SISTEMA DE RÁDIO

  Sempre insista, nunca desista. A vitória é nosso em nome de Jesus!  

ENTRE A PÁSCOA E O PENTECOSTES

Texto Áureo: At. 2.1-4  – Leitura Bíblica: Ex. 34.18-29

INTRODUÇÃO
Nesta última lição estudaremos a respeito da relação entre a celebração da páscoa e do pentecostes. Essas duas festas tinham destaque entre as comemorações judaicas, a fim de ressaltar a libertação e a gratidão a Deus. Estudaremos, a princípio, essas duas festas, em seguida, analisaremos cada uma delas, a fim de mostrar que o pentecostes é fundamental para o empoderamento da igreja, mas que esse somente se tornou possível porque Jesus, o Cordeiro pascoal, foi imolado pelos nossos pecados.

1. A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA
A palavra páscoa quer dizer passagem em hebraico, em alusão à passagem da morte que passaria pelas casas, ceifando as vidas dos primogênitos. Aos hebreus, para escaparam de tal juízo, cabiam observar os procedimentos dados por Deus. Eles mergulhavam os ramos de uma planta denominada hissopo na bacia com o sangue do cordeiro e o colocava nas vergas e umbrais das portas (Ex. 12.22). Em seguida, essa mesma planta era usada para aspergir o sangue que confirmava a aliança de Deus com o Seu povo (Ex. 24.1-8). O cordeiro havia sido assado e comido às pressas, o povo deveria estar pronto para partir logo que fosse dado um sinal (Ex. 12.8,11,46). A refeição consistia do cordeiro assado, pães asmos e ervas amargas, antecipando, assim, o sacrifício vicário de Cristo. O pão era sem fermento porque não havia tempo para que esse crescesse (Ex. 12.39), além de ser este um símbolo de impureza para os hebreus. A Palavra de Deus associa o fermento com o pecado, bem como com os falsos ensinamentos (Mt. 16.6-12; Gl. 5.1-9) e a hipocrisia (Lc. 12.1). A igreja do Senhor não pode se envolver com práticas pecaminosas, antes deve viver em santidade, sem se deixar contaminar com o fermento do mundo (I Co. 5.6-8). Outro procedimento foi usado, qualquer carne que sobrasse da festa deveria ser queimada, aquele cordeiro era especial, não deveria ser tratado como uma alimentação normal. Aquela refeição foi preparada para a família (Ex. 12.3,4), isso mostra que Deus atenta para a proteção dos lares. A igreja, como um todo, é uma família, que se une para lembrar a morte e ressurreição do Cordeiro de Deus (Ef. 2.21; 3.15;4.16).  O caráter memorial da páscoa israelita (Ex. 12.14-43) fora retomado pela fé cristã, a fim de celebrar o sacrifício de Cristo, na cruz do calvário (Mt. 26.26; I Co. 11.23-25). A páscoa israelita era celebrada em nome do Senhor, recordando o cumprimento das Suas promessas (Ex. 11.1-8; 12.31-36). Na noite da Páscoa se cumpriram as promessas dadas por Deus a Abraão, muitos séculos antes (Gn. 15.13,14). De fato, “nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas, feitas por intermédio de Moisés, seu servo” (I Rs. 8.56). As promessas de Deus não falham, por isso estamos certos que passarão céus e terra, mas Suas palavras não haverão de passar (Lc. 21.33).

2. CRISTO, CORDEIRO DE DEUS E NOSSA PÁSCOA
Paulo identifica Cristo como a nossa páscoa, isso porque Jesus é o Cordeiro que foi imolado pelos nossos pecados (I Co. 5.7; Rm. 5.8,9). As igrejas locais se reúnem para celebrar a Ceia do Senhor. A Santa Ceia é um memorial, a fim de que, entre muitas atribuições eclesiásticas, não nos esqueçamos do principal, do sacrifício de Cristo na cruz (I Co. 11.23-25). Por ocasião da Ceia, utilizamos, simbolicamente, o pão que representa o corpo de Cristo (I Pe. 2.22-24), e o vinho, o sangue derramado do Senhor (Mc. 14.24). Esses elementos são simbólicos por isso não podem ser confundidos com o próprio corpo e sangue de Jesus (Jo. 6.35; 10.9), trata-se, portanto, de uma linguagem figurada. Essa deve ser uma observância continua para a igreja, ainda que não seja demarcada a frequência em que deve ocorrer (Lc. 22.14-20). A igreja cristã, desde o primeiro século, atentou para a prática do partir do pão (At. 2.42; 20.7; I Co. 11.26). É importante que a igreja mantenha a reverência por ocasião da celebração da Ceia, esse era um problema grave em Corinto, pois muitos membros da igreja não a levavam a sério (I Co. 11.29,30). Esse deve ser um momento solene, sobretudo de reflexão, a fim de demonstrar nossa identificação com o Cristo que por nós entregou Sua vida. Para evitar distorções no ato da celebração da Ceia, recomendamos: 1) sinceridade na apreciação (Lc. 22.17-19), não se trata apenas de alimentação, mas de percepção do valor do sacrifício de Cristo; e 2) autoexame para não nos tornarmos culpados e participantes daqueles que crucificaram o Senhor (I Co. 11.27). Ninguém se torna, por si mesmo, apto para a Ceia, é o sangue de Jesus, que nos torna aptos para tal. Não ceamos por causa dos nossos méritos, pois se assim fosse, ninguém poderia se aproximar da mesa (Ef. 2.8,9). Mas é preciso demonstrar contrição, reconhecimento do pecado, sobretudo arrependimento (I Jo. 1.9). A Ceia do Senhor é também um momento de irmandade, pois ao partir o pão demonstramos que somos um em Cristo (I Co. 10.16,17).

3. PENTECOSTES: O PODER DO ESPÍRITO SANTO
A festa judaica de Pentecostes acontecia no quinquagésimo dia depois da Páscoa, também era denominada de Festa das Semanas, porque ocorria sete semanas depois da Páscoa. Na ocasião celebrava-se a colheita dos primeiros grãos de trigo (Ex. 23.16; 34.22; Lv. 23.15-21). Para a igreja, essa festa passou a ter um significado especial, diz respeito ao momento em que essa recebeu o poder do alto, o batismo no Espírito Santo, prometido por Jesus, para a expansão do evangelho (At. 2.1). Cento e vinte discípulos, que se encontravam reunidos no mesmo lugar, ouviram um som como de um vento, na medida em que esse encheu o cenáculo, línguas repartidas como que de fogo pousaram sobre os presentes (At. 2.2,3). E todos foram cheios do Espírito Santo, o verbo pimplemi – cheios em grego – dá idéia de uma capacitação sobrenatural para o serviço divino. Desse modo, o derramamento do Espírito Santo significa o mesmo que ser batizado no ou com o Espírito Santo ou receber o dom do Espírito (At. 1.5; 2.4; 38). Esse mesmo Espírito habilita sobrenaturalmente os discípulos a “falarem em outras línguas” (At. 2.4), isso quer dizer que eles não estudaram as línguas que falaram, ainda que, pelo contexto, inferimos que essas línguas foram reconhecidas como idiomas (At. 2.6). O falar em línguas é uma evidência física do batismo no Espírito Santo. Esse precisa ser diferenciado do dom de variedade de línguas (I Co. 12.10). Quando o crente fala em línguas, no Batismo no Espírito Santo, demonstra que experimentou o derramamento. Quanto fala em línguas, enquanto dom, edifica a si mesmo, ou, se houver quem interprete, a igreja (I Co. 14.4,13,27).

CONCLUSÃO
O derramamento do Espírito, que aconteceu no dia de Pentecostes, continua disponível para a igreja nos dias atuais. Mas não podemos esquecer que isso somente se tornou possível por causa do sacrifício de Cristo na cruz do calvário. Portanto, a relação entre páscoa e pentecostes é fundamental para a teologia pentecostal, a primeira sem a segunda compromete a eficácia da evangelização, e a segunda sem a primeira, compromete o sacrifício vicário de Cristo.

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010. 

A ORAÇÃO DOS SANTOS NO ALTAR DE OURO

Texto Áureo: Hb. 4.16  – Leitura Bíblica: Lv. 16.12,13; Ap. 5.6-10

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito do altar do incenso, local no qual se ofertava ao Senhor, que tem simbologia com a oração dos santos. Inicialmente trataremos a respeito do Lugar Santíssimo, em seguida nos voltaremos para a importância do acesso ao Trono da Graça, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Mediador. E ao final, descaremos a importância da oração na vida dos santos. E mais importante, orações que estejam respaldadas em Cristo, em conformidade com aquilo que Ele mesmo ensinou.

1. O LUGAR SANTÍSSIMO
No lugar santo era possível encontrar a mesa de pães da proposição, o castiçal e o altar de incenso. Quando o sacerdote entrava com a bacia de sangue no primeiro compartimento do santuário espargia o sangue sete vezes no altar de incenso, perto da segunda cortina. Os pecados individuais do povo eram transferidos para o santuário. Isso acontecia pelo menos duas vezes por dia durante todo o ano. Em seguida, o sangue era salpicado na cortina, que dividia o primeiro do segundo compartimento e não podia ser lavada. É importante destacar que o sacerdote não podia adentrar ao segundo compartimento, pois isso somente era feito uma vez por ano, ocasião do dia da Expiação.. No Lugar Santíssimo ficava um dos instrumentos mais importantes do Tabernáculo, a Arca da Aliança, dentro dela encontrava-se a tábua dos dez mandamentos, recebidos no Monte Sinai. Havia ainda uma luz irradiava sobre a arca, demonstrando a presença de Deus. O Sumo Sacerdote só entrava no Lugar Santíssimo uma vez por ano, quando se achegava à presença de Deus, diante da Arca da Aliança e aspergia o sangue do cordeiro por cima da tampa da arca, denominada de propiciatório. Nesse dia os pecados do ano inteiro eram expiados – era o Yon Kippur judaico – Dia da Expiação - e a cortina ensopada de sangue que dividia os compartimentos era retirada e colocada uma nova. Esse dia era considerado o dia do juízo divino sobre os pecados da nação, que passava a ser livre dos seus pecados. O Altar de Ouro, enquanto mobília do tarbernáculo, sempre esteve atrelada à oração, e deve servir de estímulo a prática da presença de Deus.

2. CRISTO NO SANTÍSSIMO LUGAR
De acordo com o autor da Epístola aos Hebreus, Cristo tem um sacerdócio superior ao levítico, considerando que “temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus” (Hb. 4.14). Ele não é um sacerdote comum, mas um “grande sumo sacerdote”, e essa é a razão pela qual devemos reter “firmemente a nossa confissão”. E mais, na perspectiva negativa, “não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas: porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb. 4.15). A identificação desse Grande Sumo Sacerdote é importante, pois Ele foi tentado em tudo: na concupiscência da carne, na concupiscência dos olhos, e na soberba da vida. E porque Ele foi tentado em tudo “mas sem pecado”, pode nos representar diante do Pai, pois como caímos todos em Adão, em Cristo igualmente somos vivificados. Ele se identifica com cada um de nós, sendo capaz de entrar não apenas no Santo dos Santos, mas no trono do próprio Deus, nos céus. Oportunizando que: “cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb. 4.16). Como Sumo Sacerdote, Jesus “pode compadecer-se”, isso mostra que Ele não desconsidera nossa condição humana, e mais que isso, que ele tem simpatia, no sentido etimológico do termo”, sofre conosco. Ele conhece nossa natureza, e sabe que somos pó, e que dependemos de Deus, inclusive para vencer as tentações/provações. Uma das qualificações de Cristo, em comparação ao sacerdócio levítico, é que o sacerdote levítico deveria oferecer sacrifícios “tanto pelo povo como também por si mesmo” (Hb. 5.3).

3. ORANDO COMO JESUS ENSINOU
A oração do Senhor não deva ser estímulo para a mera repetição (Mt. 6.7), ela deve nos servir de padrão para que façamos as nossas próprias orações. Destacamos, a seguir, alguns princípios para a oração cristocêntrica: a princípio, a intimidade, pois somente em Cristo podemos chamar a Deus de “Pai”, expressão aramaica “Abba”, cujo significado aproximado é o de “papaizinho”. Segundo Paulo, recebemos o Espírito de adoção, pelo qual, clamamos “Abba”, Pai (Rm. 8.15; Gl. 4.6). Ele não é apenas o MEU Pai, mas o NOSSO Pai, ressaltando, assim, a união de todos aqueles que foram chamados, a Igreja (Mt. 16.18), a fim de reconhecer que o  Senhor é Santo e que todos são pecadores, necessitados de Sua graça (Rm. 3.23; 6.23), mas não apenas isso, que também o Seu reino é chegado entre nós (Lc. 10.9; 17.21), ainda que ansiamos pelo dia em que se concretizará em Sua plenitude (Ap. 20.2-6). Que a vontade de Deus, e não a nossa, prevaleça, que ela seja feita na terra como já é no céu. Somente a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm. 12.2). Para que o pão diário nos seja dado e não todas as riquezas do mundo, a fim de que tenhamos o suficiente para vivermos contentes (I Tm. 6.6; Hb. 13.5) e não nos inquietarmos com o dia de amanhã (Mt. 6.34). E não esqueçamos que a maior riqueza que o ser humano pode ter é o perdão divino, ainda que esse precise ser repartido com aqueles que nos ofendem (Mt. 5.7; 6.14,15; 18.21-23). Que Deus não nos deixe cair em tentação, cientes de que também devemos vigiar para não sermos tragados pelo Mal (Mt. 26.41; I Co. 10.13; I Pe. 5.8), e por fim, saibamos que somente a Deus, e não a quem quer que seja, pertence o reino, o poder e a glória para sempre (I Cr. 29.11; I Tm. 1.17; Ap. 19.1).

CONCLUSÃO
O Altar de Ouro no Tabernáculo antigo, e seu cheio suave de incenso, simbolizam as orações dos santos. Por causa do sacrifício de Jesus na cruz do calvário, e da Sua atuação sacerdotal, podemos ter acesso ao trono da graça. Devemos adentrar ao nosso quarto, e buscar constantemente a presença do Senhor, orando conforme nos intruiu o Mestre, ao ser solicitado pelos Seus discípulos, existem muitos tipos de orações, e muitas oração tipológicas, mas nenhuma delas se compara a de Jesus, que serve de modelo, bem como sua instruções em relação à oração, que se encontram registradas no Sermão do Monte (Mt. 6.9-13).

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010. 

OS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Texto Áureo: Jo. 6.47,48  – Leitura Bíblica: Lv. 24.5-9

INTRODUÇÃO
Nesta aula estudaremos a respeito dos pães da proposição, que ficavam dispostos dentro do Tabernáculo, em um dos lugares especiais. Esses pães tinha uma simbologia, pois apontavam para Jesus, aquele que viria a ser o pão descido do céu. Mas veremos também nessa lição que esses pães também simbolizam a Palavra de Deus, que serve de alimento espiritual para as nossas vidas.

1. OS PÃES DA PROPOSIÇÃO
A mesa que tinha os pães da proposição era feita de madeira de acácia, e tinha dois côvados de cumprimento (90 centímetros), um côvado de largura (45 centímetros) e sua altura era de um côvado e meio (70 centímetros). Essas especificações foram dadas por Deus a Moisés, para que tudo fosse feito conforme a sua vontade (Ex. 25.23-30). Essa mesa também era revestida de ouro fino, com adorno da altura de quatro dedos, e tinha argolas que serviam para o transporte. Esses pães eram preparados todos os sábados pelos coatitas (I Cr. 9.32). Em sua composição, usava-se a flor da farinha de trigo (Lv. 24.5), e depois serem cozidos eram postos em fileiras sobre a mesa, ao total eram doze para simbolizar também as doze tribos de Israel. Deus estava presente no tabernáculo, esse era um dos símbolos dos dozes pães da proposição, bem como no meio do seu povo (Jr. 32.38). Como pão era um alimento bastante comum entre o povo hebreu, isso também os fazia lembrar de que Deus era aquele que dava a provisão, pois comer pão era equivalente a fazer uma refeição, e aquilo que vinha à mesa do povo hebreu era proveniente do Deus de Israel, que os havia retirado com braço forte do Egito, para habitar na terra que Ele mesmo havia prometido dar a Abraão.

2. JESUS, O PÃO QUE DESCEU DO CÉU
Jesus é o pão que desceu do céu, vindo da “casa de pão”, sendo o significado da palavra Belém em hebraico. Várias vezes Ele mesmo se identificou como a água e o pão da vida (Jo. 4.13,14; Ap. 7.17). Como o Pão da vida, Jesus é aquele que nos supre com a alimentação necessária para a vida eterna. Há um episódio bíblico bastante ilustrativo dessa verdade, Jesus alimentou uma multidão faminta, demonstrando assim o Seu poder, e sua provisão para os pecadores. Mesmo assim, os religiosos desacreditaram de Jesus, pois queriam que Ele fizesse o mesmo milagre de Moisés, que alimentou o povo ao longo da jornada pelo deserto. Mas o Senhor tem um alimento muito mais importante e essencial para a vida das pessoas, Ele mesmo é o pão eterno que necessitamos (Jo. 6.31-68). O sacrífico de Jesus na cruz do calvário nos dar vida eterna, o pão normal que comemos diariamente é necessário, mas somente satisfaz temporariamente. Deixar de se alimentar com esse pão é definhar espiritualmente, as pessoas que assim o fazem permanecem mortas em seus pecados (Jo. 8.24), mas é preciso ainda alertar em relação àqueles que seguem a Jesus apenas pela comida que perece (Jo. 6.27). Existem muitos que se aproximam da Igreja apenas para receber bênçãos materiais, mas é preciso buscar o essencial, o Pão da Vida, que nos conduz à vida.

3. O PÃO DA PALAVRA DE DEUS
Jesus é alimento para nossas vidas, Ele é a Palavra de Deus, o Verbo que se fez carne. Por esse motivo declarou ao ser tentado: “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt. 4.4). Não podemos deixar de nos alimentar por meio da Palavra de Deus, é ela que nos dá a nutrição espiritual necessária, e nos conduz ao crescimento e maturidade. O autor da Epístola aos Hebreus destaca que a Palavra de Deus é fundamental para o crescimento na fé (Hb. 5.11-14). Deus espera que os crentes se desenvolvam espiritualmente, que se alimentem do genuíno leite espiritual (II Pe. 3.18; Ef. 4.15). Os crentes de Corinto se tornaram carnais porque desprezaram a Palavra de Deus (I Co. 3.1-2), de igual modo há muitos crentes que se alimentam apenas de sobremesas, se apartam do pão espiritual que realmente nutre. Por esse motivo são levados pelos ventos de doutrinas (Ef. 4.14), e não conseguem frutificar na igreja (Hb. 10.25). Os crentes que se alimentam da Palavra de Deus se tornam adultos (Hb. 5.14), e desenvolvem o vínculo da perfeição (Cl. 3.14), conseguem dar exemplo na vida prática, e se tornam bem-aventurados (Tg. 1.22-25).

CONCLUSÃO
No culto levítico, encontrava-se disposto no tabernáculo os pães da proposição, nos os crentes em Jesus dispomos dEle mesmo, que é o Pão que desceu dos céu. Por esse motivo, uma vez que nos alimentamos dEle, podemos ter a convicção de que caminhamos para a eternidade. Essa é uma das razões da celebração da Ceia, a fim de lembrar frequentemente, através do pão e do cálice, que Jesus é nossa provisão, e o alimento que nos conduz à vida em Deus.

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010.

A LÂMPADA ARDERÁ CONTINUAMENTE

Texto Áureo: Jo. 8.12  – Leitura Bíblica: Lv. 1.1-9

INTRODUÇÃO
Um dos componentes do interior do tabernáculo era o candelabro de ouro, cuja luz ardia continuamente sobre o altar. Nesta aula estudaremos a respeito desse utensílio, inicialmente sobre sua fabricação e localização no templo. Em seguida, destacaremos que Jesus é a luz que alumia o mundo, e que dissipa as trevas. E por fim, seguindo o exemplo de Cristo, a igreja deve ser sal da terra e luz do mundo, e mais precisamente, como disse Paulo, como astros no mundo.

1. O CANDELABRO DE OURO
O candelabro era uma peça do tabernáculo que foi construída de ouro puro e batido (Ex. 25.31), trabalhada por Bezaleel e Aoliabe, para o qual foi destinado quase 40 quilos de ouro (Ex. 25.39). Essa era uma peça simétrica, cujo fogo era alimentado por azeite puro, sendo colocado no lado esquerdo, ou na parte sul do tabernáculo (Ex. 26.35), a fim de apontar para a presença e a glória de Deus. Para que o brilho fosse constante, e também para que permanecesse aceso, os filhos de Arão deveriam limpa-lo continuamente, mantendo o provimento de azeite necessário para que não se apagasse. O fato de esse candelabro se encontrar aceso, iluminando todo aquele ambiente, era uma prova de que os sacerdotes estavam em trabalho contínua, assumindo todas as suas funções ritualistas. Dentre os trabalhos dos sacerdotes estavam: cortas os pavios queimados, limpar os castiçais e colocar neles o azeite, desde a tarde até a manhã. O próprio povo deveria fornecer o azeite para que a lâmpada fosse acesa, ou para ser mais preciso, as sete lâmpadas que constituíam o candelabro. Na verdade, há uma unidade na diversidade nessa composição, pois ao mesmo tempo em que era uma lâmpada, eram também sete lâmpadas. Esse aspecto aponta para a diversidade das tribos de Israel, ao mesmo tempo que deveriam manter a unidade, sob a orientação de Deus – o Único Senhor.

2. JESUS, A LUZ QUE ALUMIA O MUNDO
A palavra luz aparece 23 vezes no Evangelho segundo João. Dessas, 21 se referem a Jesus.  Em João, luz é uma metáfora acerca de Jesus, por isso, quando Ele diz ser a luz do mundo, quis dizer que é a solução para as trevas em que o mundo está. O mundo jaz em trevas, o diabo é o príncipe das trevas e viver no pecado é andar na escuridão. O diabo cegou o entendimento das pessoas, por isso, aqueles que são prisioneiros do pecado vivem em densas trevas. No princípio desse evangelho, está escrito: “Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (João 1.4,5). Em Jesus está a vida, a qual, como uma luz, pode tirar os homens das trevas em que vivem. Isso é algo muito poderoso, pois não há como as trevas resistirem à luz. Onde o evangelho é proclamado, a escuridão é vencida. Onde a verdade de Deus prevalece, a alma humana é iluminada. Onde Jesus é anunciado como Salvador, aqueles que vivem presos nas garras do pecado é liberto, isso porque Jesus é a luz que veio ao mundo para alumiar todos os homens. Aqueles que nele creem não andam em trevas. Aqueles que nele confiam sabem para onde vão.

3. A IGREJA: LUZ PARA O MUNDO
Conforme destacamos, Jesus era a luz própria no sentido que, em seu ser e na sua obra de redenção, ele é o fundamento e a fonte da verdade, salvação e iluminação. A luz de Jesus nos livra das trevas da morte espiritual (Ef 2.1). Ele nos salvou das trevas ou cegueira imposta sobre o homem caído pelo pecado (II Co. 4.4), e mais, nos redimiu das trevas da morte eterna e do inferno pelo seu dom de justificação (Ef 2.8-9; Fl 3.8-9). Ee também nos libertou da escravidão ao pecado e do andar nas trevas por seu dom da santificação definitiva. Por esse motivo, quando falamos dos cristãos sendo luz, essa é sempre um espelho que reflete a luz de Cristo já revelada e recebida. Somos luz porque cremos e possuímos a verdade e comunicamos essa verdade sobre Cristo a um mundo em trevas. Como o sal da terra os discípulos eram cruciais em purificar e preservar o mundo; como a luz do mundo eles devem iluminá-lo com a luz de Cristo. Sal é usado para deter a putrefação, enquanto luz é usada para iluminar e dissipar as trevas. Podemos ser luz, portanto, na medida em permanecemos em Cristo (I Jo. 2.20), demonstramos amor uns pelos outros (Ef. 4.3; Cl. 3.14), praticamos boas obras (Tt. 2.7).

CONCLUSÃO
Cada cristão é um astro no mundo (Fp. 2.15), a fim de expressar a luz que emana de Cristo, que é a Luz do Mundo. Por isso, devemos ser luz, que leva às trevas o esplendor da glória de Cristo. É através do fruto que somos conhecidos, e o principal deles é o genuíno amor cristão, que se manifesta através do sacrifício. Uma igreja que verdadeiramente faz a diferença está vinculada à verdade do evangelho, e prega o amor, a misericórdia e o perdão de Cristo.

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010. 

OFERTAS PACÍFICAS PARA UM DEUS DE PAZ

Texto Áureo: Hb. 10.10  – Leitura Bíblica: Lv. 1.1-9

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito das ofertas pacíficas, essas que eram expressão de gratidão e reconhecimento da intimidade com Deus. Destacaremos que por meio das ofertas pacíficas, ainda na Antiga Aliança, o povo de Israel podia ter intimidade com Deus. No Nova Aliança, podemos desfrutas dessa mesma paz, não apenas de Deus, mas também com Deus, que nos propiciou a reconciliação através de Jesus Cristo, por isso podemos oferecer a nós mesmos em sacrifício agradável ao Senhor.

1. AS OFERTAS PACÍFICAS
As ofertas pacíficas era expressão da voluntariedade (Lv. 7.12), por meio dessas o povo de Israel demonstrava gratidão a Deus, e expressava louvor pelos feitos do Senhor (Sl. 106.1). Havia diferentes tipos de ofertas pacíficas, a mais conhecida era a de Ação de graças, pela qual se oferecia bolos e coscorões ázimos amassados com aceite (v. 7.12-15). Também se ofereciam votos, os israelitas entregavam ofertas pacíficas, como manifestação de gratidão pelas providências divinas (Lv. 7.15,16). E por fim, a Oferta movida, que era entregue ao sacerdote, que aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar, queimando a gordura em seguida (Lv. 7.30). O principal objetivo das ofertas pacíficas era levar o ofertante a agradecer a Deus pelas grandes coisas que o Senhor havia feito. Além disso, era uma oportunidade para que o ofertante demonstrasse sua intimidade com Deus. Vários personagens da Antiga Aliança ofereceram ofertas pacíficas ao Senhor: Isaque – quando fugiu de Esaú, seu irmão, fazendo votos ao Senhor (Gn. 28.20,21); Ana – que se encontrava aflita por não ter filhos, por isso orou demonstrando disponibilidade de separar aquele que viesse a nascer, para o serviço do Senhor (I Sm. 1.11); e Davi – ao longo dos salmos, identificamos vários louvores de homem segundo o coração de Deus, que por meio dos seus cânticos expressa gratidão a Deus pelo que Ele é.

2. A PAZ DE DEUS E A PAZ COM DEUS
Podemos ter a paz DE Deus porque temos paz COM Deus, e essa foi uma iniciativa dEle que nos reconciliou por meio de Cristo (II Co. 5.18; Rm. 1.18; 5.9-11). Deus estava com Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (II Co. 5.19). Em Rm. 4.8, tratando do mesmo tema, Paulo cita Sl. 32.2, dizendo: “bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade”. Esse “todos”, no versículo 19, é um recurso estilístico, pois Paulo, em outras passagens, deixa implícito que os pecados dos incrédulos lhes serão imputados (Rm. 1.18-32; 2.5-11; Ef. 5.3-6; Cl. 3.5-6). Agora, reconciliados com Deus em Cristo, somos embaixadores em nome de Cristo, isto é, emissários de Deus em prol da reconciliação dos pecadores. Por esse motivo, rogamos a esses que se reconciliem com Deus (II Co. 5.20). O fundamento da reconciliação é a Pessoa de Cristo, que não conheceu pecado, mas se fez pecado por nós (Jô. 8.46; I Co. 5.21; Hb. 4.15; I Pe. 1.19; 2.22). Nele fomos feitos justiça de Deus, pois Jesus morreu em nosso lugar, portanto, a nós não mais é imputado pecado (Rm. 3.21-26; Fp. 3.7-9). Jesus se tornou maldição por nós (Dt. 21.23; Gl. 3.13), pagando inteiramente o preço da redenção (Cl. 2.14).

3. SACRIFÍCIO AGRADÁVEL
Por causa do ministério da reconciliação em Cristo, agora podemos oferecer nossos corpos como sacrifício agradável a Deus, sabendo que não somos de nós mesmos, pois fomos comprados por alto preço (I Co. 6.19,20). Por esse motivo Paulo admoesta os crentes a se apresentarem ao senhor com base na grande misericórdia de Deus como oferta voluntária (Rm. 12.1,2).  De modo que podemos viver em total consagração a Ele, sendo esse o sacrifício que O agrada, não mais o sangue de animais, como no Antigo Pacto (Hb. 13.15-19). Nossa oferta pacífica a Deus, no contexto da Nova Aliança, são sacrifícios espirituais (I Pe. 2.5), o que Paulo denomina de culto racional (Rm. 12.1,2). Não podemos mais nos conformar, ou seja, “entrar na fôrma” desse mundo. O mundo, aqui, é perverso ou mal (Gl. 1.4) e dominado por Satanás, o seu príncipe, que cega a mente dos incrédulos (II Co. 4.4). Não podemos mais compactuar com esse sistema anti-Deus que prevalece no presente século, haja visto que “as coisas antigas se passaram e eis que tudo se fez novo” (II Co. 5.17). Somos instruídos, portanto, a sermos transformados, literalmente, transfigurados (ver Mt. 17.2; II Co. 3.18), pela renovação da nossa mente. Essa renovação somente pode acontecer na medida em que passamos a pensar com a mente de Cristo, e não com a nossa natureza pecaminosa (II Co. 11.3; Ef. 1.18; I Co. 2.16). Assim, experimentaremos qual boa, agradável e perfeita é a vontade de Deus, não apenas para Ele, mas também para nós, assim, reconheceremos que não vale a pena pecar.

CONCLUSÃO
Reconhecemos que Deus fez coisas grandiosas por nós, muito mais do que merecemos, por isso, como diz o salmista: tomaremos o cálice da salvação e invocaremos o nome do Senhor (Sl. 116.3). Essa é uma expressão de gratidão e reconhecimento pelos feitos de Deus, e o mais importante que nossa oferta pacífica seja sempre uma oportunidade para desfrutar da presença de Deus, e desfrutar de genuína intimidade com Ele.

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010.