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JOSUÉ, UM LÍDER ESCOLHIDO POR DEUS


Textos: Dt. 31.7 – Nm. 27.18-23; Js. 1.1,2
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que Deus escolhe a quem quer, pois só Ele conhece aqueles que possuem as qualidades necessárias para liderar seu povo com justiça.

INTRODUÇÃO: Durante este trimestre, estudaremos o livro bíblico de Josué. Esse é um livro que trata das guerras do Senhor na conquista de Canaã. Passados todos esses anos, poderíamos indagar se há algo, nesse livro, que possa ser proveitoso para a igreja cristã dos dias atuais. Não devemos esquecer que, conforme estudamos no último trimestre, a Bíblia, em sua totalidade, é a inspirada palavra de Deus. O livro de Josué, como veremos a partir de hoje e das lições que se seguem, traz princípios eternos que se coadunam com a realidade contemporânea.

1. ASPECTOS GERAIS DO LIVRO DE JOSUÉ: Esse livro, que narra a história de Josué, é de sua própria autoria (Js. 24.26) e data entre 1405-1375 a. C. O tema principal do livro é a vitória da fé na conquista de Canaã (Hb. 11.30,31). O propósito central é registrar a fidelidade de Deus no cumprimento de Suas promessas. Podemos dividir o livro em três aspectos estruturais:

1) a entrada em Canaã (1-5),
2) a conquista de Canaã (6-12)
3) a divisão de Canaã (13-24).

Destacamos algumas das principais características desse livro:

1) complementa o Pentateuco – dando prosseguimento aos fatos ali narrados;
2) é o primeiro entre os livros históricos do Antigo Testamento;
3) ênfase posta na conquista e ocupação da terra de Canaã;
4) exposição da palestina como o cenário geográfico dos acontecimentos do livro.

O versículo-chave é “passai pelo meio do arraial e ordenai ao povo, dizendo: provede-vos de comida, porque, dentro de três dias, passareis este Jordão, para que entreis na terra que vos dá o Senhor, vosso Deus, para que a possuais” (1.11). O livro nos ensina algumas verdades a respeito de Deus e do nosso relacionamento com Ele:

1) os passos necessários para conhecemos melhor o Senhor, buscando a direção do Espírito Santo, principalmente diante dos obstáculos e a confiar em Suas promessas (Js. 2.8-11,24; 3.7; 4.19-24; 21.45; 23.14);
2) passos para uma devoção dinâmica - estimula à oração e a tomar decisões de acordo com a vontade de Deus, e instrui ao cuidado na aplicação da Palavra de Deus (9.14; 14.8-9,14; 22.5; 23.6);
3) passos para a santidade – ensina a não cobiçar os bens deste mundo, a ter o devido cuidado para não se deixar levar pelos pensamentos do mundo (6.18-19; 23.7; 24.23);
4) passos para uma vida de piedade – através da prática regular da meditação na Escritura, a manutenção de registros e memórias da jornada espiritual, a partilha das experiências (1.7-8; 4.4-7; 5.2-9; 8.34-35);
5) passos para lidar com o pecado – compreender que o pecado enfraquece aqueles que com ele se envolvem, por isso, precisa ser tratado com seriedade (7.10-13; 11.11) e 6) passos para a conquista da vitória – submissão à vontade de Deus e o reconhecimento que o Senhor pelejará por nós (5.14-15; 17.18).

2. JOSUÉ: UMA BREVE BIOGRAFIA: Josué, cujo nome significa “Jeová é salvação”, foi o líder dos hebreus depois de Moisés e era também denominado de Oséias (Nm. 13.8), filho de Num (Ex. 33.11), da tribo de Efraim (I Cr. 7.27). Destacou-se com um dos mais fiéis companheiros de Moisés (Ex. 24.13; 32.17) e um daqueles espias fiéis que retornou da missão (Nm. 13.26; 14.38). Escolhido por Deus para ser o sucessor de Moisés (Dt. 31.14,23) sendo revestido para tal missão (Js. 1.1). Diante dos israelitas, enviou espias para sondar a terra a ser conquistada (Js. 2.1), atravessou o Jordão através de uma intervenção miraculosa do Senhor (Js. 3.1), destrói Jericó (Js. 6) e Ali (Js. 8). Um dos mais interessantes episódios na vida de Josué é sua oração que faz com que o Senhor detenha o sol (Js. 10.12). Ao final da vida, após sortear a Canaã conquistada entre as tribos (Js. 14), despede-se do povo e morre com idade aproximada de 110 anos (Js. 23,24). A atuação de Josué, diante dos hebreus, foi brilhante e ele se revelou como um exímio estrategista militar. Mas não confiava apenas em seus dotes, na verdade, Josué é um exemplo de alguém que, mesmo dispondo de conhecimentos, não deixa de buscar a orientação do Senhor. Sua biografia nos ensina que a liderança efetiva é produto de uma boa preparação e da influência de boas lideranças (Nm. 27.22-23).

3. A LIDERANÇA DE JOSUÉ: ALGUNS PRINCÍPIOS: Umas das marcas do estilo de liderança de Josué é a interação com os seus pares. Ele é um homem que valoriza as instruções (Js. 2.1; 3.2-4.9; 8.3-8). Teve sempre o cuidado de averiguar se as pessoas tinham ouvido e compreendido os planos traçados a respeito das múltiplas atividades a serem desempenhadas. Por isso, de vez em quando, ouviam-no dizer: “Chegai-vos para cá, e ouvi as palavras do Senhor vosso Deus” (Js. 3.9). Diante da clareza de sua mensagem, o povo, a não ser em poucas ocasiões, fazia tudo como Josué ordenara (Js. 4.8). Quando o povo estava desanimado, Josué trazia-lhe mensagens de encorajamento (Js. 3.5; 10.24,25; 23.5). Sempre que possível Ele relembrava as promessas feitas pelo Senhor e isso servia de estímulo para os israelitas. As palavras de encorajamento de Josué fortalecia a fé do povo e guiava-o em sua missão. Valorizava o ensino, por essa razão, em muitas ocasiões o vemos dando ordens ao povo (Js. 6.16), instruções (Js. 24.1-13) e exortações (Js. 23.6-16; 24.14-24). Como todo bom líder, também teve o cuidado de manter relatórios a fim de registrar os acontecimentos históricos daquele povo (Js. 12-20). Além das mensagens escritas, também fez uso de recursos simbólicos, tudo isso com vistas à lembrança das coisas grandiosas que Deus havia feito ao povo de Israel (Js. 4.1-9). Esses aspectos da liderança de Josué servem de inspiração e exemplo para todo aquele que recebe o chamado de Deus para estar diante do Seu povo.

CONCLUSÃO: Conforme veremos ao longo deste trimestre, Josué é um exemplo de líder espiritual, isto é, que depende da orientação do Espírito Santo. Em Dt.34.9 está escrito que o espírito de sabedoria encheu Josué quando Moisés impôs as mãos sobre ele. Essa é uma demonstração da atuação sobrenatural de Deus no ministério de Josué e que esse estava baseado nas instruções do Senhor dadas a Moisés. Esse assunto, porém, será estudado com maior propriedade na lição seguinte, quando trataremos a respeito do momento em que Josué assume a liderança de Israel. PENSE NISSO!

O VALOR DO ESTUDO DA BÍBLIA


Texto: Sl. 119.97 – Sl. 119.11-19
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que o estudo da Bíblia é fundamental para conhecermos o Deus do livro e para crescermos espiritualmente.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, a última do trimestre, refletiremos a respeito da importância do estudo da Bíblia. Muitas pessoas dizem que lêem a Bíblia, alguns já a leram várias vezes. Essa é uma atitude louvável, isso porque, infelizmente, conforme comprovam as pesquisas, a maioria das pessoas não têm o costume de ler o Livro Sagrado, nem mesmo os evangélicos. No intuito de contribuir para a mudança dessa triste realidade, objetivamos, com este estudo, estimular os cristãos ao estudo da Sagrada Escritura. A princípio, mostraremos a relevância do estudo da Bíblia, em seguida, apresentaremos alguns encaminhamentos interpretativos, e, por último, destacaremos seus benefícios para o cristão individualmente, bem como para toda a igreja.

1. A RELEVÂNCIA DO ESTUDO DA BÍBLIA: Alguns cristãos pensam que estudar a Bíblia é apenas tarefa de teólogos e pastores. Esse é um equívoco, o estudo da Bíblia não deve ser visto apenas como uma particularidade dos eruditos. Não apenas os pastores ou professores e alunos de teologia precisam estudar a Bíblia. Deus espera que todos nós nos utilizemos dos recursos necessários para o conhecimento de Sua Palavra. Antes de ouvirmos essa Palavra, precisamos primeiramente compreendê-la, e foi justamente isso que o Eunuco de Candace necessitava, e, para tanto, teve o auxílio de Filipe (At. 8.27-31). Não é difícil compreender e interpretar mal as Escrituras, desde o princípio Satanás busca deturpar a Palavra de Deus (Gn. 3.4). Por causa da natureza humana pecaminosa, é comum as pessoas introduzirem sentidos particulares (eisegese) ao conteúdo bíblico ao invés de buscarem o sentido no texto (exegese). As pressuposições humanas, isto é, as visões interesseiras podem influenciar na interpretação do texto. Por isso, não poucas vezes, existem aqueles que se aproximam da Bíblia apenas para comprovar o que já defendem, sem deixar que Deus fale, pelo Seu Espírito, através do texto. Oremos e peçamos ao Senhor que, conforme Ele fez aos discípulos, no caminho de Emaús, possamos compreender, interpretar e aplicar a verdade bíblica de acordo com Sua revelação (Lc. 24.44-45).

2. PRINCÍPIOS INTERPRETATIVOS NO ESTUDO DA BÍBLIA: Do mesmo jeito que há quem defenda que o estudo da Bíblia é apenas para teólogos, há quem argumente que a Bíblia não carece de interpretação. Esse é um outro equivoco, pois, na verdade, todos nós interpretamos a Bíblia quando a lemos. Ainda que seja uma leitura superficial, tenderemos a atribuir algum sentido ao texto. Um problema a esse respeito é que, em algumas ocasiões, não atentamos para o texto, mas apenas para versículos isolados, descontextualizados. Isso faz toda diferença no processo interpretativo e pode conduzir a falácias em relação ao texto bíblico. A fim de evitar que isso aconteça, recomendamos, a seguir, alguns princípios para compreensão e interpretação da Bíblia:

1) o significado do texto é aquele padrão que o autor desejou transmitir através de palavras – precisamos entender o que o autor do texto bíblico quis dizer no contexto imediato no qual ele e seus leitores se encontravam;
2) as implicações são aqueles significados dos quais o autor não estava ciente, mas que, apesar de tudo, se enquadram legitimamente no padrão de significado por ele pretendido – o objetivo da interpretação é compreender não apenas o significado dos autores num determinado contexto, como também as implicações que esse mesmo texto tem para nós nos dias atuais, algumas dessas implicações podem ser legítimas – que tenham o respaldo bíblico, ou ilegítimas – que não se coadunem a revelação bíblica;
3) a significação diz respeito à maneira como nós, enquanto leitores, respondemos ao significado de um texto – durante o estudo de um determinado texto (quiçá de um livro da Bíblia) precisamos nos perguntar: qual a significação desse texto para mim (ou para nós) hoje? Para compreender o que o autor queria dizer num determinado contexto, podemos nos valer de recursos diversos, principalmente de traduções distintas da Bíblia, bem como de dicionários e comentários. Para a interpretação do texto, devemos estar atentos à voz do Espírito Santo, e, em oração, buscar ouvir o que o Senhor tem a dizer e a obedecê-LO (Ap. 2.11,17).

3. BENEFÍCIOS DO ESTUDO BÍBLICO: O estudo da Bíblia é fundamental para a saúde individual do cristão bem como de toda a igreja. Destacamos alguns dos benefícios que o estudo bíblico traz à igreja:
1) o conhecimento – ainda existe algum preconceito em algumas congregações em relação à busca do conhecimento bíblico. É uma pena que isso aconteça, pois, conforme nos instruiu o Senhor, a utilização da mente no conhecimento de Deus é um ato de amor (Mc. 12.30), Paulo também nos orienta quando ao culto racional ao Senhor (Rm. 12.1-2);
2) amadurecimento – a igreja que estuda a Bíblia não se deixa levar pelos ventos de doutrinas e modismos que surgem no seio evangélico (Ef. 4.14; Os. 4.6; 6.3; Pv. 4.7). Por causa da falta de conhecimento, muitas igrejas que já deveriam estar amadurecidas são tomadas por “meninices”, a emoção não se fundamenta na exposição da Palavra, mas em experiências pessoais, algumas delas distanciadas da Palavra de Deus;
3) apologética – uma igreja que estuda a Bíblia tem fundamento para defender a fé que uma vez foi entregue ao santos (Jd. v. 3). As seitas e heresias se espalham como fogo em palha e não poucos estão sendo devorados pelos seus ardis. A igreja que investe na formação bíblica de seus membros não teme as setas inflamados do inimigo, na verdade, ela avança, pois as portas do inferno não a podem resistir (Mt. 16.18).

CONCLUSÃO: O contexto evangélico brasileiro tem sido marcado nesses últimos anos pelo superficialismo. A ausência de conhecimento bíblico tem trazido conseqüências desastrosas a muitas igrejas. Mas nem tudo está perdido, existem muitos que não se dobraram diante dos profetas de Baal. Precisamos resgatar o antigo interesse pelo estudo da Bíblia, seja na Escola Dominical e nos cultos de ensino. O estudo aprofundado da Escritura Sagrada trará benefícios tanto para a igreja em geral quanto aos crentes individualmente. As igrejas mais saudáveis são aquelas que investem no estudo da Palavra de Deus. PENSE NISSO!

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Plano de Leitura da Bíblia

* A IGREJA SERVA DA BÍBLIA


Textos: Jo. 14.23 – Sl. 119.41-50
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que a verdadeira igreja de Cristo tem a Bíblia por fundamento, e a ela se submete em todas as coisas.

INTRODUÇÃO: Um dos problemas cruciais, ao longo da história da igreja, foi a identificação do papel que a Bíblia deveria ocupar em relação à igreja. Ciente dessa problemática, analisamos, no estudo desta semana, a relação entre a Igreja e a Bíblia. A princípio, mostraremos como o Catolicismo Romano abordou essa questão, em seguida, veremos o posicionamento adotado pela Reforma Protestante. Ao final, refletiremos a respeito da importância do resgate a esse princípio reformado, restaurando, à igreja, a condição de serva da Palavra de Deus.

1. A IGREJA E O CÂNON DA BÍBLIA: Ao longo da história da igreja houve uma tensão entre a autoridade eclesiástica e a bíblica, e essa se tornou mais intensa na constituição do cânon. A palavra “cânon” significa “vara de medir”, “regra” e “norma”. No sentido teológico, refere-se à identificação dos livros que de fato foram inspirados pelo Espírito Santo para a instrução e salvação em Jesus Cristo (II Tm. 3.16,17). A igreja, no ano de 397 d. C., a partir de determinados critérios, entre eles, a autoridade do autor do livro e a evidência interna de inspiração, elegeu os livros que deveriam compor a Bíblia. A canonicidade, por conseguinte, é determinada pela inspiração, não pela igreja. É Deus, e não a igreja, quem valida a autoridade da Bíblia. O sentido de “cânon” é aplicado, às Escrituras, em sua acepção ativa, isto é, a Bíblia, e somente esta, é a norma de fé e prática da Igreja. A verdade transmitida pelas Escrituras Sagradas, e por nenhum outro meio, é que constituiu cânon ou fundamento das verdades da fé. Os 29 livros do Antigo Testamento, e os 27 do Novo, que atualmente compõem a Bíblia, baseados em critérios, prioritariamente internos (no texto bíblico), e posteriormente, externos (no contexto eclesiástico), fundamentados na inspiração do Espírito Santo, perfazem os 66 livros da Bíblia.

2. CATOLICISMO: A BÍBLIA SERVA DA IGREJA: Ainda que a Igreja Católica Romana dê certa proeminência à Bíblia, seus teólogos, freqüentemente, a subordinam à tradição. O Concílio Vaticano II afirmou que tanto a Escritura quanto a tradição são sagradas e têm, ambas, procedência divina. Nessa concepção, a Igreja está investida com autoridade para determinar o que deva ser crido, ainda que uma determinada crença esteja em desacordo com a Bíblia. Como resultado dessa posição, muitos dogmas surgiram, ao longo da história do catolicismo romano, que não se coadunam com a revelação bíblica, basta citar, como exemplos, a Assunção de Maria e a Infalibilidade Papal. No período da Idade Média, o conceito de Escritura, dentro do Catolicismo, foi ampliado a fim de abranger não só os escritos bíblicos, bem como os apócrifos e os textos dos país da igreja que eram considerados normativos.

3. REFORMA: A IGREJA SERVA DA BÍBLIA: A Reforma Protestante não rejeitou a tradição cristã, mas a subordinou ao crivo da Escritura. A máxima Sola Scriptura – somente a Escritura – norteou o pensamento dos reformadores, principalmente diante do embate teológico com a Igreja Romana. De acordo com Lutero, “a igreja de Cristo não tem poder para estabelecer qualquer artigo de fé, nunca estabeleceu e jamais estabelecerá qualquer um deles”. O teólogo protestante Karl Barth afirmou, com bastante propriedade, que “a Escritura está nas mãos da igreja, mas não debaixo do poder da igreja”. De modo que, para o pensamento reformado, a igreja deva interpretar a Bíblia sob a direção do Espírito Santo, pois é Ele quem aprofunda, amplia e ilumina a verdade bíblica para a igreja (I Co. 2.10-14). A igreja precisa ter cautela para não impor a sua agenda ao Espírito e a Escritura, manipulando textos em conformidade com seus interesses.

4. A SUBMISSÃO DA IGREJA À PALAVRA: Seguindo o princípio reformado, a Igreja busca na tradição bíblica o alicerce para sua fé e prática. O compromisso da igreja cristã é com a verdade, não aquela resultante de meras discussões humanas, mas da Palavra de Deus (II Co. 4.1,2). A exposição da Bíblia, nos púlpitos das igrejas evangélicas, precisa se tornar prática comum. Essa atitude é necessária porque, em virtude dos movimento pós-pentecostais (denominados por alguns de neopentecostais) estão colocando a experiência acima da Palavra. É tarefa da igreja a proclamação da mensagem do evangelho de Jesus Cristo conforme testemunhado por profetas e apóstolos (Mt. 28.19,20; Mc. 16.16). Faz-se necessário também que se retorne à exposição bíblica, isto é, a prática de ler um texto, melhor ainda, um livro da Bíblia, fazer um explanação versículo por versículo, deixando que Deus fale e aplica a Palavra às igrejas. Algumas igrejas usam a Bíblia, mas a transformam numa “colcha de retalhos”, certos pregadores coletam os versículos bíblicos de acordo com seus interesses pessoais. A submissão à Palavra de Deus se dá através da leitura e exposição textual, sem deixar de considerar o estudo exegético, e, ao mesmo tempo, sem deixar de dar liberdade ao Espírito para falar aos corações.

CONCLUSÃO: A igreja de Jesus não se deixa levar por tradições humanas, não é escrava da razão ou dos interesses subjetivos de quem quer que seja. Ela se dobra diante da Palavra de Deus, é a Bíblia, e não qualquer outro livro ou pensamento, que dita as regras de fé e prática daqueles que estão em Cristo. Toda igreja genuinamente evangélica prima pela exposição bíblica a fim de ouvir o que o Espírito tem a dizer e a obedecê-LO (Ap. 2.7,11.16). PENSE NISSO!

* A COMPLETUDE DA BÍBLIA


Textos: Ap. 22.18 – II Pe. 1.16-21; 2.1
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que na Bíblia, conforme dispomos hoje, é completa, por isso, constitui-se em pecado grave adicionar, subtrair, substituir ou modificar quaisquer de suas partes.

INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, como já nos tempos dos apóstolos, muitos se insurgem contra a Bíblia, adicionando, subtraindo, substituindo ou modificando seu conteúdo. Faz-se necessário que tenhamos o devido cuidado para não incorrermos no erro de ir além ou aquém do que nos fora revelado. Partindo dessa premissa bíblica, estudaremos esta semana a respeito da ortodoxia bíblica, em seguida, sobre a completude da mensagem bíblica, e por fim, das formas de deturpação do texto bíblico.

1. A ORTODOXIA BÍBLICA: A palavra “ortodoxia” vem de dois termos gregos, “orto” – correta, e “doxa” – opinião. O significado desse termo, portanto, tem a ver com uma abordagem adequada em relação a determinado conteúdo. Em relação à Bíblia, a ortodoxia bíblica diz respeito à correta aproximação do texto. Devido a condição pecaminosa, o ser humano, desde os tempos antigos busca deturpar os ensinamentos de Deus. Após a revelação expressa do Senhor a Adão e Eva, em Gn. 3, Satanás os levou a interpretar mal a mensagem divina, levando-os a pecar. Eles também tiveram culpa por tomarem a iniciativa de subverter a palavra de Deus com vistas à satisfação de seus interesses egoístas. O Inimigo orientou-os a contradizer aquilo que já havia sido dito por Deus, que se comessem do fruto da árvore certamente morreriam. Eva fez um acréscimo à revelação, afirmando que não poderiam sequer “tocar” no fruto. O resultado de todo esse impasse foi o pecado, o distanciamento de Deus, o Criador. Do mesmo modo, muitos hoje buscam pensamentos humanos, afastando-se da revelação bíblica a fim de cumprir seus prazeres egoístas. São as doutrinas heterodoxas, produto da invencionice humana, que nada tem a ver com aquilo que nos fora dado no evangelho de Cristo.

2. A COMPLETUDE DA MENSAGEM BÍBLICA: A fim de não recairmos nas tendência heterodoxas, isto é, dos ensinamentos contrários à Bíblia, ou melhor, à ortodoxia, é preciso atentar para a completude, a suficiência da Bíblia. Somente podemos conhecer a Deus a partir da Sua auto-comunicação. Não podemos buscar o conhecimento de Deus em qualquer outra fonte senão aquela que Ele mesmo nos legou. Nesse sentido, dizemos que a Bíblia é completa, isto é, nela podemos encontrar tudo o que nos é necessário. Ela nos é suficiente para conhecermos quem é Deus, como Ele se relaciona conosco, e principalmente o que fez para que pudéssemos ser salvos da condenação do pecado. O pecado é uma realidade revelada pela Bíblia, após a criação o primeiro casal caiu, se rebelando contra o Criador (Gn. 3). Por meio da Bíblia podemos saber que existe apenas um mediador entre Deus e os homens, e este é Jesus Cristo, Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo. 14.6; At. 4.12; I Tm. 2.5). Temos a expectação da realização plena da salvação em sua dimensão escatológica, o momento no qual surgirão novos céus e terra (Is. 65.17; II Pe. 3.13; Ap. 21.1). Nós, os crentes em Cristo, aguardamos ansiosamente, e com esperança, o soar da trombeta, dia em que os mortos ressuscitarão e os vivos serão transformados (I Ts. 4.13-17). Enquanto esse dia não chega, a Bíblia nos instrui para que cresçamos em santificação (II Tm. 3.16,17).

3. AS DETURPAÇÕES DO CONTEÚDO BÍBLICO: Infelizmente, a Bíblia tem sido alvo de deturpações, isto é, de abordagens distantes daquilo a que ela se pretende. Algumas pessoas estão adicionando revelações estranhas à verdade bíblica, e, a esse respeito, temos uma contundente advertência em Ap. 22.18. Aqueles que acrescentam, de acordo com seus interesses escusos qualquer conteúdo à mensagem do evangelho, pagarão um preço caro. Outros, ao invés de adicionar, subtraem aquilo que acham ser pesado demais para suportar, principalmente os coniventes com o pecado, que não querem se dobrar diante dos ensinamentos de Deus. Esses também não ficaram impunes diante do julgamento divino, pois Deus não admite que sua mensagem seja alterada (Ap. 22.19). Fiquemos atentos para com aqueles que pregam outros evangelhos nas igrejas, evangelhos esses que Paulo jamais pregaria (Gl. 1.8). Existem hoje muitas traduções da Bíblia, com conteúdos modificados, traduções feitas por pessoas que sequer conhecem bem os idiomas bíblicos – hebraico e grego – cuja função não é outra senão acomodar sua pressuposições ao conteúdo dessas pseudo-bíblias. A deturpação também acontece sempre que acontece uma substituição da revelação bíblica por outra mensagem. Algumas igrejas adotam livros outros, colocando-os em posição de superioridade em relação à Bíblia, ou mesmo pondo seus dogmas e tradições humanas diante do evangelho de Cristo (Mc. 7.13). Nesses dias tão controvertidos para a igreja do Senhor, precisamos ter o cuidado necessário para não decairmos no engano da deturpação da Bíblia, ou mais especificamente, do evangelho genuino de Cristo.

CONCLUSÃO: Não precisamos de revelações outras que não se coadunem com a mensagem do evangelho de Cristo. A Bíblia nos é inteiramente suficiente e, para isso, é válido lembrar a célebre declaração latina dos reformadores - Sola Scriptura – somente a Bíblia deve ser a regra de fé e prática dos cristãos. Isso não quer dizer que não podemos ler bons livros, ouvir mensagens pregadas, mas tudo o que venhamos a ouvir ou ler deva passar pelo crivo da Palavra de Deus, que não pode ser aumentada nem diminuída, pois todo aquele que o fizer prestará contas Aquele vela pela Sua Palavra para cumprir. PENSE NISSO!

A BÍBLIA: O CÓDIGO DE ÉTICA DIVINO


Textos: Sl. 119.105 – Mt. 5.13-19
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que na Bíblia podemos encontrar as normas divinas para orientar a conduta do crente nas esferas social, moral e espiritual.

INTRODUÇÃO: Existem muitos códigos de ética na atualidade, e, cada um deles, diz ser o mais correto. Por outro lado, há os que afirmam que todos estão errados, ou melhor, que não existe um certo, e que tudo é relativo. No estudo desta semana, fazendo um contraponto a essas concepções, mostraremos que a Bíblia, a Palavra de Deus, é a regra de fé e prática dos cristãos. A princípio, definiremos ética, moral e ética cristã, em seguida, trataremos da ética relativa na sociedade moderna, e, por fim, mostraremos a saída ética para esse mundo em crise.

1. ÉTICA E MORAL: CONCEITOS FUNDAMENTAIS: O estudo da ética envolve como os seres humanos devem viver. A ética se concentra em questões que envolvem o certo e o errado, bem como a determinação do que é melhor para o ser humano. A moral envolve a prática real de viver segundo as crenças. A ética se interessa pelo estudo do porquê, isto é, das motivações para as práticas morais e/ou imorais. A ética cristã, por sua vez, é o estudo de como as pessoas devem viver segundo suas convicções bíblicas e cristãs. Esse estudo, dentro de uma cosmovisão cristã, parte, principalmente, da Bíblia. O objetivo central da ética cristã é descrever como os ensinamentos de Cristo concernentes aos relacionamentos de Deus com o mundo e, particularmente, como os seres humanos devem pautar sua moralidade. A base ética para o cristão é Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele cumpriu a justiça divina, decorrente disso, somos chamados a imitá-lo, primordialmente, no amor, pois é no “ágape”, o ápice do amor cristão, que a ética cristã se realiza, pois Deus amou o mundo (Jo. 3.16), nós, do mesmo modo, devemos amar aos nossos irmãos (I Jo. 3.16), até mesmo os nossos inimigos (Mt. 5.44; Lc. 6.35).

2. A ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA: O pós-modernismo pode ser compreendido como o período posterior à modernidade que teria se iniciado após os anos 50, com o final da 2ª Guerra Mundial, que é também marcado pelas novas tecnologias, pela expansão da urbanização e pela proliferação das informações e tecnologias. Para o movimento pós-moderno, não faz mais sentido falar num Deus pessoal, e muito menos, numa verdade universal e absoluta. A pós-modernidade é um humanismo, tendo em vista que o homem, e não mais Deus, é, como disse Protágoras, um filósofo grego, “a medida de todas as coisas”. O humanismo filosófico, diferentemente do humanismo cristão (que resguarda a pessoa humana porque acredita ser essa uma forma de glorificar a Deus), coloca o homem como se fosse o centro de todo o Universo. Para a pós-modernidade não existem absolutos, portanto, buscar uma verdade ou um valor moral universal seria perder tempo. Daí, a propensão ao relativismo que pode ser definido como a negação de quaisquer padrões ou absolutos, especialmente, em relação à Ética (o que seja certo ou errado). Um texto bíblico que ilustra bem essa tendência encontra-se em Jz. 21.25. Aos colossenses, Paulo escreveu: “tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl. 2.8).

3. ÉTICA CRISTÃ: A SAÍDA PARA UM MUNDO EM CRISE: O pós-modernismo, além de ser um humanismo, é um pluralismo, isto é, para essa filosofia, o que existem são apenas diferenças éticas, assim, o que é errado para alguém pode não o ser para outro. A esse respeito profetizou Isaias “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is. 5.20) e advertiu o apóstolo Paulo: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl. 6.7). Nós, os cristãos, não podemos viver como vive o mundo, pois sabemos que o final desse caminho é a morte (Pv. 14.12). Somos chamados a andar no Espírito, não cumprindo as concupiscências da carne (Gl. 5.19,20), mas a desenvolver o fruto do Espírito, que, conforme está escrito em Gl. 5.22, é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Assim, estaremos sendo moldados ao caráter de Cristo, nosso Senhor, que conclama à santificação (Lv. 20.7; Mt. 5.48; I Ts. 4.3-7). Deus nos chama à santificação, não ao isolacionismo, por isso, devemos tomar parte das decisões sociais, como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-16). O mundo não quer apenas ouvir o que temos a dizer, mas, principalmente, como vivemos a partir do que cremos. Por isso, o apóstolo Tiago ressaltou que “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg. 2.17), somos, portano,reconhecidos pelos nossos frutos (Mt. 7.16-20).

CONCLUSÃO: A ética bíblica é absoluta, pois Deus é soberano, por conseguinte, seus princípios e preceitos também os são (Rm. 11.34-36). O homem pode até rejeitá-los, mas a conseqüência será sua própria ruína (Dt. 12.28; Gl. 6.7,8). Deus não muda (Ml. 3.6; Hb. 13.8), por isso, seus valores jamais mudarão, de eternidade a eternidade permanece a palavra de Deus (Sl. 119.89; Mc.13.31). Os princípios divinos são universais, já que Deus é único, em toda parte, apenas Ele é Deus (Dt. 6.4; II Sm. 7.22; Is. 45.21; 46.9; I Co. 8.4), por esse motivo, sua ética não está restrita a uma determinada região ou país (Mt. 28.18-20). Ao contrário do que pensam muitas pessoas, inclusive alguns cristãos, a ética divina não é para o mal, antes para o bem do ser humano (Jr. 29.11). PENSE NISSO!

* A INERRÂNCIA DA BÍBLIA


Textos: Jr. 1.12 – Sl. 119.89-99
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que a Bíblia é a fiel e verdadeira Palavra de Deus, digna de aceitação por ter sido inspirada pelo Espírito Santo, além disso, os textos que dispomos atualmente são dignos de confiança, e, uma das provas cabais é o cumprimento das profecias bíblicas.

INTRODUÇÃO: A Bíblia, ao longo desses últimos anos, tem sido objeto de ataque do liberalismo teológico. Alguns questionam a fidelidade e infalibilidade dos textos bíblicos. A fim de refutar essas teorias, veremos, no estudo desta semana, que a Bíblia é digna de total confiança. A princípio, mostraremos que a razão primária dessa confiança está na inspiração do Espírito. Em seguida, ressaltaremos confiabilidade que podemos ter nos textos bíblicos que dispomos na atualidade. Por fim, apontaremos o cumprimento de algumas profecias bíblicas que demonstram a fidelidade do texto bíblico.

1. A INERRÂNCIA E INFALIBILIDADE BÍBLICA: O doutrina da “inerrância” tem sido instrumento de forte embates teológicos nesses últimos anos. Em sentido geral, esse termo dá idéia de que a Bíblia é completamente isenta de erros. Os estudiosos da Bíblia concordam que a inerrância se refere fundamentalmente à confiabilidade e à autoridade das Escrituras como Palavra de Deus, a qual informa ao homem, conforme II Tm. 3.16,17, a necessidade de Cristo para a salvação. Para alguns outros, esse termo deva ser estendido, abarcando também os aspectos científicos e históricos da Bíblia. O fundamento primordial para a autoridade bíblica está em sua inspiração sobrenatural, provida pelo Espírito Santo (II Pe. 1.21). Mas a Bíblia não é de autoria apenas divina, Deus usou os escritores sacros, respeitando seus estilos e conhecimentos próprios, ainda que supervisionando-os na composição do texto sagrado (II Tm. 3.16,17). O livro dos salmos traz uma série de revelações a respeito da eficácia da Palavra de Deus. É dito que ela é correta (Sl. 33.4), perfeita (Sl. 19.7; pura (Sl. 119.140). De fato, o Deus que fala na Bíblia não mente, não erra e não falha (Nm. 23.19; Tg. 1.17), por isso, Jesus afirmou que a Palavra de Deus é a verdade (Jo. 17.17). Para Paulo, ela é fiel e verdadeira, digna de toda aceitação (I Tm. 4.9; Tt. 3.8). Por isso, conforme o testemunho de Jesus, cremos que ela é infalível (Jo. 10.35), pois Deus cumpre os seus propósitos através dela (Is. 55.10,11; Jr. 1.12), sendo comparada a fogo e martelo (Jr. 23.29) e a uma espada cortante de dois gumes (Hb. 4.12).

2. A CONFIABILIDADE NOS TEXTOS BÍBLICOS: O texto bíblico é de total confiança da igreja, isso porque, primeiramente, não se trata de um livro meramente humano, mas de autoria divina. Ainda que os relatos humanos nela existentes reflitam o estilo e conhecimento dos autores, dentro de um determinado contexto histórico, o Espírito Santo os direcionou para que a mensagem do evangelho nos fosse revelada. Um questionamento que alguns céticos tendem a fazer é se o texto bíblico que temos em mãos, nos dias atuais, seria o mesmo dos tempos primitivos, do punhos dos escritores, haja vista que, conforme sabemos, os originais não mais estão à disposição. Para isso, existe uma ciência cuja preocupação primordial é a comparação e a identificação da fidedignidade do texto bíblico. A crítica textual da Bíblia, quando analisa os manuscritos antigos das Escrituras, tem observado que não existe diferenças significativas entre os textos antigos e os que dispomos atualmente. A descoberta dos manuscritos do Mar Morto, as citações nos livros dos Pais da Igreja, as várias cópias existentes nas diversas partes do mundo, nos dão confiança no texto bíblico. Em relação ao Novo Testamento, basta citar que:

1) as diferenças entre os manuscritos gregos totalizam menos de dois terços de uma página;
2) existem cerca de 5.300 manuscritos de parte ou de todo o Novo Testamento, comparados e que não têm distanciamentos significativos;
3) existem diferentes versões do Novo Testamento ainda do século II e III, os quais, quando comparados, estão em consonância com o texto que dispomos nos dias atuais. Em relação ao Antigo Testamento, basta ressaltar o cuidado com que os escribas tinham na reprodução do texto sagrado. Caso o escrito ficassem envelhecido, eles preferiam descarta-lo a continuarem usando-o e comprometer a fidelidade do texto.

3. O CUMPRIMENTO DA PROFECIAS BÍBLICAS:Jesus disse que os céus e a terra passariam, mas as suas palavras permaneceriam para sempre. O cumprimento das profecias bíblicas, de fato, é uma das provas da fidedignidade da Palavra de Deus. Existem várias profecias bíblicas que já se cumpriram, algumas delas ainda se cumprirão no futuro. Para efeito de exemplificação, destacaremos, as profecias bíblicas já cumpridas: -Sl 22: 1,7,8,18, escrito em 1000 a. C., se cumpriu em Mt. 27.35-40, no ano 33 d. C., -Is. 7.14, escrito em 720 a. C., se cumpriu em Mt. 1.18-25; no ano 5 d. C., -Is. 53.4-6,12, escrito em 700 a. C., se cumpriu em Mt. 8.17,26,63,27 e 27.57, em 33 d. C., muitas outras profecias se cumpriram em relação a Cristo. Sobre Israel, destacamos: -a escravidão no Egito (Gn. 15.13-15) profetizada em 2000 a. C, tendo seu cumprimento em 1700 a 1300 a. C., registrado em Ex. 14.26-31 e At. 7.1-36; o cativeiro de Israel (Jr. 25.11), profetizado em 610 a. C., cujo cumprimento se deu em 588 a. C., registrado em Jr. 39.1-8; o retorno do Exílio (Jr. 29.10), profetizado em 610 a. C. e com cumprimento em 518 a. C., registrado em Ed. 1.1-5. Essas são apenas algumas das várias profecias para Israel e de outras que ainda haverão de se cumprir. Para as nações, em Dn. 2.31-45, é profetizado, em 590 a. C., o surgimento de quatro impérios mundiais, o que aconteceu em 780 a 550 a.C.550 a 380 a.C.380 a 100 a.C.100 a.C. a 300 d.C., em relação à Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma., a destruição de Ninive também fora profetizada em 660 a. C., (Naum 3.1-7) cujo cumprimento se deu em 612 a. C., pelos babilônios e os medos. Para não nos alongar-nos, apontamos, aqui, apenas algumas das muitas profecias que comprovam a fidedignidade do texto bíblico.

CONCLUSÃO: Diante de tudo que estudamos, podemos ter a firme convicção de que a Bíblia é digna de total confiança. Os autores bíblicos foram guiados e supervisionados na inspiração pelo Espírito Santo. Ao longo da história, aqueles que foram responsáveis pela transmissão do texto foram cautelosos a fim de preservar o conteúdo original, a prova disso são os achados arqueológicos. O cabal cumprimento das profecias bíblicas alardeiam, em alto e bom som, que o Deus da Bíblia fala, e nenhuma das suas palavras deixarão de se cumprir. PENSE NISSO!

* A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS


Textos: Is. 40.8 – Sl. 119.1-12
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que, através da Bíblia, o Deus Todo-Poderoso comunica, ao homem, Sua vontade e Seu amor em Cristo.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, estudaremos a Bíblia, que é, de fato, a Palavra de Deus. Veremos que, por se tratar de uma palavra inspirada pelo Espírito Santo, faz-se necessário que nos submetamos à voz dAquele que fala na Escritura. Refletiremos um pouco a respeito da composição da Bíblia, em seguida, trataremos da sua inspiração, e por fim, da importância de sua leitura.

1. A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS: A palavra Bíblia é derivada do grego “biblion”, que significa rolo ou livro (Lc. 4.17) ou “bíblia”, conjunto de livros. Atribui-se, também, a esse livro, o nome de Escritura, especialmente quanto o Novo Testamento se refere ao Antigo Testamento (II Tm. 3.16; Rm. 3.2), expressão utilizada, também, para fazer alusão a outras porções do próprio Novo Testamento (II Pe. 3.16). A declaração mais amplamente usada em relação à Bíblia, e aceita pela igreja, é a de que ela é a Palavra de Deus (Mt. 15.6; Jo. 10.35; Hb. 4.12). Há diferentes perspectivas a respeito da abordagem bíblica:

1) Liberalismo – nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural, estando essa sujeita à razão humana;
2) Romanismo – assume que essa é produto da igreja, portanto, não é autoridade final, e sim a tradição eclesiástica;
3) Neo-ortodoxia – a Bíblia seria o testemunho da Palavra de Deus, a saber, Jesus Cristo, ela, por assim dizer, torna-se a Palavra de Deus;
4) Misticismo – põe a experiência pessoal acima ou em igual posição à revelação bíblica;
5) Ortodoxia – A Bíblia é a Palavra de Deus, única base de autoridade, carecendo, porém, de interpretação apropriada (At. 8.30-34; II Pe. 1.20).
É milagre divino saber que a Bíblia, escrita ao longo de aproximadamente 1500 anos, por cerca de 40 autores, continua atuando na vida de pessoas em todas as épocas e em todos os lugares, revelando a salvação em Jesus Cristo (II Tm. 3.16,17).

2. A INSPIRAÇÃO PLENÁRIA DA BÍBLIA: Esse tema tem sido alvo de controvérsias e críticas, principalmente, pelos adeptos da Teologia Liberal, uma vez que, para esses, a Bíblia não passa de meros relatos humanos. Em resposta à essa declaração, lemos em II Tm. 3.16, o ensino de Paulo dizendo que “Toda Escritura é inspirada por Deus” . Merece destaque, nessa passagem, o termo Escritura, graphê, em grego, que fala do material como um todo "pasa", dizendo ser toda a Bíblia, isto é, o Antigo Testamento, produto do theopneustos, ou seja, do sopro de Deus, que seria a tradução mais apropriada para o termo inspirada. Em consonância à essa idéia, em II Pe. 1.21, Pedro afirma que “homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”. Entendemos, então, que “homens falaram”, assim, Deus não desconsiderou suas personalidades (Rm. 10.20; I Co. 2.13; 14.37). Eles foram impelidos, que em grego é "pheromene", uma metáfora marítima usada para se referir a um navio levado pelo vento, no caso da Bíblia, pelo Espírito Santo. Em relação ao Novo Testamento, Paulo tinha consciência de que as cartas que escrevia deveriam ser lidas e obedecidas (Cl. 4.16; II Ts. 3.14). Não podemos, portanto, esquecer da promessa do Espírito Santo que lembraria, ensinaria e guiaria os apóstolos a toda a verdade (Jo. 14.26; 15.26; 16.13). João, no Apocalipse, declara que aquilo que escreve é a Palavra de Deus, a qual não se pode acrescentar ou subtrair (Ap. 1.1,2,11; 22.18,19). Com base nesses textos, concluímos que a Bíblia não é resultante da mera inspiração humana, mas é, de fato, a verdade de Deus (Jo. 17.17), cabe a nós, portanto, ler o livro e obedecê-lo. No mais, conforme nos adverte Pedro, em II Pe. 3.14-18, o problema não se encontra nas Escrituras, mas nos falsos mestres e em suas compreensões equivocadas da Escritura.

3. A LEITURA CONSTANTE DA BÍBLIA: Quando os discípulos encontraram Jesus no caminho de Emaús, é dito que o Senhor lhes explicou as Escrituras. Na medida em que o fazia, o coração deles ardia ao ouvirem o ensino do Mestre (Lc. 24.32). Esse episódio aponta para o que acontece quando lemos a Bíblia constantemente, ouvindo a voz dAquele que fala. Muitos lêem a Bíblia apenas para extrair doutrinas, e, preferencialmente, para aplicar somente à vida dos outros. Mas se quisermos crescer espiritualmente como filhos de Deus, devemos meditar nas Escrituras, aplicando-a, inicialmente, às nossas vidas, na busca por alimento (I Pe. 2.2). Para isso, a Bíblia deva ser o espelho diante do qual podemos avaliar nossa condição e a necessidade de transformação a fim de nos aproximarmos mais de Deus (Tg. 1.21-25). Quando lemos a Bíblia com o intuito de ouvir a Palavra de Deus e a ela nos submetermos, somos comparados, por Jesus, a um homem que edificou a sua casa sobre a rocha (Mt. 7.21,24). A análise lingüística e contextual de um determinado texto bíblico pode fazer parte da leitura, mas não deva ser o fim último. Toda leitura bíblica deve ser devocional na medida em que tem como objetivo central nos aproximar da revelação de Deus (Rm. 4.23,24; 15.4), a fim de que Cristo seja manifestado em nós (Ef. 3.16-19).

CONCLUSÃO: Após o pecado de adultério e homicídio de Davi, o profeta Natan lhe trouxe a Palavra de Deus. O rei ouviu a parábola contada pelo profeta (II Sm. 12.1-7), mas não a identificou como se fosse para ele. Essa é uma demonstração do que acontece com aqueles que lêem a Bíblia, mas se esquivam de aplicarem-na às suas próprias vidas. Uma leitura adequada da Bíblia deve ter como alvo primordial ouvir ao Deus que fala (Hb. 1.1,2). É bem possível que, como Samuel, queiramos associá-la à palavra a homens. Se estivermos atentos, e deixar que o testemunho interno do Espírito atue em nossas vidas, veremos que é o Senhor que quer falar conosco. Para tanto, estejamos de mente e coração abertos e submissos para dizer: “fala conosco, Senhor, que o teu servo ouve” (I Sm. 3.9,10). PENSE NISSO!

* A REDELIÃO CONTRA O DEUS DA BÍBLIA

Textos: Jd. V. 15 – I Co. 10.1-9,11

irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Mostrar que o homem tem se rebelado contra o Deus da Bíblia, por isso, será julgado e condenado contra toda desobediência contra a Sua Palavra.

INTRODUÇÃO: Deus criou o homem e a mulher para que vivessem em plena harmonia com Ele. A Bíblia, porém, nos revela que eles se rebelaram contra o Criador, optaram por guiar suas vidas por conta própria. A Escritura denomina essa rebelião de pecado, isto é, a decisão de viver distante de Deus, e, em alguns casos, como no ateísmo, como se Ele não existisse. Diante dessa realidade, estudaremos esta semana, a origem do pecado enquanto rebelião humana. Em seguida, trataremos a respeito do ateísmo, bastante em voga nos dias atuais, haja vista a expansão do fundamentalismo ateísta. E ao final, mostraremos, na Bíblia, as conseqüências nefastas da rebelião contra o Deus da Bíblia.

1. PECADO: A REBELIÃO HUMANA: A palavra “rebelião”, no hebraico do Antigo Testamento, é “pesá”, sinônimo de “ofensa, pecado e transgressão”, e está geralmente atrelada à rebelião das tribos de Israel contra o Senhor (Is. 1.2; 43.27; 48.8; 66.24; Jr. 2.8,29; 3.13; Ez. 20.38; Os. 7.13; Jr. 33.8). Outra palavra hebraica para rebelião é “marad”, que se encontra em Nm . 14.9 e Js. 22.29, ordenanças para que os filhos de Israel não se rebelassem contra o Senhor. Em Jó 24.13 esse mesmo termo é apresentado, metaforicamente, para descrever a rebeldia das pessoas contra a luz. O uso imediato desse vocábulo está associado aos atos de rebelião contra Deus em diversos contextos, em especial, à rebeldia contra os mandamentos do Senhor (Nm. 20.24; 27.14; Dt. 1.26,43; Js. 1.18; I Sm. 12.14; Sl. 105.28; 107.11; Lm. 1.18). Um evento significativo de rebelião no Antigo Testamento é o dos filhos de Corá, contra Moisés, e consequentemente, contra Deus (Nm. 17.10). O princípio de todas essas rebeliões se encontra em Satanás, aquele que se opôs inicialmente ao Senhor (Ez. 28.24; Is. 14.12-14). Posteriormente, sob a influência de dele, Adão e Eva também tomaram a decisão de seguir seus próprios caminhos ao invés da vontade de Deus (Gn. 3). No grego neo-testamentário, o termo “parapikrasmo” é encontrado apenas duas vezes, em Hb. 3.8,15, em ambas as ocasiões para se referir à rebelião de Israel contra Deus nos tempos da peregrinação pelo deserto. Esse vocábulo grego também remete ao sentido de transgressão, e, na verdade, é isso que é rebeldia: pecado, errar o alvo estabelecido por Deus para nossas vidas. Desde Adão e Eva, homens e mulheres preferem fazer a vontade deles mesmos e não a de Deus (Rm. 5.12).

2. ATEISMO, O HOMEM FOGE DE DEUS: Em sua opção pela rebeldia, homens e mulheres seguem vários cursos em suas existências. Uma delas é o ateísmo, isto é, a negação de que Deus de fato exista. O salmista denomina o ateu de néscio (Sl. 14.1), e vai mais além, mostra que o motivo da opção pelo ateísmo está atrelado à moralidade (v. 2). Isso quer dizer que muitos preferem negar a existência de Deus ao invés de conviver com a realidade que um dia se apresentarão perante Ele para prestar contas de como viveram. Nos dias modernos, o ateísmo se transformou numa espécie de religião, com adeptos, cultos e publicações. Os ateus mais extremados são denominados de fundamentalistas, haja vista que, como muitos religiosos, são irredutíveis em seus posicionamentos, defendendo que apenas eles estão certos e que todos estão errados. Richard Dawkins, autor de Deus, um Delírio, e Michael Onfray, entre outros, tornaram-se expoentes do fundamentalismo ateísta. Em seus livros, argumentam que a fé em Deus somente trouxe males à sociedade, colocam a ciência como verdade única e incontestável, e propõem a difusão do ateísmo. O pensamento desses autores, contudo, remete a pensadores antigos, dentre eles, Feuerbach, Friederich Nietzsche, Karl Marx, Charles Darwin e Sigmund Freud, todos eles materialistas, que acreditavam na matéria como única realidade existente. O posicionamento dos ateístas fundamentalistas é um ato de rebelião contra Deus, incita a humanidade a viver distante do Seu Criador. Os cientistas mais moderados reconhecem que atitudes dogmáticas como a de Richard Dawkins é um desserviço para a ciência, na medida em que deixa de perceber suas limitações diante dos mistérios divinos (Ec. 3.11).

3. AS CONSEQUÊNCIAS DA REBELIÃO CONTRA DEUS: Em certo sentido, Richard Dawkins tem razão ao argumentar que a religião fez muito mal à sociedade. Mas a ciência também contribui para muitos males que testemunhamos nos dias de hoje. Basta citar, por exemplo, a utilização da tecnologia com vistas à produção de armas nucleares, as quais, nas guerras, ceifaram muitas vidas. Podemos, assim, afirmar que o problema não está, inerentemente, na religião e/ou na ciência, mas nas pessoas, que em rebeldia contra Deus, agem contra o Criador e o próximo. Patrocinar o ateísmo em nada contribui para o bem da humanidade. Nesses dias tão materialistas, em que as pessoas somente acreditam no que vêem e no que pegam, o resgate da ética, pautada no amor de Cristo, é fundamental para que vivamos em paz. Enquanto os seres humanos escolherem o caminho da rebeldia as conseqüências serão as mais horríveis, pois ficamos à mercê da ira e da condenação divina. Paulo revela esses resultado em sua Epístola aos Romanos (Rm. 1.18-32). Nessa passagem, o Apóstolo trata, principalmente, do ateísmo prático, isto é, daqueles que acreditam na existência de Deus, mas preferem viver como se Ele não existisse. O homem moderno quis livrar-se da ética cristã, patrocinou o ódio e a competitividade, acabou reduzindo-nos a meros animais. Vagando nas selvas de pedra, ficamos desorientados, tornamo-nos escravos dos prazeres, da ganância, do ódio e do poder. Estamos colhendo os frutos podres daquilo que estamos plantando, pois o que homem plantar isso certamente ceifará (Gl. 6.7,8).

CONCLUSÃO: A solução para a humanidade está na rendição de nossas própria vontades à vontade boa, perfeita e agradável de Deus (Rm. 12.1,2). Precisamos nos voltar para Aquele que nos amou de tal modo que deu Seu Filho Unigênito em sacrifício pelos nossos pecados (Jo. 3.16). Rendidos aos Seus pés, poderemos encontrar a paz que nossas almas tanto almeja, a satisfação plena que somente pode ser encontrada nEle (Jo 14.1,27) que é o Reconciliador entre Deus e os homens (II Co. 5.19). PENSE NISSO!

* O DEUS QUE COMANDA O FUTURO


Textos: Jr. 29.11 – Is. 44.6; 46.9-13
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia tem o tempo em Suas mãos e que Ele conhece o passado, controla o presente e anuncia o futuro.

INTRODUÇÃO: Neste trimestre já estudamos que Deus intervem na história. No estudo desta semana, mostraremos que Ele tem o futuro em suas mãos ainda que, nos dias atuais, haja quem diga que o homem é o construtor da história. A Bíblia, no entanto, nos revela que o Senhor sabe o que faz e tem um plano glorioso para o futuro do Seu povo. Ao longo do estudo, faremos um passeio escatológico pelos principais eventos que haverão de acontecer (Ap. 1.1,19).

1. O ARREBATAMETO DA IGREJA E A MANISFESTAÇÃO DO ANTICRISTO: A igreja aguarda, a qualquer momento, o seu arrebatamento para se encontrar com Cristo. Esse é um mistério que somente será compreendido quando vier a acontecer (I Co. 15.51). Sabemos que os santos, aqueles que já dormem no Senhor, ressuscitarão, e os vivos, serão transformados (I Ts. 4.13-17). Isso acontecerá num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta (I Co. 15.51,52). Jesus virá:

1) para levar a Sua igreja para si (Jo. 14.3); 2) para consumar a salvação dos seus (Rm. 13.11); 3) para glorificar os seus (Rm. 8.17); 4) para reconhecer publicamente os seus (I Co. 4.5); 5) para julgar o trabalhos dos crentes (I Co. 3.8,14,15; II Co. 9.6) ; 6) para revelar mistérios que ainda não foram desvendados (I Co. 4.5).

Após o arrebatamento da igreja, dar-se-á, na terra, o início da apostasia através do reino do Anticristo (II Ts. 2.3). Esse será um personagem agirá com a eficácia de Satanás e conseguirá exercer forte influência sobre as massas (Dn. 8.25; 9.27; II Ts. 2.9-12). O seu número, de acordo com João, 666 é (seiscentos e sessenta e seis) (Ap. 13.17,18), e é número de homem.

2. A GRANDE TRIBULAÇÃO E O JULGAMENTO DAS NAÇÕES: O período de intenso poderio satânico, por meio do Anticristo, é denominado de Grande Tribulação (Mt. 24.21; Ap. 7.14). Esse tempo será especificamente para os judeus, mas o mundo inteiro será afetado por essa época de dores (Jr. 25.29-32). A duração da Grande Tribulação se encontra em Dn. 7.25; 9.27 e Ap. 11.2; 12.6,14; 13.5, de modo que, o tempo total da tribulação será de 7 anos, a metade desta, 3 anos e meio, será a Grande Tribulação propriamente dita. Baseado em Ap. 7.14 é possível saber que haverá salvação durante esse dias difíceis. O Anticristo, ou a Besta, estará dominando durante esse tempo (Jo. 5.43). O povo de Israel, depois de ser cúmplice com o governo do Anticristo, terá o pacto rompido e buscará ao Senhor Deus e será salvo, pois Satanás será expulso do céu (Is. 14.12; Ez. 28.16). Haverá, nessa ocasião, a batalha do Armagedom quando as nações da terra se ajuntarem contra Israel (Zc. 12.3,9; 14.2). Jesus virá, em glória e todo o olho o verá (Mt. 24.30; At. 1.7), como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16). As nações serão julgadas, não os indivíduos (Mt. 25.32) de acordo com o tratamento dispensado a Israel (Jl. 3.2; Mt. 25.41-43).

3. O REINO MILENIAL DE CRISTO: Após o julgamento nas nações, acontecerá o Milênio, isto é, o reinando de Cristo na terra pelo período de mil anos (Ap. 20.1-6) que tem sido aguardado pelo povo judeu (Lc. 2.38; At. 1.6,7). O objetivo do Milênio é fazer convergir em Cristo todas coisas (Ef. 1.10), estabelecer a paz na terra, eliminando toda rebelião contra Deus (I Co. 15.24-28), fazer Israel ocupar toda a terra que lhe pôr como liderança entre as nações (Is. 11.10); cumprir as profecias a respeito do reino do Messias (Dn. 9.24; At. 3.20-21). O lugar do Milênio será a terra na qual os santos, com Cristo, reinarão (I Co. 6.2). O governo será teocrático (Fp. 2.10,11; Zc. 14.9), pois o Senhor governará toda a terra (Is. 16.5; Lc. 1.32,33). O conhecimento de Deus será universal (Is. 11.19; Jr. 31.34; Hc. 2.14), a piedade prevalecerá (Sl. 22.27; Is. 60.3. Jr. 3.17), bem como a paz e a justiça (Mq. 4.3; Zc. 9.10; Is. 2.4). Para os que estiverem vivos, a vida será prolongada (Is. 65.20,22; Zc. 8.4) e não haverá paralíticos, nem aleijados (Is. 35.5,6) e a fertilidade do sol será maravilhosa (Am. 9.13,14), os desertos desaparecerão (Is. 35.1,6; 40.19) e abundância de água (Is. 30.25; Jl. 3.18). Ao final do milênio, acontecerá uma rebelião de Satanás, a sua última (Ap. 20.7-10; Mt. 25.41) a fim de provar aqueles que nasceram no Milênio.

CONCLUSÃO: A primeira ressurreição se deu antes do Milênio, para aqueles que foram salvos. Após o Milênio, acontecerá a segunda ressurreição, daqueles que serão condenados (Mt. 10.28; Ap. 20.11-15). Os livros serão abertos a fim de incriminar os que negaram o nome de Jesus (Jo. 3.18). Os mortos serão julgados segundo as suas obras, conforme se achava escrito nos livros. Os salvos, poém, desfrutarão dos novos céus e terra (II Pe. 3.7-12; Is. 51.16; Ap. 21.1). Como diz o autor sacro da Harpa Cristã “nesse tempo céu e terra serão a mesma grei”. ALELUIA! - PENSE NISSO!

* A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO

Texto: Dt. 10.17 – Is. 43.11-13; Ef. 1.4,5; Jo. 3.16

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia, a despeito de Seu imenso poder e soberania, concedeu aos homens, o direito de agirem como seres livres.

INTRODUÇÃO: No estudo anterior, refletimos a respeito da redenção propiciada por Deus através de Jesus Cristo. Essa salvação, conforme fora explicado, tratou-e de um ato soberano de Deus. Ao mesmo tempo, Ele exige do ser humano uma resposta à essa providência. A fim de esclarecer melhor essa verdade, no estudo desta semana, mostraremos que Deus, em Sua Soberania, dotou o ser humano com a capacidade de escolher entre amá-lo e rejeitá-lo.

1. A SOBERANIDA DE DEUS: Existem diversas acepções teológicas e filosóficas a respeito do conceito de soberania. Na teologia filosófica, Deus é soberano porque existe antes de todas as coisas, conhece todas as coisas e pode todas as coisas, e está também no controle de todas as coisas. Na Bíblia, o conceito de soberania divina está bastante associado àquele de um rei celestial, cujas abas das vestes enchem o tempo (Is. 6). No Salmo 48.2 o Senhor é chamado de “grande Rei, cujo reino é eterno porque “reina soberanamente para sempre” (Sl. 29.9). A Bíblia, a Palavra de Deus, nos ensina que Deus governa sobre tudo e sobre todos (I Cr. 29.11,12). Ele não apenas governa sobre todas as coisas, também está no controle delas (Jó. 42.2; Sl. 115.3; 135.6; Dn. 4.35). A explicitação da soberania de Deus na Confissão de fé de Westminster sumariza esse pensamento afirmando que, “desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece”. Esse conceito, no entanto, tem sido levado a extremos e dado margem à uma visão equivocada da predestinação bíblica. Alguns estudiosos, em certos momentos, exageram na concepção de soberania, em outros, na liberdade do ser humano.

2. A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO NA TEOLOGIA: Quando se fala em chamada para a salvação, a primeira palavra que nos vem à mente é ‘predestinação’, que, de fato, se encontra na Bíblia, com destaque especial para o texto de Ef. 1.5-11, onde está escrito que “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo...”. No grego, a palavra é proordzo e aparece seis vezes no Novo Testamento com o sentido de predestinar o qual significa, literalmente, “assinalar de antemão por conhecimento prévio”. Ao longo da história, muitas teólogos se debateram a respeito dessa doutrina. Destacamos, a seguir, algumas perspectivas em relação a essa doutrina:

1) Predestinação Incondicional – delineada por Calvino, a partir de Agostinho, que a definia como "o decreto divino com referência aos seres morais – os anjos e homens”. A Confissão de Fé de Westminster a apresenta nos seguintes termos: “Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns anjos e homens – são predestinados para a vida eterna, e outros preordenados para a morte eterna”;

2) Predestinação Restrita – desenvolvida por Jacob Arminius, que, na verdade, era um seguidor de Calvino, que se distinguia do seu mestre ao defender que em relação à predestinação ou eleição, trata-se de algo mais ocasionado por parte do livre-arbítrio humano, do que ocasionada pela soberana vontade de Deus, diferenciando-se, assim, da incondicional que ensinava que a salvação humana depende de uma “eleição absoluta e soberana” exclusiva de Deus;

3) Predestinação Condicional – sob a influência arminiana, John Wesley defendia que a “predestinação é Deus designando de antemão para a salvação os crentes obedientes, não sem conhecer antecipadamente todas as obras deles, mas ‘segundo sua presciência’ dessas obras, ‘desde a fundação do mundo’

3. O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO: A palavra “predestinação” se encontra na Bíblia, mas não no sentido que alguns teólogos costumam atribuir. Proodzo, conforme apontamos anteriormente, significa, em grego, “conhecer de antemão” (Rm. 8.29; 11.2; I Pe. 1.20; II Pe. 3.17), muito mais do que “destinar com antecipação”, como se encontra na maioria dos dicionários. A predestinação para a salvação, nesse contexto, é coletiva e está baseada na presciência divina (Ef. 1.5,11). O propósito de Deus, nesse ato, e no contexto do capítulo 9 de Romanos, não é negativo, mas positivo, diferentemente do que defendem os predestinacionistas incondicionais (Rm. 9.18). Segundo esse princípio, o da predestinação coletiva, vemos que Deus, em Cristo, escolheu a igreja (Ef. 1.11-13). Deus deseja que todos os seres humanos sejam salvos (I Tm. 2.4-6; TT. 2.11; Hb. 2.9), por isso, todas as pessoas, de algum modo têm alguma iluminação da parte de Cristo para a compreensão da revelação (Jo. 1.9; 12.32). As passagens anteriormente citadas mostram que a expiação no sangue de Cristo tem aplicação universal, pois Ele morreu por todos (II Co. 5.15), portanto, todos quantos o receberem, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo. 1.11,12).

CONCLUSÃO: O texto bíblico básico da Bíblia, Jo. 3.16, diz que Deus amou o mundo de maneira tal que deu Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Esse versículo sumariza tanto a soberania de Deus quanto o livre-arbítrio do homem. A salvação é um ato que provém de Deus, isto é, procede dEle, pois Deus, em Seu amor, se revelou aos seres humanos e escolheu um escape para que o homem caído não perecesse: Jesus Cristo. Resta, agora, recebê-lo, pela fé e em arrependimento dos pecados (At. 20.21; Rm. 1.16), assim, vemos que Deus e o homem têm parte na salvação (Rm. 8.29; II Pe. 1.1-11). PENSE NISSO!

* O DEUS DA REDENÇÃO


Textos: Áureo: Is. 46.9,10; 3.8 – Gn. 6.1-7

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia, o Pai, projetou a salvação, o Filho, Jesus Cristo, executou, e o Espírito Santo, o Consolador, a aplica na vida daqueles que crêem.

INTRODUÇÃO: No estudo anterior, estudamos a respeito da intervenção de Deus na humanidade. Em Jesus Cristo, Deus visitou os homens, fez morada entre nós (Jo. 1.14). Hoje, veremos que o propósito de Deus, nessa atuação, é salvar a humanidade, perdida em seus delitos e pecados. Esse processo recebe, na Bíblia, o nome de “redenção”. Na primeira parte, definiremos o que seja “redenção” no Antigo Testamento. Em seguida, analisaremos o sentido da “redenção” no Novo Testamento. Por fim, mostraremos o alcance dessa redenção e sua importância para a humanidade.

1. A REDENÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO: A palavra redenção, em hebraico, é “gaal” e tem significados diversos. Em geral, refere-se ao ato legal de adquirir as pessoas como propriedade. No livro de Salmos e Isaias, o Senhor é apresentado como o Redentor (Sl. 19.4; Is. 41.14). O fundamento dessa redenção se encontra na libertação do povo da escravidão egípcia (Ex. 6.6; 15.13; Is. 51.10). O profeta Isaias também vaticinou a redenção do povo de Israel do cativeiro babilônico (Is. 35.9-10; 51.11; 63.9; 62.12). O verbo hebraico associado à redenção é “padâ”, que significa “redimir” por meio de recursos monetários. Em seu pacto com Israel, Deus determinou que os primogênitos pertenceriam a Ele (Ex. 13.1-2; 34.19), ainda que, para remi-los, o povo poderia pagar uma taxa (Ex. 13.13-15; Nm. 18.15-17). Essa possibilidade já apontava para a remissão de Cristo, o Filho Unigênito do Pai, que sacrificou-se como preço pago por nossa redenção (I Co. 6.20). Nos momentos de angústia, o salmista pediu ao Senhor que o remisse (Sl. 25.22; 119.134). E o Senhor, por sua vez, prometeu resgatar (ou redimir) Seu povo de doenças, dos inimigos e do pecado (Sl. 31.5; 55.18; 130.8). Na ocasião em que se encontrava no cativeiro, Deus também redimiu o Seu povo das nações, a fim de que pudessem voltar para “casa” (Jr. 31.11), como propriedade do Senhor (Is. 35.10; 51.11). A partir dessas passagens, é possível identificar a ampla dimensão que a redenção tinha no contexto do Antigo Testamento.

2. A REDENÇÃO NO NOVO TESTAMENTO: No Novo Testamento, algumas palavras gregas estão associadas à redenção da humanidade. O verbo “axagorazô” significa “redimir”. Paulo usa esse verbo duas vezes em Galátas para se referir à redenção espiritual em Jesus Cristo daqueles que foram vendidos ao pecado (Gl. 4.5; 3.13). O verbo “lutroô” também significa “redimir” e existem três ocorrências somente em I Pe. 1.18,19. Para Pedro, nos fomos redimidos da vida pecaminosa e fútil, não com prata ou ouro, mas com o precioso sangue do Cordeiro, que, como o cordeiro pascal, não tinha mácula ou defeito (Is. 53.7). O sentido de redenção, nessas passagens, é espiritual, bem como em Tt. 2.14. Além desses dois verbos, há um substantivo no grego, “apolytrosis” que também significa redenção. Em Hb. 9.15 essa palavra tem o sentido de “resgate”. Jesus morreu para nos resgatar do pecado, metáfora reforçada em Hb. 11.35, em que é dito que Cristo nos libertou do cativeiro e da tortura. Outras passagens que usam essa palavra para denotar que Jesus nos proveu a redenção por meio de Sua morte na cruz são Rm. 3.24 e I Co. 1.30. Em Ef. 1.14 e Cl. 1.14 isto é demonstrado como algo que os cristãos já têm no momento presente. Essa redenção, contudo, tem um aspecto futuro, por ocasião da volta do Senhor Jesus Cristo (Lc. 21.28; Rm. 8.23; Ef. 1.13,14; 4.30). O substantivo “lutrõsis” é outro termo para “redenção” no Novo Testamento. Após a circuncisão de João Batista, Zacarias, seu pai, louva a Deus pela redenção de Israel através de Jesus Cristo (Lc. 1.68). Ana, quando o menino Jesus foi apresentado no templo, adorou o Senhor, dando graça por ver a “redenção” do seu povo (Lc. 2.38). O escritor aos hebreus lembra ainda que Jesus, pelo seu sangue, obteve uma “redenção” eterna, para nós, que começa agora e segue por toda eternidade (Hb. 9.12).

3. AS IMPLICAÇÕES DA REDENÇÃO DE DEUS: A redenção em Jesus Cristo tem alcança maior e mais profundo que os sacrifícios da Antiga Aliança (Hb. 9.26,28), isso porque o sangue dos animais apontavam para o perfeito sacrifício que haveria de ser consumado no futuro (Sl. 51.9; Is. 38.17; Mq. 7.19). O sacrifício de Cristo foi propiciatório, isto é, nos tornou favoráveis, reconciliados com Deus (I Jo. 2.2; Rm. 3.23-26; 5. 10; II Co. 5.18,19; Cl. 1.21; Hb. 2.17); substitutivo, pois Cristo morreu em nosso lugar (Is. 53.4-6; I Pe. 2.24), e triunfante, pela morte de Cristo nenhuma condenação há (Rm. 8.1), haja vista que agora não somos mais de nós mesmos (I Co. 6.19). Vivemos, a partir da redenção de Deus em Cristo, não para o pecado, mas em santificação, como filhos de Deus, não vive pecando (I Jo. 3.6-8). Por causa dessa redenção, a natureza pecaminosa, ainda que não tem sido abolida, está sob o controle do Espírito. Fomos comprados por Deus, e, ao mesmo tempo, libertos para servi-lo em amor. O Filho nos libertou, portanto, somos verdadeiramente livres (Jo. 8.36) para não mais andar na carne, no caminho da desobediência, como outrora. Andamos, a partir de então, no Espírito, produzindo o Seu fruto (Gl. 5.22).

CONCLUSÃO: Redenção, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, tem a ver com compra, aquisição de propriedade. No passado, fomos vendidos, através de Adão, ao pecado, agora, em Cristo, fomos adquiridos por precioso valor. Não mais somos de nós mesmos, pertencemos Aquele que nos chamou das trevas para a Sua verdadeira luz. Após nos ter comprado, Ele nos deu a liberdade para O servirmos em amor, produzindo o fruto do Espírito. PENSE NISSO!

* O DEUS QUE INTERVEM NA HISTÓRIA

Textos: Is. 46.9,10; 3.8 – Gn. 6.1-7

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia interveio na história da humanidade, desde a criação, após a queda, na redenção de Israel e na salvação por meio de Cristo.

INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos que Deus se comunicou com os seres humanos. Essa manifestação de Deus fora já uma demonstração do Seu amor gracioso. No estudo desta semana, estudaremos a respeito da intervenção de Deus na história da humanidade. Ele é o Criador dos céus e da terra, e, quando o homem caiu, Ele, de pronto, interviu em Sua redenção, continuada na escolha de Israel como nação eleita, na encarnação do Verbo para a salvação da humanidade, e por fim, no arrebatamento e manisfestação em glória para reinar por mil anos.

1. A INTERVENÇÃO DIVINA NA CRIAÇÃO: No princípio criou Deus o céu e a terra, assim inicia o relato bíblico do Gênesis (1.1). Deus, nesse sentido, não seria uma invenção humana, sua existência é tomada como pressuposto. Por conseguinte, a matéria não seria eterna, ela teria sido criada num momento dado do tempo. O que é criado não surgiu aleatoriamente, Deus, o Criador, planejou a existência de todas as coisas, de modo que o mundo visível veio do que não é visível (Hb. 11.3). O homem, diferentemente do que defendem os materialistas, não é o resultado de uma evolução casual, não veio de uma ameba, antes é resultado do propósito de Deus (Gn. 1.3-14,27). Deus tem liberdade plena e poderia, de fato, não ter criado o céu e a terra, nem mesmo os seres humanos, mas Ele interviu, e, como resultado dessa intervenção, podemos ver, hoje, a criação, contempla-la em sua beleza, e testemunhar a sabedoria, grandeza e providência de Deus (Sl. 8; 19).

2. A INTERVENÇÃO DIVINA NA QUEDA: O homem foi criado para glorificar a Deus, ele não se realizada em nenhum outro a não ser nEle (Is. 43.7). Deus não, no entanto, não o criou como uma máquina, para obedecer cegamente, sem que tivesse livre-arbítrio. Adão e Eva, ao invés de usarem a dádiva da escolha para a glória de Deus, optaram por satisfazerem a eles mesmos. Sonharam em ser deuses, ambicionaram a árvore do conhecimento do bem e do mal, ficaram com o mal, como resultado, cairam, desobedeceram, tornaram-se rebeldes pecadores diante de Deus. Naqueles tempos, como também hoje, o pecado traz conseqüências angustiantes para a humanidade (Gn. 3.15). O Senhor, contudo, não desprezou a humanidade a qual havia criado com tanto amor. Ainda que o pecado tenha se espalhado avassaladoramente, a violência e a corrupção (Gn. 4.8-16; 6.1; 5-7). Deus encontrou graça em um homem chamado Noé, e, como também é justiça, enviou o dilúvio sobre a humana, mas antes revelou seu plano ao patriarca, e esse, por fé, foi preservado com a sua família (Gn. 7.7).

3. A INTERVENÇÃO DIVINA NA ESCOLHA DE ISRAEL: Depois do dilúvio, Deus chamou um homem, chamado Abraão, e prometeu que dele faria uma grande nação (Gn. 12.1,2). Mesmo em sua velhice, esse patriarca gerou um filho, cujo nome dado fora Isaque (Gn. 17.19). Isaque gerou Jacó e a partir dele as doze tribos de Israel (Gn. 25.26-34). Após um período de escravidão no Egito, Deus levantou Moisés, como Libertador, para ir àquela terra, retirar o povo que Ele havia escolhido da servidão (Ex. 3.2-4). Nesse evento, o Senhor se revelou a Moisés como o EU SOU. A retirada e a caminhada de Israel, desde o Egito e ao longo do deserto, são marcadas pela atuação sobrenatural de Deus (Ex. 12.37-51). O Senhor fez grandes proezas para libertar o Seu povo, a morte dos primogênitos, a abertura do Mar, o Maná do céu, a água da rocha. Na religiosidade judaica, Deus manifestação sua redenção ao povo através do derramamento do sangue dos cordeiros que eram imolados como sacrifício pelo perdão do pecado (Lv. 9.3). Essa revelação divina apontava para Aquele que seria, definitivamente, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29).

4. A INTERVENÇÃO DIVINA NA ENCARNAÇÃO DO VERBO: Na abertura do Evangelho que trás o seu nome, João diz que “no princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Mais adiante, acrescenta que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo. 1.1,14). Há aproximadamente dois mil anos, Deus resolveu fazer morada no meio dos homens. Mais do que isso, decidiu se tornar um deles. Como disse um certo pregador, esse é o maior evento histórico de todos os tempos. Maior do que a ida do homem a lua em 1969. O Emanuel, Deus conosco, colocou os seus pés aqui na terra, viveu entre nós, tornou-se um vizinho. Com essa atitude, Deus condescendeu plenamente em sua revelação, manifestando-se como o Caminho, a Verdade e a Vida, afirmando que quem quisesse conhecer ao Pai deveria olhar para Ele (Jo. 14.1-10). Essa intervenção mudou significativamente o relacionamento dos homens com o Deus, podemos, agora, chamá-lo de Aba, pois somos seus filhos (Rm. 8.15; Gl. 4.6). Isso porque fomos regenerados (I Jo. 5.18; Jo. 3.5-7; II Pe. 1.4), justificados (Rm. 3.22-28; 4.3,16; 5.1), santificados (Hb. 12.14; I Pe. 1.15).

5. A INTERVENÇÃO DIVINA NOS ÚLTIMOS DIAS: Vivemos já, em parte, o tempo escatológico de Deus, pois nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1). Mesmo assim, temos ainda a expectativa quando ao dia em que o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade (I Co. 15.53,54). Nessa ocasião, o Senhor virá dos céus para arrebatar a Sua igreja, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e os vivos serão transladados (I Ts. 4.15-17). Haverá um tempo de Tribulação, o qual findará com a Volta Gloriosa de Jesus Cristo, como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16). Haverá um período de mil anos, no qual Cristo reinará entre as nações a partir de Israel (Ap. 20.3-7). Até que, enfim, serão feitos nova terra e céus, onde habitarão justiça e paz (II Pe. 3.16). Após o Juizo Final (Ap. 16.11-15), descerá a Nova Jerusalém, e, com Deus, habitaremos para todo o sempre. E todo aquele que tem essa esperança purifique-se a si mesmo, assim como Ele é puro (I Jo. 3.3).

CONCLUSÃO: O Deus da Bíblia não é um deus ausente, o qual Elias ironizou em seu confronto com os profetas de Baal. É um Deus que intervem na história da humanidade e isto Ele tem feito desde o princípio, no ato da criação. Esse Deus Vivo e Verdadeiro também separou uma nação, da qual nasceu Aquele que é a Promessa. No final, Ele que é Esperança Nossa, virá dos céus para reinar, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ao Deus que intervém seja a honra e a glória pelos séculos dos séculos. Amém. PENSE NISSO!

* O DEUS QUE SE COMUNICA COM O HOMEM

Textos: Gn. 3.8 – Sl. 29.1-10
irmaoateinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que o Deus da Bíblia se relaciona com o homem a fim de comunicar-lhe seu amor, cuidados e salvação eterna.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana veremos que Deus se comunica com o homem. O princípio da comunicação, ou da revelação divina, repousa no relato bíblico de que Deus falou. Partindo desse pressuposto, definiremos e distinguiremos a revelação divina geral e especial. Em seguida, trataremos a respeito da revelação divina na história da salvação. E por fim, da resposta divina diante dessa revelação.

1. REVELAÇÃO: GERAL E ESPECIAL: Neste estudo, os termos “comunicação” e “revelação” serão usados de forma intercambiável. Assim sendo, podemos dizer, consoante ao título da aula, que Deus se comunica ou se revela ao homem. A revelação se faz necessária porque o homem é finito e não pode conhecer a Deus por meios próprios. Por isso, num ato de livre graça, Deus se revelou para nós. Ele rompeu o silêncio e se deu a conhecer. Essa revelação acontece, tanto nos tempos antigos quanto atuais, pela manifestação geral e/ou específica: 1) geral – Deus comunicando a respeito de si mesmo a todas as pessoas de todos os tempos e lugares; e 2) especial – a manifestação de Deus para pessoas específicas em épocas específicas. Os meios da revelação geral são: a natureza, a história e a constituição do ser humano (Sl. 19.1; Rm. 1.18-21,25; At. 14.15-17; 17.22-31). A revelação geral, no entanto, tem suas limitações por causa da queda do ser humano (Rm. 1.21; II Co. 4.4; Rm. 10.14). Ademais, por meio dessa revelação, é possível identificar um Deus Criador e Poderoso, mas não Amoroso e Salvador. Diante de tal limitação, o Deus da Bíblia resolveu se revelar especialmente à humanidade. Primeiramente, a Israel (Ex. 3.14), revelando-se como o EU SOU. Posteriormente, pela Bíblia, por meio da palavra profética, conhecida hoje, entre os cristãos, como Antigo Testamento (Jr. 18.1; Ez. 12.1; Os. 1.1; Jl. 1.1; Am. 3.1). O Novo Testamento, desde os tempos dos apóstolos, é também considerado revelação divina, Palavra de Deus (II Pe. 3.15; Ap. 22.18,19).

2. CRISTO, A PLENITUDE DA REVELAÇÃO DIVINA: A plenitude da revelação divina, no entanto, está em Cristo, o Verbo que se fez Carne (Hb. 1.1-3). A revelação como Pessoa, por conseguinte, se junta à Palavra Escrita, de modo que, pela Bíblia, temos o testemunho fiel e verdadeiro dos apóstolos a respeito de Cristo (Jo. 19.35; 21.24; I Jo. 1.1). Em Hb. 1.1 está escrito que “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. A esse respeito, entendemos:

1) que Deus falou antigamente – assim sendo, não podemos incorrer no erro de pensar que somente há revelação em Cristo e/ou depois dele, a Lei, também tem o seu papel em relação com o Evangelho;
2) Deus falou não apenas um vez, mas “muitas vezes” – não continuamente, em fragmentos e intervalos;
3) não apenas de um modo, mas de “muitas maneiras” – por anjos, Urim e Tumin, sonhos e visões (Nm. 12.6-8);
4) ao pais – Noé, Abraão, Isaque, Jacó, entre outros - pelos profetas – Moisés, Davi, Elias, Jeremias, entre outros – essa revelação fora dada em porção, isto é, nenhum desses detinha a plenitude da revelação divina (I Co. 10.1);
5) nos últimos dias, isto é, nos dias de Cristo na terra, Deus falou-nos pelo Seu Filho, Jesus Cristo, que é a expressão completa, ininterrupta da revelação divina, pois nEle habita a plenitude da deidade (Jo. 1.16; 3.34; Cl. 2.9). Em Jesus Cristo repousa todo o espírito da profecia, a graça e a verdade do Evangelho (Ap. 19.10; Jo. 1.17; 5.46; 14.9; Hb. 1.3).

3. A RESPOSTA HUMANA À REVELAÇÃO DIVINA: Deus falou, e como resultado dessa revelação, desse apocalipse, manifestação, parousia, somos todos postos diante dEle. Cabe ao homem, diante de Cristo, responder a Deus, aceitando-O ou rejeitando-O. A todos quantos O receberam, deu-lhes a autoridade de serem chamados filhos de Deus (Jo. 1.12). Em virtude do pecado, a condenação eterna está imposta a todos os homens, pois todos pecaram e destituídos ficaram da glória de Deus (Rm. 3.23). As obras são insuficientes para trazer a salvação dos homens (Ef. 2.8,9). Na verdade, nada há que o homem possa fazer para encontrar a justiça divina, a não ser por Jesus Cristo (Is. 57.12). A religiosidade ou a moralidade também não garantem a salvação, pois necessário se faz que o homem nasça de novo (Jo. 3.3). Não há outro caminho pelo qual os homens possam ser salvos, somente Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo. 14.6; I Jo. 5.20). Não há outro nome, além do de Cristo, por meio do qual possamos ser salvos (At. 4.12). Aos que recusam o Filho de Deus, permanece sobre eles a ira divina (Jo. 3.36). Segundo a revelação bíblica, estão entesourando ira para si, que se manifestará no juízo de Deus (Rm. 2.5-8; Rm. 12.19).

CONCLUSÃO: O Deus da Bíblia não é como um pai que se ausentou dos seus filhos e não mais resolveu dar notícias. Ou mesmo, como dizem os deístas, a um relojoeiro que deu cordas na sua criação e a abandonou ao acaso. O Deus da Bíblia, ciente das limitações humanas decorrentes da Queda, resolveu falar. Ele se revelou, a princípio, através da natureza – mostrando o seu poder criador, e da consciência – revelando na constituição humana o seu pecado. A ápice dessa revelação é Cristo, Aquele que revelou a face de um Deus de justiça e de amor. Essa é a grandeza da revelação divina, que, ao contrário do que se dizem, não é excludente, na verdade, é includente, pois Deus, em Cristo, forneceu um escape à humanidade outrora condenada à perdição eterna (Jo. 3.16). PENSE NISSO!

* O DEUS DA BÍBLIA

Textos: I Tm. 1.17 – Sl. 136.1-9,26
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que existem muitos falsos deuses, inventados pelos homens, e que há somente um Deus, o da Bíblia, que é vivo, verdadeiro, soberano, santo e amoroso.

INTRODUÇÃO: Durante este trimestre, estudaremos a respeito de Deus, não qualquer deus, ou, como disse Blaise Pascal, o deus dos filósofos. O Deus sobre o qual nos deteremos, ao longo das próximas lições, é o Deus de Abrão, Isaque e Jacó, isto é, o Deus da Bíblia, Aquele que se revelou a nós, através de Cristo, a Palavra Encarnada, e, ao mesmo tempo, na Escritura, a Palavra Escrita. Quando nos voltamos para esse assunto, que a o estudo teológico propriamente dito, precisamos, com Moisés, tirar as sandálias dos nossos pés, pois o solo no qual estamos pisando é Santo. Neste estudo, abordaremos: a definição, se é que isso é possível, de Deus, sua existência, bem como a diferença entre o Deus Vivo e Verdadeiro e os falsos deuses.

1. A DEFINIÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA DE DEUS: O conceito de Deus, no Catecismo de Westminster, é o seguinte; “Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. Mais especificamente, na Bíblia, podemos conhecer melhor a Deus através dos seus nomes. O nome de Deus, nas Escrituras, significa mais do que uma combinação de sons revela o Seu caráter. Em Ex. 6.3; 33.19; 34.5,6 temos uma das manifestações divinas a partir do Seu nome. Os nomes de Deus, na Bíblia, são: Elohim – o Deus de poder; Jeová – o Senhor; El – Deus ; Adonai – Senhor e Mestre. O Deus da Bíblia é Trino, isto é, Pai, Filho e Espírito Santo (Mt. 3.16;,17; 28.19; Jo. 14.16,17,26; 15.26; II Co. 13.14; Gl. 4.6; Ef. 2.18; II Ts. 3.5; I Pe. 1.2; Ef. 1.3,13; Hb. 9.14). Existem alguns equívocos a respeito da doutrina de Deus, dentre eles, destacamos:

1) agnosticismo – crença que não somos capazes de conhecer a Deus;
2) politeísmo – idéia de que o universo é governado por vários deuses;
3) panteísmo – sistema de pensamento que identifica Deus com a matéria, isto é, com a própria criação;
4) deísmo – admite a existência de um Deus pessoal, mas nega que Ele intervenha na criação; 5) materialismo – nega qualquer distinção entre matéria e espírito, portanto, Deus não existe.

2. A EXISTÊNCIA DE DEUS: FÉ E RAZÃO: Desde os tempos antigos, filósofos e teólogos, tentam apresentar provas contundentes da existência de Deus. As mais conhecidas são as seguintes:

1) Prova antropológica (Tiele) – nunca existiram povos ateus, o ateísmo é um fenômeno individual;
2) Prova ontológica (Anselmo) – o conceito de Deus implica sua existência necessária;
3) Prova cosmológica (Aquino) – cada movimento tem uma causa motriz, Deus é a causa não-criada; o motor imóvel que tudo move;
4) Prova da aposta (Pascal) – quando se compara perdas e ganho potenciais de acreditar ou não na existência de Deus, quem acredita sai ganhando;
5) Prova teleológica (Paley) – o universo tem um propósito, isso demonstra a existência de Deus;
6) Prova moral (Kant) – a necessidade da existência de Deus, como legislador e juiz, é o fundamento da ordem moral. Ainda que esses argumentos não sejam, no todo, descartados, a fé, e não a razão, é o fundamento para crermos na existência de Deus. Na verdade, a Bíblia não se preocupa em mostrar, racionalmente, Sua existência. Em Gn. 1.1, a existência de Deus é tomada como um pressuposto, por isso, o salmista reconhece que somente o néscio pode dizer que Deus não existe (Sl. 14.1). Muito mais do que provado, Deus precisa ser crido e, diante de Sua revelação, cujo expoente maior é Cristo, o Verbo que se fez carne (Jo. 1.1,14), devemos nos submeter em fé obediente (I Co. 2.14,15; Hb. 11.1).

3. DEUS DA BÍBLIA ENTRE OUTROS DEUSES: O Deus da Bíblia, diferentemente dos outros deuses, não é fabricação humana. Não é, como dizem os materialistas, uma construção do intelecto. Ele, conforme já o ressaltamos anteriormente, é o Deus que rompeu o silêncio. Por Sua livre graça, resolveu se revelar, se dá a conhecer à Sua criatura. Esse fato pode ser percebido na manifestação do Senhor a Moisés no meio da Sarça que não se consumia. Deus, naquele ato, resolveu mostrar o Seu amor e a Sua identificação com o sofrimento de Israel no Egito (Ex. 3). No Novo Testamento, Deus, em Cristo, revelou o Seu amor à humanidade (Jo. 3.16). Tanto no Antigo, quando no Novo Testamento, Deus é Eterno (Dt. 33.27; Is. 40.28; Jr. 10.10), Santo (Hc. 1.3; Lv. 11.44; Jó. 34.10; Sl. 99.9; Ap. 4.8), Supremo Juiz do Universo (Is. 33.22; Gn. 18.25; Sl. 75.7). Depreendemos, dos textos citados, que Ele é, verdadeiramente, um Deus Grande, que não se confunde com a natureza criada, para usar um termo teológico, transcendente. Mas, ao mesmo tempo, esse Deus se envolve com a criatura, nos chama pelo nome, age para nos salvar, sendo, também, imanente (Gn. 32.30; Sl. 7.10).

CONCLUSÃO: O Deus da Bíblia é, ao mesmo tempo, Santo e Amoroso. Diante de Sua santidade, nos prostramos, reconhecendo que somos pecadores, necessitados de Seu graça e do Seu perdão. A santidade de Deus nos faz estremecer, e lutar veementemente contra o pecado que habita em nós. Ao mesmo tempo, sabemos que não estamos imunes ao pecado, e, se pecarmos, temos, da parte do Pai, um Advogado Justo, que nos está do nosso lado (I Jo. 1.9; 2.1). Temos, assim, motivos de sobra para abandonar os ídolos e servir o Deus Vivo e Verdadeiro (I Ts. 1.9). PENSE NISSO!