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O GOVERNO DO ANTICRISTO

Textos: I Jo. 2.18 – Ap. 3.1-9


INTRODUÇÃO

Após o estudo das sete igrejas da Ásia Menor, atentaremos para alguns tópicos escatológicos, dentre eles, o governo do anticristo, o juízo final e a formosa Jerusalém. No estudo desta semana veremos a respeito do governo do anticristo, destacaremos sua definição bíblica, como se dará seu aparecimento, e ao final, a atuação desse governo, que já impera, ainda que em parcialmente, no tempo presente.

ANTICRISTO, DEFINIÇÃO BÍBLICA

O termo anticristo, contra Cristo em grego, é usado somente por João, esse mesmo apóstolo descreve seu surgimento e atuação. Em I Jo. 2.18 destaca que a aparição de falsos cristos é um sinal dos últimos dias, tal anticristo nega tanto o Pai quanto o Filho (I Jo. 2.18), e que todo espírito que nega que Jesus veio em carne é do anticristo (II Jo. 1.7). A definição de anticristo, por conseguinte, no primeiro século, estava associada ao gnosticismo, doutrina que negava a encarnação de Cristo, justificando-a através da filosofia grega. A figura do anticristo já fora antecipada por Daniel, ao referir-se ao “homem vil” (Dn. 11.21), cujo cumprimento inicial ocorreu nos tempos de Antíoco Epifânio, mas que acontecerá plenamente nos últimos tempos. Jesus se referiu a falsos cristos, em Mt. 24.24 e em Mc. 13.22. A palavra nos evangelhos é pseudocristos, que pode ser diferenciada de anticristos, o primeiro é aquele que afirma ser o Cristo, enquanto que o último se opõe a Cristo. Em todo caso, o império do anticristo e do pseudocristo estão correlacionados. Por isso, Paulo o descreve como “o homem do pecado” (II Ts. 2.3). Ele é apresentado no capítulo 13 do Apocalipse como a besta (Ap. 13.1) que recebeu seu poder do dragão – o diabo - a serpente do Gênesis. O anticristo governa um sistema – o mundo – por isso, de certo modo, ele já está em ação (II Ts. 2.7). A esse respeito, João declara que o mundo jaz no Maligno (I Jo. 5.19), portanto, já sob o poder do anticristo.

O APARECIMENTO DO ANTICRISTO

O capítulo 13 do Apocalipse nos apresenta à figura do anticristo como a besta, mencionada em Ap. 11.7, tendo saído do abismo para combater as duas testemunhas. Em Ap. 13.1 ela emerge do mar, um símbolo bíblico da humanidade não regenerada e em constante agitação (Is. 57.29). Esse significado é reforçado em Ap. 17.15, em que diz “As águas que viste ... são povos, multidões, nações e línguas”. O parentesco entre a besta e o dragão é perceptível pelo fato de ambos terem dez chifres e sete cabeças (Ap. 12.3). Os chifres, na simbologia bíblica, têm a ver com poder, e o fato de que a besta exigirá prerrogativa divina para si. João a descreve, em Ap. 13.2, como um leopardo, com pés como de urso, e boca como de leão. Essa besta concentra não apenas poder político e militar, mas também poder moral, pois se trata, como aponta Paulo, do homem de iniquidade (II Ts. 2.9). Satanás dará o seu poder ao anticristo, que maravilhará o mundo com suas magias (Ap. 13.3). Como o leopardo, que representa o governo da Macedônica (Dn. 7.6), será rápido, veloz, conquistador e incansável. Os pés de urso dizem respeito a Media e à Pérsia (Dn. 7.5), que representa a força e estabilidade. A boca de leão representa a monarquia do império babilônico (Dn. 7.4), impondo perseguição e matança. A besta não quer apenas o poder político (Ap. 13.4), seu interesse é também religioso, ela quer ir de encontro a Deus, deseja ser adorada como tal. Satanás sempre quis ser adorado como Deus, desde o princípio Ele se opõe à Palavra de Deus (Gn. 1.28; 3.4), ambicionou o trono do Altíssimo (Is. 14.12-15) e tornou-se o príncipe deste século, enganando a muitos (II Co. 4.4), já que é o pai da mentira (Jo. 8.44), tendo tentado o próprio Cristo (Mt. 4.1-11), tal como o Senhor, devemos resisti-lo (Tg. 4.7).

A ATUAÇÃO DO ANTICRISTO

A atuação de Satanás, como pai da mentira, faz uso da linguagem, recorre à boca para repassar seu engano. Em Ap. 13.5 está escrito que a besta recebeu uma “boca que proferia arrogâncias e blasfêmias”, em consonância com Dn. 7.8,20 e 25. É dito, seis vezes, que o poder não é da própria besta, mas que esse “lhe foi dado" (Ap. 13.2,5,7,14 e 15). Esse poder também será controlado, está limitado temporalmente a “quarenta e dois meses”, período que durará a Grande Tribulação. Esse período é descrito, em Ap. 12.14, como “um tempo, tempos, e metade de um tempo”, sendo igual a 42 meses e 1260 dias (11.2,3; 12.6, 14, 13.5). A besta “abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus” (Ap. 13.6). Para sustentar seu poder, o anticristo fará oposição direta a Deus, ele quer que as pessoas sejam lhe fiéis. Como já acontece atualmente com aqueles que servem a Deus, o príncipe deste século tratará de “difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu”. Os cristãos genuínos, aqueles que servem a Cristo, são alvo das críticas dos que se opõem à Palavra de Deus. Nem mesmo os cidadãos dos céus são respeitados, se tornado alvo de chacotas. Por aquele tempo, ocorrerá, como no presente, peleja contra os santos, e mais angustiante, a predominância do império do mal (Ap. 12.7). Satanás nunca está satisfeito com aqueles que “guardam os mandamento de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap. 12.17). Mas a vitória do anticristo tem tempo determinado, pois João viu, ao final, “os vencedores da besta e da sua imagem” (Ap. 15.2), por causa do “sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap. 12.11).

CONCLUSÃO

Durante a Grande Tribulação, o anticristo, como acontece hoje, será adorado por muitos que habitam na terra (Ap. 13.8). Os adoradores da besta não terão seus nomes “escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap. 13.9). Esse mesmo livro da vida é referido em Ap. 21.27, os nomes encontrados ali terão acesso à Nova Jerusalém. Essa mensagem sobre o governo do anticristo deve servir de admoestação para que a igreja não se deixe controlar pelo engano. Portanto, “quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap. 13.9). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

LAODICEIA, UMA IGREJA MORNA

Textos: Mt. 6.33 – Ap. 3.14-22


Introdução

Estudaremos, esta semana, a carta à sétima igreja, a que ficava em Laodiceia. Veremos que se tratava de uma igreja morna, caracterizada pelo faltar de ardor espiritual. A princípio, apresentaremos a igreja em seu contexto histórico-geográfico, em seguida, caracterizaremos a sua mornidão, resultante da abundante riqueza. Ao final, mostraremos a necessidade da igreja arrepender-se, e buscar as riquezas celestiais.

A Igreja de Laodiceia

A cidade de Laodiceia foi fundada em 250 a. C., por Antíoco da Síria, e se destacava pela sua localização. Ela ficava no meio de duas grandes rotas comerciais, famosa por sua riqueza e ostentação. A cidade de Laodiceia era a preferida pelos milionários, a efervescência cultural atraia a muitos, tinha teatros, estádios, ginásios. A prosperidade financeira era a principal motivação de muitos que se dirigiam àquela localidade. O desenvolvimento contribuiu para a produção de manufatura de tecidos e do avanço da medicina. A imponência da cidade era tanta que se vangloriava de ter se reerguido rapidamente, após a sua destruição, em 60 d. C., sem o auxílio governamental. O poderio de Laodiceia era tamanho que ela favorecia as cidades vizinhas quando essas eram atingidas por terremotos. O império romano guardava ali ouro, prata e moedas, homens de negócios viajavam para a cidade a fim de auferir lucros. As fábricas produziam lã e linho finíssimos, grandes centros médicos podiam ser encontrados em Laodiceia. Sua escola de medicina era a melhor da época, atraia estudantes de várias localidades. A igreja de Laodiceia estava contextualizada a essa realidade, ao invés de transformar a cidade, esta estava moldando a igreja. Os cristãos de Laodiceia viviam a partir da sua prosperidade material. Acabaram por desenvolver uma sensação de autossuficiência, a religiosidade era aparente, não havia fervor espiritual, a mornidão imperava. A igreja se assemelhava a água da cidade, que, em virtude da escassez, vinha de Hierápolis, saindo de lá quente, mas chegando a Laodiceia morna.

Uma Igreja Morna

A essa igreja morna Jesus se apresenta como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus (Ap. 3.14). Como o Amém, Ele é a confirmação de todas as profecias, o cumprimento dos arautos divinos (Lc. 24.44). Sendo a testemunha fiel e verdadeira, Ele é Aquele que tem a Palavra, que fala com propriedade a respeito do Pai (Hb. 1.1,2). Ele também é o Princípio da criação de Deus, mas não é criado, pois tudo existe a partir dEle e sem Ele nada do que foi feito se fez (Jo. 1.3). Jesus conhece as obras das igrejas, sabem com que intenção elas são feitas. No caso de Laodiceia, diz o Senhor, “nem és frio nem quente, oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Ap. 3.15). A igreja de Laodiceia multiplicou a iniquidade, por causa disso, o amor se esfriou (Mt. 24.12), perdeu o interesse pela Palavra, não tinha mais ardor quando o evangelho era partilhado (Lc. 24.32). A igreja cristã deve saber que o fervor espiritual pode se apagar, por isso precisa ser alimentado (Rm. 12.11; At. 18.25; II Tm. 1.6). A igreja não se definia, nem era fria nem quente, era morna. As águas da cidade haviam perdido sua propriedade terapêutica, porque não eram mais quentes. Do mesmo jeito, os crentes da igreja perderam o entusiasmo. A perda da essência favoreceu o culto à exterioridade. Eles se vangloriavam: “rico sou, estou enriquecido e de nada tenho falta” (Ap. 3.17). Muitas igrejas atuais, como a de Laodiceia, perderam o fervor, são igrejas mornas, e como perderam a espiritualidade, sobrevivem da opulência financeira. Templos vultosos, cultos marabalísticos, “pastores e religiosos” que mais parecem animadores de auditório, danças pirotécnicas, tudo para camuflar a ausência de ardor espiritual. A avaliação de Jesus parte de outros parâmetros: “e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e cego e nu” (Ap. 3.17). A igreja que ostentava riqueza era desgraçada e miserável; que vivia cercada de uma medicina avançada, com a produção de colírios eficientes para os olhos, era cega; que produzia tecidos caríssimos, se encontrava espiritualmente nua.

Conselho ao Fervor

A essa igreja desgraçada, miserável, pobre, cega e nua, Jesus a admoesta: “aconselho-te que de mim compres outro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez, e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”. Mais valioso que outro é a fé do crente, e essa deva ser provada no fogo (Tg. 1.2-4), e mais importante que roupas caras, luxuosas de grife, são as vestes da justiça dos santos (Ap. 19.8). Em meio a tanto consumismo, os cristãos são admoestado pelo Senhor a investirem em valores que permanecem para sempre (Is. 55.1). A igreja de Laodiceia, com os seus muitos bens, achava que tinha tudo, que nada lhe faltava. O problema da ostentação é que ela é contagiosa, uma igreja que sobrevive da riqueza contamina as outras. Existem muitas igrejas no Brasil que vivem se comparando, para saberem quem são as mais ricas. Há cristãos que avaliam uns ao outros pela igreja que frequentam. Esse sentimento, ao invés de ter a aprovação de Cristo, Lhe provoca náuseas. Mas ainda há esperança, assim diz o Senhor Jesus: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso e arrepende-te”. Uma igreja repreendida por Cristo cresce espiritualmente, pois Seu castigo é demonstração de amor (Hb. 12.5-11). O resgate do fervor passa pelo arrependimento, aquele que confessa seus pecados e os deixa alcançará a misericórdia do Senhor (Pv. 28.13). Ele está a porta e bate, diz Ele, “se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei e ele comigo” (Ap. 3.20). Muitos pregadores dirigem esse versículo aos descrentes, mas é digno de destaque que ele é destinado a uma igreja. A igreja tinha tudo, mas lhe faltava o principal, Jesus Cristo, critério para que ela fosse, de fato, ekklesia (Mt. 16.18).

Conclusão

Os que vencerem recebem, do Senhor, a promessa de que se assentarão, com Ele, no Seu trono (Ap. 3.21). Um dia os santos reinarão com Cristo na terra, por ocasião do Milênio (Mt. 19.28; I Co. 6.38; Ap. 20.4). A maior riqueza do cristão não está no perecível, seu tesouro se encontra na eternidade (Mt. 6.20). De nada adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma (Mc. 8.36), onde estiver o tesouro do cristão, ali também estará o seu coração (Lc. 12.34), o amor às riquezas tem conduzido muitos a ruinas (I Tm. 6.6-10). Portanto, quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO

Textos: I Jo. 2.5 – Ap. 3.7-13

INTRODUÇÃO:

Em meio a tantas igrejas problemáticas, há uma que brilha, que ilumina o mundo, que salga, essa é a igreja de Filadélfia. No estudo desta semana, veremos a respeito dessa igreja, seu contexto histórico, suas qualidades, com destaque para o amor, dela por Cristo e o de Cristo por ela. Ao final, apontaremos como ela aproveitou a oportunidade para propagar o evangelho salvador de Jesus.

A IGREJA DE FILADÉLFIA:

Filadélfia era a mais jovem daquelas sete cidades da Ásia, bastante pequena se comparada a Éfeso e a Esmirna. Era conhecida como o “Portão do Leste”, já que ficava situada em um grande eixo de comunicação. Várias estradas confluíam em sua direção, fazendo com que os exércitos de César por ali passassem, bem como os mercadores. Era também a cidade dos terremotos, pois os tremores de terra eram bastante frequentes naquela localidade. Filadélfia fora fundada por colonos provenientes de Pérgamo, sob o reinado de Átalo II, nos anos de 159 a 138 a. C. Havia sido construída sobre uma elevada montanha, uma grande fortaleza natural, isso certamente gerava mais insegurança em virtude dos terremotos. Em 17 a. C., um terremoto quase devastou a cidade, tendo ceifado muitas vidas, alguns habitantes, preocupados com aquela situação, resolveram abandoná-la. A essa igreja Jesus se apresenta como “o santo e verdadeiro” (Ap. 3.7). Ele é, de fato, separado, desde a eternidade, para cumprir a missão da salvação da humanidade, que a concretizou também por não ter cometido pecado (Jo. 6.69; II Pe. 2.2). Mas Ele também é verdadeiro, é a Verdade Personificada(Jo. 14.6; 17.17). Jesus é Soberano, pois Ele tem a chave de Davi (II Rs. 18.17,18; Is. 22.21,22), sendo, portanto, Aquele que governa. Ele não é outro senão o Leão da Tribo de Judá (Ap. 5.1-5), O que tem toda autoridade no céu e na terra (Hb. 3.6; Mt. 28.18).

UMA IGREJA AMOROSA:

Jesus, aquele que conhece as obras da igreja, abriu uma porta para a igreja de Filadélfia, a qual ninguém poderia fechar (Ap. 3.8). Essa é uma igreja pequena, muito longe de ser uma megaigreja, não tinha muita força, certamente não atrairia a atenção de políticos interesseiros.  A renda limitada não provocaria disputas entre “anjos” da igreja que quisessem liderara. Mas se destacava por guardar a palavra de Deus, e por não negar o nome de Cristo. Nos dias atuais, muitas igrejas conseguem, através da mídia, se promover. Deus está muito longe de muitas igrejas televisivas, cujo interesse maior é promoção da liderança. Essa, por sua vez, não tem o mesmo sentimento de João Batista, que desejava diminuir, e que o nome de Jesus crescesse (Jo. 3.30). A igreja de Filadélfia era obediente, pois não apenas ouvia, também guardava a palavra. Essa é uma nítida demonstração de amor a Cristo, pois aquele que ama ao Senhor guarda os seus mandamentos (Jo. 14.21). Jesus também assume o Seu amor por essa Igreja (Ap. 3.9). E como prova desse amor, já provado na cruz do calvário (Rm. 5.8), Ele fará com que a sinagoga de satanás, aos que se dizem judeus, e não são, que venham e adoram prostrados, aos pés da igreja (Ap. 3.10). A metáfora aqui é de uma batalha, aqueles que se opõem à obra de Deus, ao final, se renderão, em reconhecimento de que o Senhor está com os Seus (Is. 60.14). Essa revelação pode não ser imediata, e não deve motivar à vingança, pois essa pertence somente a Deus (Rm. 12.9), se possível devemos ter paz com todos (Hb. 12.14), amar até mesmo os inimigos (Mt. 5.44; Rm. 12.20). Como seguidores de Cristo, seremos provados, passaremos por dias difíceis, mas devemos guardar a palavra da paciência, exercitar a longanimidade, não se deixar conduzir pelas circunstâncias. Se assim procedermos, o Senhor nos guardará “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo para tentar os que habitam na terra” (Ap. 3.10). Não podemos esquecer que no mundo passaremos por aflições, mas não podemos perder o ânimo (Jo. 16.33), pois o Senhor está conosco (Mt. 28.20).

A PORTA DA OPORTUNIDADE:

Jesus, o Senhor, abriu uma porta para a igreja de Filadélfia, pelo Seu próprio sangue, pelo novo e vivo caminho (Hb. 10.19,20). Essa oportunidade não pode ser desperdiçada, por isso, as portas que se abrem devem ser usadas, contanto que sejam lícitas, em conformidade com os princípios da Palavra de Deus. Devamos ter o cuidado para não aproveitar os famosos “jeitinhos” e transformá-los em “oportunidades”. Tenhamos o devido cuidado para não nos adiantarmos, pois é o Senhor, não os homens que abrem as portas (Ap. 1.18). Jesus prometeu dar a Pedro e, por conseguinte, à Sua igreja, a chave do reino do céu (Mt. 16.19). Esse apóstolo a utilizou muito bem no dia de pentecostes (At. 2), e na casa de Cornélio (At. 10), quando o evangelho alcançou os primeiros judeus. A igreja precisa estar atenta às portas que Jesus abre para a proclamação do evangelho. Para tanto, deve estar antenada com a Palavra de Deus e as circunstâncias, a fim de perceber quando elas se abrem (I Co. 16.9; II Co. 2.12; Cl. 4.3; t. 14.27). Como se pode depreender dessas passagens, as portas que Deus abre para a igreja têm a ver, primordialmente, com a evangelização, a proclamação do genuíno evangelho de Cristo. A mídia pode ser usada para propagar a Palavra: jornais, revistas, internet e televisão, mas não percamos essa oportunidade para apregoar valores e posicionamentos que nada têm a ver com a mensagem de Cristo.  

CONCLUSÃO:

Jesus virá, algumas igrejas deixaram de pregar essa verdade, e “sem demora” (Ap. 3.11), ainda que não saibamos quando isso acontecerá (At. 1.11). Enquanto isso, devamos buscar o poder do Espírito e sermos testemunhas de Cristo até aos confins da terra (At. 1.8). Ao que vencer, será feito coluna no templo de Deus, encorajador para uma igreja afrontada por terremotos (Ap. 3.12). Ele promete também escrever sobre esses “o nome do meu Deus”, como indicador de posse (I Co. 6.19,20), bem como o da Nova Jerusalém, e o mais importante, o Seu “novo nome” (Ap. 3.12). Portanto, quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

SARDES, A IGREJA MORTA

Textos: Ef. 5.14 – Ap. 3.1-6


Introdução:

Em sequência ao estudo das Cartas às Igrejas da Ásia Menor, refletiremos, esta semana, a respeito da igreja de Sardes. Contextualizaremos, a princípio, a igreja, destacando sua posição no cenário histórico-geográfico. Em seguida, trataremos a respeito da sua condição espiritual, avaliada como morta pelo Senhor. Ao final, apontaremos a necessidade, não somente para aquela igreja, mas a todas na mesma situação, de um despertamento, movido pelo Espírito e direcionado pela Palavra de Deus.

A Igreja de Sardes:

Sardes, fundada em 700 a. C., era uma cidade que vivia do seu passado, como muitas igrejas tradicionais dos dias atuais. Estava localizada a 50 milhas a leste de Éfeso e tornou-se a capital da Lídia no século VII a. C., experimentou tempos gloriosos nos tempos do rei Creso. O orgulho de Sardes foi abatido em 529, quando Crito, o rei da Pérsia, a invadiu, depois de ter cercado a cidade por treze dias. Em 218 a. C., Antíoco Epifânio dominou a cidade, justamente por causa da autoconfiança dos seus líderes. Um motivo para a igreja permanecer alerta, pois, se não procedesse assim, disse Jesus, “virei como um ladrão”, repentinamente (Ap. 3.3). A reconstrução da cidade se deu durante o período de Alexandre, o Grande, sendo dedicada à deusa Cibele, equiparada a deusa Artemis dos gregos. Para os religiosos da cidade, essa deusa era a responsável por dar a vida aos mortos. Mas Cristo revela a essa igreja que conhece as suas obras, e que se envolver com aquela divindade de nada adiantava, já “que tens nome de que vives e estás morto” (Ap. 3.1). Ao longo do tempo, Sardes se tornou um grande centro de promiscuidade sexual, assumindo uma posição de decadência. A igreja de Sardes perdeu a posição de sal da terra e luz do mundo, para ser influenciada pelos valores pagãos (Mt. 5.13-16). A fama de outrora não poderia mais sustentar a posição da igreja. De nada adianta um passado glorioso se já não estamos mais alicerçados sobre os princípios antigamente defendidos e vividos pelos nossos pais.

Uma Igreja Morta:

Jesus se revela ao anjo da igreja de Sardes como “o que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas” (Ap. 3.1). O problema daquela igreja é que ela vivia de aparências, ela tinha “um nome”, era uma igreja, como se costuma dizer, “tradicional”, ou melhor, “clássica”. Na avaliação de Cristo, ela era um cemitério espiritual, isto é, estava morta. O “nome” respeitável que tinha não passava de fachada, os cristãoses que ali congregavam, do mesmo modo que acontece em algumas igrejas evangélicas brasileiras, eram apenas nominais. Isso porque já constatamos o fenômeno de cristãos nominais no meio evangélico, algo bastante comum entre os cristãos católicos. Não são poucos os que são filhos de cristãos, e mesmo não tendo nascido de novo (Jo. 3.3), se dizem evangélicos. Tantos outros frequentam a igreja apenas para se sentirem bem, para saírem de “bom astral”. A falta de compromisso com as verdades da palavra de Deus está se tornando comum em muitas igrejas. O mundo acaba entrando na igreja, os cristãos de Sardes tinham medo de ser contracultura, por isso, se deixavam levar pela correnteza. O anjo da igreja, ao invés de fazer prevalecer a Palavra de Deus, se deixava controlar pela voz do povo. Para essa igreja, como em tantas hoje que se arvoram cristãs, “a voz do povo era a voz de Deus”. Tremendo engano, pois Jesus, o Senhor, é Aquele que tem as sete estrelas em sua mão direita (Ap. 1.20). Ele conhece profundamente a Sua igreja, sabe quando esta tem apenas reputação, mas lhe falta caráter. A reputação é o que os outros dizem a nosso respeito, o caráter é o que Deus sabe que realmente somos. O Senhor nosso Deus não está preocupado com a aparência das igrejas, se essas têm templos suntuosos, Seu principal cuidado é com as intenções do coração, ele, diferentemente dos homens, vê o interior (I Sm. 16.7). Paulo destaca, naquele tempo, que muitos tinham forma de bondade, mas negavam a eficácia do que defendiam (II Tm. 3.5), esses não passavam de sepulcros caiados, fariseus hipócritas que diziam uma coisa e faziam outra (Mt. 8.22; Lc. 9.60; Ef. 2.1; I Tm. 5.6 e Jo. 5.25). Tal como acontecia nos tempos de Isaias, eles louvavam a Deus com os lábios, mas seus corações estavam longe do Senhor (Is. 29.13).

Conclame ao Despertamento:

Essa igreja que se encontrava morta diante de Cristo carecia de um despertamento espiritual (Ef. 5.14). Os cristãos de Sardes precisavam acordar, o arrependimento era uma condição, a vigilância foi uma ordem do Senhor (Ap. 3.2). Ao invés de se fiar em sua história, fama e glória, a igreja deveria se voltar para a Palavra de Deus, isto é, ao que tinha “recebido e ouvido”. Uma igreja genuinamente evangélica não se gloria na arquitetura dos seus templos, da glória do seu passado, antes está comprometida com a pregação e o ensino da Palavra. A autoridade da igreja não está na sua influência política, muito menos no seu poderio econômico. É a ministração da Palavra de Deus que outorga autoridade à igreja de Jesus Cristo. Uma igreja sem Bíblia nada tem a dizer ao mundo, não passa de religiosidade aparente. Não podemos esquecer-nos do que ouvimos (Fp. 4.9) por intermédio de Jesus Cristo, o Apocalipse de Deus (Hb. 1.1,2), testemunhado pelos Seus apóstolos (I Jo. 1.1) e registrado nas Escrituras (II Tm. 3.16,17). Por isso, os obreiros são instados, pelo Espírito Santo, através de Paulo, a manejarem bem a palavra (II Tm. 2.15), mas a também viverem por meio dessa mesma Palavra (Tg. 1.21). Mas felizmente havia um remanescente fiel na igreja de Sardes, “algumas pessoas que não contaminaram suas vestes”, esses, apesar da hipocrisia eclesiástica, viviam em santidade, tinha um relacionamento com Deus (Ap. 3.4). Do Senhor receberam a seguinte promessa: “de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida e confessarei o seu nome diante de meu pai e diante dos seus anjos” (Ap. 3.5).

Conclusão:

As vestes brancas dizem respeito à pureza do cristão no céu, já que esses foram purificados no sangue do Cordeiro (Ap. 7.14; 22.14). Eles também serão reconhecidos como cidadãos dos céus, pois seus nomes estão arrolados no livro da vida. Muitos se gloriam da fama e riqueza que conseguiram acumular, até mesmo dos milagres que realizaram, mas a maior alegria do cristão é saber que o seu nome está escrito no céu (Lc. 10.20). Na eternidade, esses receberão o testemunho do próprio Cristo, “portanto, qualquer que me confessar diante dos homens”, diz Jesus, “eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt. 10.32). Desperta enquanto há tempo, e que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!