Objetivo: Refletir a respeito dos perigos de ver o homem como mero produto de uma evolução casual, sem que sido criado por uma intervenção divina.
INTRODUÇÃO:Conforme vimos no estudo anterior, o materialismo tem sido a filosofia que tem determinado os currículos escolares. Por conseguinte, os estudos antropológicos apontam para a crença de que o homem seja produto de uma sucessão evolutiva, sem qualquer intervenção divina.
1. DEFININDO EVOLUCIONISMO:O evolucionismo é uma teoria sobre a o surgimento da vida biológica elaborado por Charles Darwin (1809-1882), cuja premissa é a de que o mecanismo de desenvolvimento evolutivo é o resultado de variações aleatórias e da seleção natural por meio da competição para a sobrevivência e reprodução. A teoria da evolução reduziu dramaticamente a popularidade do criacionismo, principalmente, nas instituições escolares. Alguns pensadores religiosos consideram que seja possível conciliar essa teoria com o conceito de Deus, como criador do universo, partindo do pressuposto de a seleção natural teria sido o meio que Deus teria usado para criar o universo e o ser humano, é o que se costuma denominar de Evolucionismo Teísta. No geral, a teoria da evolução é aceita, em alguns contextos acadêmicos, como se fosse uma assertiva definitivamente comprovada, sem que se dê margem a qualquer questionamento, muito embora, o próprio nome denuncie que se trata não de uma verdade definitiva, antes de uma “teoria”, isto é, uma cosmovisão, um ponto de vista sem a devida constatação da ciência.
2. PERIGOS DA TEORIA DA EVOLUÇÃO:2.1 Não se relacionar com o Criador por não acreditar que Ele existaComo o evolucionismo está geralmente atrelado ao materialismo, um dos perigos é o da negação da existência de um Deus, pessoal e inteligente, que tenha projetado a criação do universo e do homem que conduz ao ateísmo. Por se tratar de um fenômeno isolado, e que trás sérias conseqüências ao ser humano, algumas passagens bíblicas se referem ao ateu como néscio (Sl. 14.1; 53.1). O principal problema do ateísmo é que o homem é obrigado a se encontrar só no mundo, enfrentar a vida como algo absurdo, sem sentido, restando-lhe apenas a incerteza e o desespero diante da morte. Em oposição ao ateísmo, cremos que há um Deus que nos ama, que, na verdade é amor (I Jo. 4.8). Que demonstrou esse amor enviando o Seu único filho, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar (Jo. 3.6; Rm. 5.8). Portanto, para o cristão, Cristo é o fundamento tanto da vida presente (I Co. 3.11,12) quanto futura (I Tm. 6.19). Isso nos leva a descansar na convicção de que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9).
2.2 Não mais perceber o valor da criação divinaA teoria da evolução, ao negar a existência de Deus, percebe a vida humana, e todo o universo, como uma cadeia de ações e reações físicas que funcionam sem os cuidados de Deus. O perigo dessa crença é que o ser humano acaba sendo visto como uma peça, na verdade, uma das menos significativas nessa grande engrenagem denominada universo. Por isso, é comum os adeptos do evolucionismo se referirem ao corpo humano como um amontoado de células que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. É válido destacar que essa abordagem científica contribuiu bastante para a defesa da superioridade ariana por Hitler, na Segunda Guerra Mundial. As raças “inferiores” foram levadas às câmaras de gás. Há o perigo do ser humano ser objetificado, sendo percebido como uma coisa que pode ser dissecada em laboratório. A perspectiva cristã se difere dessas visões por ver a vida em sua grandeza e beleza, proveniente de um Deus Onipotente, criador dos céus e da terra (Sl. 8.1-5; 19.1-4) e que a mantêm (At. 17.28).
2.3 Não mais fazer a distinção entre o que seja certo e erradoA teoria da evolução, por negar Deus, nega também uma ética maior, mais ou menos como afirma um dos personagens do escritor russo Fiodor Dostoieviski, em seu romance Irmãos Karamazov: “se Deus não existe, tudo é permitido”. As pessoas fazem o que acreditam, em comum acordo, que seja o certo e o errado. Vivem como nos tempos dos juizes, nos quais cada um faz o que parece reto aos seus próprios olhos (Jz. 21.25). Como naqueles mesmos tempos, o perigo é que sejamos entregues à devassidão, por negar a Deus e suas verdades absolutas (Rm. 1.21-32). E fazer conforme está escrito em Is. 5.20, chamando as trevas de luz e a luz de trevas, o doce de amargo e o amargo de doce. Para não correr o risco de sermos destruídos pelo relativismo, precisamos ouvir a voz do evangelho de Cristo, certo de que sua palavra é absoluta, imutável e universal.
CONCLUSÃO:A teoria da evolução, sob a égide da ciência, se constitui em um perigo para o indivíduo moderno. O primeiro deles é que afasta o ser humano do seu Criador, impossibilitando um relacionamento necessário com Ele, para o qual fomos criados. Em segundo lugar, podemos acabar tratando a criação, o ser humano e o meio ambiente em geral, como objetos. E por último, a ausência de critérios do que seja certo e errado resulta na destruição de princípios fundamentais para a sobrevivência humana na terra.