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O REINADO DE ACAZIAS

 

Texto Base: 2 Reis 1:1-8,13-17 

“Tenha já fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e a mente” (Sl.7:9).

V.P.: A coragem de Elias é exemplo e incentivo para os que são chamados a pregar e a exortar segundo a Palavra de Deus, independentemente de classe, raça ou credo. 

2 Reis 1:

1.E, depois da morte de Acabe, Moabe se revoltou contra Israel.

2.E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros e disse-lhes: Ide e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.

3.Mas o anjo do SENHOR disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?

4.E, por isso, assim diz o SENHOR: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então, Elias partiu.

5.E os mensageiros voltaram para o rei, e ele lhes disse: Que há, que voltastes?

6.E eles lhe disseram: Um homem nos saiu ao encontro e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos mandou e dizei-lhe: Assim diz o SENHOR: Porventura, não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto, da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás.

7.E ele lhes disse: Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras?

8.E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita.

13.E tornou o rei a enviar outro capitão dos terceiros cinquenta, com os seus cinquenta; então, subiu o capitão de cinquenta, e veio, e pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou-lhe, e disse-lhe: Homem de Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a minha vida e a vida destes cinquenta teus servos.

14.Eis que fogo desceu do céu e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinquenta, com os seus cinquenta; porém, agora, seja preciosa aos teus olhos a minha vida.

15.Então, o anjo do SENHOR disse a Elias: Desce com este, não temas. E levantou-se e desceu com ele ao rei.

16.E disse-lhe: Assim diz o SENHOR: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto, desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás.

17.Assim, pois, morreu, conforme a palavra do SENHOR, que Elias falara; e Jorão começou a reinar no seu lugar, no ano segundo de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, porquanto não tinha filho.

INTRODUÇÃO

Dando continuidade ao estudo sobre “O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação”, trataremos nesta Aula do reinado de Acazias. O reinado deste rei foi fortemente marcado pelo desprezo ao Deus e Israel, assim como foi o reinado de seus pais – Acabe e Jezabel. Acazias reinou dois anos sobre Israel (853-852 a. C.; cf. 1Rs.22:52-54 a 2Rs.1:1-18), um período marcado por idolatria grave e perversidade. Sua mãe, Jezabel, certamente o incentivou à impiedade, da mesma forma que influenciou seu pai de forma negativa. Acazias serviu a Baal, e o adorou, e provocou à ira ao Senhor (1Rs.22:53,54).

I. UM REINADO MARCADO PELA IDOLATRIA

1. O deus de Acazias

O deus de Acazias era o ídolo Baal, o mesmo de seu Pai e de sua mãe. Quando seu pai morreu ele assumiu o trono, mas apesar de todas as manifestações do poder de Deus através do profeta Elias, e dos juízos de Deus derramado sobre seu pai e sua mãe, seu coração continuou inclinado totalmente à adoração de ídolos, principalmente ao falso deus Baal (cf.1Reis 22:54).

Certo feita, Acazias caiu da sacada do seu quarto no palácio de Samaria e ficou muito ferido. Então enviou mensageiros para consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom [uma das cidades dos filisteus], para saber se ele se recuperaria (2Reis 1:2). Ele acreditava que este falso deus podia prever o futuro e, certamente, curá-lo. Por isso, enviou mensageiros a Ecrom para saber se viveria ou não, após sua queda e consequente enfermidade. Essa atitude de Acazias evidenciou a descrença e o desrespeito pelo Deus de Israel.

Como Acazias podia ignorar que aquele falso deus era irreal, sem sentido e impotente, e que jamais daria qualquer resposta sobre seu destino? Como podia fazer de um ídolo mudo e inerte, seu oráculo? Isso não ocorreu somente com Acazias, não! Em nossos dias isso está ocorrendo com muita frequência. Indo ao Juazeiro do Norte ou ao Canindé, estado do Ceará, ver-se-á a mesma ilusão. Satanás cegou os olhos espirituais de muitos para que não enxerguem a verdade, e cauterizou a suas mentes para que não conheçam o único Deus verdadeiro.

2. Acazias segue os passos de seus pais

Embora o ministério de Elias tenha sido sobremaneira importante para restabelecer a adoração ao Senhor Deus de Israel, a idolatria generalizada voltou novamente no reinado de Acazias. Está escrito que Acazias “fez o que era mau aos olhos do Senhor; porque andou nos caminhos de seu pai, como também nos caminhos de sua mãe, e nos caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel. E serviu a Baal, e se inclinou diante dele, e indignou ao Senhor, Deus de Israel, conforme tudo quanto fizera seu pai” (1Reis 22:53,54). Tal pai, tal filho!

Apesar de ter reinado apenas dois anos (cf.1Rs.22:52), superou a maldade de seus antecessores. As forças do mal não desistem facilmente; mesmo depois de exterminadas, elas muitas vezes se reagrupam e tentam voltar rapidamente. Acazias, certamente, foi o instrumento perfeito para que as forças do mal recuperassem o seu inteiro vigor.

Podemos observar dois aspectos em relação ao reinado de Acazias: primeiro, ele continuou com o depravado culto aos bezerros que Jeroboão realizava em Betel e Dã (cf.1Rs.22:53); segundo, ele mesmo era um adorador de Baal (cf.1Rs.22:54). A influência de Acabe e Jezabel, seus pais, aparentemente, se fez presente durante o curto reinado de Acazias (cf.1Rs.22:53). A boa recomendação é: “os erros ou as más condutas cometidas por nossos antecessores não devem ser repetidas”.

II. ELIAS DESAFIA A ADORAÇÃO A BAAL

1. A corajosa intervenção de Elias

A Bíblia diz que Acazias caiu pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; ao invés de pedir ao Senhor o seu favor em curar a sua enfermidade, ele enviou mensageiros para perguntar ao deus falso Baal-Zebube, deus de Ecrom, se ele sararia daquela doença. Mas o anjo do Senhor disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? (cf.2Reis 1:2-4). Corajosamente, Elias foi ao encontro dos mensageiros de Acazias, e enviou-os de volta ao rei com a sentença do Senhor: “assim diz o Senhor: da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás” (2Rs.1:4).

É trágico que o rei, cujo nome significa “Jeová sustenta”, tenha procurado Baal para receber cura! É notório que sua mente estava drasticamente cauterizada! A apostasia que dominou o reinado de seus pais o contaminou intensamente. Nestes tempos atuais milhares de pessoas que se dizem crentes não procuram ídolos de ferro, de barro ou de pedra para pedir cura, mas ídolos de carne que vão de templo a templo com suas trapaças enganando os incautos, dizendo que tem o poder da cura num piscar de olhos. Muitos acreditam nessas bobagens, e acabam levando a pior; acabam recebendo a mesma sentença dada a Acazias, porque não procuram buscar a solução de seu problema no Deus verdadeiro que tudo pode.

Observação: Alguns estudiosos afirmam que o nome verdadeiro do falso deus pagão de Ecrom era Baal-Zebul, cujo significado é “o senhor da vida”, mas os judeus o chamavam depreciativamente de Baal-Zebube, que significa “senhor das moscas”. No tempo de Cristo, essa divindade havia se tornado símbolo de satanás”.

2. A resposta de Elias aos soldados do rei

Em resposta à mensagem confrontadora de Elias, o rei Acazias enviou um capitão com cinquenta soldados para trazer Elias à sua presença de imediato. Quando o capitão transmitiu a exigência insolente, Deus defendeu o profeta mandando fogo do Céu para destruir o capitão e seus cinquenta soldados arrogantes.

Outro capitão com mais cinquenta homens ordenou a Elias: “desce depressa”, e teve o mesmo fim de seu antecessor. Em uma ocasião anterior, no monte Carmelo, Deus desacreditara Baal e seus sacerdotes com fogo do Céu (1Rs.18). Aqui, o mesmo fenômeno destruiu os soldados de Baal que procuravam colocar as mãos ímpias em Elias. O profeta recebia ordens do verdadeiro Rei de Israel, não de um usurpador idólatra. O texto não explica por que os capitães e seus soldados foram mortos; talvez estivessem decididos a destruir Elias tanto quanto estava Acazias (cf. 2Rs.1:9-12).

Em sua teimosia acintosa, Acazias enviou outro capitão com cinquenta homens para confrontar Elias e trazê-lo à presença do rei. Mas, este capitão sabendo do ocorrido com os anteriores, se apresentou a Elias de forma humilde e cortês, e suplicou-lhe misericórdia (2Rs.1:13-15) – “Homem de Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a minha vida e a vida destes cinquenta teus servos. Eis que fogo desceu do céu e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinquenta, com os seus cinquenta; porém, agora, seja preciosa aos teus olhos a minha vida. Então, o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este, não temas. E levantou-se e desceu com ele ao rei”. Ao se apresentar diante de Acazias, com destemor e com grande ousadia, Elias disse que ele não se recuperaria da sua enfermidade porque desprezara o Senhor ao consultar Baal-Zebube. Assim, pois, morreu, conforme a palavra do Senhor, que Elias falara (cf.2Rs.1:13-17).

Segundo Matthew Henry, “Deus está pronto para mostrar clemência àqueles que se arrependem e se submetem a Ele. Nunca ninguém agiu em vão ao colocar-se sob a misericórdia de Deus. O terceiro capitão não somente teve sua vida poupada, mas a permissão de cumprir sua tarefa. Elias, sendo ordenado pelo anjo, desceu com ele ao rei (cf. 2Rs.1:15). Assim, ele mostrou que, antes, recusava-se a ir não porque temesse o rei ou a corte, mas porque não seria arrogantemente compelido a fazê-lo, o que diminuiria a honra de seu Senhor. Ele valorizou seu ofício. Ele veio corajosamente ao rei, e lhe transmitiu de forma clara a mensagem que tinha enviado antes (2Rs.1:16) - que o rei ia morrer. Elias não aliviou a sentença, nem por medo do desprazer do rei, nem por pena de sua miséria” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 545,46). Talvez essa tenha sido a última vez em que Elias compareceu à presença de um rei, porque não se faz menção alguma de associações com o sucessor de Acazias, Jorão.

3. Um ministério de fogo

O profeta Elias foi muito usado por Deus para fazer milagres e para trazer julgamento à nação de Israel por ter se desviado do Senhor e adorado a deuses pagãos. Um dos elementos utilizado por Elias para trazer juízo em nome do Senhor, foi o fogo. No monte Carmelo, diante dos profetas de Baal, e do rei Acabe, e do povo de Israel, Deus ouviu o clamor de Elias e mandou fogo do céu que consumiu todo o holocausto preparado. Até mesmo a água que havia ali o fogo lambeu! O povo vendo isso, reconheceu que só o Deus de Israel é o Deus verdadeiro (cf. 1Reis 18:36-39).

Em outra ocasião, já no reinado de Acazias, filho de Acabe, o fogo também esteve presente no ministério de Elias para aplicar o juízo de Deus sobre os idólatras e arrogantes capitães, e seus subordinados (2Reis 1:10-12). O rei e seus soldados, em rebelião contra Deus e sua Palavra, tentaram prender Elias, mas fogo desceu diretamente da parte de Deus, como julgamento contra Acazias, que obstinadamente persistia em opor-se a Deus e ao seu profeta. Foram 100 homens consumidos pelo fogo.

O juízo de Deus com uso de fogo está presente em muitos episódios registrados na Bíblia. Por exemplos:

-No juízo sobre Sodoma e Gomorra, Deus enviou fogo e enxofre para destruir essas duas cidades ímpias – “Então, o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra” (Gn.19:24).

-No período da grande tribulação, o mundo sofrerá terrivelmente o juízo de Deus com fogo (Ap.14:10) - “também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”.

-Após o juízo final, Deus enviará todos os ímpios ao lago de fogo (Ap.21:8) – “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte”.

III. A DOENÇA DE ACAZIAS E A SUA MORTE

1. O julgamento do Senhor contra Acazias

Elias ficou profundamente perplexo pela escolha de Acazias em procurar a Baal, e não ao Deus de Israel. Por isso dirigiu a pergunta a Azacias, vinda diretamente do Senhor: “Não há Deus em Israel?” (2Rs.1:6). Elias estava consternado diante de tamanho desprezo ao Deus único e verdadeiro, principalmente em saber que o próprio rei era ciente das maravilhas que Deus havia operado no meio do seu povo, no passado. Como é que o rei aceitava que aquela divindade era deus, o qual era plenamente incompetente para agir? Aqui está demonstrada a cegueira e a tolice de todos aqueles que procuram uma alternativa diferente para servir a Deus. Por consequência de sua obstinada idolatria, Acazias foi sentenciado à pena capital.  

Deus não tolera a obstinação daqueles que ouvem sua Palavra e permanecem com a vida deliberadamente entregue ao pecado. Todos aqueles que praticam semelhantes atos, certamente, pagarão brevemente pelos seus danosos erros, seja aqui nesta terra ou no juízo vindouro do Grande Trono Branco (Ap.20:11-15).

2. A determinação de Elias e a morte do rei

De forma determinada e ousada, Elias proferiu a sentença:

“Assim diz o Senhor: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto, desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás” (2Rs.1:16).

Assim, pois, morreu Acazias, conforme a palavra do Senhor, que Elias falara. Uma vez que ele não tinha filhos para ocupar seu lugar no trono, foi sucedido por Jorão, seu irmão (2Rs.1:17).

O que faltou em Acazias foi destronar de si o orgulho e se humilhar profundamente diante do Senhor. Se ele tivesse se arrependido dos seus erros e se humilhado diante do Senhor Deus de Israel, com certeza, o Senhor tinha curado ele de sua enfermidade, pois o Senhor é tremendamente misericordioso e não tem prazer na morte do ímpio - “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ez.33:11); “Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei” (Ez.18:32).

3. As qualidades de Elias

Muitas são as qualidades deste homem de Deus; isto é perfeitamente percebível na pouca literatura que trata do seu curto, porém profícuo ministério. Deus se agradou tanto de Elias que não permitiu que ele visse a morte; subiu ao Céu num grande redemoinho (2Rs.2:11).

O primeiro livro de Reis atribui ao profeta Elias sete grandes milagres: fez cessar as chuvas; multiplicou a comida da viúva; restaurou à vida o filho da viúva; fez descer fogo do céu no monte Carmelo; fez cessar a grande seca; invocou fogo sobre soldados e dividiu as águas do Jordão. Assim como Elias predisse, aconteceu! Ele possuía inspiração e autoridade espiritual. “Mas, não são somente os milagres e a inspiração divina os elementos autenticadores do ministério profético de Elias, o seu caráter também. As palavras de Elias eram autenticadas por suas ações. Os falsos profetas também possuem uma certa margem de acertos em suas predições, todavia as suas práticas distanciadas da Palavra de Deus são quem os desqualificam. Elias, portanto, possuía carisma e caráter. Podemos então dizer que o caráter pode não ter dado fama a Elias, mas com certeza lhe deu nome (1Rs.17.1); pode não lhe ter dado notoriedade, mas certamente lhe conferiu autoridade (1Rs.17.1); não o transformou em herói, mas o fez reconhecido como profeta (1Rs 17:2,3); e fez com que ele enxergasse Deus até mesmo onde aparentemente Ele não estava (1Rs.17:8-9 — foi sustentado por uma mulher, gentia, viúva e pobre)” (pr. José Gonçalves – Porção dobrada, CPAD).

Onde estão, hoje, os homens com as qualidades de Elias? Oro a Deus para que Ele conceda homens com o quilate deste homem de Deus: zelosos da Palavra e da Obra de Deus; destemidos para enfrentar os politicamente corretos e os liberais que danificam a doutrina que Cristo deixou, na qual a Igreja está edificada; homens fiéis e corajosos que preguem a verdade, nada mais que a verdade; que ao ouvir a mensagem e os prodígios realizados, o povo possa expressar com alegria no coração: Só o Senhor é Deus, só o Senhor é Deus!

CONCLUSÃO

Em épocas difíceis Deus levanta homens e mulheres dispostas a enfrentar as mais duras situações, e concede-lhes da sua graça para que cumpram seu ministério. Elias foi um profeta de seu tempo. Ele era uma pessoa disposta a, por Deus, enfrentar diversos desafios. Dentre suas características, encontramos o destemor, a incorruptibilidade e a fidelidade a Deus.

Acazias foi um tremendo idólatra, que desprezou os mandamentos do Senhor, que levou todo o povo a permanecer na idolatria e esquecer que só o Senhor é Deus. Ele fez o que era mau diante do Senhor (2Rs.1:2). Mas Deus usou o seu servo Elias para confrontá-lo e dizer-lhe que ele ia morrer, porque desprezou o Senhor Deus de Israel. Elias foi obediente, destemido em confrontar o rei. É preciso ter coragem para depender de Deus em situações bastante adversas e crer que Ele é responsável por nos sustentar.

ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL E ASERÁ

 

Texto Base: 1Reis 18:22-24,26,29,30,38,39; 19:8-14


“Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego” (1Rs.18:38).

V.P.: “O Senhor sustenta com sua forte mão todos os que estão dispostos a proclamar a verdade de que Ele é o único Deus digno de adoração”.

1 Reis 18:

22.Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.

23.Deem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo.

24.Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.

26.E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.

29.E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

30.Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.

38.Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.

39.O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!

1 Reis 19:

8.Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.

9.E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?

10.E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.

11.E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto;

12.e, depois do terremoto, um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada.

13.E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

14.E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.

INTRODUÇÃO

Na sequência do estudo sobre “O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação”, trataremos nesta Aula do famoso embate entre Elias e os profetas de Baal e de Asera.

Baal era o falso deus supremo dos cananeus. Em hebraico, Baal significa senhor; seus adoradores acreditavam que este ídolo era o responsável pela abastança da terra e pela fertilidade do ventre; sendo o deus da fertilidade, seu culto era marcado pela crueldade e por uma devassidão que envergonhava Sodoma e Gomorra. Em suas cerimônias havia louvores a Baal, sacrifícios de vítimas humanas, orgias e os mais inimagináveis desregramentos.

Aserá era uma falsa deusa cananéia muito antiga. Uma inscrição suméria datado de 1750 a.C. se refere a ela como a esposa de El, o deus pai do panteão cananeu. Como o símbolo astrológico de Baal era o Sol, Aserá é frequentemente associada com a Lua, mas seu símbolo era o planeta Vênus. Na época do profeta Jeremias as mulheres hebreias e canaanitas amassavam pães com sua figura e eram comidos ritualmente. Pode-se constatar isso em Jeremias 7:18 – “Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira”.

Três anos e seis meses depois que havia proferido a palavra profética anunciadora da longa seca, o profeta Elias recebeu a ordem de Deus para que se mostrasse a Acabe, porque era chegado o tempo de dar chuva sobre a terra (1Rs.18:1). No momento em que Ele foi se apresentar a Acabe, a fome era extrema na terra de Israel, e o rei, inclusive, estava tendo grandes dificuldades para alimentar os seus animais, a ponto de estar procurando, juntamente com seu mordomo, Obadias, fontes de água e erva para este fim (1Rs.18:5,6).

Ao ver o profeta, o rei mostra todo seu ódio e rancor, ao chamar o profeta de “perturbador de Israel” (1Rs.18:17). Certamente esta era a imagem que Acabe e Jezabel tinham do profeta e que procuravam incutir na mente dos israelitas. Havia um intenso “marketing” promovido pelo governo de Israel no sentido de que Elias era um “perturbador”, era o responsável pela longa seca, visto que, por não servir a Baal, estava a irritá-lo e a impedir que chuva viesse sobre a terra.

A busca incessante por Elias em todas as nações circunvizinhas (cf.1Rs.18:10) tinha, precisamente, este papel, esta finalidade. Portanto, era preciso trazer Elias e matá-lo, a fim de que a “ira de Baal” cessasse e a chuva voltasse sobre a terra. Mas, isto era uma grande mentira patrocinada pelo palácio real, a fim de esconder a soberania divina, a fim de iludir o povo no sentido de que não era o pecado o causador dos males que afligiam o país. Diante desta acusação nefanda, o profeta Elias não titubeou: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes o mandamento do Senhor e seguistes a Baalim” (1Rs.18:18). Houve, assim, a denúncia do pecado e a sua identificação precisa como a causa dos males por que passava Israel.

Na ocasião, Elias lançou o desafio mandando que o rei Acabe reunisse os quatrocentos profetas de Baal e os quatrocentos e cinquenta profetas de Aserá no monte Carmelo, assim como todo o Israel. Acabe consentiu com isso e, então, houve aquele ajuntamento (1Rs.18:19,20), onde foi realizada uma das batalhas espirituais épicas mais espetaculares de todos os tempos registradas nas Escrituras Sagradas. Os profetas de Aserá não compareceram ao local.

I. O DESAFIO NO MONTE CARMELO

1. O zelo de Elias o pôs diante de um confronto

O próprio Elias disse que ele era zeloso: “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor...” (1Reis 19:14).

Tendo em vista que três anos de seca não moveu o povo e nem o rei Acabe, muito menos a sua esposa ímpia e irreconciliável, então o profeta de Deus viu-se na condição de lançar um grande desafio diante de todos para mostrar-lhes nitidamente quem era o Deus verdadeiro. O local escolhido foi o Monte Carmelo. Diferentes sugestões foram apresentadas para justificar a razão pela qual esse lugar foi escolhido. Essa cadeia de montanhas, com suas cavernas e poucos habitantes, pode ter sido o local do esconderijo de Elias e seus seguidores ou discípulos (os filhos dos profetas – cf. 2Rs.2). Também pode ter sido o local preferido para o culto a Baal. Se isto estiver correto, então Elias levou o confronto ao núcleo da própria fortaleza dos seguidores de Baal.

Elias tomou a iniciativa da disputa. “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?”; este era o desafio. Coxear significa mancar como um coxo, capengar, claudicar, pender de um lado para o outro. Quem coxeia dá um passo e se inclina para a direita e no próximo passo se inclina para a esquerda. É por isso que "coxear entre dois pensamentos" tem o sentido figurado de hesitar, vacilar. Isto era o que Elias quis dizer sobre a situação espiritual do povo de Israel. O povo tentava encontrar um lugar para Baal e outro para Deus em sua vida, e isso não agradava ao Senhor Deus, o qual não reparte a sua glória com ninguém, quanto mais com um falso deus.

Elias desafiou todos a observar o que aconteceria, para depois decidir – “Se o Senhor é Deus, segui-o” (1Reis 18:21). Esse desafio era uma proposta definitiva; ela indicava sua grande confiança em Deus, a quem o profeta conhecia bem de perto como o Senhor Todo-Poderoso. Ele estava confiante, embora fosse apenas um contra os 450 profetas de Baal. A Bíblia não declara porque os profetas das cavernas (1Rs.18:19, ou profetas de Aserá) não apareceram, pois foram convidados. Cada um dos lados deveria preparar um bezerro para o sacrifício e concordaram em orar e aguardar que os sacrifícios fossem consumidos pelo fogo sagrado (1Rs.18:24). Foi um momento espetacular e decisivo jamais visto!

2. O problema de não saber a quem adorar

Elias fez ao povo uma pergunta clara: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1Rs.18:21). Infelizmente, o povo não tinha resposta para esta pergunta porque estava em dúvida sobre quem, de fato, era o verdadeiro Deus. O povo foi iludido com a idolatria de Acabe e Jezabel, e os que seguiam esse mau caminho não conseguiam enxergar o verdadeiro Deus a quem se deve realmente adorar. Não sabiam eles que Baal não passava de pretenso deus, fruto da imaginação do homem - tinha boca, mas não falava; tinha ouvidos, mas não ouviam; tinha olhos, mas não enxergavam; tinha mãos, mas não apalpavam; tinha pés, mas não andavam. Como bem diz o apóstolo Paulo, os ídolos não são coisa nenhuma - “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1Co.10:19,20).

Mas, os ídolos não são apenas coisas feitas de barro, pedra, ferro, madeira etc.; pode ser qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus no coração. Argumenta o pr. Claiton Ivan Pommerening: “os ídolos não precisam necessariamente ser físicos, pois podem estar camuflados no coração humano a fim de controlarem as decisões e toda a vida de uma pessoa. Jesus nos alertou sobre isso (Mt.6:24)”.

Naquela ocasião, no monte Carmelo,  muitos sabiam que o Senhor é Deus, porém, gostavam dos prazeres pecaminosos e de outros benefícios que tinham, ao seguirem Acabe em sua adoração idolátrica. Se nós deixarmos levar pelo que é agradável e fácil, algum dia descobriremos que temos adorado a um deus falso – a nós mesmos. É importante tomar uma posição ao lado do Senhor.

3. O desafio do fogo

Elias se dirigiu aos representantes de Israel e os acusou de oscilar entre duas opiniões - deviam escolher o Senhor ou Baal. Em seguida, ordenou que se imolasse dois novilhos e os colocassem sobre a lenha. Elias representaria o Senhor, enquanto os quatrocentos e cinquenta profetas representariam Baal. O deus que respondesse por fogo seria reconhecido como o Deus verdadeiro. Está assim escrito:

“Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra” (1Rs.18:23,24).

Elias era tão íntimo de Deus que propôs esse desafio, e o verdadeiro motivo da necessidade de Deus responder com fogo era “para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás” (1Rs.18:37). Sua confiança que Deus responderia sua oração era tão extraordinária que sua ação era como se o próprio Deus estivesse agindo. Na verdade, era, através de Elias.

Era o próprio Deus quem queria que esse desafio ocorresse para mostrar ao povo de Israel que Ele era, sempre foi e sempre será o único Deus verdadeiro, a quem o povo de Israel deveria servir.

II. A ORAÇÃO DE ELIAS

1. Os preparativos de Elias

No monte Carmelo, os profetas de Baal foram os primeiros a preparar o sacrifício (1Rs.18:25-29). Eles clamaram toda manhã pelo seu falso deus, mas seus gritos foram em vão; e o escárnio de Elias incitava ainda mais a sua agitação. De acordo com seus costumes eles cortavam e feriam profundamente o corpo e proferiram loucamente palavras sem nexo. Esperavam que Baal fosse responder por causa de suas expressões (razão pela qual eram chamados de profetas), porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma (1Rs.18:29).

Diante da impossibilidade de resposta de Baal aos apelos de seus adoradores, Elias começou os preparativos para a operação de Deus (1Rs.18:31-35):

31.E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome.

32.E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.

33.Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha,

34.e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez,

35.de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.

Primeiramente, Elias restaura um altar que estava em ruinas. Conforme argumentou Matthew Henry, Elias jamais usaria o altar dos profetas de Baal, que tinha sido contaminado com as orações a este falso deus; mas, encontrando em ruínas um altar ali, que anteriormente tinha sido usado no culto ao Senhor, ele escolheu repará-lo (1Rs.18:30). Isto insinuava ao povo presente que Elias não estava ali para introduzir nenhuma nova religião, mas reviver a fé e a adoração ao Deus de seus pais, e convertê-los ao primeiro amor que tiveram e às primeiras obras que praticaram.

O comentarista Harvey E. Finley argumentou que é difícil encontrar uma explicação a respeito do altar do Senhor que Elias reparou. Parece que a adoração a Deus, conduzida nesse local, havia sido interrompida. Uma provável sugestão é que esse altar fora usado por pessoas do Reino do Norte que eram fiéis a Deus, mas que foram proibidas de continuar com suas práticas religiosas por causa da ameaça de Acabe e Jezabel, que adoravam Baal e Aserá.

A ação de Elias em restaurar o altar significava que o culto ao Deus verdadeiro seria novamente restaurado. Talvez exista aí a explicação da razão pela qual Elias escolheu o monte Carmelo para a desafiar os profetas de Baal. As doze pedras, as quais simbolizavam as doze tribos de Israel, foram colocadas no altar com a finalidade de retratar o desejo de Deus à unidade entre as tribos, particularmente uma crença unificada em sua Pessoa. Depois de tomar grandes precauções à vista de todos, contra acusações de fraude (1Rs.18:33-35), o sacrifício de Elias estava pronto.

2. Uma oração confiante

Segundo Harvey E. Finley, na hora em que o sacrifico da noite era habitualmente oferecido, Elias fez uma oração confiante ao Deus dos patriarcas de Israel, que também era o seu Senhor. Ele rogou, como somente uma pessoa obediente pode rogar, para que Deus pudesse responder, afastar o seu povo de Baal e Aserá, e trazê-lo de volta para Si.

A sua oração foi simples e não longa, contrastando com as súplicas dos profetas de Baal (1Rs.18:36,37); não usou vãs repetições nem pensou que por muito falar seria ouvido, mas ela foi muito séria, e serena, e confiante, e mostrou que a mente de Elias estava calma e tranquila, e longe do ardor e das desordens em que se encontravam os profetas de Baal (1Rs.18:36,37). Elias queria mostrar que, para Deus responder, não são necessárias cerimônias especiais, sacrifícios ou mutilações; basta o exercício da fé no Deus verdadeiro.

Conquanto ele não estivesse no lugar designado, Elias escolheu a hora prescrita da oferta de manjares, para testificar com isso sua comunhão com o altar em Jerusalém. Conquanto ele esperasse uma resposta por fogo, ainda assim aproximou-se do altar com coragem e confiança, e não temeu aquele fogo.

A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os sons advindos de vários cultos falsos, alguns deles transvestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma Igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça. É bom ressaltar que Deus não procura somente adoração, Ele procura verdadeiros adoradores (João 4:24).

3. A misericórdia de Deus

Deus podia não dar nenhuma satisfação em manifestar o seu poder naquele momento, no Carmelo, mas a sua misericórdia foi manifestada e Ele respondeu a Elias e, bondosamente, honrou os fiéis israelitas com a sua santa presença. Seu fogo sagrado consumiu a lenha, o sacrifício encharcado de água e o próprio altar (1Rs.18:38). Isto foi uma clara demonstração, não apenas de que Ele é Deus, e que está acima de tudo e de todos, mas também de que Ele estava dando a Israel uma nova oportunidade de comunhão. O povo, cheio de admiração e espanto, confessou o que todo homem deve confessar: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1Rs.18:39). Essa confissão deixava bem claro que, naquele momento, eles haviam decidido em favor de Deus e contra Baal.

Os profetas de Baal foram severamente punidos por levar o povo a adorar um falso deus. Conforme a Lei mosaica, Deus permitiu que Elias, com a ajuda do povo ali presente, aplicasse a pena capital aos profetas de Baal (1Rs.18:40). Se os profetas de Aserá estivessem presentes no monte Carmelo, juntos com os profetas de Baal, eles também teriam sido mortos. Após isso, Elias subiu ao cume do monte Carmelo, orou a Deus e caiu uma abundante chuva (1Rs.18:45). Assim, a seca que já durava três anos e meio terminou (1Rs.18:41,44).

Quando exercitamos a nossa fé e confiança no Senhor, Ele responde nossas orações e nos livra de qualquer adversidade. O recurso mais poderoso do cristão é a comunhão com Deus, através da oração. Os resultados são frequentemente maiores do que pensamos ser possível. Algumas pessoas veem a oração como um último recurso a ser tentado, quando tudo mais falhar; mas, isso é um erro. A oração deve vir em primeiro lugar. Pelo fato do poder de Deus ser infinitamente maior do que o nosso, só faz sentido confiar nesse poder, especialmente porque o próprio Senhor nos encoraja a fazê-lo. Tiago assim afirmou: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tg.5:17,18).

III. ELIAS EM HOREBE

1. Os feitos e a exaustão do profeta

Sempre que realizamos ou estamos prestes a realizar algo importante para Deus, enfrentamos o ataque do inimigo. Até ao triunfo do Carmelo quando Elias sozinho enfrentou quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, não se observa nele, segundo as Escrituras, nenhum traço de depressão espiritual. Mas depois do Carmelo, e mais precisamente quando Elias aguardava à entrada de Jezreel boas notícias que dentro de um prognóstico seu viriam da casa real, tudo mudou (1Reis 18:46).

Elias fez um prognóstico que uma vez exterminados os falsos profetas de Baal, Deus, de imediato, enviaria o avivamento espiritual sobre toda a nação. Isto fica mais evidente quando depois da vitória sobre os falsos profetas, Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva” (1Reis 18:41). A chuva era o sinal! Mas, quando Acabe deu a notícia a Jezabel, ela prontamente enviou um mensageiro dizer a Elias: “Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles” (1Reis 19:2). Elias esperava uma renovação espiritual na realeza face a manifestação poderosa de Deus no Monte Carmelo, demonstrando que só Ele é Deus e Senhor em Israel, entretanto, ouve uma ferrenha oposição ao profeta de Deus, e isto lhe causou depressão. Simplesmente exauriu-se as suas forças e o desânimo apareceu com força, levando-o a desistir de lutar.

Quando Elias soube da oposição da realeza ao seu grande feito no Monte Carmelo, a sua reação imediata foi esta: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar sua vida...” (1Reis 19:3). O profeta valente e ousado agora estava fugindo de medo das ameaças da idólatra Jezabel que poderia lhe tirar a própria vida. Num dado momento, Elias pensou que sua vida dependia da ímpia Jezabel e não de Deus. Por isso, ele temeu e fugiu.

Elias tirou os olhos em Deus e colocou-os nas circunstâncias. Sempre que alguém faz isso, afunda num pântano de desespero. Isso pode acontecer com qualquer um de nós, por isso precisamos ter muito cuidado, pois até mesmo os crentes mais fiéis podem vir a sofrer depressão e desânimo na sua caminhada, mesmo depois de serem usados pelo Senhor de forma extraordinária, como foi Elias.

2. O pedido para morrer

Quando Jezabel soube que os profetas de Baal tinham sido mortos, ela reagiu com fúria e fez uma ameaça decretória: “Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles” (1Reis 19:2).

Elias não estava preparado para esta resposta da realeza, pois entendia que todo o problema em Israel se resumia nos falsos profetas. Concluiu que uma vez exterminados os falsos profetas, não só a chuva cairia, mas a fome deixaria de assolar a nação, o pasto ressurgiria para alimentar o gado, lagos, córregos e rios alegrariam o povo em abundância de água. Que mais a realeza e o povo queriam? Entretanto, o seu prognóstico foi uma decepção; por isso, caiu em depressão e pediu para morrer.

Elias caiu em depressão por se achar um fracassado em sua missão espiritual para com o povo e, sobretudo, para com Acabe e Jezabel. As bênçãos materiais, Deus tinha derramado, mas as espirituais, como a salvação e a mudança de atitude da realeza e do seu povo, o Senhor não realizara. Isso foi o bastante para o mundo de Elias ruir.

Então saiu a vagar e deixou que o medo o dominasse. Depois de percorrer muitos quilômetros, Elias deixou o seu discípulo em Berseba (1Rs.19:3) e foi ao deserto, caminho de um dia, e, exausto, se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais (1Reis 19:4). Elias perdeu o ânimo para ensinar o seu discípulo e perdeu o amor por si próprio. Ele perdeu completamente a perspectiva do futuro. Ele julgou que o melhor tempo da sua vida havia ficado no passado e que o futuro só lhe reservava um espectro de desespero.

A angústia de Elias lhe trouxe um estado espiritual mórbido. Deus enviou um anjo para despertar o ânimo do servo de Deus.  Um anjo lhe acorda com pão e água, ele come, mas volta a seu estado mórbido anterior: dormir. Se antes uma pequena nuvem era sinal de milagre, agora nem um anjo é capaz de lhe mostrar a vitória (1Reis 19:5,6). É um perigo quando objetivamos algo e em prol deste algo empenhamos toda a nossa força sem lograr êxito. Elias se sentiu assim. Julgou que seu esforço foi em vão porque Deus não agiu na realeza de Israel conforme seu ponto de vista. Devemos entender que a vontade do Senhor é soberana e respeita o livre-arbítrio do ser humano!

3. A resposta de Deus

Deus não abandona seus fiéis servos. Ele jamais deixará seus filhos sozinhos, no quarto escuro e solitário da depressão. O hino 193 da harpa cristã traz a confiança inabalável em Deus oriunda do usufruto de Sua presença apesar da depressão: “Ele intercede por ti, minh’alma; Espera Nele, com fé e calma; Jesus de todos teus males salva, e te abençoa dos altos céus”.

Deus interveio e proveu para seu servo, enviando um anjo, que trouxe pão e água, tirando-o daquela situação de depressão e levando-o à Sua presença (1Rs.19:5-7):

“Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo”.

A resposta de Deus a Elias veio em forma de tratamento da saúde física, espiritual, ambiental e relacional. Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, Deus tratou a depressão de Elias através de vários recursos:

a) Deus o tratou por meio da sonoterapia (1Reis 19:5,6)

A depressão deixa a mente agitada. Uma pessoa deprimida fica com o corpo cansado, mas a mente não desliga. A depressão lhe era tão intensa que desejou a morte (1Reis 19:4); nessa condição sentou-se debaixo de uma árvore e dormiu profundamente. Deus permitiu que o seu servo tivesse um momento de descanso. Podemos prevenir a depressão proporcionando um período de descanso.

b) Deus o tratou por meio da alimentação adequada (1Reis 19:6)

Deus preparou uma refeição para Elias no deserto; deu-lhe pão e água e ele recobrou suas forças. Uma pessoa deprimida, muitas vezes, sente náuseas do alimento; é preciso fortalecer o corpo no tratamento dessa doença. O Senhor, através de seu anjo, o alimentou e permitiu que repousasse. Não houve nenhuma reprimenda, sermão ou repreensão. Deus providenciou uma refeição de pão quente e água fresca e o deixou descansar. Era preciso recobrar suas forças físicas. Creio que isto é necessário não só no caso de Elias; é preciso repousar, descansar e ter uma alimentação adequada.

c) Deus tratou Elias por meio da mudança de ambiente

Elias precisava de tempo e de um novo ambiente, para considerar sua vida sob um novo ponto de vista. Deus tirou Elias do deserto e levou-o à sua presença, em Horebe. Foi o próprio Senhor que o conduziu à sua presença - “Voltou segunda vez o anjo do senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te, e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus” (1Reis 19:7,8). “Ali entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” (1Reis 19:9). O profeta passou uma noite inteira no “aposento” de Deus.

Deus estava em silêncio quando Elias estava prostrado no chão pedindo para si a morte. Agora, no monte Horebe é diferente; ali, Deus lhe dirige a palavra: “Que fazes aqui Elias?”. Observe que Deus não o condenou por sua atitude. Ao invés disso fez esta pergunta. Não que Deus não entendesse o problema de Elias, mas queria que o profeta expressasse, verbalizasse o seu problema. Às vezes precisamos colocar para fora os nossos sentimentos, mas devemos fazê-lo de uma maneira responsável. Deus também fez Elias entender e enfrentar a realidade. Para vencer a depressão é preciso entender e enfrentar a realidade.

Quem não anela ouvir em meio às tempestades a voz inconfundível de Deus? A palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl.119:105). E mais: “Na tua presença há plenitude de alegria” (Sl.16:11). O profeta deprimido, como qualquer outro crente, precisava da amável e confortadora presença de Deus. Foi somente no aposento de Deus que Elias se reencontrou com a verdadeira alegria que a depressão espiritual lhe tirou.

d) Deus o tratou dando-lhe a oportunidade do desabafo

Elias estava dentro da caverna, quando Deus lhe perguntou: “O que fazes aí, Elias?”. Deus, assim, o ordenou a sair da caverna para destampar a câmara de horror da alma e espremer o pus da ferida. Desabafou ele: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos; porque os filhos de Israel deixaram o teu pacto, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu, somente eu, fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem” (1Reis 19:10). O desabafo é uma necessidade vital para a assepsia da alma. Faça o mesmo: conte a Deus, conte a um bom amigo que lhe seja instrumento de Deus.

e) Deus o tratou dando-lhe bem-estar espiritual - Deus se revelou maravilhosamente a Elias

Em 1Reis 19:11 está escrito: “Disse−lhe Deus: Sai, e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor”. São poucos os casos bíblicos em que Deus se revela de uma maneira especial para os seus filhos: Abraão foi chamado amigo de Deus (Tg.2:23). Enoque andou com Deus (Gn.5:24). Jó, depois da provação, quando perdeu bens, amigos, filhos, saúde, pôde dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso me abomino no pó e na cinza” (Jó 42:5,6). Moisés que suplicou a Deus: “Rogo−te que me mostres a tua glória. Respondeu−lhe, o Senhor: Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx.33:18,19).

É na vontade soberana de Deus que está o segredo de sua manifestação pessoal aos seus filhos. Isto não implica dizer que não devamos pedir e orar pela bênção. Devemos sim, buscar acima de tudo o Deus da bênção e não meramente a bênção como é corrente nos dias de hoje! Elias, assim como os outros, foi agraciado por Deus com sua maravilhosa manifestação.

Em 1Reis 19:11, Deus não estava num grande e forte vento; muito menos no terremoto. Em 1Reis 19:12, o Senhor não estava no fogo, mas numa brisa suave e tranquila. Para a suave manifestação de Deus, Elias “envolveu o rosto no seu manto...” (1Rs.19:13). O profeta sentiu o marcante poder santificador e renovador do Senhor. Não há depressão que resista ao tratamento do Médico dos médicos. Glórias sejam dadas ao seu glorioso nome!

f) Deus corrigiu a concepção espiritual de Elias

Em 1Reis 19:18 Deus fala assim: “Também conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”. Deus é o Mestre por excelência. Ele ensinou ao rebelde e insensível profeta Jonas o valor do verdadeiro amor ao próximo através da morte de uma simples planta (Jn.4:6-11). O salmista aprendeu o valor da disciplina divina, pois escreveu: “Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que com fidelidade me afligiste” (Sl.119:67,75).

Elias experimentou a correção celestial em sua vida, mas antes disto se estribou em sua fidelidade a Deus para reclamar sua proteção. Em 1Reis 19:14 ele repete com mais intensidade o que falara no versículo 11: “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida”. Não é correto quando temos a oportunidade de ficar frente a frente com o Altíssimo e ficamos querendo nos justificar, com autocomiseração, se fazendo de vítima, tentando convencer a Deus de nosso extremo zelo (1Reis 19:14). Deus não nos mandou ser extremamente zeloso, mas sim zeloso apenas. Todo extremo é perigoso.

O profeta ouviu do próprio Deus: “Também conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou” (1Rs.19:18). Deus mostrou a Elias o seu equívoco: tinha mais gente passando pelo que ele estava passando - sete mil joelhos que não se dobraram a Baal. Elias estava se achando o último dos profetas. Talvez imaginasse que nele se resumisse a esperança de Israel. Elias aprendeu que Deus é Deus. Que lição!

g) Deus renovou a vocação profética de Elias

1Reis 18:15,16 evidencia isto: “Então o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; quando lá chegares, ungirás a Hazael para ser rei sobre a Síria. E a Jeú, filho de Ninsi, ungirás para ser rei sobre Israel; bem como a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás para ser profeta em teu lugar” (1Reis 19:15,16).

Uma vez revigorado, Elias, o tisbita, tinha que ungir Hazael como rei da Síria, Jeú como rei de Israel, e o mais difícil: ungir a Eliseu como profeta em seu lugar; Elias tinha agora que passar o cajado. Talvez não imaginasse que este dia chegasse nestas circunstâncias. Já que pediu a morte, Deus preparou seu sucessor na sua “barba”.

Sempre necessitamos do renovo de Deus em nossas vidas. Grandes homens de Deus necessitaram. Elias necessitou. Portanto, busquemos o trono da graça do Senhor, pois de lá, somente de lá, vem o reavivamento que nos curará de todo o desânimo.

h) Deus providenciou um amigo próximo (1Reis 19:19-21)

É interessante observar que Deus não lhe deu apenas um sucessor, mas alguém que o amava e o compreendia suficientemente bem para servi-lo e encorajá-lo. Todos nós precisamos de outros cristãos em nossa vida para nos ajudar e encorajar. É por isso que Deus estabeleceu a Igreja, para vivermos em comunhão, em amizade e em encorajamento mútuo – “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gl.6:2).

CONCLUSÃO

Assim como Elias confrontou os profetas de Baal e de Aserá diante da idolatria, os servos do Senhor devem estar dispostos a confrontar todo tipo de pecado. Em sentido amplo a idolatria pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição ou ambição que tome o lugar de Deus, ou que diminua a honra que lhe devemos. Deus nunca admitiu outro além dEle. O Todo-Poderoso não divide seu louvor com quem quer que seja: Ele é o único. O Senhor é Deus zeloso e requer exclusividade. Jamais repartiria seu povo com um suposto rival. Por esta razão assevera enfaticamente: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx.20:3).