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A EVANGELIZAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Texto Áureo Lc. 14.21 – Leitura Bíblica Jo. 5.1-9


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
A lição de hoje diz respeito a evangelização das pessoas com deficiência, devemos saber que essas são valiosas aos olhos de Deus, e devem ser respeitadas. Inicialmente faremos algumas incursões introdutórias sobre as pessoas com deficiência. Em seguida, a suficiência de Cristo para alcançar essas pessoas, por meio da Sua graça salvadora. E ao final, mostraremos como Jesus valorizou pessoas que tinham diferentes tipos de deficiência. É importante ressaltar, a princípio, que a Igreja é um ambiente de acolhimento, a todas as pessoas indistintamente, e são valiosas no Reino de Deus.

1. A PESSOA COM DEFICIÊNCIA, CONSIDERAÇÕES INICIAS
Não é fácil se referir as denominadas “pessoas com deficiência”, existem diferentes posicionamentos teóricos a respeito de como nomeá-las. Sempre que alguém se propõe a anunciar ou apresentar uma pessoa com deficiência passa por algum tipo de incômodo, considerando os diversos pontos de vista a respeito de quem elas são. Houve um tempo em que eram denominadas de “portadoras de necessidades especiais”, em outros contextos de “portadores de deficiência”. Por isso, antes de abordar o assunto, queremos deixar claro que não pretendemos ser maldosos ao optar pela expressão “pessoa com deficiência”, e recorremos ao usa das aspas, a fim de mostrar a imprecisão das expressões. Isto posto, destacamos que diante de Deus todos nós somos limitados, e que ninguém pode se considerar completo, de certo modo, somos todos “deficientes”. Mesmo assim, as pessoas que se consideram “sem deficiência”, bem como as “com deficiência”, foram feitas por Deus, que soberanamente as moldou (Sl. 139). Apesar das limitações, Deus ama a todas as pessoas, e preparou um plano especial, para cada uma delas. Há casos, inclusive, que as pessoas são “deficientes” para a glória de Deus, como o cego de nascença de Jo. 8. Nesses últimos anos, a vida de Joni Eareckson Tada, uma mulher que na juventude perdeu a capacidade de mover seus membros, é um exemplo disso. Há vários anos tem testemunhado do imenso amor de Deus pelas pessoas “com deficiência”, levando várias delas aos pés de Cristo, demonstrando Seu amor pelo Salvador. Ela tem realizado um ministério produtivo, viajando por vários países e mostrando às pessoas que Jesus também esteve imobilizado na cruz do calvário. Em meio a uma sociedade que descarta as pessoas que estão fora do mercado de trabalho, o evangelho de Jesus Cristo mostra que a dignidade da pessoa humana independe das suas (im)possibilidades físicas.

2. A GRAÇA DE JESUS É SUFICIENTE PARA TODAS AS PESSOAS
A misericórdia de Deus para com as “pessoas com deficiência” é mostrada nas Escrituras ainda no Antigo Pacto. Mifibosete, um homem que era paralítico, foi chamado a sentar-se à mesa do rei Davi (II Sm. 4.4; 9.10). A mensagem dos profetas conclama todos a servirem a Deus, e promete um futuro “sem deficiência” para aqueles que amam a Deus (Is. 35.1-10). O evangelho de Jesus é inclusivo, no sentido de que todos que estão à margem da sociedade podem ser integrados a ele (Jo. 3.16). A salvação é para todos, pois todos são pecadores, e necessitados da graça de Deus (Rm. 3.23; 6.23; Ef. 2.8,9). As pessoas “com deficiência” também carecem da salvação de Deus. O pecado alcançou a todas as pessoas, inclusive àquelas que “tem deficiência”. Por isso devemos levar o evangelho da graça – favor imerecido – de Deus em Cristo também a elas. É tarefa da Igreja conduzir as pessoas “com deficiência” ao evangelho, mostrando que esse não exclui, muito pelo contrário, antes ressalta o valor da pessoa humana. Esse é um trabalho que deve ser feito com alguma especialidade. Para alcançar os cegos, existem textos bíblicos em braile, ou mesmo em áudio, que podem ser disponibilizados a essas pessoas. A formação em Libras é um investimento que as Igrejas precisam fazer, considerando que essa é uma linguagem que os surdos compreendem. É importante que essas pessoas façam parte do convívio da comunidade de fé, não sejam descartadas em algum espaço anexado à Igreja. O cuidado inicia pela própria arquitetura do templo, que precisa dispor de rampas, elevadores e barras para facilitar a locomoção.

3. JESUS DEMONSTROU O VALOR DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
O maior exemplo de inclusão no Novo Testamento é dado por Jesus, em uma das suas parábolas, registrada em Mt. 22.1-14, disponibiliza Seu Reino a todos indistintamente, inclusive aos “pobres, e os aleijados, e os mancos, e os cegos (Lc. 14.21). Em Mc. 2.1-12 o Senhor reconhece a fé de um grupo de pessoas que desceu um aleijado pelo teto. Elas “descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco, baixaram o leito onde jazia o paralítico” (Mc. 2.4). Essa atitude deve motivar a todos que atuam no ministério do cuidado às pessoas “com deficiência”. É preciso destacar a dedicação de vários irmãos e irmãs que buscam aprimorarem seus conhecimentos, através de cursos de capacitação, a fim de alcançarem essas pessoas. Elas são os “anônimos” que conduziram o paralítico a Jesus, descendo-o pelo teto. Há igrejas que “fecham os olhos” a essa realidade, e tratam com descaso as pessoas “com deficiência”. Sabemos que Jesus é Aquele que cura, e pode muito bem fazer um milagre, mas enquanto esse não acontece, nós mesmos devemos ser “o milagre” de Deus na vida dessas pessoas. Uma igreja que é inclusive se preocupa em ganhar as pessoas “com deficiência” para Cristo. Para tanto, devemos ter estratégias para fazê-lo, inicialmente aprender a valorizá-las, assim como fez Jesus. Em seguida, preparar-se para comunicar o evangelho, considerando as especificidades de cada pessoa. É preciso também ter paciência, pois o ritmo de algumas dessas pessoas é diferenciado, e deve ser respeitado. Como resultado da evangelização às pessoas “com deficiência”, testemunhamos, em nossas igrejas locais, a atuação de várias pessoas, algumas surdas, outras cegas, ou paralíticas, que produzem bons frutos para o Reino de Deus.

CONCLUSÃO
A igreja do Senhor Jesus deve se preocupar com a inclusão, para tanto deve evangelizar também as pessoas “com deficiência”. Essa é uma tarefa desafiadora, que carece de formação específica, e o principal, demonstração de amor cristão, considerando a dignidade dessas pessoas, revelada pelo Senhor Jesus, e atestada nas Escrituras. Não esqueçamos que a ordenança de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc. 16.15, inclui a todos, também as pessoas “com deficiência”, para que essas conheçam a conhecerem essa boa nova, que aceita a todos, apesar das nossas limitações.

O PODER DA EVANGELIZAÇÃO NA FAMÍLIA


Texto Áureo At. 16.31 – Leitura Bíblica At. 16. 25-34



INTRODUÇÃO
A Igreja tem a missão de evangelizar Judeia, Samaria e até aos confins da terra (At. 1.8). Mas é importante não esquecer que também temos uma responsabilidade com nossas famílias. A aula de hoje versa a respeito da evangelização dos cônjuges, filhos e demais parentes, quando esses não são crentes. No início da aula trataremos a respeito da constituição da família cristã, em seguida encaminharemos estratégias sobre como ganhar nossos entes queridos para Cristo.

1. A FAMÍLIA QUE É CRISTÃ
A sociedade ocidental, e mais especificamente os cristãos, estão diante do desafio de apresentarem uma definição do que seja família e casamento. Isso porque o padrão de família normal, em conformidade com a Bíblia, está sendo cada vez mais questionada. A visão judaico-cristã de família, exarada nas Escrituras, está sendo substituída por valores pautados nos direitos humanos. A família cristã, no entanto, parte do pressuposto que a família é uma instituição divina, por conseguinte, Ele, e não os homens, devem determinar a partir de quais princípios a família deve ser estabelecida. A ideologia libertária, que predomina na sociedade, e respaldada pela mídia, propõe um conceito de família que supervaloriza a liberdade humana em detrimento da vontade de Deus. Não existe outro modelo bíblico, e mais especificamente cristão, para a família e o casamento, diferente daquele revelado por Deus. A partir de Gn. 1-3, compreendemos que: 1) o homem e a mulher foram criados à imagem de Deus para governar a terra para Deus; 2) o homem foi criado primeiro e incumbido da responsabilidade final pelo relacionamento conjugal, enquanto a mulher é colocada junto ao homem para ser sua ajudadora; e 3) a queda da humanidade no pecado implicou em consequências negativas tanto para o homem quanto para a mulher. Ao longo do tempo, a família se constituiu, dentro dos parâmetros bíblicos, a partir de um paradigma patriarcal, ou seja, o pai, no Antigo Pacto, era o senhor da família, de cunho heterossexual, isto é, macho e fêmea, e monogâmico, um homem para uma mulher, e vice-versa. Todo cristão deve investir nos valores cristãos em seu lar, e ao mesmo tempo, deve compreender que existe a possibilidade de um ou mais membros não partilharem da mesma fé.

2. QUANDO HÁ PESSOAS DESCRENTES NA FAMÍLIA
O modelo cristão para a família deve ser perseguido por todos aqueles que delas fazem parte. No entanto, devemos estar cientes que nem sempre esse desejo se realiza. Existem famílias que um dos cônjuges se converteu depois do casamento, e nesses casos, o convívio é respaldado pela Palavra de Deus (I Co. 7.12-14). Com sabedoria, principalmente com o genuíno amor cristão, o cônjuge deve ser testemunha do evangelho de Cristo (EF. 5.25). É possível também que os filhos não sejam crentes, por isso os pais também devem investir para que esses tenham o conhecimento da Palavra. É preciso ressaltar que o fato de a família ter pessoas não crentes não faz com que essa deixe de ser uma família. Os crentes não devem se envergonhar por ter um membro da família não-crente. É importante ensinar as crianças a andarem no caminho desde cedo, a fim de que eles não venham a se desviar dele (Pv. 22.6). Esse, porém, é um princípio geral, e não pode ser aplicado indistintamente. Evidentemente, se uma criança é ensinada na Palavra, as chances dessa se desviar são bem menores. Há outro esclarecimento necessário, o texto bíblico de At. 16.25-34 é uma narrativa lucana, que expressa o ocorrido em Filipos. O versículo 31 “crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa” é uma constatação de Paulo para o carcereiro daquela cidade. Qualquer cristão pode orar pela conversão de um membro da família, mas isso não garante que esse tomará sua decisão, pois Deus não obriga ninguém a crer no evangelho. A apropriação desse versículo como se fosse uma promessa não tem respaldo interpretativo, e pode resultar em frustração, caso um dos membros da família não venha a tomar sua decisão por Cristo.

3. COMO GANHAR OS ENTES QUERIDOS PARA CRISTO
Os membros crentes da família devem conduzir seus entes com amor, para que esses venham a perceber a singeleza do evangelho de Cristo. Essa não é uma tarefa fácil, e pode resultar em ansiedade por aqueles que estão imbuídos dessa responsabilidade. Em relação aos filhos, é importante que desde cedo eles sejam ensinados a viver a partir da Palavra de Deus. Isso é necessário porque os filhos dos evangélicos também precisam ter a experiência do novo nascimento (Jo. 3.3). Os pais cristãos devem investir na formação cristã dos seus filhos. Para isso devem dar-lhes uma Bíblia, para que desde cedo amem a Palavra de Deus. Outros recursos também estão disponíveis no mercado evangélico, que favorecem a evangelização, filmes e jogos bíblicos cumprem um papel importante para esse fim. Levá-los a Escola Bíblica Dominical tem tido resultado eficaz no processo de evangelização dos filhos. Os pais que não apenas enviem os filhos para a EBD, mas que também a frequentam com eles, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de uma consciência cristã desde cedo. Em relação à evangelização de cônjuges descrentes, é preciso fazer um esclarecimento: jovens solteiros não podem correr o risco de namorem com pessoas descrentes, sob a justificativa de evangelizá-los, pois isso se constitui em jugo desigual (II Co. 6.14). Estamos tratando aqui de casos em que alguém casado se converteu, e o seu cônjuge não tomou sua decisão pelo evangelho. O cônjuge que não é cristão pode ser alcançado através de demonstrações de afeto, e de cumprimento das responsabilidades e deveres conjugais (I Co. 7.15; I Pe. 3.7). Há cônjuges que após a conversão deixam de dar a devida atenção ao enlace conjugal. Os maridos devem atentar para as necessidades da sua esposa, e esta, por sua vez, deve estar ciente das suas responsabilidades conjugais (I Pe. 3.1-6).

CONCLUSÃO
Devemos reconhecer que existem famílias cristãs compostas por algumas pessoas que não partilham da mesma fé. Cabe a igreja compreender aqueles que estão trabalhando para evangelizá-los. E ajuda-los em oração, para que esses tenham a oportunidade de tomar sua decisão por Cristo. Os membros da família que estão evangelizando seus entes queridos não crentes devem ter paciência. Devem agir também com sabedoria, e tal como Noé, levarão seus familiares para a arca, que é um símbolo de Cristo.

A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS


Texto Áureo Mt. 18.14 – Leitura Bíblica Mt. 18.2-6; Mc. 10.13-16




INTRODUÇÃO
Quando a igreja local decide evangelizar, a iniciativa geralmente é a de ganhar os adultos. Mas não podemos esquecer que as crianças também precisam ser alcançadas para Cristo. Na aula de hoje estudaremos a esse respeito, destacando, inicialmente, a partir das Escrituras, pessoas que desde criança serviram a Deus. Em seguida, mostraremos a necessidade de evangelizar as crianças, bem como a importância de desenvolver estratégias eficazes.

1. CRIANÇAS QUE CRESCERAM
As Escrituras destacam a relevância do ensino para as crianças, a esse respeito destaca o autor dos Provérbios: “instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv. 22.6). De fato, a criança que é educada “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef. 6.4), tende a dar menos trabalho, e a crescer no temor da Palavra de Deus. Na Bíblia encontramos vários personagens que ainda na infância deram seus frutos para o Senhor, e continuaram a fazê-lo depois que cresceram. Moisés desde pequeno recebeu os ensinamentos de sua mãe (Ex. 2.9), mais tarde foi levado ao palácio de Faraó, sendo adotado pela filha de Faraó (Hb. 11.24). Samuel também foi uma criança que cresceu no temor do Senhor, sua mãe Ana o dedicou ao serviço no templo (I Sm. 1.20-28). Desde a juventude aprendeu a ouvir a voz de Deus (I Sm. 3.19). A autor da Epístola aos Hebreus o colocou no rol dos heróis da fé (Hb. 11.32,33), destacando seu exemplo de fidelidade. Timóteo, desde a sua meninice, sabia “as sagradas letras” (II Tm. 3.15), que havia aprendido de sua mãe Eunice e esta, por sua vez, de sua mãe, Lóide (II Tm. 1.5). Davi aprendeu na juventude a importância de agradar a Deus, vindo a ser escolhido como rei de Israel (I Sm. 16.1). Deus era com Davi desde a infância, abençoando-o em tudo que fazia (I Sm. 16.13-18). Daniel e seus amigos, Hananias, Misael e Azarias, quando crianças, foram ensinados na Palavra de Deus, por isso decidiriam não se contaminar com as iguarias do rei (Dn. 1.8). O ensino bíblico para as crianças é uma orientação divina, a fim de que essas continuem servindo ao Senhor, mesmo quando vierem a crescer.

2. GANHANDO AS CRIANÇAS PARA CRISTO
As crianças também precisam ser alcançadas para Cristo, principalmente nos dias atuais, marcados pelo secularismo, predominante nos meios de comunicação. As mídias modernas estão semeando valores deturpados nos corações das crianças. Os pais, e a igreja em geral, precisam estar atentas, e levarem o evangelho para os pequeninos. Precisamos nos antecipar, e chegar antes do mundo, a fim de evitar que a semente fique à beira do caminho (Mt. 13.4-19). Há quem diga que a criança é apenas meia vida, mas na verdade, é uma vida inteira que pode ser dedicada a Cristo. Por isso, devemos lançar o pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharemos (Ec. 11.1). Aproveitemos, pois, essa faixa etária, pois as crianças costumam, não ter malícia (I Co. 14.20), ouvir com atenção os ensinos, receberem a mensagem com simplicidade, potencial para guardar os ensinamentos, curiosidade e aprendizado rápido. Devemos considerar a importância que Jesus deu às crianças, certa feita Ele as colocou no meio dos discípulos (Mt. 18.2). E acrescentou: “qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar” (Mt. 18.6). As congregações evangélicas devem despertar para valorizar o departamento infantil. Há igrejas que colocam as crianças em dependências que parecem mais depósitos. A valorização dessa faixa etária é demonstrada também pela posição que ocupam na arquitetura do templo.

3. ESTRATÉGIAS PARA EVANGELIZAR AS CRIANÇAS
Precisamos evangelizar tantos as crianças de fora quanto as de dentro da igreja. Os filhos dos crentes devem ser ensinados na Palavra, até que cresçam e tomem sua decisão por Cristo. É preciso planejar estratégias tanto para alcançar as crianças filhos ou não de evangélicos. Para isso precisamos usar uma linguagem acessível, utilizar figuras bíblicas, e até mesmo filmes cristãos, que despertem o interesse pela Bíblia. A Escola Bíblica Dominical continua sendo um dos meios mais eficazes para conduzir crianças a Cristo. Os pais devem esforçar-se para trazê-las ao templo (Dt. 6.6,7). Os pais de Jesus também deixaram esse exemplo, eles levaram o pequeno para o templo, a fim de adorar a Deus na pascoa (Lc. 2.27, 42). As Escolas Bíblicas de Férias também cumprem um papel importante na evangelização de crianças. A igreja deve investir na realização desse tipo de atividade, a fim de congregar as crianças em torno de atividades dinâmicas, que favoreçam a integração cristã. Existem ainda formas diversas de incentivá-las a permanecerem no temor do Senhor: inserindo-as em grupos de louvores, para cantarem ao Senhor (Sl. 8.2), sempre que possível dando-lhes oportunidade para cantar e pregar (Pv. 20.11), realizando cultos de oração para que essas aprendam a buscar a Deus, e a depender da providência do Senhor. Há outras estratégias produtivas para a evangelização de crianças, basta usar a criatividade, e o mais importante, mostrar que temos interesse por elas. É maravilho saber que existem pessoas vocacionadas para exercer esse ministério nas igrejas. Que sejamos despertamos não apenas a orar por elas, mas também apoiá-las a fim de que desempenhe as tarefas a contento.

CONCLUSÃO
A evangelização das crianças é uma tarefa da igreja, e não deve ser postergada. Os pequeninos, mesmo que não sejam valorizados pela sociedade, precisam ser estimados pelos cristãos, sobretudo aqueles que se encontram em condição de vulnerabilidade. Jesus, por também ter sido criado na fé desde a infância (Lc. 2.52), ressaltou o valor das crianças no Seu ministério (Mt. 18.14). Evangelizemos, pois, os infantes, cientes que esses, ao crerem em Cristo, se tornam parte do Corpo, não são o futuro da igreja, mas já o presente.

A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS RELIGIOSOS


Texto Áureo Jo. 3.5 – Leitura Bíblica Dn. Jo. 3.1-16




INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da evangelização dos grupos religiosos. Essa não é uma tarefa fácil, considerando que cada religião pressupõe deter a verdade divina. Diante dessa realidade, destacaremos, inicialmente, os (des)caminhos da religião, ressaltando que essas, na medida em que tenta aproximar o ser humano de Deus, também dEle se distancia. Em seguida, mostraremos que nem todas as religiões levam a Deus, conforme pressupõe o pluralismo pós-moderno, e que a evangelização dos religiosos é um desafio do qual a igreja não poderá fugir.

1. OS (DES)CAMINHOS DA RELIGIÃO
A palavra religião vem do verbo latino religare – que aponta para a tentativa de se ligar à divindade. Nesse sentido, toda religião é uma empreitada humana, mais ou menos como aquela da construção da torre de Babel, a fim de encontrar uma alternativa ao caminho de Deus (Gn. 11). O pressuposto da religião é que essa detém o oráculo, isto é, a revelação da divindade. As religiões, com base em seus fundamentos, afirmam que podem conduzir o ser humano à transcendência. Existem posicionamentos distintos no contexto da pós-modernidade em relação ao papel da religião. Os materialistas defendem que essa serve apenas para alienar as pessoas da realidade, sobretudo da opressão daqueles que estão empoderados. Para outros, mais idealistas, a religião tem seu papel na sociedade, há aqueles que a abordam a partir de uma perspectiva pragmática – sua utilidade social, até os mais entusiastas, que argumentam que qualquer religião é um caminho para a transcendência. Uma análise ponderada da religião precisará considerar que nem todas as religiões são iguais. Com base em uma perspectiva antropológica, as religiões são construtos culturais, resultantes das impressões que uma comunidade tem sobre a vida e a morte. Nesse sentido, podemos afirmar que todas elas são diferentes, nenhuma pode ser assumida como se fosse superior a outra. No entanto, mesmo entre os cientistas religiosos, há discordância sobre a função das várias religiões. Há os que defendem que algumas são predominantemente violentas, enquanto outras são mais pacifistas. Mas é preciso avaliar os casos individualmente isso porque há religiões que servem apenas para justificar interesses econômicos. A religiosidade humana, enquanto fenômeno científico, é bastante complexa, e deve ser avaliada com base em critérios definidos, a fim de evitar generalizações indevidas. 

2. NEM TODAS AS RELIGIÕES LEVAM A DEUS
A partir de uma perspectiva bíblica, nem todas as religiões conduzem o ser humano a Deus. Desde a Antiga Aliança se reconheceu que há religiões danosas à sociedade. Entre os deuses estranhos, adorados pelos povos antigos, existiam aqueles que exigiam sacrifícios de crianças, como o deus-moloque (Lv. 18.21; Jr. 32.35). Por esse motivo, os evangélicos defendem que “nem todos os caminhos levam a Roma”, considerando que determinadas religiões levam à promiscuidade sexual (Os. 9.10), bem como a práticas abomináveis perante Deus (Nm. 25). Por isso, devemos assumir que há pessoas que ao invés de adorarem a Deus estão adorando aos ídolos (I Co. 10.20,21). Se existem religiões que são falsas, existe, por assim dizer, uma que é verdadeira, e a esse respeito escreveu Tiago: “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27). O termo grego usado pelo apóstolo é threskeía, e que significa mais do que uma religião, diz respeito à adoração a Deus. Nesse sentido, a verdadeira espiritualidade tem a ver não apenas com um conjunto de dogmas, mas principalmente com uma prática de vida voltada para os outros, sobretudo aos mais pobres. Evidentemente Tiago se refere à religião judaico-cristã, que deveria se fundamentar não apenas na fé teórica, mas é uma fé prática, demonstrada em boas obras (Tg. 2.17). Para esse fim, faz-se necessário destacar que a fé cristã está fundamentada tanto em uma doutrina correta (ortodoxia) quanto em prática correta (ortopraxia). O fundamento da revelação cristã é que todos pecaram, por isso estão destituídos da glória de Deus (Rm. 3.23), que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23), demandando das pessoas arrependimentos dos seus pecados (At. 2.38). É preciso também enfatizar que Deus amou o mundo de uma maneira tal que enviou Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não seja condenado, mas tenha vida eterna (Jo. 3.16). Esse é o Caminho providenciado por Deus, o próprio Cristo, que é O Caminho, a Verdade e a Vida (Jo. 14.6). Ao contrário do que se costuma afirmar, Deus não é exclusivista, antes inclusivista, na pois decidiu conduzir os pecadores à salvação, não por meio das obras humanas (Ef. 2.8,9), mas através da fé na graça de Deus.

3. O DESAFIO DE EVANGELIZAR GRUPOS RELIGIOSOS
Esse é justamente o problema da religião, pois nega o plano salvador de Deus, e defende que as pessoas são salvas – ou conduzidas a Deus – por meio dos seus méritos. Se quisermos saber identificar a veracidade ou falsidade de uma religião, devemos fazer a pergunta que o próprio Jesus fez: que dizem os homens ao meu respeito? (Mt. 16.17). Para algumas religiões Jesus não passa de um grande iniciador religioso, uma espécie de profeta enviado, ou mesmo um deus menor. Essa declaração não corresponde à revelação bíblica, que ressalta a divindade de Jesus, por meio do Qual todas as coisas foram criadas (Jo. 1.1-3). Ele é o Salvador do mundo, somente Ele, e não outro, é a Verdade, o Único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5), o Único Nome pelo qual importa que as pessoas sejam salvas (At. 4.12). Existem religiões com muitos intermediários, e que se firmam em divindades mediadoras, que servem como meio de relação entre o homem e Deus. Contudo essas religiões são contrárias à Palavra de Deus, pois pretendem ter outros caminhos para chegar a Deus. Há aqueles que acreditam que o homem pode se aproximar da divindade por causa dos seus esforços, tendo inclusive os que argumento a favor da existência de um estágio de (de)gradação espiritual, dependo das realizações durante a vida. O texto bíblico, no entanto, é enfático ao declarar que depois da morte segue-se a juízo (Hb. 9.27). A religião, por causa dos fardos que impõe às pessoas, acaba servindo de impedimento para que os pecadores se aproximem de Deus (Mt. 23). Por isso, ao evangelizar os religiosos, devemos mostrar a simplicidade do evangelho, destacando o valor da graça maravilhosa que se manifestou em Cristo (Tt. 2.11).

CONCLUSÃO
Os grupos religiosos também precisam ser alcançados pelo evangelho – as boas novas – de Jesus Cristo. Há várias pessoas que estão carregando o fardo pesado da religiosidade, tentando chegar a Deus através dos seus méritos – as más notícias impostas pela religiosidade humana. A esses devemos declarar, com amor, graça e misericórdia, que Jesus os chama para conduzi-los ao Seu rebanho (Jo. 10.14). Aqueles que estão cansados e sobrecarregados – das regras e normas que os afastam de Deus - poderão encontrar descanso no Senhor, pois o jugo de Jesus é suave, e o Seu fardo é leve (Mt. 11.28).

O EVANGELHO NO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTICO


Texto Áureo I Co. 2.24,5 – Leitura Bíblica Dn. 2.24-48



INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito de mais dois grupos desafiadores para a evangelização: os acadêmicos e os políticos. A partir do exemplo de Daniel, faremos incursões bíblicas a respeito dessa tarefa. Inicialmente, destacaremos como esse profeta orientou-se a partir dos padrões divinos, a fim de dar testemunho do Deus de Israel em terra estranha. Em seguida, enfocaremos mais propriamente a evangelização nesses dois contextos, ressaltando a importância da preparação espiritual, bem como apologética.

1. DANIEL, NA ACADEMIA E NA POLÍTICA
Daniel, que em hebraico quer dizer “juiz de Deus”, tornou-se um arauto entre os não-judeus, entre os quais viveu. Seu testemunho foi contundente, e serve de exemplo para todos aqueles que desejam evangelizar com sabedoria, sobretudo em ambientes de ceticismo e corrupção, como o acadêmico e o político. Quando foi levado ao cativeiro babilônico, Daniel revelou seu compromisso com a fé que professava, e não fez concessões, diante das propostas indecentes que recebeu (Dn. 1.4). A vida de Daniel é uma prova que não precisamos ser aculturados para influenciar aqueles que estão em nosso convívio estudantil ou profissional (Dn. 1.8). Daniel viveu a partir de uma disciplina que decidiu seguir, a fim de não se coadunar aos valores comumente aceitos pela cultura babilônica. Entre os jovens estudantes, revelou-se um servo de Deus, um homem de oração, e temor a Sua palavra. Ao mesmo tempo, não fez uso desse procedimento para agir com mediocridade, deixando de investir em seus estudos (Dn. 1.20,21). Há alunos e alunas que, sob a justificativa da confiança em Deus, não se dedicam suficientemente aos estudos. Esses têm responsabilidade ainda maior nas academias, mostrando desempenha satisfatório em relação aos seus colegas. No campo da política, Daniel também deixou seu legado para aqueles que desejam atuar na vida pública. Em meio à corrupção que grassava na Babilônia, fez um pacto com Deus, para não se deixar coagir, ou se cooptar, contrariando a vontade de Deus. O profeta do Senhor sabia que estava na política com uma missão, e que deveria cumprir seu papel com lisura, sem se contaminar com as iguarias do rei. E mais que isso, assumiu um papel profético, denunciando os desmandos daqueles que se gloriavam da posição, para satisfazer apenas seus desejos.

2. A EVANGELIZAÇÃO AOS ACADÊMICOS
A evangelização no contexto acadêmico é bastante desafiadora, considerando que as universidades estão marcadas pelo materialismo e relativismo. A evangelização dos universitários precisa ser bem direcionada, é importante que seja realizada por estudantes capacitados. Para isso, faz-se necessário a criação de grupos de evangelismo, e que esses estejam preparados para mostrar a razão da nossa esperança (I Pe. 3.15). A preparação apologética é fundamental para esse tipo de evangelização. Existem situações nas quais os evangelizados querem provas da existência de Deus, bem como os fundamentos éticos da fé cristã. Um trabalho dessa natureza deve ser realizado não apenas com a razão, devemos lembrar que o conhecimento sem amor de nada vale (I Co. 8.1). Lembremos também que a evangelização no contexto acadêmico é bastante complexa, pois depende da formação dos grupos a serem evangelizados. Os estudantes das ciências exatas exigem uma demonstração mais lógica dos fundamentos da fé. Os das ciências sócias e humanas ficam mais entusiasmados ao constatarem a supremacia do amor divino, e a própria encarnação divina a fim de dar dignidade aos seres humanos. Aqueles mais efeitos à filosofia podem ser tocados pela mensagem de sabedoria de Deus, através de Jesus Cristo, testemunhada por vários pensadores. Os que gostam de linguística e literatura podem se deslumbrar com os textos escritos por mestres da prosa e poesia, e se envolverem com afinco à análise textual com base nas línguas originais. É importante que se aprenda a dialogar com as pessoas, e o mais importante, saber fazê-lo com moderação, sobretudo prudência, os acadêmicos não toleram evangelizadores arrogantes, muito menos aqueles que querem convencê-los, sem mostrar fundamentos razoáveis. É importante que as igrejas locais também oportunizem eventos que integrem acadêmicos à igreja, esse tipo de atividade fortalecerá também servirá para fortalecer a fé dos jovens crentes, algumas vezes abalados pela contestação acadêmica.

3. A EVANGELIZAÇÃO AOS POLÍTICOS
A evangelização dos políticos também não é tarefa fácil, principalmente quando a corrupção se tornou endêmica, e naturalizou-se na esfera pública. Uma pergunta crucial pode ser feita: quem deve evangelizar os políticos, a igreja como um todo, ou os políticos evangélicos? A resposta mais apropriada seria: ambos. Defendemos, no entanto, que a primeira terá maior independência para fazê-lo. A igreja precisa se aproximar dos políticos, não apenas para tirar proveito eleitoral, como infelizmente costuma acontecer, mas para que esses se tornem cientes da sua responsabilidade na polis. Todas as pessoas podem adentrar ao mundo da política, mas nem todas estão preparadas para nele atuar. A política, para algumas pessoas, se tornou um meio de enriquecimento ilícito, e de tirar proveito dos recursos, que deveriam ser investidos, prioritariamente, em educação, saúde e segurança. Por isso a evangelização dos políticos deve ter também um caráter profético, denunciando os desmandos daqueles que se apropriem indevidamente do que é público, como se privado o fosse. Quando Jesus evangelizou Zaqueu, esse não apenas reconheceu seu pecado, e se voltou para Deus, mas também mudou sua prática de vida, passando a agir com honestidade (Lc. 19.1-10). Os políticos evangélicos devem dar exemplo, não podem se inserir na vida pública por motivos errados. Há um equívoco entre esses, o de acharem que são responsáveis apenas pelos interesses cristãos. O político cristão está a serviço do povo, e deve agir de modo a proporcionar o bem-estar social. A evangelização dos políticos não pode ter como alvo primordial o benefício para a igreja, mas a concretização de políticas que favorecem a cidade, para que essa se torne um ambiente mais agradável para se viver.

CONCLUSÃO
A igreja tem o desafio de evangelizar os estudantes das academias, bem como os professores. Para tanto, precisa saber dialogar, com moderação e humildade, sem fazer concessões com a verdade evangélica. Isso também deve acontecer no campo da política, mostrando aos representantes públicos que esses têm uma missão a cumprir, e que essa deve ser desempenhada com responsabilidade. A vida do profeta Daniel inspira a todos aqueles que estão em contextos acadêmicos e políticos, a fim de que procedam como luz do mundo e sal da terra, para a glória de Deus (Mt. 5.13).