
TEXTOS: Jr. 2.13 -  Jr. 2.1-7,12,13
irmaoteinho@hotmail.com
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OBJETIVO: Destacar que não podemos  compactuar com a apostasia, para que não venhamos a perecer em nossos  pecados.
INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, vamos aprender a respeito do desvio espiritual de Israel. O povo de Judá  deu as costas para o Deus que graciosamente o escolheu. Inicialmente,  trataremos sobre o antigo amor de Israel pelo Senhor. Em seguida,  enfocaremos o desvio espiritual desse povo, e, ao final, as  conseqüências do distanciamento do Senhor. Esperamos que essa lição  sirva de despertamento para aqueles que se encontram em situação de  perigo, distanciados dos caminhos do Senhor, mesmo que tenham algum  vínculo religioso.
1. O AMOR ANTIGO DE ISRAEL: Judá  esqueceu do seu primeiro amor e é questionado pelo Senhor: Que  injustiça acharam vossos pais em mim? (Jr. 2.4,5). Em seguida,  responsabiliza os sacerdotes, que se corromperam e não ensinaram a Torá  ao povo; aos governantes, os quais, seguindo o caminho dos sacerdotes,  também se corromperam, e os falsos profetas, que, ao invés de buscarem  ao Senhor, se envolveram com Baal, o deus cananeu da fertilidade (Jr.  2.8). O Senhor compara seu relacionamento com Judá a de um esposo  traído, já que, no princípio, Israel se voltou para Deus, mas,  posteriormente, seguiu seu próprio caminho, tornando-se adúltera (Jr.  31.32; Is. 54.5; Os. 2.16). A nação rompeu o relacionamento antigo de  amor entre Deus e Israel. Preferiu ir após ídolos estranhos, trocando o  Manancial de Águas por cisternas rotas. Por analogia, para a igreja,  Jesus é a água da vida, todos os que O recebem experimentam da fonte que  jorra para a vida eterna (Jo. 4.10-14; Ap. 21.6). Lembramos que, na  Palestina, a água é uma possessão de valor singular, por esse motivo,  seria uma loucura tomar tal atitude. É uma pena que, nestes dias,  algumas igrejas estejam fazendo o mesmo. Substituem o Manancial de Vida  por Cisterna Rotas que para nada servem. A espiritualidade genuína está  sendo trocada pelo mero tarefismo religioso; o poder do Espírito Santo  está sendo usurpado por barganhas políticas; a vocação ministerial fora  transformada em profissionalização eclesiástica; e a o pastorado  cristão, fundamentado no amor, conduzido via técnicas insensíveis de  administração empresarial.
2. O DESVIO ESPIRITUAL DE  ISRAEL: Em Jr. 2.17 encontramos a causa dos desvios  espirituais de Israel, pois a desobediência do povo tornou-se  intencional, a nação optou pela idolatria, do mesmo modo, os cristãos,  hoje, devem buscar a retidão, para não seguir o mesmo caminho,  especialmente os obreiros (I Tm. 6.11; II Tm. 2.22). Ao invés de se  voltar para o Senhor, o Manancial de Águas, Judá busca subterfúgios  políticos, indo após o Egito (Jr. 2.18; Is. 30.15). O cristão, ao longo  do trajeto, pode ser tentado a retornar ao mundo. Mas isso se constitui  num perigo espiritual, que incorre em apostasia (Hb. 6.4-6). As alianças  com as nações vizinhas, na tentativa de escapar do julgamento divino,  que viria através dos babilônicos, somente agravaria a situação. Ao  longo da história de Israel, quando o povo se aliou aos povos vizinhos,  acabou perdendo sua identidade, e se distanciado do Senhor. Na história  da cristandade aconteceu o mesmo, basta citar, como exemplo, a  constatinização da igreja que, ao se romanizar, acatou práticas pagãs do  império, desviando-se, assim, da Palavra de Deus. Nos tempos de  Jeremias, o contato direto com os cananeus afetou diretamente a  espiritualidade judaica. A adoração a Baal se tornou uma prática tão  comum que os judeus assumiram o culto a essa divindade como se fosse  algo normal (Jr. 2.20). Jeremias responsabiliza, mais uma vez, os  sacerdotes, os governantes, os pastores e os profetas por serem  coniventes com a religiosidade pagã, adotada pelo povo (Jr. 2.26,27).
3.  A CONSEQUÊNCIA DO DESVIO ESPIRITUAL: Como conseqüência desse  desvio espiritual, Jeremias pronunciou palavras de julgamento (Jr.  2.31). Isso porque ao invés de se arrependerem e confessarem seus  pecados, as pessoas rejeitaram a mensagem profética (Jr. 5.3). O Senhor  lembra a sua esposa quão ricamente Ele a havia abençoado, ainda que essa  agisse com atitudes rebeldes (Jr. 2.29) e O esquecido (Jr. 2.32) e  mentido para Ele, dizendo ser inocente (Jr. 2.33-35). Por causa da  prosperidade econômica que a nação estava usufruindo, os judeus achavam  que estavam sendo abençoados por Deus. Há hoje os que confundem  prosperidade financeira com benção espiritual. Na verdade, o que mais  acontece é justamente o contrário, pois quanto mais próspera costuma ser  uma nação, mais materialista essa se torna. Com o acúmulo de bens, o  ser humano apenas tenta preencher um vazio que somente pode ser  satisfeito por Deus. A Teologia da Ganância - que alguns denominam de  Teologia da Prosperidade – favorece, inclusive, uma espiritualização das  riquezas. As conseqüências começam já a ser percebidas na igreja  evangélica mundial. A vasta maioria das igrejas que acatou tal doutrina,  ainda que sejam financeiramente prósperas, perderam a genuína  espiritualidade. Transformaram seus cultos em parque de diversão e os  púlpitos em palcos, substituíram a pregação da Palavra e a verdadeira  adoração por tristemunhos de “artistas” e acrobacias “espetaculares”, em  suma, trocaram o Manancial de Águas por Cisternas Rotas.
CONCLUSÃO: Mas  ainda há tempo pra se voltar para Água da Vida (Jo. 4.10-14). Somente  Jesus satisfaz completamente a existência humana e oferece liberdade  plena (Jo. 8.32), principalmente do deus mamom, outrora denunciado por  Jesus (Mt. 6.19-24) e por Paulo (I Tm. 6.3-10) perante o qual muitos têm  se prostrado nestes dias. A mensagem do Senhor para a igreja de Éfeso  se aplica às igrejas evangélicas que se desviaram dos caminhos do  Senhor. Em algumas delas, a ostentação das riquezas para nada servem,  senão para ocultar a falta de espiritualidade. Para essas, a Palavra do  Senhor é: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.  Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras  obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu  castiçal, se não te arrependeres (Ap. 2.4,5). PENSE NISSO!
Deus é Fiel e Justo!