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* O CARÁTER DE CRISTO

Textos: Jo. 13.15 – Mt. 5.3-12; Gl. 5.22,23

Objetivo: Mostrar que Cristo é o modelo perfeito do caráter que todo cristão deva perseguir, para tanto, deverá co-operar com o Espírito Santo a fim de que este produza o Seu fruto.

INTRODUÇÃO: Ao logo deste período, fizemos um passeio biográfico por alguns dos personagens mais expoentes da Bíblia, ressaltando tanto suas virtudes quanto defeitos. Neste estudo, veremos que Jesus é o modelo perfeito do caráter cristão. E este, somente pode ser alcançado, quando permanecemos nEle que, por meio do Seu Espírito, produz, em nós, o Seu fruto.

1. CRISTO, O MODELO DO CARÁTER CRISTÃO: Cristo é o modelo perfeito para o caráter cristão. A seu respeito, Pedro testemunha: “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pe. 1.19). Esse discípulo de que andou com Jesus, percebeu, em consonância com os cordeiros sacrificados na Antiga Aliança (Ex. 12.5), que Cristo é perfeito, que não havia nEle qualquer pecado. O autor da Epístola aos hebreus afirma também, que “o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb. 9.14). Em outra epístola, Pedro nos mostra a necessidade de ter a Cristo como parâmetro para a vida do cristão: “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz” (II Pe. 3.14). De modo mais específico, é possível alcançar esse status não por meios meramente humanos, mas, pelo Espírito, em amor, cujo maior exemplo, na verdade, é Cristo (Mt. 5.44; Lc. 6.27; Jo. 13.1,34; 15.12). Se alguém perguntar: como podemos imitar a Cristo? A resposta mais simples, e ao mesmo tempo, desafiadora para o cristão, é: amando como Ele amou.

2. A VIDEIRA E SEUS FRUTOS: Em Jo. 15.1-17, Jesus trata a respeito da videira e seus ramos com o objetivo de ilustrar como deve ser o relacionamento do cristão com Deus a fim de produzir frutos.
1) existem ramos que por não produzirem frutos, são cortados da videira (Jo. 15.2);
2) alguns ramos não permanecem ligados à videira, por isso, são lançados no fogo e são queimados (Jo. 15.4);
3) os ramos que produzem frutos são podados e limpos para que dêem mais frutos ainda (Jo. 15.2).
O projeto de Deus para as nossas vidas é a santificação (II Ts. 2.13), portanto, não podemos viver sem produzir frutos, na verdade, por meio deles é que somos conhecidos (Mt. 7.16-20). As condições para a produção do fruto espiritual são:
1) ser podado pelo Pai – isto diz respeito à maturidade cristã (I Ts. 5.23; Hb. 12.10-14), que envolve também a disciplina (Hb. 12.5,6) e o sofrimento (Tg. 1.2-4);
2) permanecer em Cristo – refere-se à posição do cristão com Ele (Jo. 15.4; II Co. 5.17; Ef. 2.6);
3) a permanência de Cristo é nós – é por meio da vida de Cristo em nós que podemos viver com Ele viveu (Jo. 15.4; I Co. 1.2; Gl. 2.20; Fp. 1.1; I Jo. 2.6).

3. A FRUTIFICAÇÃO PELO ESPÍRITO: O desenvolvimento do caráter cristão carece de frutificação espiritual. Para esse fim, meditemos, a partir de Gl. 5.22, a respeito dos aspectos desse fruto, nos remetendo, inclusive, aos termos gregos:
1) amor – é o fundamento do fruto, manifesta-se na disposição em doar a si mesmo (I Co. 13; Gl. 5.13; Rm. 5.2-5; Ef. 5.23-32; 5.1,2), a exemplo de Cristo (Jo. 3.16; I Jo. 3.16);
2) alegria – alegria que independe das circunstâncias (At. 2.46; Rm. 14.7; 15.13; Fp. 4.4);
3) paz – que não se atribula perante as adversidades (Is. 26.3; Jo. 14.26,27; Cl. 3.15);
4) longanimidade – tolerância para suportar os momentos difíceis (Sl. 119.71; Rm. 5.3,4; Hb. 12.7-11; Tg. 1.3,4; 5.10,11; I Pe. 2.20);
5) benignidade – disposição graciosa para fazer o bem (Ef. 4.31,32; 5.1,2);
6) bondade – é a prática da benignidade (Rm. 15.14; Gl. 5.22; Ef. 5.9; II Ts. 1.11), mais precisamente, à generosidade (II Co. 8.1-15; Gl. 6.9,10; I Pe. 4.8-10);
7) fidelidade – a fé que prevalece apesar das tribulações (Rm. 5.1,2; Hb. 6.12; I Jo. 2.6);
8) mansidão – submissão e humildade em relação a Deus e ao próximo (Mt. 11.29; Tg. 1.21; Gl. 6.1; I Pe. 3.15,16); e 9) domínio próprio (egkrateia) – controle diante das tentações (Tt. 2.11,12; II Pe. 1.5,6; I Co. 7.9; 9.25).

CONCLUSÃO: O desenvolvimento do caráter de Cristo não é algo que acontece de uma hora para outra, é resultado de uma longa caminhada ao lado do Senhor. Nós nEle e Ele em nós suscitará, ao longo do processo, a transformação, por meio da qual, de glória em glória, somos feitos à semelhança de Sua imagem (II Co. 3.18). Em toda e qualquer circunstância, Cristo, e não qualquer homem e mulher do Antigo e do Novo Testamento, é O modelo a ser seguido, pois “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co. 5.21). PENSE NISSO!

* ABRAÃO, O AMIGO DE DEUS

Textos: Hb. 11.8 – Ex. Gn. 12.1-5

Objetivo: Mostrar que é possível ser amigo de Deus como o foi Abraão. Para tanto, precisamos extrair lições, tanto de suas virtudes quanto de suas falhas.

INTRODUÇÃO: Todos nós queremos receber o título singular atribuído a Abraão: amigo de Deus. Para isso, precisamos seguir o seu exemplo. Estudaremos a respeito da amizade entre Deus e o homem na Bíblia, ilustrada no exemplo do patriarca, pai da fé. Veremos que este, além de virtudes, teve também suas falhas, as quais, também nos servem de ensino.

1. A AMIZADE COM DEUS: O conceito de “amizade” com Deus não é algo que possa ser facilmente construído a partir do Antigo Testamento. A idéia de um relacionamento mais aproximado com o Deus de Israel seria algo fora de cogitação para a mente judaica mais conservadora. No entanto, Tiago, em sua epístola, no capítulo 2 e versículo 23, diz que Abraão não apenas fora justificado por Deus, mas, também, veio a se tornar amigo do Senhor. É interessante observar esse fato porque é possível constatar que Deus sempre desejou se relacionar com os seres humanos. E, como veremos mais adiante, essa amizade fora antecipada, de algum modo, em Abraão, um homem que desfrutou de intimidade com Deus. Mais tarde, quando o Deus fez morada entre os homens, a possibilidade dessa amizade alcançou seu apogeu. Em Jo. 15.14,15 Jesus chama aos Seus discípulos de amigos mostrando, assim, a profunda intimidade que deseja ter com aqueles que atenderam ao Seu chamado.

2. ABRAÃO, UM AMIGO DE DEUS: A amizade de Deus com Abraão pode ser inferida, a princípio, a partir de Gn. 18.17, no relato da destruição de Sodoma e Gomorra. O Senhor deixa claro que não ocultará seus desígnios ao patriarca da fé em virtude dos projetos que tinha em sua vida. Mesmo sendo um exemplo de fé para os crentes de todos os tempos, Abraão, todavia, não era perfeito. Certa feita, diante da ameaça de seca e fome, Abraão “desceu para o Egito” (Gn. 12.10). Por alguns momentos, deixou de acreditar que Deus lhe pudesse prover os suprimentos necessários para viver na terra prometida. Quando se deixou levar pelas circunstâncias, teve de se ocultar por detrás de sua esposa (Gn. 12.12), recomendado, inclusive, que ela mentisse se achasse necessário, a fim de protegê-lo (v. 13). O medo de Abraão (e o de todos nós) é o de que venhamos a perder o controle das situações futuras (Gn. 12.13). É irônico perceber que o velho patriarca acabou sendo corrigido pelo rei pagão a quem tanto temia (Gn. 20.17). Por outro lado, Abraão também se mostrou, em várias circunstâncias, atitudes de generosidade – quando seu sobrinho Ló encontrava-se em perigo (Gn. 14.24); firmeza – nas promessas que o Senhor lhe havia feito (At. 7.2; Gn. 12.1,2), desprendimento - quando encontrou Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo (Gn. 14.18,19), integridade – quando lhe ofereceram riquezas indevidas (Gn. 14.22,23); e submissão – quando o Senhor requereu seu filho em sacrifício (Gn. 22.1-3).

3. PARA SER AMIGO DE DEUS: Quando lemos a narrativa bíblica a respeito de Abraão vemos que, apesar de suas falhas, esse foi um homem que desfrutou de um relacionamento aproximado com Deus. As conversas de Abraão com Deus, como aquela que antecipou a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn. 18.24-26), mostram o nível de intimidade do patriarca com o Senhor. A amizade de Abraão com Deus, ainda nos tempos antigos, e as declarações de Jesus a respeito da amizade com os seus discípulos (Jo. 15.14,45) nos servem de estímulo para buscar um relacionamento mais próximo do Senhor. A base para a verdadeira amizade, tanto com Deus como com o próximo, sempre será o amor. Não existem regras fixas para a amizade com Deus, exceto o amor incondicional (Jo.13.34; 14.15,21; 15.12,17; I Jo. 3.11,23; 4.21). Jesus é a prova maior da amizade genuína que, com altruísmo, vai às ultimas conseqüências, entregando sua própria vida (Jo. 10.13-15). Pode alguém amar a Deus assim numa época marcada pela troca de favores em que as pessoas se relacionam querendo obter algo em troca?

CONCLUSÃO: A principal exigência de Deus, para que alguém venha a se tornar seu amigo, é que recebamos a mediação de Jesus, nosso Salvador (I Tm. 2.5; Jo. 14.6; I Co. 1.1-9). Sem Ele, o ser humano continuará, para todo o sempre, inimigo de Deus, por causa de sua condição de pecado (Ef. 2.15; Tg. 4.4). Com Cristo, podemos desfrutar de plena paz e comunhão com o Senhor, e do mesmo modo que Abraão, também podemos ser chamados de amigos de Deus. Em relação a Deus, a verdadeira amizade é concretizada por meio da submissão e obediência (Jo. 14.21,24). PENSE NISSO!

* MOISÉS, UM LÍDER EFICAZ

Textos: Hb. 11.27 – Ex. 3.1-10

Objetivo: Mostrar os caminhos para uma liderança eficaz a partir de exemplos bíblicos, com destaque, para a atuação de Moisés.

INTRODUÇÃO: Alguém já disse que, nos dias atuais, temos muitas pessoas para mandar, mas poucos com características reais de liderança. A igreja, enquanto instituição, tem sofrido as agruras dessa ausência de pessoas que sejam competentes para dirigir o povo de Deus. Estudaremos a respeito da liderança cristã, o exemplo de Moisés no trato com os liderados e as características fundamentais para a eficácia na condução do rebanho do Senhor.

1. LIDERANÇA: PLANO DE DEUS: A liderança é algo que sempre esteve no plano de Deus em relação ao seu povo. Existem evidências bíblicas que comprovam essa verdade. Os líderes, conforme vemos em Ef. 4.11-16 e Rm. 12.6-8, são dádivas do Senhor para a edificação do Seu corpo. Deus, ao longo da história de Israel, levantou vários líderes a fim de conduzir Seu povo. Destacamos, entre muitos: José (Gn. 37, 41, 43 e 45) para preservar a vida de sua família no Egito; Josué, na conquista da terra prometida por Deus, como também para instruir o povo de Israel (Js. 22); Davi, na expansão do reinado de Israel e nos preparativos para a construção do templo (I Cr. 22.12-15); Neemias, na sábia reconstrução das muralhas de Jerusalém (Ne. 1.2; 2); Éster, na aceitação de responsabilidades a serem desempenhadas para o bem do povo (Et. 4.16).

2. MOISÉS, UM LÍDER: Dentre os vários líderes levantados por Deus na narrativa bíblica, poucos foram tão influentes quanto Moisés. Seu nome significa “tirado” e sua história está registrada nos livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Era da tribo de Levi (Ex. 2.1), filho de Anrão e Joquebede (Nm. 26.59), durante a perseguição de faraó ele foi ocultado por seus pais enquanto puderam (Hb. 11.23). Finalmente, fora posto nas águas do Nilo e resgatado pela filha do faraó (Ex. 2.10). Durante alguns anos esteve no palácio e sendo educado nas ciências egípcias (At. 7.22), mas negou-se a ser chamado filho da filha de Faraó (Hb. 11.24). Em solidariedade a um escravo hebreu, mata um opressor egípcio (Ex. 2.12). Deus lhe aparece no meio de uma sarça ardente e o envia como líder para resgatar o povo de Israel que se encontra cativo no Egito (Ex. 3). A partir de algumas situações de liderança de Moisés, é possível extrair lições para todos aqueles que estão diante do povo de Deus: 1) recebeu a direção de Deus para que caminhasse adiante do povo (Ex. 17.5), revelando a necessidade do líder ter iniciativa e observar os direcionamentos de Deus; 2) por meio do conselho de Jetro, seu sogro, Moisés dividiu a responsabilidade com outros líderes (Ex. 18.13-26), mostrando que o líder precisa ouvir conselhos e evitar a centralização do trabalho; 3) apesar das falhas do povo, não se eximiu da tarefa de interceder por eles (Ex. 32.11-14), isso nos mostra que o líder deva ter compaixão pelo povo, interceder por eles, apesar de suas falhas.

3. EFICÁCIA NA LIDERANÇA: Uma liderança eficaz exige alguns procedimentos, dentre eles, destacamos: 1) empatia – o líder deva ser capaz de ver as coisas do ponto de vista dos outros (Lc. 6.31; Hb. 13.3; I Pe. 3.8; Gl. 6.2); 2) concretização dos alvos propostos – o líder deva ser capaz de estabelecer alvos e de esforçar-se até torna-los uma realidade (Fp. 3.14; Ef. 3.1,10,11; II Tm. 3.10); 3) competência – o líder é alguém possuidor das habilidades necessárias para a concretização de seus propósitos (Pv. 12.27; 22.29; 31.10-31; II Tm. 2.15; Tg. 2.14-16; II Pe. 1.5-10); 4) estabilidade emocional – o líder precisa ter controle de suas emoções diante de quaisquer situações (Sl. 27.17; Ef. 4.31; II Tm. 4.5; I Pe. 4.7); 5) participação em grupo – o líder precisa saber trabalhar em grupo (I co. 12; Ef. 4.16); 6) capacidade para partilhar a liderança – o líder trabalha sempre ao lado de outros líderes (Ef. 5.21; Fp. 4.1-3; Cl. 4.7-14; I Ts. 1.2-4); 7) consistente e digno de confiança – um líder deve ser consistente e outras pessoas podem depender dele (Lc. 9.62; I Co. 15.58; Gl. 5.1; Ef. 4.14).

CONCLUSÃO: A liderança sempre esteve nos planos de Deus, isso pode ser constatado nas várias narrativas e instruções bíblicas dadas a respeito. O exemplo de liderança de Moisés nos inspira a tirar algumas valiosas lições com líderes em nossas igrejas. Devemos ser sensíveis às nossas limitações, bem como as do povo que estamos liderando, sem, no entanto, abrir mão do projeto de Deus. Em todas as situações, a máxima da liderança eficaz é sempre o amor, tanto ao Senhor como às suas ovelhas, é a partir dele que os líderes são avaliados (Mt. 22.34-39; Jo. 21.15-17). PENSE NISSO!

* SARA, UMA MULHER SUBMISSA

Textos: Ef. 5.24 – Gn. 12.4,5; I Pe. 3.1-6

Objetivo: Mostrar que a submissão é uma das virtudes capitais a ser desenvolvida por todos aqueles que seguem a Cristo.

INTRODUÇÃO: Ser discípulo de Cristo, conforme o estudo anterior, é mais do que conhecer um conjunto de doutrinas, é um ato de obediência a partir do comando que recebemos do Mestre. Para exercitarmos a obediência, faz-se necessário que cultivemos a submissão, virtude essencial ao verdadeiro discípulo. Neste estudo, voltaremos para os fundamentos bíblicos de uma vida submissa.

1. DEFINIÇÃO BÍBLICA DE "SUBMISSÃO: "A palavra “submissão”, em algumas versões bíblicas brasileiras, é traduzida como “sujeição”. No grego, o termo é derivado do verbo “hypotasso”, associado à hierarquia, por isso, lemos que Jesus, quando criança, esteve submisso aos seus pais (Lc. 2.51). Esse verbo aponta também para o dia em que Deus irá colocar todas as coisas em submissão a Cristo (I Co. 15.27,28; Ef. 1.22; Fp. 3.21; Hb. 2.5,8). Com certa freqüência, esse verbo ocorre, no Novo Testamento, no contexto dos relacionamentos entre estruturas sociais, nas quais, as pessoas devam estar submissas às autoridades seculares (Rm. 13.1; I Pe. 2.13) ou cristãs (I Pe. 5.5). Por conseguinte, os escravos cristãos deveriam estar sujeitos aos seus senhores (Tt. 2.9), e as esposas, aos seus maridos (Ef. 5.24; Cl. 3.18; I Pe. 3.1,5).

2. SARA, UMA MULHER SUBMISSA: O nome Sara significa “princesa”, anteriormente, chamava-se Sarai (contenciosa – Gn. 17.15). Foi esposa de Abraão (Gn. 11.29), casou-se em Ur dos Caldeus (11.28) e era estéril (11.30). Em algumas circunstâncias, fora apresentada, por Abraão, como sua irmã (Gn. 12.10-20; 20.1-18). Em um momento de fraqueza, e seguindo os costumes de sua época, Sara deu uma de suas servas, chamada Agar, para que Abraão gerasse filhos, dessa decisão nasceu Ismael (Gn. 16). Quando Deus prometeu lhe dar um filho, ela riu (Gn. 18.12). Em cumprimento a essa promessa, nasceu Isaque (Gn. 21.2). Com o tempo, Sara desenvolveu inveja de Ismael, filho de Agar (Gn. 21.10), e por isso, passou a perseguir sua serva. Morreu na idade de 127 anos e fora sepultada na caverna de Macpela (Gn. 23.1,19). Em I Pe. 3.6, Sara é tomada como exemplo de uma mulher submissa, obedecendo a Abraão e chamando-o de senhor (Gn. 18.12). A menção de Pedro, à obediência de Sara, em tempos de crise, remete a disposição dessa mulher em aceitar as decisões do patriarca, submetendo-se aos perigos e não temendo as adversidades (Gn. 12.10-20; 20.1-18). O exemplo de Sara faz eco às instruções de Paulo para que as mulheres sejam submissas, em amor e voluntariedade, ao marido (Ef. 5.24), em contraparte, este deva amá-la sacrificialmente (Ef. 5.25-27).

3. CULTIVANDO A SUBMISSÃO: Como ressaltamos no tópico anterior, no texto de Ef. 5.22-23, Paulo aborda, com bastante propriedade, a relevância da submissão no tratamento entre os cristãos. O versículo 21, em particular, nos revela que a sujeição não deva ser uma realidade apenas entre maridos e esposas, e empregados e servos, mas entre todos os cristãos. Esse versículo nos remete a Fp. 2.3, a partir dos qual, somos alertados para não vivermos em partidarismos, vivendo em humildade e mansidão, suportando uns aos outros em amor (Ef. 4.2; Cl. 3.12). Tenhamos o cuidado para não cair na tentação de Diótrefes e querer sempre ter a primazia sobre os outros (III Jo. v. 9). Em Rm. 12.10, diz ainda mais o Apóstolo: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”. Assim, conforme vemos nessas passagens correlacionadas, a submissão, em amor, é uma virtude que deva ser cultivada por todos aqueles que seguem a Cristo como Senhor e Mestre. Essa é uma atitude bastante apropriada para os dias atuais em que as pessoas fazem de tudo para se sobressaírem, passam por cima dos outros sem o menor escrúpulo, argumentando que essa é a “lei natural” das coisas. A lei de Cristo, para os seus discípulos, não mudou, continua e continuará sendo o amor (Mt. 5.44; 22.39; Lc. 6.27,35).

CONCLUSÃO: Sara e muitos outros homens e mulheres, ao longo da narrativa bíblica, servem de exemplo para uma vida de submissão tanto a Deus quanto a próximo. No entanto, à guisa de conclusão, não podemos deixar de atentar para o maior deles: o de Cristo. Em Fp. 2.7 e 8, Paulo diz que Jesus “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. Se Cristo assim o fez, levando os pés dos seus discípulos (Jo. 13.4,5), tenhamos, pois, em nós, “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp. 2.6). PENSE NISSO!