SISTEMA DE RÁDIO

 
  Pedidos de Oração e-mail: teinho@teinho.com, WhatsApp: (75)98194-7808, Jesus te Ama!

ZOROBABEL RECOMEÇA A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO


Texto Base: Esdras 5:1,2; Ageu 1:1,12; Zacarias 4:6-10
 “Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: [...] Ponde, pois, eu vos rogo, [...] desde o dia em que se fundou o templo do SENHOR, ponde o vosso coração nestas coisas”  (Ag.2:10,18).
Esdras 5:
1.E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.
2.Então, se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a Casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.
Ageu 1:
1.No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
12.Então, ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do SENHOR, seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o SENHOR, seu Deus, o tinha enviado; e temeu o povo diante do SENHOR.
Zacarias 4:
6.E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. 
7.Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel, serás uma campina; porque ele trará a primeira pedra com aclamações: Graça, graça a ela.
8.E a palavra do SENHOR veio de novo a mim, dizendo:
9.As mãos de Zorobabel têm fundado esta casa, também as suas mãos a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos me enviou a vós.
10.Porque quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esse se alegrará, vendo o prumo na mão de Zorobabel; são os sete olhos do SENHOR, que discorrem por toda a terra que discorrem por toda a terra.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos da reconstrução do segundo Templo, o de Zorobabel, que ficou parado por muitos anos. Como vimos na Aula anterior, a reconstrução fora interrompida pelo rei da Pérsia, o rei Artaxerxes, atendendo uma carta dos samaritanos (Ed.4:24). Estes se sentiram ameaçados, por isso armaram, traiçoeiramente, emboscadas contra o povo de Deus, atrapalhando assim a obra; eles alugaram conselheiros e aparentemente deram uma impressão enganosa sobre os judeus ao rei da Pérsia. Isso desanimou o povo e os líderes de tal forma que parecia que o Templo jamais iria ser reconstruído novamente. O povo ficou sem fé, sem coragem e sem esperança. Ficou evidente que somente Deus poderia ajudá-los.  Então, o Senhor usou os profetas Ageu e Zacarias para incentivar e exortar o Seu povo a concluir a Sua Casa.
Por que a reconstrução do Templo era tão importante? Como fora previsto na lei de Moisés, o Templo era o lugar onde o povo deveria se reunir para adorar ao Senhor, trazer ofertas e sacrifícios, bem como Deus manifestar-se perante o povo, cobrindo os pecados e ouvindo o clamor do povo. O Templo, que é chamado de “casa” ou “casa de Deus”, era apenas um local escolhido por Deus para que se tornasse visível a Sua aliança com o Seu povo, jamais representando o local onde Deus estivesse, pois o Senhor jamais poderia ser contido em um edifício, como reconheceu o próprio Salomão, que, no dia da dedicação do primeiro Templo, afirmou que “…os céus e a terra não Te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado…” (2Cr.6:18b). O Templo, portanto, era um local onde Deus manteria fixos os Seus olhos e o Seu coração todos os dias, a fim de que o Seu nome fosse perpetuamente estabelecido em Israel (2Cr.7:16).
Sabemos que aquilo que é estabelecido por Deus não pode ser alterado pelo homem nem pela história. Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que Se arrependa (Nm.23:19), de modo que, a partir da construção do Templo por Salomão, esta edificação passaria a acompanhar a própria história de Israel e isto continuará ocorrendo ao longo dos séculos.

I. DEUS SUSCITA OS PROFETAS AGEU E ZACARIAS

1. Deus levantou dois profetas

Quando as circunstâncias adversas chegam, pode causar grande estrago na vida espiritual do povo de Deus, caso ele não esteja debaixo do sobrenatural de Deus. A fé e a esperança podem sofrer reveses ou a até ruir, se o povo não buscar ajuda de Deus.
O povo regresso do cativeiro, após receber permissão do rei Ciro para voltar à sua terra e de obter provisão para reconstruir o Templo (Esdras 1:1-4), enfrentou algumas dificuldades: a primeira foi a estrema miséria e opróbrio em que se encontrava o território de Israel, e a pobreza extrema dos restantes que tinham ficado na terra (Ne.1:3); a segunda foi a oposição amarga dos samaritanos depois que foram descartados como parceiros da reconstrução (Ed.4:1-23); a terceira foi o decreto de Artaxerxes ordenando paralisar a obra de reconstrução (Ed.4:24). A confluência desses fatores levou os judeus a abandonarem o projeto da reconstrução e dedicarem-se somente aos seus interesses. É nesse contexto que dois profetas, Ageu e Zacarias, se levantaram para exortar o povo, denunciar seus pecados e encorajá-lo a fazer a Obra de Deus. Primeiro veio Ageu (Ag.1:1); depois levantou-se Zacarias (Zc.1:1,2; 4:1,6).
“No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote” (Ageu 1:1).
“No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo: O Senhor tem estado em extremo desgostoso com vossos pais” (Zc.1:1,2).
“E tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono. Então, respondeu o anjo que falava comigo e me disse: Não sabes tu o que isto é? E eu disse: Não, Senhor meu. E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc.4:1,5,6).
Note que os profetas foram enviados pelo Senhor para proferir “a palavra do Senhor”. Eles se dirigiram ao povo não com uma mensagem de sua autoria, mas “segundo a mensagem do Senhor” (Ag.1:13). O profeta não é a fonte da mensagem; ele não cria a mensagem, apenas a transmite. A mensagem não é do profeta, é de Deus por meio do profeta. O profeta é o instrumento e o canal, e não o reservatório, de onde emana a mensagem.  O profeta de Deus deve ser escravo da Palavra de Deus; seu lema deve ser o do profeta Micaías: “O que o SENHOR me disser, isso falarei” (1Rs.22:14) .
“Ageu e Zacarias foram enviados do Senhor, e não profetas da conveniência. Não pregaram o que o povo quis ouvir, mas o que Deus os mandou falar. Não deram ao povo a palha seca de seus sonhos, mas o trigo nutritivo da Palavra de Deus. Eles não pregaram para encorajar o povo a buscar prosperidade e riqueza, mas para denunciar sua ânsia por conforto e luxo. Não pregaram amenidades, mas a verdade absoluta. Eles não foram um alfaiate do efêmero, mas escultores do Eterno” (Dias Lopes , Hernandes. Obadias e Ageu).

2. Ageu e Zacarias animam povo a prosseguir com a reconstrução (Ag.5:1,2)

Estes dois profetas incentivaram os israelitas a retornar as obras do Templo, em vez de ficarem construindo casas luxuosas para si (Ag.1:4). Continuar o projeto era um ato de fé, pois, nessa época, a comunidade trabalhadora dificilmente sobreviveria (cf.Ag.1:5-11). As mensagens vieram aos dois principais líderes, Zorobabel e Josué, e ao povo. A resposta dos líderes e do povo à Palavra de Deus foi pronta e imediata:
“Então, ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do SENHOR, seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o SENHOR, seu Deus, o tinha enviado; e temeu o povo diante do SENHOR” (Ag.1:12).
A pregação que não suscita reações é inútil. A pregação deve produzir efeitos. Três verdades merecem destaque (adaptado do livro “Obadias e Ageu, de Hernandes Dias Lopes):
a) A resposta à Palavra de Deus começa pela liderança (Ag.1:12). Zorobabel e Josué - o líder político e o líder religioso, o governador e o sumo sacerdote, o poder civil e o poder religioso -, receberam uma mensagem pessoal. Estes dois líderes deram exemplo e foram os primeiros a aceitar a Palavra de Deus; eles obedeceram ao Senhor e ordenaram o início das obras do Templo. Observe que não foi por força do decreto do rei que a construção foi retomada, mas pelo poder do Espirito Santo, que falava por meio dos profetas de Deus (Zc.4:6).
Os líderes precisam ser o exemplo e dar o primeiro passo, precisam ser modelo para o povo. Quando a liderança acerta sua vida com Deus, os liderados seguem seus passos. Se de um lado a vida do líder é a vida de sua liderança, por outro lado os pecados do líder são os mestres do pecado do povo. O líder é um influenciador; ele influencia sempre, para o bem ou para o mal. Zorobabel e Josué foram líderes que influenciaram para o bem.
b) A resposta à Palavra de Deus manifesta-se pela obediência (Ag.1:12).  Quando a liderança obedece a Deus, os liderados seguem seus passos. Quando o povo viu seus líderes atendendo à voz de Deus, eles prontamente se dispuseram a também obedecer. A obediência é a única evidência de que alguém de fato ouviu a voz de Deus. A obediência à Sua Palavra é o que Deus mais espera do Seu povo. Deus diz através do profeta Samuel: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1Sm.15:22).
c) A resposta à Palavra de Deus passa pela reverência (Ag.1:12) – “...e temeu o povo diante do SENHOR”.  Isto quer dizer que o povo manifestou reverência para com o Senhor. Em lugar de fugirem ao cumprimento da sua tarefa por recearem a hostil oposição dos vizinhos, o povo, agora, começa a temer Àquele cujo poder é infinitamente maior, que faz abalar os céus e a terra e destrói reinos e nações (Ag.2:6,22).
A falta de temor diante do Senhor havia levado o povo ao cativeiro e agora os desviara da obra de reconstrução do Templo. Mas o temor os fez voltar para Deus e colocar as mãos na Obra de Deus. É impossível ouvir a Deus sem temê-lo. É impossível temer a Deus sem obedecer-lhe.
Onde não há temor de Deus, a vida espiritual é decadente. Uma postura sem temor em relação a Deus esposada por muitos crentes é responsável pela inanição espiritual de tantas igrejas locais em nossos dias. A falta de temor de Deus, de reverência, tem desembocado em decadência espiritual em todo o mundo; veja o exemplo das igrejas nos Estados Unidos e na Europa; lá, o cristianismo verdadeiro está em falência, exatamente porque o povo, sob uma liderança secularizada e liberal, tem demonstrado falta de temor a Deus.

3. O povo recebeu também uma mensagem de Deus

O profeta Ageu mostrou ao povo que os prejuízos materiais, que haviam sofrido, eram consequência da omissão frente ao dever que tinham com a Casa do Senhor (Ag.1:6,9). Ageu falou-lhes do prejuízo que sofre o homem que busca somente a sua prosperidade material, e deixa a Casa de Deus deserta (Ag.1:4). O profeta deu ao povo uma ordem estimulante:
“Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e eu serei glorificado” (Ag 1.8).
O profeta Ageu falou em nome do Senhor dos Exércitos, trazendo algumas verdades solenes para o povo (adaptado do livro “Obadias e Ageu, do reverendo Hernandes Dias Lopes):
a) Antes de investir na obra de Deus, precisamos rever nossas motivações” (Ag.1:7) – “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado”.
Antes de ordenar que o povo suba ao monte e traga madeira a fim de reconstruir o Templo, o profeta ordena que eles novamente considerem o seu passado. Na construção do primeiro Templo, houve uma atitude oposta à atitude que eles estavam adotando. Davi pensou em fazer o melhor para Deus (2Sm.7:2); mas, o povo que estava sob a liderança de Zorobabel estava pensando em fazer o melhor para si mesmo. Davi colocou Deus e sua casa em primeiro lugar; mas,  o povo estava colocando a si mesmo e suas casas em primeiro lugar. O problema deles não era falta de recursos, mas falta de prioridade.
O capital do povo de Deus é a fé. O povo de Deus que se propõe a dar glória ao nome de Deus realiza coisas extraordinárias para Deus; porém, sempre que colocamos os nossos interesses à frente dos interesses de Deus, deixamos Sua Casa em ruinas.
b) Deus se agrada e é glorificado quando investimos em Sua Casa (Ag.1:8) – “Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e eu serei glorificado”.
O povo estava usando as madeiras nobres para embelezar com requinte e luxo suas casas, ao mesmo tempo que abandonava a Casa de Deus. Agora, Deus ordena o povo a subir ao monte, trazer madeira e edificar a Casa. Duas coisas o Senhor afirma:
ü Deus se agradava de Sua Casa (Ag.1:8). Deus tomou a decisão de habitar no meio do Seu povo (Ex.25:8). Quando o Templo de Salomão foi consagrado, Deus afirmou ter escolhido aquele lugar para habitar. Deus tem prazer em habitar no meio do Seu povo, por isso se agradava da Sua Casa.
ü Deus era glorificado em Sua Casa (Ag.1:8). Quando o povo de Deus ia à Casa de Deus para adorá-lo, Deus era glorificado. Esse Templo era apenas um tipo do verdadeiro templo em que Deus habita, a Igreja. Nós somos a habitação de Deus; nós, povo remido pelo sangue do Cordeiro, somos o verdadeiro santuário do Espírito Santo (1Co.6:19). Quando investimos na obra de Deus, isso agrada e glorifica o Seu glorioso nome.
c) O Deus que abençoa é também o Deus que retém as bênçãos (Ag.1:10,11). O profeta Ageu conclui:
“Por isso, retêm os céus o seu orvalho, e a terra retém os seus frutos. E fiz vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, e sobre os animais, e sobre todo o trabalho das mãos”.
O pecado produz amargas consequências; jamais ficará impune aquele que não confessa o seu pecado e não o abandona. O desprezo pelos mandamentos de Deus e as racionalizações humanas para retardar a Obra de Deus produziram resultados trágicos para o povo. Destacamos dois pontos importantes:
a) Deus é o Agente da disciplina (Ag.1:10,11). A natureza está a serviço de Deus para trazer juízo sobre o povo. Os céus e a terra são instrumentos da disciplina de Deus.  Os céus reteve o orvalho e a terra reteve seus frutos. E por que? Para disciplinar o povo de Deus, que estava retendo em suas mãos o que deveria investir na Casa de Deus. É Deus quem faz vir a seca sobre a terra, sobre os montes, sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, bem como sobre os homens, os animais e todo o trabalho das mãos. A seca castigou as pessoas, os animais e todas as plantações. Não foi um acidente ou o acaso de uma natureza caprichosa, foi ação divina (leia Dt.28:22-24).
b) Deus impediu o povo de usufruir o que deixaram de investir em Sua Casa (Ag.1:10,11). A retenção do orvalho dos céus e a escassez de frutos da terra, bem como a seca que atingiu as lavouras, os homens, os animais e todo seu trabalho, são provas de que, quando retemos o que é de Deus, isso de nada nos aproveita. Quando deixamos de entregar o que pertence a Deus, na Casa de Deus, isso vaza pelos dedos, é o mesmo que colocar salário num saco furado. Deus não deixa sobrar! Foi isto que ocorreu com o povo de Israel daquela época. Em suma, a ordem divina é: coloque Deus em primeiro lugar (Ag.1:1-4); creia nas promessas de Deus (Ag.1:5,6,9-11); glorifique o nome de Deus (Ag.1:7,8).

II. O DESPERTAMENTO DE DEUS AO SEU POVO (Ag.1:14,15)

“O Senhor despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quarto dia do sexto mês”.
Despertado pelo Senhor, através dos seus profetas, o povo retomou a construção do Templo. Três verdades nos chamam a atenção neste texto (Adaptado do livro “ Obadias e Ageu, de Hernandes Dias Lopes):

1. Deus trabalha em nós antes de trabalhar por nosso intermédio (Ag.1:14)

“E o Senhor levantou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo...” (Ed.1:14).
O Eterno deu ânimo e coragem aos dois líderes. O impacto do ânimo divino não ficou apenas no coração; desceu às mãos. Antes de Deus trabalhar por nosso intermédio, Ele trabalha em nós. Na verdade é o próprio Deus quem faz a Sua obra por nosso intermédio. Deus é o Agente, somos apenas os instrumentos. Um planta, outro rega, mas só Deus pode dar o crescimento (1Co.3:6). Deus é quem opera em nós tanto o querer quanto o realizar (Fp.2:13).

2. Um povo motivado demonstra entusiasmo coletivo (Ed.1:14)

“...eles vieram e se puseram ao trabalho...” .
Quando Deus despertou o espírito dos líderes e dos liderados, todos se ergueram para o trabalho. O que faltava era motivação e entusiasmo. Um povo motivado é um povo ativo. Um povo despertado por Deus é um povo dinâmico e operoso. Onde falta entusiasmo e motivação, há acomodação espiritual e cada um começa a correr atrás apenas de seus interesses.
Na construção do segundo Templo, depois de motivados, todos colocaram as mãos na obra. Os líderes na frente e em seguida todo o povo. O trabalho é grande e precisa da participação de todos. Hoje, infelizmente, cerca de vinte por cento dos membros realizam a obra enquanto os demais assistem. Precisamos entender que somos um corpo no qual cada membro tem sua função. Somos uma família na qual cada um exerce o seu papel. Somos um exército onde cada soldado tem seu campo de luta. Somos construtores do santuário de Deus no qual cada um deve trabalhar com zelo e alegria. Pense nisso!

3. Um povo despertado por Deus engaja-se na obra de Deus (Ed.1:14,15)

“...eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quarto dia do sexto mês”.
A Casa de Deus havia sido abandonada por, aproximadamente, quinze anos. Os fundamentos tinham sido lançado, mas a Casa ainda estava sem teto. Os escombros, os obstáculos, a oposição e o edito do rei persa lançaram uma pá de cal na disposição do povo. Porém, ao ouvir a voz de Deus, o povo se encheu de entusiasmo e todos se puseram ao trabalho na Casa do Senhor.
Vinte e quatro dias após a mensagem do Senhor ter sido transmitida ao povo pela instrumentalidade de Ageu, a obra da reconstrução do Templo teve início. Esse intervalo de tempo decorrido não indica uma demora em responder ao desafio lançado; antes, constituiu o tempo necessário para planejamento e organização. O material tinha de ser reunido (Ed.1:8) e técnicos competentes precisavam ser contratados (Ed.3:7).
Somente quando o povo obedece à Palavra de Deus é que pode chamar-lhe de “seu Deus” (Ed.1:14). Eles não tinham o direito de chamar-lhe de “seu Deus” enquanto não começassem a escutá-lo e a aproximar-se dEle.

III. UMA NOVA OPOSIÇÃO EXSURGE (Ag.5:3-17)

Os inimigos novamente não deixaram escapar a oportunidade de utilizar as suas artimanhas para impedir a obra de Deus. Certamente sabiam do êxito logrado há, aproximadamente, 15 anos atrás, e agora se levantam novamente para opor-se à obra de Deus. Porém, agora, os líderes e o povo não usaram da força própria para debelar a oposição; agora, era o Espírito Santo quem lutava pelo povo; agora, os profetas de Deus os motivavam a continuar a obra.

1. O governador daquela região enviou carta ao rei, informando sobre a construção (Ed.5:3-5).

“Naquele tempo, veio a eles Tatenai, governador daquém do rio, e Setar-Bozenai, e os seus companheiros e disseram-lhes assim: Quem vos deu ordem para edificardes esta casa e restaurardes este muro? Então, assim lhes dissemos: E quais são os nomes dos homens que construíram este edifício?  Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, e não os impediram, até que o negócio veio a Dario, e, então, responderam por carta sobre isso”.
O governador persa e seus companheiros vieram a Jerusalém para saber que autoridade os judeus tinham para retornar as obras e quais os nomes dos homens encarregados da reconstrução (cf.Ed.5:9,10). Os trabalhadores informaram os nomes dos líderes judeus ao governador. Em vez de ordenarem a interrupção imediata dos trabalhos, esses oficiais persas foram mais sensatos que os mencionados em Esdras capítulo 4, e enviaram uma carta ao rei Dario para verificar a legalidade das obras. Por terem voltado a obedecer à Palavra de Deus, os olhos do Senhor voltaram-se para os judeus a fim de cumprir Sua vontade.
Tatemai e Setar-Bozenai escreveram uma carta ao rei Dario relatando toda a conversa com os judeus (cf. Ed.5:6-17). Em primeiro lugar, os anciãos judeus falaram sobre a autoridade divina e se declararam servos do Deus verdadeiro que haviam sido entregues aos babilônios por causa de seus pecados, mas Deus os trouxera de volta e ordenara que reconstruíssem o Templo. Na esfera da autoridade humana, declararam que Ciro deu ordem, autorizando a reconstrução do Templo, e contribuiu generosamente para o projeto. Em vista dessas informações, o governador solicitou uma busca nos arquivos reais, a fim de verificar se de fato o rei Ciro autorizara a reconstrução. Além disso, pediu ao rei Dario que comunicasse o que deveria ser feito sobre isto.

2. O rei Dario autoriza a continuidade das obras do Templo (Esdras capitulo 6)

Após uma busca nos arquivos do rei, encontraram um decreto de Ciro na antiga capital, em Acmetá (ou Ecbatana, cf. NVI). O decreto era muito mais detalhado que a versão resumida apresentada em Esdras capítulo 1. O documento fornecia especificações para o Templo, junto com uma ordem para que fossem devolvidos todos os utensílios de ouro e de prata capturados por Nabucodonosor (cf. Esdras 6:1-5).
Em seguida, Dario transmitiu ordens a Tatenai e a seus companheiros informando como proceder com os judeus: além de não interromper a obra, deveriam pagar a despesa da reconstrução com o dinheiro dos tributos guardados na tesouraria real. Além disso, deveriam abastecer o serviço do templo segundo a determinação dos sacerdotes (Ed.6:9), a fim de que os judeus voltassem a desfrutar do favor de Deus e, desse modo, suas orações fossem ouvidas quando intercedessem pelo rei e por sua família. Dario também acrescentou que interromper as obras seria considerado crime sujeito à pena de morte e invocou o Senhor para que tomasse providências contra qualquer pessoa, incluindo reis, que tentasse destruir esta Casa de Deus no futuro (cf. Esdras 6:6-12).
As ordens de Dario foram cumpridas com presteza, e os judeus retornaram as obras de reconstrução do Templo. Com o incentivo dos profetas, além dos suprimentos fornecidos por Dario, a obra terminou quatro anos depois (cerca de dezenove de dezembro ou vinte anos após o término da fundação. O rei Artaxerxes reinou depois de Dario e contribuiu para a manutenção do Templo, não para a construção (estudaremos sobre isto na próxima Aula).
“Então, Tatenai, o governador de além do rio, Setar-Bozenai e os seus companheiros assim fizeram apressuradamente, conforme o que decretara o rei Dario. E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu e de Zacarias, filho de Ido; e edificaram a casa e a aperfeiçoaram conforme o mandado do Deus de Israel, e conforme o mandado de Ciro, e de Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia. E acabou-se esta casa no dia terceiro do mês de Adar, que era o sexto ano do reinado do rei Dario” (Ed.6:13-15).

3 A Dedicação do Templo (Ed.6:16-22)

16.E os filhos de Israel, e os sacerdotes, e os levitas, e o resto dos filhos do cativeiro fizeram a consagração desta Casa de Deus com alegria.
17.E ofereceram para a consagração desta Casa de Deus cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros e doze cabritos, por expiação do pecado de todo o Israel, segundo o número das tribos de Israel.
18.E puseram os sacerdotes nas suas turmas e os levitas nas suas divisões, para o ministério de Deus, que está em Jerusalém, conforme o escrito do livro de Moisés.
19.E os que vieram do cativeiro celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês;
20.porque os sacerdotes e levitas se tinham purificado como se fossem um só homem, e todos estavam limpos; e mataram o cordeiro da Páscoa para todos os filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos.
Os israelitas e seus líderes celebraram com regozijo a dedicação do Templo. Após anos de fracassos, dificuldades, frustrações e tristezas, finalmente as obras do Templo terminaram. Foi com esse objetivo que voltaram da Babilônia e, se alguns semearam com lágrimas, foi com alegria que colheram. Depois disso, o povo celebrou a “Páscoa e a Festa dos Pães Asmos com regozijo” (Ed.6:22), pois percebeu claramente a mão de Deus por meio dos favores que recebera de Dario.
“E celebraram a Festa dos Pães Asmos os sete dias com alegria, porque o Senhor os tinha alegrado e tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da Casa de Deus, o Deus de Israel” (Ed.6:22).
O texto se refere a Dario como rei da Assíria porque este passou a governar sobre o antigo Império Assírio.

CONCLUSÃO

Pela graça motivadora de Deus ao seu povo, pela instrumentalidade dos profetas Ageu e Zacarias, o povo foi despertado a reconstruir o Templo, a Casa do Senhor. O Templo construído e o culto verdadeiro praticado era a declaração de que a vida religiosa estava normalizada. Uma nova etapa na vida de Judá tinha começado. No futuro, algo glorioso aconteceria naquele Templo: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag.2:9). O próprio Senhor da glória entraria nessa Casa e daria a ela um novo significado. Seu corpo oferecido na cruz seria o santuário que seria destruído para ser reconstruído pelo poder da ressurreição e, então, o santuário vivo de Deus seria sua Igreja (1Co.6:19). Deus Pai habita na Igreja (Ef.3:19). O Deus Filho habita na Igreja (Ef.1:23). O Espírito Santo habita na Igreja (Ef.5:18). A Trindade excelsa habita em nós (João 14:23). Deus faz morada em nós. A Trindade tem sua morada no cristão. Isso não maravilhosos? Pense nisso!

A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO ENFRENTOU OPOSIÇÃO

Texto Base: Esdras 4:7,9,11-13,15,16,21-24
26/07/2020
 “Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar" (Ne.4:6).
Esdras 4.
7. E, nos dias de Artaxerxes, escreveu Bislão, Mitredate, Tabeel e os outros da sua companhia a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava escrita em caracteres aramaicos e na língua siríaca.
9. Então, escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, e os outros da sua companhia: dinaítas e afarsaquitas, tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babilônios, susanquitas, deavitas, e lamitas
11.Este, pois, é o teor da carta que ao rei Artaxerxes lhe mandaram: Teus servos, os homens daquém do rio e em tal tempo.
12.Saiba o rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós a Jerusalém, e edificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
13.Agora, saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e as rendas; e assim se danificará a fazenda dos reis.
15.para que se busque no livro das crônicas de teus pais, e, então, acharás no livro das crônicas e saberás que aquela foi uma cidade rebelde e danosa aos reis e províncias e que nela houve rebelião em tempos antigos; pelo que foi aquela cidade destruída.
16.Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela cidade se reedificar e os seus muros se restaurarem, desta maneira não terás porção alguma desta banda do rio.
21.Agora, pois, dai ordem para que aqueles homens parem, afim de que não se edifique aquela cidade, até que se dê uma ordem por mim.
22.E guardai-vos de cometerdes erro nisso; por que cresceria o dano para prejuízo dos reis?
23.Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes se leu perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força de braço e com violência.
24.Então, cessou a obra da Casa de Deus, que estava em Jerusalém, e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula estudaremos um momento especial na vida do povo de Deus após o exílio: a reedificação do Templo, um lugar de adoração e comunhão com o Todo-Poderoso. O Altar dos sacrifícios, centro do culto judaico, já tinha sido restaurado, havia sacrifício e expiação pelo pecado sendo oferecidos ao Senhor (Ed.3:2-4). Agora, o próximo passo era a restauração do Templo; eles tinham isso como prioridade. Então, eles lançaram os alicerces do Templo. Mas, logo que a construção começou, a oposição dos inimigos se levantou (Ed.4:4) - "Todavia, o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá e inquietava-os no edificar". Conscientizemo-nos de que a vida do povo de Deus é uma guerra contínua, é uma batalha sem trégua. É impossível fazer a Obra de Deus sem oposição.

I. OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS

O Templo constituía-se no próprio sinal da presença de Deus no meio do povo de Israel, tanto que o Templo de Salomão, ao ser inaugurado, teve a manifestação sobrenatural da presença da glória do Senhor (cfr. 2Cr.7:1), numa clara demonstração de que Deus Se agradara da edificação, que ela fora feita segundo a Sua vontade e que, a partir de então, o Templo seria uma das principais marcas da aliança entre Deus e Israel. O povo sabia desta realidade, por isso alegremente se empenhou em reconstruir este recinto sagrado.
Para isto, era necessário contratar pedreiros, carpinteiros, artesãos e outros profissionais; as pedras deveriam ser cortadas e a madeira obtida nas colinas do Líbano, a mesma fonte da qual Salomão obteve a matéria-prima para o primeiro Templo (2Cr.2:8,9). Parte do dinheiro necessário para isto conseguiu-se graças à concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia. Com a chegada dos materiais que foram cedidos pelo rei Ciro da Pérsia, Zorababel e o povo de Deus se dispuseram nessa grandiosa empreitada e lançaram os alicerces do Templo. Devido à santidade da tarefa, os Levitas foram designados para supervisionar os trabalhadores (Ed.3:8):
 “E, no segundo ano da sua vinda à Casa de Deus, em Jerusalém, no segundo mês, começaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, e os outros seus irmãos, os sacerdotes e os levitas, e todos os que vieram do cativeiro a Jerusalém e constituíram levitas da idade de vinte anos e daí para cima, para que aviassem a obra da Casa do Senhor”.

1. O lançamento dos alicerces foi celebrado com uma solenidade

O lançamento dos alicerces do Templo começou catorze meses depois do retorno do exílio. Logo após o término dos alicerces, os sacerdotes e os levitas celebraram um culto de consagração. Jesua, ou Josué, era o sumo sacerdote (cf. Ed.2:2; 3:2; Zc.3:1-10). Os sacerdotes e os levitas, vestidos de acordo com o padrão estabelecido, tocaram suas trombetas e seus címbalos, e os corais entoaram o Salmo 136. E o povo jubilou com grande júbilo, louvando ao Senhor pelo que Ele tinha ajudado a realizar. Diz assim o texto sagrado:
“Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, então, apresentaram-se os sacerdotes, já paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao Senhor, conforme a instituição de Davi, rei de Israel (Ed.3:10).
“E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao Senhor, porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com grande júbilo, quando louvou o Senhor, pela fundação da Casa do Senhor” (Ed.3:11).
Note que lançar os alicerces foi a causa da celebração. Os jovens estavam excitados pela perspectiva do que se apresentava. Contudo, muito dos idosos presentes rememoraram a glória do Templo de Salomão e tiveram os corações desconsolados porque esse Templo era menor que a metade do tamanho do anterior (Ed.3:12):
 “Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e chefes dos pais, já velhos, que viram a primeira casa sobre o seu fundamento, vendo perante os seus olhos esta casa, choraram em altas vozes; mas muitos levantaram as vozes com júbilo e com alegria”.
A lamentação dos saudosistas juntou-se às vozes de alegria dos demais, de modo que ficou difícil decernir entre uma e outra. Tão alto exclamavam que era possível ouvi-los de mui longe” Ed 3:13):
“De maneira que não discernia o povo as vozes de alegria das vozes do choro do povo; porque o povo jubilava com tão grande júbilo, que as vozes se ouviam de mui longe”.
Não devemos anelar sentimentalmente o passado. Cultivemos a atitude de olhar adiante, na expectativa do que Deus fará a seguir.

2. A reedificação do Santo Templo

O cativeiro da Babilônia, como profetizado por Jeremias, durou setenta anos (2Cr.36:21), tendo Ciro, o rei da Pérsia, de modo milagroso, permitido e até ordenado que o povo de Judá retornasse ao Território de Israel e edificasse novamente o Templo de Jerusalém (2Cr.36:23). Assim, a própria ordem de retorno tinha em si a ordem de edificação do Templo. Deus, assim, demonstrava que havia a necessidade de o povo não só reconstruir a nação no seu território prometido, mas também o lugar de adoração ao nome do Senhor, o que nos demonstra, claramente, que o Templo está indissoluvelmente relacionado com o destino de Israel e de sua aliança com Deus.
“A reedificação do templo foi resultado do despertamento que veio através de Ciro, rei da Pérsia (Ed.1:1,2). Convém lembrar que o despertamento pentecostal, que chegou ao Brasil em 1911, trouxe consigo uma verdadeira renovação da doutrina da Igreja de Deus, que pode ser simbolizada pelo templo de Deus (1Co.3:16). A Igreja de Deus é um mistério (Ef.5:32), que não pode ser compreendido pelo homem natural (1Co.2:14)” (Eurico Bergstén).

II. OS SAMARITANOS OPÕEM-SE À CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Zorobabel, juntamente com o povo, além de trabalhar arduamente na construção, tiveram que enfrentar inimigos externos e internos, homens maus que se infiltraram no meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era atrapalhar e impedir a reconstrução. Sempre que desejamos empreender algo em favor do povo de Deus, os adversários se levantam, mas quando confiamos inteiramente no Todo-Poderoso, recebemos forças e coragem para lutar.
Talvez você esteja enfrentando algumas lutas, porém, não desanime, não olhe para os inimigos e não dê atenção às suas críticas; continue a olhar firmemente para Jesus, e seja um vencedor.

1. Entre os moradores da terra estavam os samaritanos

“Samaritano” referia-se a alguém que pertencia à seita religiosa que florescia na vizinhança das antigas Siquém e Samaria, e que sustentava certos conceitos nitidamente diferentes do judaísmo (veja João 4:9). O termo “samaritano” aparece pela primeira vez nas Escrituras depois da conquista do reino de Israel em 742 a.C. - reino do Norte, constituído de 12 tribos de Israel.
“Porque o rei da Assíria passou por toda a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três anos. No ano nono de Oseias, o rei da Assíria tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. Tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses” (2Reis 17:5-7).
“[...] assim, foi Israel transportado da sua terra para a Assíria, onde permanece até ao dia de hoje. O rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades” (2Reis 17:23,24).
Assim surgiram os samaritanos. Portanto, sem dúvida, muitos samaritanos eram o resultado de casamentos mistos. Num período posterior, o nome tinha uma conotação mais religiosa do que étnico ou político.
Com o tempo, “samaritanos” passou a referir-se aos descendentes dos que foram deixados em Samaria e dos levados para lá pelos conquistadores assírios. Tudo indica que os assírios não retiraram dali todos os habitantes israelitas, porque o relato de 2Cr.34:6-9 (compare isso com 2Rs.23:19,20) dá a entender que, durante o reinado do rei Josias, ainda havia israelitas naquele território. Certamente, esses remanescentes israelitas, que foram deixados para trás, ensinaram o recém-chegado povo pagão a temerem ao Senhor; todavia, eles nunca deixaram os seus deuses. Assim, os samaritanos continuavam servindo a seus deuses, mas também prestavam culto ao Deus de Israel (2Rs.17:33) – “De maneira que temiam o Senhor e, ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados”.
Quando Nabucodonosor levou o reino de Judá cativo para Babilônia, os samaritanos passaram a morar na terra. Quando o povo voltou do exilio foi terrivelmente perseguido por eles, principalmente à época da reconstrução do Templo, tendo como liderança Zorobabel, e dos muros de Jerusalém, tendo como liderança Neemias.

2. Os samaritanos tentam frustrar a construção do Templo (Ed.4:4,5)

“Então, as gentes da terra desanimaram o povo de Judá, inquietando-o no edificar; alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed.4:4,5).
Os samaritanos foram a grande pedra no sapato de Zorobabel, líder do povo de Deus à época. A princípio, eles chegaram-se a Zorobabel e fingiram estar interessados na reconstrução do Templo. Os samaritanos também se queixavam de que adoravam Jeová, porém, o Senhor representava apenas mais um entre os muitos deuses de seu sistema religioso idólatra. Zorobabel e os demais líderes recusaram a oferta de ajuda dos samaritanos.
Modificando a estratégia, os samaritanos passaram a desanimar “o povo de Judá, inquietando-o no edificar” (Ed.4:4). Além disso, contrataram conselheiros para comparecer à corte persa e fazer lobby contra o povo de Deus, afim de frustrarem o trabalho dos judeus (Ed.4:12,13). O plano diabólico funcionou; o rei que recebeu aquela carta não conhecia bem o assunto, e mandou sustar a obra (Ed 4:21).
“Agora, pois, dai ordem para que aqueles homens parem, a fim de que não se edifique aquela cidade, até que se dê uma ordem por mim”.
Os inimigos de Judá conseguiram interromper a obra de reconstrução do templo até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia (Ed.4:5). É bom ressaltar que esse Dario não é o mesmo de Daniel capítulo 6; trata-se de Dario, o Grande, que ascendeu ao poder em 522 a.C. O profeta Ageu começou a profetizar no segundo ano do reinado desse monarca; nesse período a reconstrução do Templo já estava paralisada havia quinze anos, e o Templo permanecia em ruinas (Ed.4:1-5). Os judeus tinham apenas lançado os alicerces e abandonado a obra devido à oposição dos de fora e a desmotivação dos de dentro. A mensagem de Ageu, porém, foi poderosa e eficaz, pois os líderes e o povo reagiram e reconstruíram o Templo em quatro anos, concluindo-o em 516 a.C. (Veremos isso com mais detalhes na próxima Aula).

3. Oposição persistente (Ed.4:1-23)

É bom esclarecer a seguinte sequência de fatos de Esdras 4:1-23. O autor usa vários documentos para descrever uma série de tentativas para anular os esforços de reconstrução dos judeus. Os versos 1-5 acontecem durante o reinado de Ciro (559-529 a.C.). O verso 6 menciona uma carta de acusação contra os judeus escrita durante o reinado de Assuero, ou Xerxes, (485-465 a.C.). Os versos 7-23 se referem a outra carta escrita nos dias de Artaxerxes I (464-424 a.C.), acusando os judeus de rebeldia por tentarem reconstruir a cidade e os muros de Jerusalém. Em vista disso, o rei ordenou a suspensão das obras. Então, o verso 24 nos retorna ao tempo de Dario I (522-486 a.C.) -“Então, cessou a obra da Casa de Deus, que estava em Jerusalém, e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia”. Esta obra não foi novamente iniciado até 520 a.C., o segundo ano do reinado de Dario (Ed.5;1ss).
Portanto, a reconstrução do Templo foi concluída durante o reinado de Dario, que governou antes de Assuero (Ed.4:6) e Artaxerxes (Ed.4:7). Logo, as cartas mencionadas em Esdras 4:6-23 foram escritas depois da reconstrução do Templo e se referem às tentativas de reparar os muros de Jerusalém, não o Templo. O objetivo da passagem ao mencionar as cartas, ainda que fora da ordem cronológica, é fornecer exemplos de tentativas de obstruir o trabalho dos judeus que retornaram do exilio.

III. COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?

1. Os judeus deveriam ter ido ao rei da Pérsia para assegurar a construção

“Muitos estudiosos pensam que a interrupção dos trabalhos de reconstrução do Templo é um simples exemplo de falta de fé por parte daqueles que estavam encarregados da obra. Eles tiveram a autorização de Ciro, a autoridade e a bênção de Deus no início do empreendimento. Eles, como Neemias, deveriam ter continuado firmes no trabalho apesar da oposição, e Deus certamente teria tornado possível a conclusão do trabalho, conforme havia planejado. Com base em Ageu 1:4, parece que durante esse período de estagnação os judeus se voltaram para a construção e a decoração de suas próprias casas" (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.494).

2. Os judeus deveriam ter recorrido a Deus

Os retrocessos e as paralizações são dolorosos e desanimadores para os obreiros de Deus. Estes exilados sofreram ambos (ver Ed.4:1-5 e 4:6-22). Os líderes deveriam ter feito de tudo para impedir que a obra de Deus sofresse paralização, haja vista que a obra estava dentro da vontade Deus; contudo, às vezes as circunstâncias realmente estão além do nosso controle. Se você for levado a parar, lembre-se de permanece firme no Senhor.
Esta oposição ferrenha ao povo de Deus que retornaram do cativeiro traz uma lição para nós, povo de Deus da Nova Aliança: não esperemos que seja fácil levar uma vida cristã comprometida; enfrentamos persistente oposição, mas também superaremos, se permanecermos fiéis. Pense nisso!

3. O motivo da falta de resistência dos judeus era de ordem espiritual:

Zacarias teve oito visões planejadas para incentivar o povo a reconstruir o Templo (Zacarias 1:7 – 6:8).
-Na quarta visão, Deus mostrou o sumo sacerdote Josué trajado de vestes sujas diante do Anjo do Senhor (Zc.3:1-3). O sumo sacerdote era a personificação de Israel e sempre era seu dever trazer à memória do povo a santidade de Deus. As vestes sujas desse líder, na visão do profeta Zacarias, representavam a sua iniquidade (Zc.3:3,4). Satanás, então, não perdeu a oportunidade para acusá-lo de ser incapaz de cumprir suas funções sacerdotais. A situação espiritual desse líder religioso tirou dele toda a autoridade espiritual diante do problema causado pelos inimigos, ele não tinha moral para buscar a ajuda necessária de Deus.
Ao povo da Nova Aliança é exigido santidade, quando nos apresentamos ao Senhor para prestar-lhe culto. Como nós somos templos do Espirito Santo (1Co.6:19), logo a santidade deve ser buscada constantemente. Está escrito: “Sede santos em toda a vossa maneira de viver”(1Pd.1:15).
-Na quinta visão, Deus descreveu um candelabro todo de ouro e duas oliveiras, uma de cada lado. Ao que tudo indica, o candelabro era formado por uma base na qual estava fixada uma haste projetada para cima, em cujo topo havia um vaso que servia para armazenar azeite. Dessa haste, partiam sete tubos projetados para cima, cada um com uma lâmpada pequena na ponta. Em cada haste do candelabro, havia uma oliveira, aparentemente suprindo azeite diretamente ao vaso do candelabro, de onde escorria pelos tubos e abastecia as sete lâmpadas.
O candelabro de ouro talvez seja um símbolo de Israel, como testemunha de Deus ao mundo. Somente por meio do azeite, isto é, por intermédio do Espirito do Senhor, o povo poderá cumprir sua missão de iluminar o mundo.
A interpretação imediata da visão se refere à reconstrução do Templo, que não devia ser por esforço humano, mas pelo poder do Espírito do Senhor. Todas as dificuldades seriam removidas para que Zorobabel pudesse terminar a reconstrução do Templo, da mesma forma que havia concluído as obras da fundação. Naquela época, Zorobabel encarava a tarefa extremamente difícil de terminar o Templo; enfrentou a oposição apelando para suas próprias forças. Quando as suas próprias forças se esgotaram, não teve mais condições de resistir, sentindo-se inteiramente desarmado diante do inimigo. Mas, a palavra do Senhor a Zorobabel foi: “Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc.4:6).
“Embora esta mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é perfeitamente aplicável a todos os crentes (cf. 2Tm.3:16). Nem o poderio militar, nem o político, nem as forças humanas poderão efetivar a obra de Deus. Só conseguiremos fazer a sua obra se formos capacitados pelo Espírito Santo. Jesus iniciou o seu ministério no poder do Espírito (Lc.4:1,18); e a Igreja foi revestida pelo poder do Espírito Santo no dia de Pentecostes para cumprir a grande comissão (Mt.28:19,20; At.1:18). Somente se o Espírito Santo governar e capacitar a nossa vida, é que poderemos cumprir a vontade de Deus" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD).

IV. A REAÇÃO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA

“Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes se leu perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força de braço e com violência. Então, cessou a obra da Casa de Deus, que estava em Jerusalém, e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed.4:23,24).
Certamente, o impedimento da obra foi uma grande vitória dos inimigos do povo de Deus. E não é de se admirar que a reação deles foi de regozijo; mas a alegria dos inimigos de Deus é efêmera, tem um prazo curto. Lembre-se da alegria dos filisteus, quando prenderam Sansão – terminou em tragédia (Jz.16:25-31). Lembre-se da alegria dos sacerdotes, algozes de Cristo, que compraram Judas para trair Jesus – foi de curta duração. Com a ressurreição de Jesus, seus problemas se intensificaram sobremaneira (Mt.28:11-15).
Todavia, o que mais é destacado nas Escrituras foi a reação dos judeus, quando a obra cessou:

1. A tristeza dos judeus

Dois anos depois da chegada a Jerusalém para cumprir o decreto de Ciro (Esdras 1 e 2), os alicerces do Templo haviam sido assentados, entre louvores e lágrimas (Ed.3:8-13), e as expectativas da reconstrução pareciam brilhantes. Mas agora, em 520 a.C., as circunstâncias se revelaram sombriamente diversas. Os inimigos, os samaritanos, haviam-se colocado contra os judeus durante todo o reinado de Ciro; e, quando seu sucessor, Artaxerxes, subiu ao trono, eles conseguiram suspender completamente o projeto (Ed.4:21). Isto foi motivo de grande tristeza e desânimo do povo. A obra de Deus foi abandonada; foram quatorze anos de abandono. Os alicerces foram encobertos de entulho.
O grande objetivo do Diabo é parar toda forma e manifestação da obra de Deus. Para isso ele utiliza todos os meios possíveis. Precisamos orar, ter fé e não deixar que o desânimo venha debilitar as nossas forças. Estar atentos ao mundo espiritual é de fundamental importância para o nosso triunfo neste mundo.
Deus permitirá que nossa fé seja testada através de perdas temporárias no processo. É preciso ter maturidade espiritual para saber lidar com elas. Quando elas acontecerem na nossa vida, não nos desesperemos, aproveitemos o tempo para nos fortalecer, fechar as brechas e ouvir qual será próxima direção do Senhor.

2. O desânimo dos judeus

Os judeus repatriados pareciam ter aceitado os acontecimentos com resignação quase fatalista.
Deixaram-se dominar peto desânimo. A apatia tomou o lugar do entusiasmo, e o afã de ganhar dinheiro absorveu o seu interesse principal. O desânimo é uma das mais eficazes armas usadas por Satanás, contra os crentes. Lutemos contra o desânimo, em nome de Jesus!
Com a interrupção da obra os judeus se desanimaram e colocaram os seus interesses na frente dos interesses de Deus. Desistiriam de investir na Casa de Deus para investir em suas próprias casas. Deixaram de ajuntar tesouros no Céu para acumulá-los na terra. E deixaram de ser o prazer de Deus para ser o motivo do seu desgosto.
O pior pecado deles foi de acomodação. Eles adiaram o projeto de Deus para priorizar seus projetos. Abandonaram a Casa de Deus para investir tudo em suas próprias casas. Eles abandonaram a Casa de Deus e criaram uma falsa justificativa para abafar a voz da consciência. Julgaram que a oposição para fazer a obra era um sinal de que não era o tempo de fazer a obra de Deus - “...não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor descer ser edificada” (Ag.1:2). Fizeram uma leitura errada quando interpretaram que a presença de dificuldades devia levá-los a desistir da obra.
A paralisia espiritual tinha atracado o povo, e foi com o propósito de libertá-los dessa letargia que Ageu e Zacarias se levantaram com poderosas pregações de ânimos (Ed.5:1) – “E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram”. Deus usou esses servos para transmitir uma mensagem forte e contundente de exortação ao povo (Ageu 1:4-8):
4.É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?
5.Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
6.Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado.
7.Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
8.Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR.
Deus denuncia a procrastinação do povo judeu em fazer os melhores investimentos em suas próprias casas e os piores investimentos na Casa de Deus. Eles desistiram de investir na Casa de Deus, mas estavam fazendo investimento redobrados em suas próprias casas. Eles deixaram a Casa de Deus em ruínas, sem teto, para dar um toque de requinte, luxo e extravagância em suas casas. Os judeus tinham construído casas de fino e caro acabamento, até mesmo com paredes amadeiradas; essa prática era considera luxuosa até para um rei (cf.Jr.22:14).
Os investimentos que eles haviam cortado da Casa de Deus estavam sendo usado para o seu próprio deleite. Que valor eles estavam dando a Deus se deixavam seu Templo em ruinas? O conflito entre despesas com luxo em casa e o sustento condigno do trabalho do Senhor persiste até hoje entre nós, povo de Deus da Nova Aliança.
O povo tinha provas suficientes de que era da vontade de Deus que eles reconstruíssem o Templo. Deus já havia tocado o coração do rei Ciro para libertá-los e enviá-los a Jerusalém, provendo-lhes recursos com esse propósito (2Cr.36:22,23; Ed.1:1-4). Também os judeus conheciam a profecia de Isaias acerca de Ciro: “Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: será reedificada; e do templo: será fundado” (Is.44:28). A obra de Deus, então, não pode parar, mesmo que a oposição de fora e de dentro mostre suas artimanhas deletérias.

CONCLUSÃO

A vontade de Deus era a reconstrução do Templo, e isto Ele exigiu que o seu povo cumprisse a Sua ordem, e prometeu que a glória desta segunda casa seria maior do que a da primeira (Ag.2:9). Então, o povo atendeu a ordem do Senhor; é o que vamos estudar na próxima Aula.