SISTEMA DE RÁDIO

 
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A NUVEM DE GLÓRIA


Texto Áureo: Sl. 57.5  - Leitura Bíblica: Ex. 40.34-38; Nm. 9.15,16

INTRODUÇÃO
A glória de Deus sempre foi uma demonstração visível de Sua presença no meio do povo. Essa se manifestava de diversas maneiras, nos tempos em que Israel peregrinava pelo deserto, a nuvem simbolizava a manifestação divina. Na aula de hoje, estudaremos a respeito dessa nuvem, e como ela enchia a congregação.

1. A NUVEM DE GLÓRIA
A palavra nuvem, no original hebraico, é khabod khabod, e diz respeito à presença de Deus no meio do Seu povo. Ao longo do tempo, a fim de evitar pronunciar esse termo, os israelitas criaram outra expressão hebraica, que não se encontra nas Escrituras: Shekinah, para se referir a essa manifestação. Essa nuvem estava sobre o Tabernáculo, e revelava que o Altíssimo estava presente (Ex. 40.34). A glória de Deus é o esplendor da Sua majestade, esse termo foi traduzido, posteriormente, para o grego, na Septuaginta, como doxa, e é a palavra mais usada no Novo Testamento, para se referir à essa majestosa presença divina.

2. A PRESENÇA DE DEUS
A shekinah não apenas expressava a glória do Deus de Israel, também servia como direção, a fim de que o povo soubesse por onde se conduzir. Essa glória, por assim dizer, não era apenas para ressaltar a grandiosidade de Deus, também tinha o objetivo a ser alcançado, orientar o povo para que não saísse da direção dada por Deus ao longo do deserto. O Apóstolo Paulo interpreta essa manifestação como uma demonstração de que o povo de Israel, ao ser direcionado por Deus, estava experimentando um batismo, uma confirmação da aliança (I Co. 10.1,2). Naquele tempo, aquele povo ainda dependia muito do visível, para acreditar nas operações divinas.

3. DEUS CONOSCO
Em Cristo, não dependemos mais de uma nuvem, para guiar nossos passos. Ele se fez carne e habitou no meio de nós, nEle temos a expressão maior da revelação divina (Jo. 1.1,14; Hb. 1.1,2). Quando Jesus subiu aos céus, enviou o Consolador, o Espírito Santo, que haveria de nós guiar (Jo. 16.1-16). O Espírito Santo é uma pessoa, com vontades próprias, por isso fala a Igreja, e a conduz neste mundo (Jo. 14.26). Ao longo do livro de Atos, acompanhamos o Espírito Santo agindo através da Igreja, considerando que Esse mesmo habita nos crentes, tanto individualmente quanto coletivamente (I Co. 3.16).

CONCLUSÃO
Na Nova Aliança, dispomos, como diziam os reformadores, do testemunho interno do Espírito Santo, e o testemunho externo da Palavra de Deus. Devemos nos pautar por aquilo que está escrito nas Escrituras, sendo guiados pelo Espírito Santo, a fim de agradar a Deus (Rm. 12.1,2). A esse respeito, é clara a orientação de Jesus, ao se dirigir às Igrejas do Apocalipse: quem tem ouvidos ouça, o que o Espírito diz às igrejas (Ap. 2.7).

O SACERDÓCIO DE CRISTO E O LEVÍTICO

Texto Áureo: Hb. 7.26 - Leitura Bíblica: Ex. 28.1;
Lv. 8.22; Hb. 7.23-28; I Pe. 2.9

INTRODUÇÃO
O sacerdócio levítico fazia parte do sistema religioso de Israel no Antigo Testamento. E esse apontava para Cristo, Aquele que viria a ser o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Na aula de hoje estudaremos esse sacerdócio, comparando o da Nova com o da Antiga Aliança, ressaltando que o sacerdócio de Cristo é superior, justamente por ser de outra ordem.

1. A ESCOLHA DOS SACERDOTES
A origem do sacerdócio em Israel remete aos tempos de Melquisedeque, rei de Salém (Hb. 7.1), posteriormente, a Arão que era da tribo de Levi (Ex. 29.30). Na Antiga Aliança, a função sacerdotal era restrita aos levitas. A escolha dos sacerdotes acontecia de maneira solene, considerando as instruções dados pelo Senhor a Moisés. Esses deveriam ser escolhidos entre os descendentes de Levi, que fizessem parte dessa tribo, os quais ficariam encarregados dos ofícios religiosos (Nm. 1.49,50). Eles eram consagrados ao Senhor, por isso deveriam se dedicar ao ofício, a fim de servirem a Deus e ao povo (Nm. 1.50; 3.12).

2. O SACERDÓCIO LEVÍTICO
Em Ex. 28, temos uma noção da atuação do sacerdócio na religião de Israel, começando pela própria vestimenta. Essa tinha características especiais, pois a glória era manifestada no próprio ornamento (Ex. 28.2). A túnica sacerdotal se chamava éfode, que era uma espécie de avental sem mangas, que cobria a frente e as costas, sendo unida por tiras em cada ombro, sendo atada pelo cinto (Ex. 28.6-8). Havia engastes de ouro com pedras de ônix, na parte frontal também se encontravam o Urim e o Tumim, que provavelmente eram pedras que serviam para lançar sortes, diante da tomada de decisões importantes (Nm. 26.55,56). Essas pedras somente eram usadas em ocasiões muito especiais (I Sm. 28.6), a fim de confirmar a revelação divina.

3. O SACERDÓCIO DE CRISTO
O sacerdócio de Cristo é de outra ordem, superior ao sacerdócio levítico. O autor da Epístola aos Hebreus ressalta que o sacerdócio levítico era imperfeito, enquanto que o de Cristo é perfeito, pois era da ordem de Melquisedeque (Hb. 7.11,12). Isso porque Jesus trouxe uma salvação perfeita, sendo Ele mesmo a oferta e ofertante (Hb. 7.25), dispensando o sacrifício de animais (Hb. 7.26). Ao se tornar Mediador de uma Nova Aliança, Jesus cumpriu todos os requisitos da Lei, expiando-nos definitivamente da culpa, por meio da justificação (Rm. 5.1)

CONCLUSÃO
O sacrifício de Jesus no calvário é a inauguração de um novo tempo, de modo que passamos a desfrutar de uma condição espiritual diferente, não mais dependente de rituais religiosos. O sacerdócio levítico ficou obsoleto, temos um Sacerdote perante o pai, que se identifica com nossas fraquezas, que sabe muito bem o que é padecer (Hb. 4.15).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, H. The Tabernacle of Moses. Bloomigton: Thomas Nelson, 2014.
SPRECHER, A. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

O SISTEMA DE SACRIFÍCIOS

Texto Áureo: Rm. 3.25 - Leitura Bíblica: Lv. 1.1—3; 2.1-3; 3.1,2

INTRODUÇÃO
Nessa lição, estudaremos a respeito do sistema de sacrifícios da religião judaica. Destacaremos, inicialmente, os tipos de ofertas: holocausto e as ofertas de manjares, bem como as ofertas pacíficas. Ao final, mostraremos que essas ofertas têm especial significado para os cristãos nos dias atuais, e fazem lembrar a importância de oferecermos nossos corpos, como sacrifício agradável a Deus, sendo esse nosso culto racional.

1. O HOLOCAUSTO
A palavra holocausto em hebraico é Olah e significa “ascender ou fazer subir”. Isso porque esse subia como “cheiro suave” às narinas de Deus. Essa oferta era de animais, tais como boi, ovelha, cabra ou mesmo animais de pequeno porte, como pombinhos ou rolinhas. A vítima era queimada no altar, e tratava-se de uma oferta voluntária, sendo o animal imolado fora da tenda, o derramamento do seu sangue representava a expiação dos pecados. O animal deveria ser sem defeito, ao escolher a oferta, o pecador reconhecia sua necessidade de expiação, e sabia que não poderia apresentar a Deus qualquer tipo de sacrifício. Quando as Escrituras afirmam que essa oferta subia às narinas de Deus, recorre a uma figura de linguagem, denominada de antropomorfismo, ou seja, a utilização de uma expressão humana, para se referir a Deus.

2. OFERTA DE MANJARES
As ofertas de manjares representava a gratidão que os israelitas demonstravam a Deus, por saber que Ele havia provido o alimento necessário para a vida deles. Essas ofertas eram de grãos novos e macios, colhidos na primeira colheita. Os principais elementos dessa oferta eram a farinha fina misturada com azeite. Esse tipo de oferta nos lembra da provisão de Deus para as nossas vidas. O próprio Jesus é o pão que desceu do céu. Ele nasceu em Belém, que em hebraico quer dizer “casa de pão”. Ele é nosso alimento espiritual, aquele que se alimenta de Cristo tem a vida eterna. A celebração da Ceia, quando nos apropriamos do pão e do cálice, é um memorial do Seu sacrifício, através de uma Nova Aliança, por meio da qual temos a certeza de sermos aceitos por Deus.

3. OFERTA PACÍFICA
A propiciação pelo pecado era uma exigência da Lei, sendo um presente oferecido a Deus, que apontava para Cristo. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.19). Através do Seu sangue derramado na cruz do calvário, fomos reconciliados com o Pai, que nos dá a Sua paz (Is. 9.6). O pecado é o mal que distancia o homem do Seu Criador, fazendo-se necessário que haja uma reconciliação. Jesus se fez pecado por nós, dando-nos a oportunidade de ter livre acesso ao Pai (I Pe. 2.24). No Iom Kippur, os judeus celebravam a expiação como um momento de pacificação entre Deus e os homens. Quando Jesus declarou: Está consumado (Jo. 19.30), um novo tempo espiritual foi inaugurado, a partir do qual podemos ser considerados filhos de Deus e novas criaturas.

CONCLUSÃO
O sacrifício de animais se tornou desnecessário porque Cristo ofereceu de uma vez por todas Seu próprio corpo em propiciação pelos nossos pecados. Por esse motivo, devemos oferecer nossos corpos como sacrifício agradável a Deus, não podemos mais nos conformar com este mundo, antes experimentar a vontade de Deus, que sempre nos é favorável, e para nossos próprio bem (Rm. 12.1,2).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, H. The Tabernacle of Moses. Bloomigton: Thomas Nelson, 2014.
SPRECHER, A. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

A ARCA DA ALIANÇA

Texto Áureo: Ex. 26.33 Leitura Bíblica: Ex. 25.10-22

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos um dos móveis mais importantes dentro do Tabernáculo: a Arca da Aliança. Inicialmente, descreveremos esse artefato, em seguida, apresentaremos os elementos que estavam dentro dela; e por fim, ressaltaremos que essa Arca simboliza Cristo, por meio de quem temos os tesouros da sabedoria divina, e mais que isso, a presença do próprio Deus em nosso meio.

1. A ARCA DA ALIANÇA
A Arca da Aliança se encontrava dentro do Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos. Esse objeto tinha vários nomes: Arca de Deus, Arca do Senhor, Arca da Aliança e Arca do Testemunho (I Sm. 4.11; Is. 3.13; Nm. 14.44; Nm. 7.89). Era feita de madeira de cetim ou de acácia, tendo um revestimento de ouro, com uma forma retangular, de aproximadamente 1,25 metros de largura e 75 centímetros de largura e 75 centímetros de altura. A Arca tinha uma tampa, também denominada de propiciatório, adornada com a figura de dois querubins, que tinham as asas abertas, voltadas para o centro da Arca. Os querubins são anjos de uma categoria especial, pois esses são descritos no texto bíblico associados à adoração a Deus. Esses seres não podem ser adorados, pois são espíritos ministradores, que protegem o trono de Deus.

2. OS ELEMENTOS DA ARCA
Dentro da Arca, estavam as Tábuas da Lei (Ex. 25.16,21; Dt. 10.1-5), representando a revelação divina, considerando que ao povo de Israel foram entregues os oráculos divinos; também continha um vaso com o maná do deserto (Ex. 16.33-35), fazendo o povo lembrar que o Senhor providenciou o alimento necessário para que esse fosse suprido ao longo da jornada; e por fim, a vara de Arão que floresceu, como demonstração da autoridade divina sobre sua família, a fim de atuar no sacerdócio. Esses elementos, que se encontravam dentro da Arca, simbolizam o cuidado divino em relação ao Seu povo. Israel teve o privilégio, mas também a responsabilidade, de testemunhar às nações, a respeito da soberania divina, e do amor e paz - hesed veshalom, tarefa que nem sempre foi realizada a contento.

3. CRISTO, NOSSA ARCA
A fim de tornar manifesto Seu amor às nações, Deus enviou Seu Filho Jesus Cristo (Jo. 3.16), que não era apenas um homem, mas o próprio Deus, pois nEle habitava toda a plenitude da divindade (Cl. 2.9). Na verdade, Jesus é a Arca por meio da qual podemos ver a glória – shekinah – divina. Ele é a própria revelação divina, Deus falou de muitas maneiras, mas nesses últimos dias se revelou no Filho (Hb. 1.1,2). Ele é o próprio Pão Vivo que desceu do céu, nEle encontramos alimento para nossas almas (Jo. 6.35), quem come desse Pão, tem a vida eterna. Além disso, Cristo é a Verdadeira Autoridade, que se fundamenta no amor e no serviço (Jo. 13.1-15), pois tudo coopera para o propósito divino (Rm. 8.28-30).

CONCLUSÃO
Certa feita um dos discípulos pediu a Jesus: “mostra-nos o Pai”. A resposta do Mestre foi enfática: “eu estou no Pai, e o Pai está em mim, quem vê a mim vê ao Pai” (Jo. 14.6-14). Em Cristo, temos acesso à glória – doxa – divina. A Arca da Aliança, como todos os outros móveis do Tabernáculo, serviram apenas como sombras, a realidade presente é o próprio Cristo, em quem confiamos (Cl. 2.16-19).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, H. The Tabernacle of Moses. Bloomigton: Thomas Nelson, 2014.
SPRECHER, A. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.