OBJETIVO:
Estimular os crentes a vencer as tentações por meio da graça divina a fim de ter uma vida santa de diante de Deus e dos homens.
INTRODUÇÃO:
Estudaremos esta semana a respeito das tentações. A princípio, mostraremos as definições bíblicas de tentação. Em seguida, refletiremos a respeito das fontes das tentações, ressaltando que elas provêm de Satanás, do mundo e de nós mesmos. Por fim, apresentaremos algumas disciplinas cristãs para vencer as tentações e agradar ao Senhor.
1. A TENTAÇÃO NA BÍBLIA:
A palavra “tentação” vem do hebraico “nacah” e do grego “peirazo” e, em ambas as línguas, têm o sentido de “provar, testar, tentar”. Originalmente, essas palavras tinham um sentido mais neutro, isto é, enfocavam mais o ato de se colocar à prova o caráter ou qualidade de uma determinada pessoa. Nesse sentido, Deus pôs Israel à prova em relação à confiança nEle a fim de que aquele povo fosse capaz de se desenvolver (Ex. 17.2; Sl. 78.18; At. 15.10; Hb. 3.9). Abrãao também for a tentado quando chamado a sacrificar seu filho Isaque (Gn. 22.1), bem como Jesus quanto à Sua messianidade (Mt. 4). Em relação a essas tentação, não se pode pensar que haja qualquer mal implicado. Por isso, na Escritura, a tentação tem o sentido de possibilidade, podendo resultar em santidade ou em pecado. Assim sendo, o resultado da tentação pode ser tanto a vitória quando a queda. Ciente desse aspecto da tentação, Tiago diz que devemos nos regozijar quando formos tentados (Tg. 1.2), uma vez que, por meio dela, podemos amadurecer espiritualmente. Paulo nos lembra que as tentações que nos sobrevêem não são maiores do que possamos suportar (I Co. 10.13). E mais que isso, a graça de Deus nos será sempre suficiente para nos fazer vitoriosos (II Co. 12.8,9).
2. AS FONTES DAS TENTAÇÕES:
São três as fontes da tentação para o cristão, e, para as quais, é preciso atentar. O mundo, não o planeta habitado pelos seres humanos, mas o sistema que se opõe à vontade de Deus. Paulo, em Rm. 12.2, nos instrui para que não nos deixemos moldar por esse mundo. Atrelado ao mundo está as concunpiscência – os desejos desenfreados da carne. Tenhamos o devido cuidado para não confundir a carne – corpo físico (Rm. 1.3) com a carne – natureza pecaminosa herdada de Adão (Mc. 7.21,22; Gl. 5.19-21). Outro inimigo a ser vencido é Satanás. Em sua epístola, diz Tiago: "Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugira de vós" (4:7). Como então podemos enfrentar o tentador e as tentações? Aqui diz que aquele que se aproxima de Deus o diabo foge dele. Jesus enfrentou ao diabo com a Palavra de Deus (Mt 4). É isso que nós também devemos fazer, ter sempre a mente cheia da Palavra de Deus. Se aproximar de Deus é imperativo para aqueles que querem ser vitoriosos na vida crista. Separamos essas fontes de tentação tão somente por razões didáticas, pois, na verdade, esses inimigos atuam de modo integrado, a fim de nos distanciar de Deus. Os passos que conduzem os seres humanos ao pecado, e suas consequências podem ser vistos no relato de Gn.. 3. O pecado apela aos sentidos, gera desejo de concretização, seu final, no entanto, é sempre trágico, a ruptura da comunhão com o Senhor.
3. VENCENDO AS TENTAÇÕES:
Paulo aconselha a Timóteo dizendo: "Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas cousas" advertindo-o contra o perigo das riquezas (I Tm 6:11). De outra feita diz: "Foge, outrossim, das paixões da mocidade" (2.22). Em sua epistola aos coríntios Paulo adverte: "Fugi da impureza!" (I Co 6:18); referindo-se aos pecados de imoralidade. Diz também: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria" (I Co 10:14). Assim fica o conselho bíblico de, a exemplo de José, fugir das tentações que nos sobrevém. Fugir não significa apenas sair correndo, mas que devemos evitar aquelas situações nas quais sabemos que seremos tentados. Por exemplo, se meu problema é de cunho sexual devo tomar medidas para sufocar a carne cortando aquilo que a sustenta. Como disse o apóstolo não devo dispor de nada que me leve a desejos impuros (Rm 13:14).
CONCLUSÃO:
A tentação é uma atração que quer nos levar para o mal a fim de obter satisfação pessoal contrária à vontade de Deus. Suas fontes são: Satanás (Gn. 3), a concupsciência humana (Tg. 1.14,15) e o mundo (Rm. 12.1,2). Nenhuma tentação nos sobrevem acima do que possamos suportar e vecê-la (I Co. 10.13). Jesus é o maior exemplo para nós de Alguém que fora tentado e venceu a tentação (Mt. 4.1-11). Por esse motivo, Ele mesmo pode socorrer aqueles que são tentados (Hb. 2.18; 4.15). Para não cedermos à tentação devemos orar e vigiar (Mt. 6.13; 26.41), não esquecendo de socorrer aqueles que caem (Gl. 6.1). PENSE NISSO!