SISTEMA DE RÁDIO

  Sempre insista, nunca desista. A vitória é nosso em nome de Jesus!  

* PEDRO, UM DISCÍPULO SINCERO E DINÂMICO

Textos: II Co. 5.17 – I Pe. 1.3-23; 2.1-3

Objetivo: Mostrar as características do verdadeiro discipulado, tendo, como exemplo, o apóstolo Pedro, um seguidor de Cristo.

INTRODUÇÃO: Se o papel da missão é fazer discípulos, saber o que significa ser um discípulo de Cristo é condição necessária para o amadurecimento do caráter. Veremos que o verdadeiro discipulado demanda obediência à voz daquele que nos chama das trevas para sua maravilhosa luz.

1. DEFINIÇÃO DE TERMOS: A palavra “discípulo”, em grego, é “mathétés”, cujo significado é “aprendiz” ou “aquele que segue” e está geralmente atrelada aos discípulos de Cristo. No Novo Testamento, é Cristo quem chama aqueles que deverão ir após Ele (Mc. 1.17; 2.14; Lc. 5.1-11; Mt. 4.18-21). Nos tempos antigos, esperava-se que o discípulo, um dia, viesse a se tornar um mestre, mas, no cristianismo, Cristo será sempre o Grande Mestre, enquanto vivermos (Mt. 23.8; 10.24-25; Lc. 14.26,27; Jo. 11.16). O discípulo genuíno não se furta a obedecer ao Seu mestre e a seguir o Seu comando (Mt. 12.46-50; Mc. 3.31-45). Eles são chamados a dedicar suas vidas inteiramente ao serviço do Mestre (Mt. 16.15-19; Mc. 1.17; Lc. 5.10), isso inclui a proclamação do evangelho do reino (Mt. 10.24-25; 16.24-25; Mc. 6.7-12). Há, no grego, uma outra palavra que costuma estar associada ao discipulado. Trata-se do verbo “akolouthêo” que significa “seguir” (Mt. 4.25; 16.24) ou acompanhar (I Co. 10.4) ou, propriamente, “tornar-se um discípulo” (Mt. 4.20). No evangelho de João, esse verbo é usado várias vezes como uma resposta que o ouvinte dar à voz de Cristo (Jo. 10.4, 5, 27).

2. PEDRO, UM DISCÍPULO DE CRISTO: Simão Pedro era irmão de André, ambos eram pescadores. Segundo o relato bíblico, Pedro era natural de Betsaida, uma aldeia que ficava ao norte do mar da Galiléia (Jo. 1.44). Veio a estabelecer sua residência em Cafarnaum, noroeste do lago e, com ele, residia sua esposa, a sogra e André (Mc. 1.21,29). Certo dia, Pedro teve um encontro com Jesus que o chamou para ser um pescador de homens (Lc. 5.10). O nome Simão significa “formoso”, o qual fora mudado, por Jesus, em Betânia (Jo. 1.42), para Pedro (em grego) ou Cefas (aramaico), cujo sentido é “pedra ou pedregulho”. Ao longo de sua vida, Pedro amadureceu e seu caráter veio a ser solidificado como o de uma pedra (Mt. 16.18; Mc. 3.16; Lc. 6.14; Jo. 1.42). Mesmo tendo negado a Cristo, durante a prisão do Mestre (Mt. 26.69-75), o Senhor não desistiu dele e o procurou após Sua ressurreição (Mc. 16.7-7; Mt. 28.10; Lc. 24.12). Em uma de suas últimas aparições, depois de ressurreto, Jesus fez uma pergunta inquietante a Pedro: tu me amas? (Jo. 21.15-17). A resposta, dada imediatamente, fora consolidada com seu testemunho, no dia de Pentecostes (At. 3.1-9). No final de sua vida, Pedro reforçou seu testemunho por Cristo com a própria vida (Jo. 21.18,19). De acordo com a tradição eclesiástica, fora crucificado de cabeça para baixo, negando-se a morrer do mesmo modo que o Seu Mestre.

3. EXIGÊNCIAS CRISTÃS QUANTO AO DISCIPULADO: Pelo exemplo de Pedro, aprendemos que o discipulado trás exigências que precisam ser obedecidas pela fé. Espera-se de um discípulo de Cristo: 1) que renuncie a si mesmo, aos seus interesses egoístas, para seguir, continuamente, a direção do Mestre (Mt. 23.7-12); 2) que não seja arrogante, antes demonstre humildade, já que esta sempre foi uma característica do ministério do Senhor Jesus Cristo (Mt. 18.1-4); 3) que não seja amante das riquezas, pondo a prosperidade material em primeiro plano (Mt. 29.23-30); 4) que esteja disposto a sofrer, e, se preciso for, entregar sua própria vida para a glória de Cristo (Mt. 10.17-33); 5) e o mais importante, que demonstre fé em Jesus, afinal, é pouco provável que alguém tenha a coragem de ir até as últimas conseqüências, a menos que creia e esteja disposto a obedecer a ordem de Cristo (Mt. 18.5; Jo. 2.11; 6.69; 11.45).

CONCLUSÃO: Ser discípulo de Cristo é um ato, não apenas um conjunto de teorias. É interessante destacar que, no NT, o discipulado é apresentado como uma ação, concretizada por meio do verbo “seguir” (Mt. 9.9). Esse verbo, em Mt. 16.24, está em seu aspecto durativo, dando a idéia de continuidade, assim sendo, aquele que é chamado, por Cristo, deve fazê-lo continuamente, negando-se a si mesmo e carregando a sua cruz. PENSE NISSO!

* PAULO, UM MISSIONÁRIO ZELOSO E AUTÊNTICO

Textos: II Co. 11.2 – II Co. 11.2-6

Objetivo: Mostrar o valor do zelo missionário, exemplificado no ministério do apóstolo Paulo, o qual, não mediu esforços para levar muitos a Cristo.

INTRODUÇÃO: Fazer discípulos é uma das missões fundamentais da igreja (Mt. 28.19), mas para isso, precisamos sair das quatro paredes a fim de alcançar toda criatura para Cristo (Mc. 16.15). Neste Estudo, veremos como Paulo, em seu zelo missionário, obteve bom êxito em tal empreitada.

1. DEFININDO OS TERMOS: A palavra “missão” vem do latim “missio”, cujo sentido primário, remete ao ato de ser enviado por alguém. Na verdade, a igreja foi enviada ao trabalho missionário, por Cristo. A partir da análise comparada dos textos bíblicos da Ùltima Comissão de Cristo aos seus discípulos, podemos extrair alguns fundamentos para o trabalho missionário: a meta principal da missão é fazer discípulos para que sigam os passos de Cristo (Mt. 28.19). O alcance deve ser expansivo, não pode se restringir à localidade, a fim de que toda a criatura ouça o evangelho (Mc. 16.15). A mensagem que deva ser pregada é a do arrependimento e da remissão de pecados por meio do sacrifício vicário de Cristo (Lc. 24.47). O modelo missionário primordial a ser seguido é o de Cristo (Jo. 21.21), e, também, o de Paulo (I Co. 11.1), os quais, não mediram esforços para que os perdidos fossem salvos. Não devemos depender apenas dos dotes materiais, é fundamental que o façamos no poder do Espírito Santo (At. 1.8). Além disso, é preciso atentar para o zelo que é necessário à obra missionário. Quando falamos em zelo, sigamos o exemplo de Cristo, em seu cuidado pela Casa do Pai (Jo. 2.17) bem como no de Paulo por Deus (Rm. 10.2 Fp. 3.6) e pelos obreiros (II Co. 7.7,11) bem como pelos santos em suas necessidades (II Co. 9.2), ou pelos crentes de modo geral (II Co. 11.2).

2. PAULO, DE PERSEGUIDOR A MISSIONÁRIO: O nome Paulo significa “pequeno”, o qual, anteriormente foi chamado de Saulo. Nasceu em Tarso, na Cilícia, costa sul da atual Turquia (At. 9.11; 21.39; 22.3). Segundo seu próprio relato, era descendente de uma família hebraica tradicional (II Tm. 1.3; Fp. 3.5; II Co. 11.22; Gl. 1.14). Estudou, ainda jovem, na escola rabínica “aos pés de Gamaliel” (At. 22.3). Paulo era cidadão romano e conhecedor da cultura da época (Fp. 3.5), da qual se aproveitou em algumas de suas viagens missionárias (At. 22.26-29). Quando ainda se chamava Saulo, e ainda ligado aos fariseus, Paulo perseguiu os discípulos de Jesus (At. 9.1,2). Mas, enquanto se dirigia a Tarso, o Senhor o encontrou (At. 9.3-8). Esse encontro de Paulo com Cristo, marcou consideravelmente sua atuação missionária (At. 22.4-10; Gl. 1.13-15; Fl. 3.7; I Tm. 1.13,14).

3. O ZELO DE PAULO NA OBRA MISSIONÁRIA: Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9.26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9.30) e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11.19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (At 13-20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21.17-23.35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (At 24-26}. Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27-28); Ali escreveu as epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, e Filemon. Nessas e nas demais epístolas que escreveu, fica evidenciado o zelo missionário desse apóstolo de Cristo: 1) no trabalho das mulheres cristãs (I Tm. 2.9-15); 2) na ordem na igreja (I Co. 11,12,13; Tt. 1.10-14; e 3); no trato com os jovens e líderes (II Tm. 2.1-8,15, 16, 22, 23, 3.14; 4.2,5,6,11; Cl. 4.10); e 4) no respeito pelo ser humano, principalmente em situações difíceis (At. 27). Diz a tradição que foi libertado e realizou trabalhos missionários por mais 3 anos mas fora preso novamente e executado em Roma, provavelmente decapitado em 67 d.C., no tempo em que Nero era o imperador.

4. LIÇÃO A PARTIR DE PAULO PARA AS MISSÕES: A partir do trabalho missionário desenvolvido por Paulo, podemos extrair algumas outras lições importantes, dentre elas, destacamos: 1) o missionário tem consciência do chamado divino para edificar igrejas (Rm. 15.20; 11.23; I Co. 3.10; Ef. 4.12); 2) Paulo sabia que a edificação de igrejas se daria por meio da proclamação da Palavra com poder (At. 17.2,3; Rm. 10.13-18; I Co. 2.1-4; II Tm. 2.15); 3) depois da igreja edificada, Paulo voltava para dar o apoio necessário para a consolidação doutrinária das igrejas (At. 14.21-23; 15.36; 16.4-5; 18.23), quando isso não era possível, escrevia cartas. Com o ministério missionário de Paulo, precisamos saber que missões é uma tarefa séria, que não pode ser confundida com turismo. O missionário precisa ter convicção de sua chamada divina, manusear bem a Palavra, e acima de qualquer outra coisa, ter amor pelas almas distanciadas de Deus (Jo. 3.16; I Jo. 3.16).

CONCLUSÃO: Quando lemos o livro de Atos, e acompanhamos o trajeto de Paulo em suas viagens missionárias, somos inspirados pelo seu zelo, expressão nítida de amor pelas almas. Numa época de comodismo extremos, que o exemplo de Paulo, sua atuação autêntica e dinâmica, dirigida pelo Espírito Santo, sirva de provocação espiritual para investimos no trabalho missionário (At. 20.21-38). PENSE NISSO!

* DÉBORA, UMA MULHER CORAJOSA

Textos: Jz.19 – Jz. 4.4,6-9; 5.1,7

Objetivo: Mostrar que Deus usa quem Ele quer, lhe dando força e coragem para enfrentar as oposições.

INTRODUÇÃO: Estudaremos a respeito da coragem, retratada na vida de uma mulher, a qual Deus levantou, com vistas a levar Seu propósito adiante. Inicialmente, veremos o papel da mulher no contexto bíblico, em seguida, como Deus usou Débora, uma mulher corajosa. Por fim, veremos que a coragem daquela mulher revela uma virtude que deva ser cultivada por todos os cristãos.


1. MULHERES DE DEUS: A Bíblia está repleta de exemplos de mulheres que foram usados por Deus. Dentre elas, destacamos: 1) Miriam, uma profetiza que, juntamente com seus irmãos Moisés e Arão, liderou o povo de Israel durante a peregrinação pelo deserto; 2) Abigail (I Sm. 25), que veio a se tornar uma esposa de Davi, a qual agiu sabiamente contra as palavras insensatas de Nabal, seu esposo; 3) Éster (Et. 4.16) que, por meio de uma atitude altruísta, foi usada por Deus para preservar o povo de Israel; 4) Hulda (II Rs. 22.14), uma profetiza que serviu de instrumento nas mãos de Deus; 5) Maria Madalena (Mt. 28.1-10; Mc. 16.9) que fazia parte do círculo íntimo de Jesus e foi uma das primeiras pessoas a vê-lo ressuscitado; 6) Marta e Maria (Lc. 10.38-42) que foram amigas íntimas de Jesus e aprenderam a valorizar seus ensinos; 7) Priscila (At. 18), a esposa de Áquila, que atuava na área do ensino, sendo, inclusive, citada antes do nome de seu esposo no livro de Atos; 8) Febe (Rm. 16.1) era reconhecida por Paulo como cooperadora tanto da igreja quando do seu próprio ministério; e 9) Junias (Rm. 16.7), apontada, por Paulo, como digna de destaque entre os apóstolos.


2. DÉBORA, UMA MULHER DE CORAGEM: Débora, cujo nome significa “abelha”, viveu em cerca de 1.120 a. C., foi uma profetiza (Jz. 4.6; 5.7) de Israel que, também, veio a se tornar juíza. Era esposa de Lepidote, e julgou Israel em parceria com Baraque (Jz. 4.4). Isso veio a acontecer quando os israelitas abandonaram ao Senhor e este os entregou nas mãos de Jabim, rei dos cananeus. Após a vitória sobre seus inimigos, Débora compôs um cântico, o qual se encontra em Jz. 5.2-31. Sendo usado pelo Senhor, e através dos seus atos de coragem, Débora garantiu quarenta anos de paz ao povo de Israel (Jz. 5.31). A atuação de Débora, como juíza, aconteceu em parceria com Baraque, cujos resultados são listados na galeria dos heróis da fé de Hb. 11.32. É interessante, porém, observar que Baraque somente se dispôs a pelejar por Israel caso Débora estivesse ao seu lado. Isso demonstra o quando sua coragem era digna de destaque, e, certamente, influenciou, em muito, para que o povo vencesse os inimigos de Deus. A suas palavras de coragem, em Jz. 4.6,7, foram fundamentais para motivar Baraque a ir adiante e conquistar a vitória.


3. CORAGEM, UMA VIRTUDE CRISTÃ: A coragem é uma virtude fundamental à fé cristã, em I Jo. 4.18, está escrito que não fomos chamados para o medo, mas para o amor. Consoante a essa idéia, a palavra coragem, no Novo Testamento, remete ao verbo “tolmao”, que contem um elemento de ousadia, de um ato que se coloca acima do medo (Mc. 12.34; 15.43; At. 7.32; Rm. 5.7; II Co. 11.21; Fp. 1.14). Também, a palavra “tharréo” denota confiança e esperança em Deus (II Co. 5.6,8; Hb. 13.6). Uma outra palavra “parrésia” mostra a coragem dos primeiros cristãos. Essa coragem era manifestada na ousadia com que eles proclamavam o evangelho de Cristo. Na verdade, a coragem dos discípulos remete o exemplo do Mestre (Jo. 7.26; Mc. 8.32; Jo. 11.14). Em várias ocasiões, os apóstolos mostraram-se corajosos perante seus oponentes (At. 4.13,29; 9.27; 13.46; 14.3; 28.31). O apóstolo Paulo testemunha de sua própria coragem ao pregar e ensinar o evangelho (I Ts. 2.2; II Co. 3.12; Fm. 8; Ef. 6.19).


CONCLUSÃO: As mulheres sempre tiveram papel central no ministério de Jesus (Mc. 16.9; Jo. 20.11-18;), de certo modo, a importância que o Senhor as deu foge aos padrões comumente aceitos para aquela época. Paulo parece ter uma preocupação mais específica com a adequação do papel da mulher aos contextos locais (I Tm. 3.1-7; I Tm. 2.11-15; I Co. 14.26-40). Em todo o caso, constatamos que, ontem e hoje, Deus continuar a levantar mulheres corajosas, como Débora, para cumprir seus propósitos e servirem de exemplo, tanto para os homens quanto para as mulheres atuais. PENSE NISSO!

* NOÉ, UM HOMEM JUSTO E INCORRUPTÍVEL

Textos: Fp. 2.15 – Gn. 6.1-12

Objetivo: Mostrar que o cristão, seguindo os passos de homens como Noé, mas principalmente do Senhor Jesus, deve ser exemplo de justiça e incorruptibilidade.
INTRODUÇÃO: A sociedade atual não se distingue, em injustiça e corrupção, daquela dos tempos de Noé. Jesus alerta, para que não sejamos surpreendidos e julgados, por Deus, como aconteceu nos tempos daquele patriarca (Mt. 24.37-39). Na lição de hoje, estudaremos o significado bíblico de justiça e incorruptibilidade, em seguida, veremos essas características na vida de Noé, e, por fim, o desafio cristão para viver em justiça e incorruptibilidade.
1. NOÉ, UM HOMEM JUSTO E INCORRUPTÍVEL: Noé significa “repouso”, e, na verdade, foi isso que esse ilustre homem de Deus se propôs a ser em meio a uma geração corrupta. Sua história se encontra nos capítulo de 6 a 10 de Gênesis, a partir dos quais, sabemos que fora neto de Matusalém e o décimo descente em ordem de Adão, da genealogia de Sete (Gn. 5.1-29) e que teve três filhos (Gn. 5.32). O escritor sacro destaca que Noé, no contexto pecaminoso em que viveu, encontrou graça diante do Senhor (Gn. 6.8), tendo uma justiça considerável (Ez. 14.14). Ele, seus filhos e noras entraram na arca, que flutuou sobre as águas pelo espaço de 150 dias, antes de pousar no monte Ararate (Gn. 7 e 8). Depois disso, Deus fez uma aliança com Noé (Gn. 9.1), confirmando, assim, a sua graça. Isso quer dizer que Noé tenha sido perfeito (Gn. 9.20,21), mas que a sua justiça excedia em muito a dos seus contemporâneos. Morreu com 950 anos de idade (Gn. 9.29). Seu exemplo é várias vezes retomado no Novo Testamento (Mt. 24.37; Lc. 17.26; Hb. 11.7; I Pe. 3.20; II Pe. 2.5). Da sua vida e caráter, é possível extrair algumas lições: 1) Deus é fiel para com os que lhe obedecem (Gn. 6.22); 2) Deus não nos protege sempre do problema, mas cuida de nós a despeito do problema; 3) a obediência é um compromisso em longo prazo; 4) o homem pode ser fiel, mas sua natureza pecaminosa sempre o acompanha.
2. JUSTIÇA E INCORRUPÇÃO NA VIDA CRISTÃ: Jesus disse que a nossa justiça deveria exceder a dos escribas e fariseus (Mt.5.20). Com tal declaração, o Mestre contrasta a justiça meramente formal dos religiosos de sua época, com a justiça interior, produzida pelo Espírito (Gl. 5.22; Rm. 2.28,29; Fp. 3.3). É pelo Espírito de Deus que podemos cultivar tal nível de justiça e incorruptibilidade (Zc. 4.6). Por meio dEle, teremos fome e sede de justiça (Mt. 5.6), suportaremos as perseguições com alegria (Mt. 5.10). A justiça cristão, nesse sentido, não tem base unicamente moral, mas também, espiritual. É no contato contínuo com o Espírito, que nos privamos da contaminação do pecado (Gl. 5.16; Cl. 2.6), que não nos deixamos levar pela corrupção que campeia no mundo pagão (I Jo. 2.15). Essa justiça e incorruptibilidade, no cristão, não dizem respeito somente à separação do mundo, envolve, também, a prática de atos de justiça (Mt. 5.16; Ef. 2.10; Tg. 2.17,18). É necessário, portanto, que os cristãos sejam exemplo, e que lutem por mais justiça e incorruptibilidade (Tg. 5.4).
CONCLUSÃO: Dizem que o brasileiro cultiva a cultura da corrupção e da injustiça. Pelo que estudamos nesta lição, o famoso “jeitinho brasileiro” não é exclusividade pátria. É de bom alvitre lembrar que todos pecaram (Rm. 3.23) e não há um só homem que não peque (II Cr. 6.36). O cristão, porém, não pode agir em conformidade com o mundo (Rm. 12.1,2), suas obras na podem se coadunar com as do deus deste século (II Co. 4.4). Portanto, porque a prática secular é a da corrupção e da injustiça, não devemos pactuar com elas, como se fossem normais (Cl. 3.1; Rm. 6.4), pois a justiça do reino deva sempre ter a primazia (Mt. 6.33; Fp. 3.20). PENSE NISSO!