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NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES

Textos: Jo. 16.33 – Jo. 16.20,21, 25-33

INTRODUÇÃO: A teologia da ganância, em consonância com as perspectivas humanas da autoajuda, nega a realidade das aflições. A sociedade moderna não admite o sofrimento das pessoas, tendo em vista a cultura da felicidade, ainda que essa seja aparente. Neste trimestre estudaremos a respeito das aflições da vida, destacaremos que Deus permite que os seus sejam afligidos, prometendo estar com eles nas tribulações.
1. DIFINIÇÃO DE AFLIÇÕES: A palavra hebraica para aflições é ani, que descreve alguém que foi afetado pelas circunstâncias e que, por essa razão, se encontra sob a dependência de outros. O verbo ana, em hebraico, está associado ao ato de sofrer violência ou opressão (Sl. 94.5; Is. 53.4,7). Diferentemente do que acontece em determinados contextos cristãos, o salmista agradece a Deus pelo fato de ter sido afligido, o que o conduziu à obediência (Sl. 119.67, 71, 75). Esse posicionamento diante da adversidade encontra eco na declaração de Paulo, em 2 Co. 7.9-10. Ninguém está livre da aflição, o próprio Servo Sofredor, de Isaias 53, encarna essa realidade. Ele sofreu, em todas as dimensões, físicas e psicológicas, a fim de que possamos, no presente e no porvir, ter saúde e paz. Nas escrituras hebraicas, a aflição não necessariamente provém de Deus, há casos em que o sofrimento é infligido por outros, por um governo, por exemplo, o egípcio (Ex. 1.11,12). A linguagem hebraica atribui a Deus, considerando que dEle provém todas as coisas, a origem final das aflições (Is. 45.7; Am. 3.6). No entanto, devamos saber que nem todos os males vêm diretamente de Deus, mesmo que Ele os utilize, às vezes, para punir (1 Rs. 8.35; 2 Rs. 17.0; Sl. 90.15; Ne. 1.12). No Novo Testamento, a palavra grega tlipsis está relaciona à condição de ser pressionado em um lugar estreito. Essa pressão pode ser causada pela posição social, o necessitado, por causa da injustiça, é afligido (Tg. 1.27). Mas a aflição pode ser também de natureza religiosa, Cristo foi perseguido pelos líderes fariseus e saduceus da Sua época. Satanás pode causar aflições, assim como aconteceu com Jó, mas é preciso que este receba a permissão de Deus para tal (Jó. 1.6-12; 2 Co. 12.7).
2. NO MUNDO TEMOS AFLIÇÕES: O cristão não está imune às aflições no mundo, Jesus deixou isso bem claro, Ele prometeu vitória na tribulação, mas não sobre esta (Jo. 16.33). Algumas aflições resultam de pecado, isso tem a ver, por exemplo, com atitudes que tomamos e das quais arcamos com consequências. Mas nem todas as aflições vêm de pecado (1 Pe. 1.6-7; Jo. 9.1-3). Jó padeceu, mesmo sendo reconhecido como um homem íntegro (Jo. 1.1,8), do mesmo modo, há crentes que são afligidos por razões que estão além das explicações humanas. Os amigos de Jó quiserem justificar seu sofrimento, encontrar uma relação de causa-efeito para aquela condição. As igrejas estão cheias de pessoas, sem conhecimento bíblico, que querem encontrar motivos para as dores dos irmãos. Na maioria dos casos Deus está esperando que a pessoa que está perto seja a resposta às orações, o alívio para o necessitado, ao invés de ficar tentando encontrar um pecado. As aflições podem não ser originadas em Deus, mas Ele as permite, e trabalha por meio delas a fim de desenvolver nossa paciência (Tg. 1.2-4). Diante das aflições, não podemos desfalecer, pois estas podem servir como disciplina para o amadurecimento espiritual (Hb. 12.5-11). As aflições angustiam o cristão, caso não esteja alicerçado na Palavra, poderão distanciá-lo de Deus. Mas quando esse se coloca debaixo da soberania do Senhor, se dar conta de que as aflições de Deus é uma demonstração de amor (Hb. 12.6). Paulo orou três vezes, em virtude de uma aflição, até que compreendeu que poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (2 Co. 12.7-10), e que tudo coopera para o bem daquele que amam a Deus (Rm. 8.28).
3. MAS TENHAMOS ÂNIMO: Não permitamos que as aflições nos distanciem de Deus, nem nos queixemos que elas são maiores do que podemos suportar, pois Ele conhece os nossos limites (1 Co. 10.13). Diante das aflições, a maioria deles além do entendimento humano, devemos permanecer firmes no Senhor, confiantes nos desígnios de Deus (Rm. 11.33-36). Ao contrário do que faz o mundo, podemos aprender a regozijar nos sofrimentos, sabendo que esse pode produzir perseverança, caráter e esperança (Rm. 5.3; Tg. 1.2-4). Não podemos esquecer que as aflições do tempo presente não se comparam à glória que em nós será revelada (Rm. 8.18). Na medida em que caminhamos até chegar a Cidade Celestial, passaremos, tal como Cristão, do Peregrino de John Bunyan, por muitas adversidades. Os obstáculos enfrentados ao longo da jornada podem fortalecer nossa fé, purifica-la como ouro refinado, a fim de que Cristo seja honrado e glorificado (1 Pe. 1.7-8). Nos momentos de aflição, aprendamos a experimentar os cuidados de Deus, apesar das lágrimas, louvamos ao Deus que cuida de nós (Sl. 27.7-6). Como Paulo e Silas na prisão, louvemos ao Senhor, pois bem-aventurados são aqueles que padecem por causa do evangelho de Cristo (Mt. 5.11; At. 16.25). As aflições que nos afligem podem inclusive ser testemunhas da nossa fé, e fazer com que outros sejam levados aos pés de Cristo (Fp. 1.12-14). Portanto, em meio às aflições, tenhamos ânimo, não venhamos a desfalecer, Deus nos fortalece a cada dia, permaneçamos confiantes nas promessas eternais (2 Co. 4.16-18).
CONCLUSÃO: Deus não prometeu uma vida cristã sem aflições, muito pelo contrário, todos aqueles que piamente querem viver para Cristo padecerão perseguições, as mais diversas, econômicas e sociais (2 Tm. 3.12-14). Conforme estudaremos ao longo das lições seguintes, podemos, inclusive, ser vitimas de catástrofes, doenças e morte, mas em tudo isso somos mais do que vencedores, pois nada nos separará do amor de Deus em Cristo Jesus (Rm. 8.31-39). PENSES NISSO!
 
Deus é Fiel e Justo!

A FORMOSA JERUSALÉM

Textos: II Pe. 3.13 – Ap. 21.9-18

INTRODUÇÃO: É chegado o final dos estudos que direciona nosso olhar para a eternidade, à formosa Jerusalém, cidade celestial que vem de Deus. Na primeira parte do estudo trataremos a respeito dessa cidade, em seguida, destacaremos suas características, e, ao final, apontaremos sua procedência, que nos motiva a continuarmos firmes na fé, na esperança que há em Jesus.

A CIDADE CELESTIAL: Logo no início do Ap. 21, João declara ter visto “novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram” (v. 1.). É digno de destaque que o enfoque bíblico é sempre na terra, e menos no céu, diferentemente da cosmovisão helenista. O “mar também já não existe”, pois a terra será redimida, a mesma que, como parte da criação, geme (Rm. 8.22). Ele também viu “a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo”, que é Cristo (Ap. 21.2). Essa é a pátria verdadeira dos santos, a morada dos santos (Hb. 12.23; Fp. 3.20), que descerá do céu para a terra no início do milênio e ficará acima da Jerusalém terrestre. Ela é o “tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap. 21.3). Esse será o cumprimento da profecia de Ez. 37.27: “o meu tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”. O antigo tabernáculo tinha a shekinah – a glória - de Deus, a Sua glória, manifesta na encarnação, através de Cristo, quando o Verbo se fez carne (Jo. 1.14). No futuro, todas as promessas, tanto para Israel quanto para a Igreja, se concretizarão, haverá um só povo de Deus. Então, “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap. 21.4). Toda a tristeza humana terá o seu final, não haverá mais tragédias, a morte morrerá, as pessoais não mais prantearão os seus mortos.

FORMOSA JERUSALÉM: Então, João ouviu a voz dAquele que estava assentado no trono: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap. 21.5). Esse processo de renovação já começou em Cristo, através do estabelecimento do Seu reino, na dimensão do “já”. Pois, “se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Co. 5.17). É bem verdade que tudo isso se dará na dimensão do “ainda não”, mesmo assim, quando, por fim, “a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm.21). Por esse motivo, os cristãos têm a responsabilidade, enquanto cidadãos do Reino, de se envolverem na tarefa de renovação da terra. Isso diz respeito ao compromisso ambiental, da preservação da criação de Deus. Adiante, disse mais: “está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da água da vida” (Ap. 21.6). Ele é o Primeiro e o Último, o cumprimento de todas as promessas, o próprio Cristo (Ap. 22.13). Ele é a água da vida, disponibilizada à mulher samaritana (Jo. 4.4,10,14), e oferecida a todos aqueles que têm sede (Jo. 7.37). Por isso, podem bebê-la, hoje, os que se aproximam dessa Água, ainda que essa será dada plenamente, a “quem vencer”, os quais herdarão “todas as coisas” e serão chamados filhos de Deus (Ap. 21.7). Não podemos esquecer que, por adoção, fomos feitos de Deus (Jo. 1.12), com o direito de chamá-Lo de Aba, paizinho (Gl. 4.1), herdeiros de Deus com Cristo (Rm. 8.18).

DE DEUS: Mas alguns ficarão de fora da cidade de Deus: “aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Ap. 21.8). Esses são: os covardes, que não tiveram coragem de sofrer por Cristo (Mt. 13.21); os incrédulos, aqueles que se recusaram a crer no evangelho (Sl. 14.1; 53.1); os que praticam a idolatria (I Co. 6.10); os assassinos, que não valorizam a vida e propagam a cultura da morte (Gl. 5.21); os que se envolvem em atos sexuais ilícitos (Ef. 5.5); os que se relacionam com o mundo das trevas em práticas ocultistas (Ex. 22.18); os que adoram o anticristo, que se prostram perante falsos deuses (II Ts. 2.4; Gl. 5.20); e os que seguem ao pai da mentira (Jo. 8.44), que negam a Jesus, o Filho de Deus (I Jo. 2.22). Cada cristão deve fiar-se na fé em Cristo para entrar na cidade de Deus. A beleza desta deve nos motivar à constância, as palavras de João são insuficientes para descrevê-la. Ele ousa apenas assemelhá-la: “E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente” (Ap. 21.11). A presença de Deus será intensa, não apenas ocasional, como acontecia no Antigo Pacto (Ez. 40.34; 48.35). Ela terá “um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel” (Ap. 21.12). Essa é uma alusão direta a Ez. 48.31, onde o número 12 tem significado especial, considerando as doze tribos de Israel e os doze discípulos de Jesus. As três portas e os doze fundamentos de Ap. 21.13, 14 têm a ver com os profetas e apóstolos, com a unificação das duas alianças. O anjo que falava com João mediu a cidade e identificou sua simetria 2.200 quilômetros de cada lado, a largura do muro é de 64 metros, sua perfeição.

CONCLUSÃO: Essa é uma cidade especial, feita de jaspe, e nós, nos tempo presente, mesmo em meio às adversidades, a esperamos, e nada no presente século deve nos distanciar desse foco. Os templos suntuosos das igrejas não se comparam a sua formosura, pois a “praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente” (Ap. 21.21). João não viu ali santuário, já que “o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-poderoso e o Cordeiro” (Ap. 21.22). A celestial está alicerçada em Deus e em Cristo, por isso, não haverá necessidade de “sol, nem de lua, para lhe darem claridade, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap. 21.23). Como diz o hino sacro, “quão glorioso, cristão, é pensares, na cidade que não tem igual, onde os muros são de puro jaspe, e as ruas de ouro e cristal” (HC. 26). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

O JUÍZO FINAL

Textos: Ap. 21.8 – Ap. 20.7-15


INTRODUÇÃO: No estudo desta semana veremos a respeito da sequência de eventos escatológicos que diz respeito aos julgamentos. Destacaremos o julgamento da besta, que acontecerá antes do Milênio. Após este, veremos que será estabelecido o juízo do Grande Trono Branco, que está relacionado à Segunda Ressurreição. Nesta ocasião, os mortos, aqueles que não ressuscitaram no arrebatamento, ressuscitarão, a fim de comparecerem perante o Supremo Juiz.

O JULGAMENTO DA BESTA: O conflito entre Deus e satanás é um dos temas centrais no livro do Apocalipse. Em Ap. 19.17-21, temos o relato de uma batalha entre Cristo e o anticristo, na qual o Senhor Jesus sairá vitorioso. Nessa ocasião Cristo virá para julgar as nações, acontecerá a batalha do Armagedon, quando, conforme está registrado em Ez. 39.20, “a minha mesa vós vos fartareis de cavalos e de cavaleiros, de valente e de todos os homens de guerra, diz o Senhor Deus”. Esse versículo está em consonância com Ap. 19.17, no qual se configura toda a batalha, onde serão servidas carnes de “reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes” (Ap. 19.18). Esses serão aqueles que fizeram pacto com o Anticristo, que receberam a sua marca, e que, por conseguinte, se colocaram contra Cristo. Os reis da terra, na percepção Joanina, não passam de marionetes nas mãos do Anticristo. O poder político é avaliado na condição de regido por Satanás. Por causa disso, “a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta, e eles foram lançados vivos dentro do lado do fogo que arde com enxofre” (Ap. 19.20). O lago do fogo – geena em grego – diz respeito a um lugar de tormento e escuridão, no qual se encontrarão todos aqueles que servem a Satanás (Mt. 8.12; 22.13; 25.30; Ap. 20.10,14; 21.8). Por fim, o exército do mal será totalmente destruído com a “espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo” (Ap. 19.21), que não é outro, senão o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.

O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO: Durante o Milênio, Satanás será preso, “depois disto é necessário que ele seja solto por pouco tempo” (Ap. 20.3), a fim de provar aqueles que nasceram naquele tempo. Em Ap. 20.7-15 está escrito a respeito da derrota final de Satanás, pois um dos motivos da sua libertação será também “seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra” (Ap. 20.7,8). Gogue e Magogue, símbolos dos povos que se opõem a Deus, serão confrontados pelo Senhor (Ez. 38.1). Eles serão vencidos, juntamente com o próprio Satanás, pois “desceu fogo do céu e os consumiu” (Ap. 20.9). Tal como na batalha do Armagedon, na qual o Anticristo será vencido, o diabo, “foi lançado para dentro do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta” (Ap. 20.10). Não há respaldo para o aniquilacionismo, isto é, a doutrina de que satanás será destruído, mas a de que “serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”. Aquele que passara mil anos preso no abismo, agora, sofrerá sua derrota final, a cabeça da serpente é ferida para sempre (Gn. 3.15). Ele sofrerá uma derrota paulatina, inicialmente será expulso dos ares para a terra e o mar, no período da Grande Tribulação (Ap. 12.9), será aprisionado por mil anos (Ap. 20.2), e por fim, será derrotado completamente.

A SEGUNDA RESSURREIÇÃO: João viu, então, um Grande Trono Branco, e que estava “assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles” (Ap. 20.11). Mas antes do Juízo Final, ocorrerá a Segunda Ressurreição. Em Dn. 12.2, este acontecimento aponta para o período posterior à Tribulação. Há também a distinção entre aqueles que ressuscitarão para vida (Jo. 5.28,29), que são bem-aventurados (Ap. 20.6) e aqueles que ressuscitarão para a morte (Jo. 5.29; Ap. 20.5). Há diferença também de tempo entre a primeira e a segunda ressurreição, separadas pelo período de mil anos, justamente antes e depois do Milênio (Ap. 20.11-13). Os que tomam parte na Primeira Ressurreição são bem-aventurados porque são chamados “sacerdotes de Deus e de Cristo”, eles têm acesso direto à presença de Deus e também governarão com Ele durante o Milênio (Ap. 1.56; 5.10). A respeito da Segunda Ressurreição, João viu “os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante do trono” (Ap. 20.12). Os livros das obras serão abertos para julgamento, “deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap. 20.13). As obras não contam para a salvação (Ef. 2.8,9), mas para a condenação, inclusive para a gradação no sofrimento (Ez. 32.21-23; Hb. 10.29). Assim, aquele “que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”, trata-se, portanto, de um julgamento para a condenação, não para a salvação, já que a igreja foi julgada antecipadamente em Cristo (Rm. 8.1), apenas as suas obras sofrerão julgamento (I Co. 3.12-15).

CONCLUSÃO: O mundo está entregue ao Maligno, Satanás se encontra nas regiões celestiais, controlando os poderes, através dos principados e potestades. Estamos envolvidos nessa batalha espiritual, para tanto, devamos estar munidos com toda a armadura de Deus (Ef. 6.10-18). Na medida em que pelejamos, temos a consciência, sobretudo esperança, de que, ao final, Jesus governará, o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16). PENSE NISSO!

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O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL

Textos: Ap. 14.7 – Ap. 14.1-7



INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, veremos respeito da proclamação do evangelho do reino em meio ao império do mal. Inicialmente, apresentaremos a atuação das duas testemunhas durante a Tribulação. Em seguida, abordaremos o evangelho do Reino de Deus, atualmente e no período da Tribulação. Ao final, destacaremos a relação desse evangelho diante do império do Mal, regido pela besta, o anticristo e o falso profeta.

AS DUAS TESTEMUNHAS: Durante o período da Tribulação, o Senhor dará duas testemunhas que profetizarão por “mil duzentos e sessenta dias” (Ap. 11.3). Essa é uma demonstração de que Deus estará com o Seu povo, para mostrar o caminho certo, mesmo em situação adversa. Em alusão à profecia de Zacarias (Zc. 4.12), as testemunhas são comparadas às duas oliveiras e os dois candeeiros. No contexto daquele profeta, esses são o sacerdote Josué (Zc. 3.1) e o governador Zorobabel (Zc. 4.6,7). A respeito da identidade dessas duas testemunhas, é possível associá-las a Elias e Moisés, já que, conforme está escrito em Ap. 11.6, teve “autoridade para fechar o céu, para que não chova”, e “poder sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos”. Mas não podemos afirmar categoricamente que se tratam literalmente de Elias e Moisés, tendo em vista que eles apareceram como figuras na Transfiguração (Mc. 8.4). É bem possível que essas testemunhas apenas atuem no mesmo poder, tal como João Batista representou Elias (Mt. 11.14; 17.10-13). Essas testemunhas serão martirizadas, vitimadas pela truculência da besta. Os corpos das duas testemunhas ficarão expostos e insepultos, atitude que demonstrava indignidade no mundo antigo (Ap. 11.8). Está escrito que “seus cadáveres ficarão estirados na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o Senhor foi crucificado”. A cidade a que o apóstolo se refere é Jerusalém, isso quer dizer que o governo do anticristo parte de Roma até Jerusalém. A alusão às cidades de “Sodoma e Egito” aponta para a hostilidade contra Deus, tal qual os habitantes daquela antiga cidade (Gn. 19.1-11). Essas duas testemunhas ressuscitarão depois de “três dias e meio”, pois “um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou e eles se ergueram sobre seus pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo” (Ap. 11.11). Essa é uma demonstração de que Deus não abandona os seus, os que viram a ressurreição das testemunhas ouviram “grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu na nuvem, e os seus inimigos as contemplaram” (Ap. 11.12). Deus não apenas se interessa pelos seus, Ele também os vinga, “naquela hora houve grande terremoto e ruiu a décima parte da cidade, e morreram nesse terremoto sete mil pessoas” (Ap. 11.13).

O EVANGELHO DO REINO: Essas testemunhas pregavam o evangelho do Reino, o estabelecimento do governo de Cristo. Evangelho, em grego euangelion, diz respeito às “boas novas” sobre a salvação que Deus providenciou através de Jesus Cristo. Paulo o define como “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1.16). Trata-se do cumprimento cabal das profecias da Antiga Aliança, e está intimamente relacionado ao Reino de Deus. Por isso Jesus anuncia: “o tempo é chegado, o Reino de Deus está próximo, arrependei-vos e crede no evangelho" (Mt. 1.15). O evangelho não deva circunscrever-se às fronteiras de uma nação, é digno de ser levado até aos confins da terra (Mc. 16.15; At. 1.8). O evangelho de Jesus, o qual Paulo, algumas vezes, se refere como “meu evangelho” , é a propagação da mensagem da morte e ressurreição de Cristo (Rm. 2.16; 16.25; II Co. 4.3; I Ts. 1.5; II Tm. 2.8). Não se deve confundir o evangelho de Cristo com outros evangelhos, que nada têm a ver com os ensinamentos dos falsos mestres (II Co. 11.4; Gl. 1.6,11; 2.2). O evangelho de Cristo é a verdade (Gl. 2.5; Cl. 1.5), portanto, deve ser confessado (II Co. 9.13), aqueles que o desobedecerem serão condenados (II Ts. 1.8; I Pe. 4.17). Durante os sete anos de Tribulação o evangelho do reino será pregado, então virá o fim (Mt. 24.14). Isso nada tem a ver com o arrebatamento, pois a igreja já foi arrebatada. Não se pode condicionar o arrebatamento da igreja à pregação total do evangelho às nações. Durante a Tribulação, alguns acreditarão no evangelho do reino, uns serão preservados (Ap. 7.1-17; 14.1-7) outros martirizados sob a perseguição da besta e do anticristo (Ap. 15.2-4).

O REINO E O IMPÉRIO DO MAL: No capítulo 14 do Apocalipse João registra o futuro daqueles que foram preservados durante a Grande Tribulação. O foco é direcionado não mais à besta e ao anticristo, mas aos que foram redimidos, que não trazem a marca da Besta, mas de Deus. Esses se recusaram a receber a marca da Besta, foram martirizados, mas a salvação deles é assegurada, e não são poucos, trata-se de 144 mil das tribos de Israel e uma grande multidão de várias etnias. Sião, nesse texto, pode ser simbólica, tendo em vista que se refere à Jerusalém, a cidade do Ungido de Deus (Sl. 2), ainda que não se possa descartar que no monte Sião e em Jerusalém estarão os que forem salvos (Jl. 2.32). Ademais, Sião se tornará a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial (Hb. 12.22). Os salvos “não se macularam com mulheres, porque são castos”. A palavra “castos”, em grego, é parthenoique significa virgens. Essa castidade diz respeito à pureza espiritual, consoante ao que expõe Paulo em II Co. 11.2, no que tange à igreja. Desde o Antigo Testamento, a apostasia de Israel, ao se voltar aos deuses falsos é reconhecida como adultério. Portanto, a castidade dos 144 mil é de natureza espiritual, pois estes não se dobraram diante da besta, seu anticristo e o falso profeta. Por fim, João vê um anjo voado no céu, é outro anjo, que trazia uma mensagem, a respeito do “evangelho eterno” (Ap. 14.6). Esse evangelho não se distingue, em natureza, do evangelho de Cristo, pois conclama ao arrependimento. Isso quer dizer que ainda há tempo para aqueles que, mesmo em meio à tribulação, darem Glória a Deus (Ap. 14.7). Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez. 33.11), não quer que ninguém pereça (II Pe. 3.9), por isso chama todos ao arrependimento (At. 17.30).

CONCLUSÃO: O evangelho relatado no Apocalipse diz respeito ao Reino de Cristo, que será implantado durante o Milênio (Ap. 20.1-6). As duas testemunhas proclamarão esse evangelho e por causa dele serão martirizadas. A igreja de Cristo nos dias atuais proclama o evangelho para a salvação, a verdade de que Ele morreu e ressuscitou de entre os mortos, para que todo aquele que nEle crê tenha vida eterna. Não só em Judéia e Samaria, mas até aos confins da terra, no poder do Espírito Santo (At. 1.8). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!