cônjuge com as suas diferenças, e está disposto a sacrificar-se pelo outro, assim como Cristo amou e se entregou a Sua Igreja. PENSE NISSO!

DEUS É FIEL E JUSTO!

O CASAMENTO BÍBLICO


Textos: Gn. 2.24 – Gn. 1.27-31; 2.18-24


INTRODUÇÃO: Diferentes modelos de casamentos são apresentados à sociedade, principalmente na mídia, como alternativos. Mas, de acordo com a Bíblia, a Palavra de Deus, existe apenas um padrão bíblico para o casamento. No estudo desta semana, mostraremos, a princípio, que a Bíblia, a Palavra de Deus, determina como deve ser o casamento, ainda que as culturas modernas, e pós-modernas, queiram impor seus modelos antibíblicos.

1. BÍBLIA, PALAVRA DE DEUS: Um dos objetivos principais daqueles que se opõem ao padrão bíblico para o casamento, é descredenciar a autoridade da Bíblia. Para tanto, afirmam que a Bíblia não passa de um livro humano, e que, por isso, é produto da cultura e de uma época. Por conseguinte, tentam inculcar na sociedade que os valores exarados nas Escrituras não mais se aplicam aos dias atuais. É muito comum ouvir expressões tais como “papel cabe tudo”, ou “a Bíblia é a palavra de homens”. No entanto, uma análise criteriosa da Bíblia mostrará que ela apresenta consistência interna e externa que comprava que se trata de Palavra de Deus, não apenas de homens. A Bíblia não é apenas um livro, mas uma biblioteca – bíblia, plural de livros em grego, composta de 66 livros, sendo 39 do Antigo e 27 do Novo Testamento. Os textos foram escritos por homens, ao longo de 1.500 anos, a divisão em capítulos e versículos foi feita no século XV d. C. A Bíblia, ainda que tenha sido escrita por humanos, não é exclusivamente humano, pois, conforme aponta Pedro, ela foi inspirada por Deus (II Pe. 1.20,21). Paulo assegura que toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é divinamente inspirada, theopneustos em grego, isto é, soprada por Deus (II Tm. 3.16,17). Por conseguinte, ela é proveitosa, é útil para revelar os desígnios de Deus, e principalmente, para sua santificação em Jesus Cristo. Tudo o que foi escrito nas Escrituras tem um propósito, Deus, Aquele que inspirou os autores humanos, assim o fez para a edificação do Seu povo (Rm. 15.4; I Co. 10.11). Por isso a Bíblia deve ser amada e estudada por todos aqueles que professam a fé cristã (I Pe. 3.15; II Tm. 2.15; Is. 34.16; Sl. 119.130). A principal razão para considerar a Bíblia é que o Senhor Jesus lhe conferiu autoridade (Jo. 7.17), tendo em vista que as Escrituras testificam a respeito dEle (Lc. 24.44). Mas é preciso que a Bíblia seja interpretada apropriadamente, atentando para o texto e o contexto, com discernimento espiritual (I Co. 2.14), reconhecendo também nossas limitações (I Co. 13.12).

2. A COSMOVISÃO HUMANA SOBRE O CASAMENTO: O pressuposto daqueles que defendem modelos diferentes de casamento, conforme já apontamos anteriormente, é o de que a Bíblia é um livro meramente cultural, por conseguinte, pode ser questionado. A cultura, de fato, é uma produção humana, e, em sua vertente antropológica, não existem culturas superiores ou inferiores, todas elas são diferentes. A Bíblia também está repleta de aspectos culturais, costumes que variaram de geração para geração. No entanto, há princípios da Bíblia que são supra culturais  isto é, estão para além das culturas locais, e transculturais, podem ser aplicados em todas as culturas, pois a Palavra de Deus é eterna, viva e eficaz (Ml. 3.6; Hb. 4.12). As propostas de casamento, ou contratos que tramitam nas legislações humanas, estão fundamentadas na cosmovisão humanista. O fundamento não é a Bíblia, mas a filosofia pós-moderna, que se sustenta no princípio relativista – não existe verdade, apenas vontade de verdade. Os defensores do casamento poligâmico, homossexual e dissolúvel não têm compromisso com a verdade bíblica, justamente porque não acreditam que ela seja a verdade. Os países que adotaram modelos alternativos, diferenciados da Bíblia, para o casamento, são aqueles que podem ser categorizados como pós-cristãos. O Brasil ainda é considerado um dos principais países cristãos do mundo, mesmo que muitos dos que são contabilizados como cristãos não passam de nominais. Por isso, mesmo aqueles que se dizem cristãos, por desconhecerem a Bíblia, apoiam projetos e propostas legislativas para o casamento que nada têm de bíblicas. Aqueles que professam a fé em Cristo, e que são verdadeiramente cristãos, por conhecerem as Escrituras, que não podem se afastar dos padrões bíblicos para o casamento.

3. O CASAMENTO BÍBLICO: O princípio fundamental do casamento bíblico é o de que Deus, e não os homens, o ordenou, portanto o casamento não é uma opção, mas uma orientação divina. A primeira cerimônia de casamento foi realizada pelo próprio Deus no Jardim do Éden (Gn. 1.28), tornado homem e mulher, uma só carne (Gn. 2.24). A união do primeiro homem e mulher no Éden reafirma o modelo bíblico para o casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. A natureza pecaminosa, carnal, impulsionou os primeiros homens à bigamia e poligamia (Gn. 4.18; 5.25), que resultou em invejas e intrigas (I Sm. 1.4-8). Os patriarcas, que optaram pela poligamia, pagaram um custo alto pela decisão (Gn. 29.21-23; 28-31; 30.1-10), bem como os reis de Israel (I Rs. 11.4.7-9). No Novo Testamento, tanto Jesus quanto Paulo foram contundentes  quanto à proibição da poligamia (Mt. 19.3-6; I Co. 7.1,2), não permitindo que essa fosse uma prática comuns entre os cristãos, especialmente entre aqueles que atuam no ministério pastoral (I Tm. 3.2,12). A heterossexualidade é outro aspecto do casamento cristão, já que Deus criou “macho e fêmea” (Gn. 1.26; 2.24). Na religião judaica, o homossexualismo deveria ser punido com a morte, sendo este considerado uma abominação aos olhos de Deus (Lv. 18.22). Não há brecha para a prática homossexual no contexto cristão, sendo essa reprovada pelo apóstolo Paulo (Rm. 1.26). Mas isso não deve ser motivo para homofobia, não podemos esquecer que Jesus ama a todos, inclusive aos homossexuais, por isso, devemos orar por eles, e conduzi-los à verdade, que é Cristo. Não podemos esquecer que todos pecaram (Rm. 3.23), não apenas os homossexuais, e que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna (Rm. 6.23). O casamento cristão deve ser indissolúvel, portanto, não separe o homem o que Deus ajuntou (Mt. 19.6). Leis e mais leis estão sendo criadas pelas autoridade a fim de favorecer o divórcio, mas os cristãos seguem o princípio bíblico para o casamento, por isso, independentemente das leis humanos, optam por obedecer antes a Deus do que aos homens (At. 5.29).

CONCLUSÃO: Vivemos em uma cultura pós-moderna, e pós-cristã, que nega o Absoluto, e defende o relativismo. Diante desse contexto, nós, os cristãos, precisamos nos fundamentar na doutrina bíblica. No que tange ao casamento, o modelo bíblico é o monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Não podemos, enquanto cristãos comprometidos com a Palavra, fazer concessões. Os modelos humanistas, que estão sendo admitidos na sociedade contemporânea, têm fundamentação na filosofia, não na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

A FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS



Textos: Gn. 2.18 – Gn. 2.18-24


INTRODUÇÃO: Esta semana estudaremos a respeito da família, com ênfase nos desafios dessa no século XXI. Atentaremos para a família como criação de Deus, não como mero produto cultural, conforme apontam algumas filosofias modernas. A princípio, mostraremos que Deus, e não o homem, é a base da família, em seguida, que a família se sustenta na relação, pois o próprio Deus é relacional. Por fim, ressaltaremos alguns fundamentos bíblicos para a família cristã.

1. DEUS, A BASE DA FAMÍLIA: A sociedade ocidental, e mais especificamente os cristãos, estão diante do desafio de apresentarem uma definição do que seja família e casamento. Isso porque o padrão de família normal, em conformidade com a Bíblia, está sendo cada vez mais questionada. A visão judaico-cristã de família, exarada nas Escrituras, está sendo substituída por valores pautados nos direitos humanos. A família cristã, no entanto, parte do pressuposto que a família é uma instituição divina, por conseguinte, Ele, e não os homens, devem determinar a partir de quais princípios a família deve ser estabelecida. A ideologia libertária, que predomina na sociedade, e respaldada pela mídia, propõe um conceito de família que supervaloriza a liberdade humana em detrimento da vontade de Deus. Não existe outro modelo bíblico, e mais especificamente cristão, para a família e o casamento, diferente daquele revelado por Deus. A partir de Gn. 1-3, compreendemos que: 
1) O homem e a mulher foram criados à imagem de Deus para governar a terra para Deus; 
2) O homem foi criado primeiro e incumbido da responsabilidade final pelo relacionamento conjugal, enquanto a mulher é colocada junto ao homem para ser sua ajudadora; 
3) A queda da humanidade no pecado implicou em consequências negativas tanto para o homem quanto para a mulher. Ao longo do tempo, a família se constituiu, dentro dos parâmetros bíblicos, a partir de um paradigma patriarcal, ou seja, o pai, no Antigo Pacto, era o senhor da família, de cunho heterossexual, isto é, macho e fêmea, e monogâmico, um homem para uma mulher, e vice-versa.

2. FAMÍLIA, PRINCÍPIO RELACIONAL PARA O CRESCIMENTO: O Deus da Bíblia é trinitário, portanto, relacional: Pai, Filho e Espírito Santo, no Gênesis, Ele é revelado como o Elohim. Essa premissa fundamenta o relacionamento conjugal, para a mutualidade (Gn. 1.26,27). Esse relacionamento tem a ver com distinção e unidade, isto é, pessoas diferentes estão envolvidas em uma unidade. Assim como o Deus estabeleceu uma aliança com Seu povo, o casamento, e a própria família, é uma aliança entre pessoas, com vistas ao crescimento. Mas não existe crescimento sem envolvimento das partes envolvidas, essa é uma premissa. Não existe possibilidade de construção da família, a menos que todos se sintam participantes e responsáveis por ela. O crescimento familiar pode ser interrompido caso um dos componentes da aliança deixe de contribuir. Os pontos fundamentais para o crescimento é o ciclo de amor, graça, empoderamento e intimidade. Isso porque o casamento, como todo relacionamento, é dinâmico, e envolve mudanças. Se o casamento e a família não estiverem preparadas para enfrentar os ciclos de mudanças, correm o risco de se desintegrarem. Quando as mudanças chegarem, caso não sejam bem resolvidas, tudo resultará em um mero contrato, ao invés de aliança (pacto), estará fundamentado na lei (legalismo) e não na graça (favor imerecido), será mantido pelo poder possessivo e não pelo empoderamento, e pela distância ao invés da proximidade. Não podemos esquecer que o Deus da Bíblia deseja se relacionar com a humanidade e espera que as pessoas também se relacionem. Estamos cientes dos desafios porque temos a convicção de que somos pessoas caídas, por isso falhamos, não apenas no relacionamento com Deus, mas também com outras pessoas. Mas temos Cristo como modelo de relacionamento, e o Espírito Santo que nos guia a fim de que possamos crescer em graça nos relacionamentos, inclusive os familiares.

3. FUNDAMENTOS PARA A FAMÍLIA CRISTÃ: A aliança que fundamenta a família é o amor, a convicção de amar e ser amado, cuja expressão maior é o próprio amor de Deus (Jo. 3.16). A primeira aliança de Deus com a humanidade se encontra em Gn. 6.18, na qual Deus faz um pacto com Noé, e por extensão, a toda sua família. Em seguida, Deus faz um pacto com Abrão, e nele, todas as famílias da terra recebam a promessa de bênçãos (Gn. 17.1-2). A aliança de Deus com o Seu povo é o fundamento do casamento e da família cristã, que está sustentado no amor, tendo em vista que o próprio Deus é amor (I Jo. 4.10-16). Por isso a vida familiar deve se pautar pela mutualidade, disposição entre os cônjuges, e também dos filhos, para o amor-agape, que envolve sacrifício (I Co. 13). Outro fundamento para a família cristã é a graça, para perdoar e ser perdoado, esse princípio se encontra já no Antigo Pacto (Ex. 22.25-27), por isso se espera que o ambiente familiar seja pautado na graça, não em mero legalismo. O amor de Deus, manifestado em Sua graça maravilhosa, é a base para o amor e o perdão no casamento (Rm. 10.4). O autoritarismo, ou melhor, o poder possessivo, não é o sustentáculo da família cristã. O contexto familiar precisa ser um ambiente de empoderamento. As pessoas que fazem parte dessa aliança tem como propósito servirem e serem servidas. Não há como uma família subsistir, a não ser que essa seja um espaço de vida abundante (Jo. 10.10). Não podemos esquecer que o Verbo, Jesus, se fez carne, e habitou entre nós, por conseguinte, a família deve ser encarnacional, com espírito de serviço, de diaconia (Jo. 1.1,14). O fruto do Espírito, listado por Paulo em Gl. 5.22,23 deve ser o alimento principal da família cristã, é a partir dele que o crescimento se concretiza (I Co. 8.1). A proximidade, em amor, é o padrão para a família cristã, desde os tempos antigos (Gn. 2.25), é ela que afasta o medo (I Jo. 4.18,19).

CONCLUSÃO: A família, ao invés de ser tomada como uma construção humana, produto da cultura, é uma criação divina. Como tal deve ser respeitada, e se pautar em conformidade com os padrões bíblicos em suas relações pessoais. O compromisso deve está sustentado em uma aliança de amor (incondicional e sacrificial); mantida em uma atmosfera de graça (favor imerecido), que considere a aceitação e o perdão, menos controladora e mais empoderadora, e com proximidade, com vistas ao cuidado para o crescimento (maturidade). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!