SISTEMA DE RÁDIO

  Sempre insista, nunca desista. A vitória é nosso em nome de Jesus!  

* JESUS, O VERBO DE DEUS

Textos: Jo. 1.14 – Jo. 1.1-10,14


Objetivo: Mostrar que Jesus é o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós, a fim de nos redimir do pecado.


INTRODUÇÃO: É comumente aceito que Jesus é o Verbo de Deus. Mas o que quer isso dizer, afinal? Isso tem alguma relação com sua divindade? Qual o significado do termo “verbo” em relação a Jesus? Essas são algumas das questões importantes que pretendemos responder ao longo deste estudo.


1. A DIVINDADE DE CRISTO: A divindade de Cristo é uma doutrina atestada tanto na Escritura quanto na história da igreja. Se apelarmos para o evangelho, o que já nos é suficiente, veremos que Jesus tinha autoconsciência de sua divindade, como Aquele que pode perdoar pecados (Mc. 2.5,7), que é Senhor do sábado (Ex. 20.8-11; Mc. 2.27,28). No evangelho de João, Jesus alegou ser um com o Pai (Jo. 10.30), de modo que ao vê-LO, conhecemos o Pai (Jo. 14.7-9). Em Jo. 8.58, há uma nítida afirmação de sua preexistência, especialmente, se compararmos com Ex. 3.14,15. Essa declaração de Jesus, inclusive, incitou aos presentes a quererem apedrejá-LO (Jo. 8.59), por considerarem que sua afirmação seria uma blasfêmia, provavelmente, à luz de Lv. 24.16. Jesus é Deus porque, como tal, tem poder sobre a vida e a morte (Jo. 5.21); 11.25). Finalmente, um testemunho claro da divindade de Cristo encontra-se na declaração de fé de Tomé, em Jo. 20.28.


2. O VERBO ENCARNADO: A palavra usada por João, no grego neotestamentário, para Verbo, é “logos”. Esse termo, no contexto helenista, tem a ver com o verbo “legein”, que significa “dizer”, “falar”, “expressar uma opinião”. Para o pensador grego Heráclito, o “logos” seria o princípio sustentador do universo. Essa visão, de algum modo, se coaduna com a declaração de Jo. 1.3, mostrando que Jesus é o fundamento de todas as coisas. No entanto, é mais coerente analisar a utilização dessa palavra na percepção judaica. Em hebraico, o verbo dizer é “dabar”, e corresponde à manifestação da sabedoria divina (Pv. 8.23). Alguns estudiosos defendem que João deva ter se utilizado do livro bíblico de Provérbios para escrever a abertura do evangelho que carrega o seu nome, e não os filósofos gregos. Sendo assim, Cristo é a representação, ou melhor, a ação divina na história, a própria Palavra de Deus que se fez carne e habitou, ou como está escrito no grego do NT, que “construiu sua tenda”, no meio dos homens (Jo. 1.14). A encarnação da Palavra, nesse sentido, é muito mais do que um conceito filosófico, é a atuação do “Deus conosco” na esfera humana (Mt. 1.23). E se é uma sabedoria, não pode ser reduzida ao mero acúmulo de conhecimentos enciclopédicos, mas à submissão, fundamentada no temor do Senhor (Pv. 9.10; 15.33). Não podemos esquecer que o próprio Cristo, ao encarnar-se, aprendeu a obediência (Hb. 5.8).


3. CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE: Ao se tornar carne, Cristo, como a Palavra, manifestou a face graciosa e verdadeira de Deus, a qual, costuma ser ofuscada pela religiosidade humana. Além de revelar a shekináh, isto é, a glória de Deus, João, no versículo 14, diz que o Verbo esteve entre nós, “cheio de graça e de verdade”. A graça de Deus nos é manifestada em seu amor pela humanidade, condicionada ao crer no sacrifício vicário de Jesus (Jo. 3.16; I Jo. 4.9). Paulo, em suas epístolas, faz referência ao amor gracioso de Deus que nos alcançou sendo nós ainda pecadores (Rm. 3.24; Gl. 5.4; Ef. 2.8; Tt. 2.11). Nos tempos em que o Verbo se fez carne havia quem questionasse a existência da verdade (Jo. 19.32). Jesus, no entanto, não apenas mostrou a verdade por meio de seus ensinamentos, Ele mesmo se revelou como a Verdade de Deus (Jo. 14.6; 17.17). É por isso que não é possível uma adoração genuína a Deus, a não ser por meio da Verdade que é Cristo (Jo. 4.24). Sem Cristo, o mundo vagueia, seguindo o curso do movimento das ondas legalistas da religiosidade que engana, distanciando-se da Verdade que liberta (Jo. 8.36).


CONCLUSÃO: Conta-se que em 1969, quando a nave Apolo 11 pousou o solo lunar, os jornalistas noticiaram que homem havia posto seus pés na lua, por conseguinte, aquele teria sido o maior evento histórico de todos os tempos. De pronto, Billy Graham, o conhecido pregador americano, teria refutado tal afirmação, dizendo que o maior evento histórico de todos os tempos não teria sido o homem ter posto suas pisadas na lua, mas Deus, em Cristo, ter estado na terra. Essa é uma estrondosa verdade, pois grande é o mistério da piedade: “Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (I Tm. 3.16). PENSE NISSO!

* COMO ALCANÇAR AS PROMESSAS DE DEUS

Textos: II Co. 1.20 – Hb. 3.7-18

OBJETIVO: Mostrar que a confiança no Deus que promete e cumpre é requisito fundamental para alcançarmos o que Ele nos revelou em Sua Palavra.
INTRODUÇÃO: É possível alcançar as promessas de Deus? A resposta da Palavra de Deus, a esse respeito, é afirmativa. Então, o que devemos fazer? Neste último estudo das promessas, veremos que o cumprimento das promessas divinas tem sua fonte nAquele que promete e cumpre com o que diz (Nm. 23.19). Ao final, mostraremos como algumas personagens bíblicas responderam às promessas de Deus e que lições poderemos tirar para a vida cristã diária.
1. O DEUS QUE PROMETE E CUMPRE: Não há uma palavra, no Antigo Testamento, para “promessa”, mas isso não quer dizer que essa idéia não exista na Antiga Aliança. As palavras hebraicas “amar” e “dabar” significam, respectivamente, “dizer” e “falar”. No Novo Testamento, o termo grego “angelia”, que se refere a um “anúncio” ou “mensagem”, está inter-relacionado aos termos hebraicos. Esses termos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostram que a base da promessa é a revelação de Deus. Ele, conforme nos diz o autor aos Hebreus (Hb. 1.1,2), é um Pai que fala, isto é, que se revela, e, mais especificamente, que nos tem prometido, em Seu Filho, riquezas celestiais (Ef. 2.7). Fora dEle, corremos o risco de ter nossas expectativas, algumas vezes egoístas, frustradas. Sendo assim, tenhamos o devido cuidado de compreender a natureza das promessas divinas e as condições que o próprio Deus estabeleceu em Sua palavra.
2. AS CONDIÇÕES DIVINAS PARA O CUMPRIMENTO: Conforme estudamos em lições anteriores, algumas promessas de Deus são incondicionais e outras condicionais. Em relação a essas últimas, encontra-se a promessa da vida, que não pode ser desprezada, caso contrário, o final será a morte eterna (Gn. 2.16-17). Mas essa não é a única, já no Antigo Testamento, é possível destacar algumas promessas condicionais: 1) prosperidade se o povo obedecesse a Lei (Js. 1.7-90; e 2) vitória nas batalhas, caso obedecessem aos mandamentos do Senhor (Jz. 7.1-25). No Novo Testamento, que tem mais a ver com a igreja: 1) Deus nos abençoará se seguirmos o caminho da pobreza de espírito, fome e sede de justiça, misericórdia, pureza e perseguição por causa do amor a Deus (Mt. 5.1-12). 2) se buscarmos os valores atemporais, Deus cuidará das necessidades temporais (Mt. 6.25-34); 3) se nos submetermos a Deus e resistir ao Diabo, teremos vitória sobre o Mal (Tg. 4.7); 4) se valorizarmos as virtudes espirituais, seremos participantes da glória divina (II Pe. 1.3,4); 5) se confessarmos nossos pecados, Ele nos perdoará (I Jo. 1.9) e 6) se pedirmos alguma coisa de acordo com a Sua vontade, Ele nos dará (I Jo. 5.14,15). Por fim, é válido ressaltar ainda que as promessas de Deus se cumprem no tempo devido, de acordo com a Sua soberana vontade (Ec. 3.1,11,17). Em Hebreus 11, está registrada a história de homens e mulheres que somente receberam o que o Senhor lhes havia prometido na eternidade (Hb. 11.35-40).
3. EXEMPLOS DE REAÇÕES ÀS PROMESSAS DIVINAS: Portanto, diante das promessas de Deus, sejamos cautelosos. Atentemos para alguns exemplos bíblicos que nos servem de instrução. Como Abraão, tenhamos o cuidado para não duvidar quando as circunstâncias se tornarem desfavoráveis (Gn. 16). Que não venhamos a nos queixar durante a jornada como fizeram os hebreus ao longo da peregrinação pelo deserto (Nm. 14). Do mesmo modo que Jó, que não sejamos precipitados em julgar os decretos divinos e Sua soberana vontade (Jo. 42). Como os discípulos, não devemos estar inquietos a respeito do tempo que Deus determinou para o cumprimento de Suas promessas (At. 1.6-8). Aprendamos, pois, a nos encorajarmos, pela Palavra, diante das adversidades da vida, principalmente, das perseguições (I Co. 15; II Co. 4). Que não venhamos a desfalecer por causa da incredulidade daqueles que nada aguardam a respeito das promessas de Deus para o futuro (II Pe. 3.8-9). Não podemos esquecer que o antídoto contra a incredulidade é a busca pela justiça, bondade, fé , amor e paciência, lutando a boa luta da fé (I Tm. 6.11-12), e, em tempo propício, Cristo se manifestará (v. 15).
CONCLUSÃO: Para permanecermos, como diz o hino 107 da Harpa, firmes nas promessas do Senhor, precisamos avaliar sua aplicabilidade em nossas vidas. Para tanto, conforme estudamos ao longo deste trimestre, é preciso considerar o contexto imediato, e, mais especificamente, o contexto geral da Escritura. Confirmada a promessa bíblica, devamos confiar no Senhor. Sejamos cuidadosos para não nos deixar levar pelo espírito de incredulidade que predomina o cenário moderno. Lembremos sempre, como bem disse D. L. Moody, que “Deus nunca fez uma promessa que fosse boa de mais para ser verdade”. PENSE NISSO!

* PROMESSA DE NOSSA ENTRADA NO CÉU

Textos: Fp. 3.20 – Fp. 3.13-21

Objetivo
Refletir a respeito do céu, a morada eterna dos salvos em Cristo pelo sangue que Ele derramou, por nós, na cruz.
INTRODUÇÃO
Todos os cristãos têm a esperança de entrarem no céu, e essa, na verdade, é uma promessa que nos foi deixada por Jesus (Jo. 14.1). É possível antecipar como será a nossa morada eterna? Neste estudo, veremos que o céu é a habitação de Deus e o lar dos santos que já partiram. Em seguida, vislumbraremos, com base no Apocalipse, como será a Cidade Celestial e as bênçãos reservadas para aqueles que lá habitarão.

1. CÉU, HABITAÇÃO DE DEUS
O céu é a habitação de Deus. Essa verdade nos é revelada em várias passagens da Bíblia. Em Is. 57.15, diz o Senhor: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos”. Mais especificamente, Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconhece que é do céu que Deus ouve as orações (I Rs. 8.30). O próprio Deus de Israel confirma que é de lá que Ele escuta as orações (II Cr. 7.14). O salmista também testemunha que o céu é o lugar do trono de Deus (Sl. 103.19). Mesmo Nabucodonosor, o rei da Babilônia, refere-se a Deus como o Rei do céu (Dn. 4.37). Em suma, percebemos, na Bíblia, que é do céu que Deus governa toda a criação, escuta e recebe a adoração do Seu povo.

2. O LAR DOS SANTOS QUE PARTIRAM
A morte é uma realidade com a qual os cristãos são obrigados a conviver no seu dia-a-dia. Quantos de nós não já perdemos a companhia de um ente querido? Ela, no entanto, de acordo com o ensino bíblico, não é o fim, mas tão somente uma separação temporária. Devemos sempre ter em mente que Cristo é a ressurreição e a vida, portanto, todos aqueles que nEle crêem têm vida eterna (Jo. 5.24; 11.25,26). Portanto, aqueles que partem no Senhor seguem diretamente à presença de Cristo (Lc. 23.42,23); Fp. 1.21-23; II Co. 5.6-8). É confortador saber que Jesus mostrou interesse para que isso acontecesse, isto é, que estivéssemos com Ele (Jo. 17.24). A única condição para desfrutar da vida eterna ao lado de Cristo, no céu, é crer no seu sacrifício substitutivo pelos nossos pecados (Jo. 3.16).

3. A PROMETIDA CIDADE CELESTIAL
A terra nos foi dada pelo Senhor para que dela fôssemos mordomos, por isso, enquanto aqui estivermos, precisamos tratá-la com carinho, pois esses princípios foram deixados por Deus para Israel e que podem ser aplicados aos dias de hoje (Ex. 23.11,29; Lv. 25.5; II Cr. 36.21; Sl. 104.13,14,30). Ao mesmo tempo, não podemos esquecer que essa terra, no devido tempo estabelecido por Deus, passará (II Pe. 3.10). Quando isso vier a acontecer, o Senhor nos proverá uma nova terra, a Nova Jerusalém celestial (Hb. 12.22; Ap. 21.1,2), edificada por Deus e prometida aos santos (Hb. 11.16; 12.22) e testemunhada por aqueles que adentraram ao Milênio (Ap. 13.6). Essa será uma espécie de cidade satélite de onde o Rei, Jesus, governará com os santos (Ap. 21.1-3) que foram ressuscitados e/ou arrebatados (I Ts. 4.16,17).

4. AS BENÇÃOS CELESTES
O céu é um lugar de bênçãos sem igual, pois lá não haverá lágrimas (Ap. 21.4), nem morte (Ap. 21.4), e muito menos sofrimento (Ap. 21.4). O escritor sacro nos diz que ali também não haverá noite (Ap. 21.23-25) nem imoralidade, rebelião e violência (Ap. 21.27). A maldição do pecado, por fim, perderá o seu poder (Ap. 22.3). No céu se dará a plenitude do relacionamento com Deus em Cristo, pois lá nós O conheceremos perfeitamente (Ap. 21.3; 22.4), O adoraremos e O serviremos (Ap. 22.3), não havendo, portanto, necessidade de templos (Ap. 21.22). Como se tudo isso já não fosse o bastante, ainda teremos o privilégio de reinar com Cristo (Ap. 22.5).

CONCLUSÃO
Mediante a promessa divina, conforme relatada na Escritura, descansamos na certeza de que um dia adentraremos as mansões celestiais. Contudo, esse não deve ser um motivo para escapismo, isto é, para nos furtar das responsabilidades que Deus determinou para cada um de nós aqui na terra. Estejamos, pois, atentos e dispostos a desenvolver a vocação para a qual fomos chamados. E, ao final, com o conhecimento que já temos e com aquele que haverá de ser revelado, nos surpreenderemos, pois “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9). PENSE NISSO!

* A PROMESSA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Textos: At. 1.11 – Jo. 14.1-3; I Ts. 4.13-17

Objetivo: Mostrar que a promessa da vinda de Cristo, para arrebatar a Sua igreja, nos dá esperança em relação ao futuro.
INTRODUÇÃO: Antes que Jesus fosse assunto aos céus, os discípulos mostraram-se inseguros a respeito do que haveria de lhes acontecer a partir de então (Jo. 14.1-3). O Senhor, no entanto, prometeu-lhes que voltaria para os levar para si. Esse advento é revelado, mais precisamente, por Paulo em suas epístolas, cujo termo é traduzido, em português, por “arrebatamento”. Veremos, neste estudo, que essa manifestação iminente de Cristo, para a igreja, é motivo de esperança, júbilo e santificação.
1. A PROMESSA DO ARREBATAMENTO DA IGREJA: A promessa bíblica ensina que Cristo pode voltar a qualquer momento e arrebatar a sua igreja. É isso que significa iminência, um acontecimento que pode acontecer sem aviso prévio (I Co. 1.7; 16.22; Fp. 3.20; 4.5; I Ts. 1.10; 4.15-18; I Ts. 5.6; I Tm. 6.14; Tt. 2.13; Hb. 9.28; Tg. 5.7-9; I Pe. 1.13; Jd. 21; Ap. 3.11; 22.7,12,20; 22.17,20). Todas essas passagens mostram que não haverá sinais específicos antes do arrebatamento da igreja. Os sinais de Mt. 24 não são para a igreja, mas para os santos da Tribulação, e como bem sabemos, nenhuma passagem da Tribulação se refere à igreja, mas a Israel (Dt. 4.29,30; Jr. 30.4-11; Dn. 8.24-27; 12.1,2). Se existe algum sinal para a igreja, que precede ao arrebatamento, esses se encontram em I Tm. 4.1 e II Tm. 3.1.
2. DESCRIÇÃO TERMINOLÓGICA DO ARREBATAMENTO: Na passagem de I Ts. 4.13-18, Paulo informa a seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. A palavra arrebatados, no versículo 17, é “harpazo”, em grego, e significa, literalmente, “dominar por meio da força” ou “capturar”. Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento grego, em contextos diferenciados, com significados distintos (Mt. 12.29; Jo. 10.12; Jo. 6.15; 10.28-29; At. 23.10; Jd. 23; At. 8.39; II Co. 12.2,4; Ap. 12.5). Além do termo “harpazo”, o NT usa outros vocábulos para se referir ao arrebatamento: “episynagoge” (reunião – II Ts. 2.1); “allatto” (mudar – I Co. 15.51-52); “paralambado” (levar – Jo. 14.3); “epifanéia” (manifestação – Tt. 2.13); “rhuomai” (atrair para si – I Ts. 1.10); “apocalypsis” (revelação – I Pe. 1.13) e “parousia” (presença – Tg. 5.7-8).
3. O ARREBATAMENTO E A SEGUNDA VINDA DE CRISTO: O arrebatamento é apresentado no Novo Testamento como um “translado” (I Co. 15.51-52; I Ts. 4.15-17), no qual Cristo virá para a sua Igreja. A vinda de Cristo, propriamente dita, com seus santos, descendo do céu, acontecerá por ocasião do estabelecimento do reino milenial (Zc. 14.4-5; Mt. 24.27-31). Paulo trata do arrebatamento como um “mistério” (I Co. 15.51-54), isto é, uma verdade não revelada até seu desvendamento pelos apóstolos (Cl. 1.26), sendo, assim, um evento em separado, já a segunda Vinda de Cristo, foi predita no Antigo Testamento (Dn. 12.1-3), justamente por ter uma relação maior com Israel. Depois do arrebatamento, haverá um período de aflição, denominado de Grande Tribulação, será um tempo de angústias incomuns para Israel, cuja duração específica será de três anos e meio (Dn. 9.27). Costuma-se fazer a distinção entre a Tribulação da Grande Tribulação, cada uma durará três anos e meios, perfazendo os sete anos totais. No livro do Apocalipse, a Grande Tribulação vai dos capítulos 6 ao 19. A respeito da Tribulação (ou Grande Tribulação), veja as seguintes passagens: Mt. 24.21; Ap. 7.14; Dn. 7.25; Ap. 13.5-8; Mt. 21.21,23; Dt. 4.30; Jr. 25.29-39.
CONCLUSÃO: A promessa do retorno de Cristo para arrebatar Sua igreja é motivo de amor para a Igreja, figurado na expectativa da noiva pelo seu amado (I Pe. 1.8). Essa esperança serve também de estímulo para a santificação, na medida em que buscamos agradar ao Senhor até que Ele venha ( Jo. 3.2-3; II Pe. 3.11-15). Enquanto essa promessa não se cumpre, estejamos, pois, envolvidos na seara do Mestre, sem desperdiçar oportunidades para levar outros a confiarem em Cristo enquanto ainda há tempo (II Pe. 3.8,9,14,15). PENSE NISSO!

* A PROMESSA DE SEGURANÇA NUM MUNDO INSEGURO

Textos: Sl. 91.1 – Sl. 27.1-6

Objetivo: Mostrar que, apesar da cultura do medo e da insegurança, as promessas de Deus nos garantem segurança e providência eternas.

INTRODUÇÃO: Estamos inseridos na cultura do medo e da insegurança. Os jornais noticiam assassinatos, seqüestros e roubos. É possível ter alguma segurança nesse contexto? Neste estudo, veremos que as promessas de Deus garantem tranqüilidade nesses tempos de insegurança.

1. A CULTURA DO MEDO E DA INSEGURANÇA: A cultura do medo e da insegurança está em toda parte. Em virtude da ampla difusão dos meios de comunicação, é possível, atualmente, receber, em tempo real, notícias de assassinatos e seqüestros que estão acontecendo em qualquer parte do país e do mundo. Temos a impressão de que estamos rodeados por insegurança. Os políticos se alternam no poder sem tomarem atitudes efetivas para atenuar o problema. Dependendo da ideologia política, culpam a ineficiência da polícia, os infratores individualmente, a desigualdade social ou a falta de investimento em educação. Na verdade, a questão da insegurança pública precisa ser avaliada numa dimensão ampliada. Enquanto isso, as pessoas vão se isolando dentro de suas casas e apartamentos. O número de pessoas com síndrome do pânico tem aumentado assustadoramente. Os noticiários sensacionalistas, na guerra por audiência, ajudam a consolidar a cultura do medo e da insegurança através da apologia à barbárie. Como cristão, sabemos que a causa de tanto medo e de tanta insegurança está no pecado (Rm. 3.23). Desde a sua queda, o homem passou a viver na dimensão do medo e da insegurança (Gn. 3.10; Lv. 26.36,37).

2. PLENA SEGURANÇA EM DEUS: A doutrina bíblica, revela o sentimento de confiança que procede do descanso em Deus em meio à insegurança do mundo. Qualquer segurança distanciada de Deus, na verdade, terminará em ruína e vergonha (Sl. 31.14,15), enquanto que aqueles que confiam no Senhor serão livrados de seus inimigos (Sl. 22.4,5); bem como terão suas orações respondidas (I Cr. 5.20), andarão em veredas seguras (Pv. 3.5), receberão alegria e regozijo (Sl. 16.9; 33.21), conhecerão paz interior e ausência de medo (Sl. 4.8,9; Is. 26.3). Essa é a razão para a repetitiva admoestação bíblica a fim de que venhamos a aprender a confiar no Senhor (Pv. 16.20; Is. 30.15; Jr. 17.7). O ensinamento bíblico no AT põe a fidelidade e a confiabilidade em Deus como aspecto distintivo das religiões pagãs (Dt. 33.28; I Sm. 12.11; Sl. 27.3). No Novo Testamento, Jesus nos ensina que não devemos temer aqueles que somente podem matar o corpo (Mt. 10.28; Lc. 12.4). O Senhor se referia aos líderes religiosos da sua época, que, conjuntamente com os governantes, queriam calar seus seguidores. A esse respeito, Paulo nos dá o exemplo, afirmando que seu ministério valia muito mais do que a própria vida (At. 20.24), do mesmo modo se posiciona o apóstolo Pedro (I Pe. 3.14).

3. O SEGURO DE VIDA DIVINO: Os seguros de vida disponíveis no mercado servem apenas para essa vida, ou, na melhor das hipóteses, para os familiares que ficam após a morte do segurado. Diferentemente desses seguros, Deus nos promete um que vai além da existência terrena. Enquanto estivermos no corpo, podemos descansar na certeza de que Deus estará sempre conosco. Essa é uma realidade especial para aqueles que se encontram imbuídos da grande comissão (Mt. 28.20). A revelação escriturística nos dá os fundamentos necessários para confiar no Senhor, mesmo diante das inseguranças do tempo presente. O Senhor é Aquele que nos guarda, portanto, não temos motivos para temer o que possa nos fazer o homem (Sl. 56.11; 118.6; Hb. 13.6). Nada nos separará do amor de Deus em Cristo Jesus, nem mesmo a morte (Rm. 8.35,36). O plano de seguro divino transcende à morte. Não mais a tememos porque Jesus, a ressurreição e a vida (Jo. 11.25), nos livrou dessa condenação (Rm. 8.1). Se perdermos o temor da morte, e confiarmos no amor de Deus, todo o medo será lançado fora (I Jo. 4.18) e desfrutaremos da segurança plena que há em Cristo. Ademais, enquanto aqui vivermos, poderemos contar com a soberana vontade divina para nos livrar daqueles que maquinam o mau (Sl. 91.1-3; Pv. 6.5).

CONCLUSÃO: Ao invés de deixar-nos levar pela sensação de insegurança e medo predominante na sociedade, levando muitos ao pânico, voltemo-nos para o Senhor, a fonte de toda a segurança (Gn. 15.1; Sl. 18.2; 91.4; 115.11; 144.2). Para usufruir dessa promessa, é preciso que aprendamos a cultivar o amor, investindo nossas energias nas coisas que são de cima (Cl. 3.1). Que nossas mentes sejam alimentadas não pela cultura do medo e da insegurança, mas por tudo o que de bom provém do Senhor (Ef. 5.19; Cl. 3.15-17.). PENSE NISSO!

* A PROMESSA DE UMA VELHICE FELIZ E FRUTÍFERA

Textos: Sl. 92.14 – Sl. 92.12-15; Is. 40.28-31

Objetivo: Refletir a respeito da velhice com ênfase na percepção bíblica, haja vista que, para o Senhor, o ser humano é especial em todas as etapas da vida.

INTRODUÇÃO: Estudaremos a respeito das promessas de Deus em relação à velhice. Para esse fim, analisaremos: 1) como a sociedade moderna vê a velhice; 2) o posicionamento bíblico no tratamento aos idosos; e por fim, 3) apresentaremos alguns princípios para uma velhice frutífera na obra do Senhor.

1. A VELHICE NA SOCIEDADE ATUAL: O discurso da sociedade moderna celebra tudo aquilo que é novo, e em contrapartida, desvaloriza o que é velho. Isso é perfeitamente compreensível, ainda que inaceitável, haja vista a tendência utilitária nos relacionamentos. Quando as pessoas não mais nos servem, são descartadas do mesmo modo como se faz com um copo plástico. Por isso, muitos filhos, que inclusive aprenderam dos seus pais, se desfazem dos seus genitores, por acharem que eles não mais são úteis. O extremo dessa crença é a defesa da eutanásia, já praticada em alguns países, sob a justificativa da atenuação do sofrimento terminal, principalmente, dos idosos. Atitudes como essas mascaram o desrespeito camuflado por aqueles que dedicaram suas vidas ao trabalho, mas que, agora, devido às limitações físicas, são posicionadas como seres de “segunda categoria”. Mas nem sempre isso foi assim, se nos voltarmos para a Bíblia, veremos que, desde os tempos antigos, Deus teve a velhice em alta estima, percebendo, nessa, uma oportunidade para a frutificação espiritual.

2. A VELHICE NA BÍBLICA: A palavra velhice, em hebraico, é “zaquen” que pode ser encontrada nas seguintes referências: Gn. 1811-13; Jz. 19.17,20; Jó. 14.8; Is. 47.6. Algumas passagens bíblicas, como a de Pv. 17.6, mostra a virtude do envelhecimento. Em Lv. 19.32, os idosos são apresentados como dignos de respeito por causa de sua sabedoria (Sl. 119.100). Interessante que durante a peregrinação pelo deserto, Moisés escolheu pessoas idosas para assistir na liderança (Ex. 24.1). Devemos também ressaltar que o verbo que dá origem à palavra “zaquen” é usado para aconselhar (I Rs. 12.6,8; Jó. 12.20; Ez. 7.26). No Novo Testamento, a palavra grega para ancião, bastante conhecida no seio eclesiástico, é “presbíteros”. Ela pode ser encontrada em Lc. 15.25; Jo. 8.9; At. 2.17; I Tm. 5.1; Tt. 2.2 que contrasta com os jovens (At. 2.17). Na igreja, o presbítero passou a ser um título dado aqueles que assumem posição de liderança (At. 11.30; 15.2,4,6,22,23; 16.4; I Pe. 5.1). E como tais, devam ser dignos de respeito e honra duplicada, especialmente os que estão envolvidos no ensino (I Tm. 5.17). Em sua velhice, João, o discípulo amado, que se denominava um “presbítero” (II e III Jo), desfrutou desse tipo de honra, pelo testemunho e maturidade espiritual. Na perspectiva escatológica, não devemos esquecer que ao redor do trono de Deus estarão vinte e quatro anciãos (Ap. 4.4) que têm posição de grande proeminência (Ap. 7.11).

3. A FRUTIFICAÇÃO NA VELHICE: Há quem cite o Sl. 90.10 para defender que a velhice é uma etapa da vida marcada por canseira e enfado. Com base em tal passagem, muitos admitem que a essa fase da vida é imprópria para a frutificação. É preciso, no entanto, atentar para o contexto no qual esse versículo se encontra. O salmista está fazendo uma avaliação da limitação da vida humana na terra com base em sua experiência. Essa declaração, portanto, não pode ser tomada como doutrina, sendo generalizada para toda a igreja. Outro texto também citado para justificar a inutilidade dos idosos no trabalho do Senhor é o de Ec. 12.1. Na verdade o pregador, nesse versículo, chama a atenção dos jovens para temerem ao Senhor desde a mocidade (12.13). No contexto geral da Escritura, a velhice, como as demais etapas de vida, constitui-se em oportunidade singular para produzir frutos (Sl. 92.14). Para tanto, devemos estar alicerçados no Senhor, meditando na Sua Palavra, nos alimentando nEle que nos dá a seiva da plena maturidade (Sl. 92.13). A maturidade e experiência dos mais velhos servem de estímulo e orientação para os que estão dando os primeiros passos na caminhada cristã (Dt. 26.1-11; 16.11). Na medida do possível, os idosos precisam continuar investindo na formação bíblica e no exercício espiritual a fim de auxiliar e servir de exemplo para os mais jovens. E esses, por sua vez, devem olhar para os idosos reconhecendo, como Paulo, que apesar das limitações do corpo físico, o homem interior pode ser continuamente renovado (II Co. 4.16).

CONCLUSÃO: Homens e mulheres de Deus tais como Abraão e Sara (Gn. 22.1,2), Moisés (Dt. 29.5; At. 4.23,30,36) e Davi (I Cr. 29.27,28) desfrutaram de uma velhice produtiva no temor ao Senhor. O desses homens e mulheres da Bíblia é o mesmo a quem servimos hoje e como Ele mesmo o diz, em Is. 46.4: “E até à velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei”. As promessas de Deus de uma velhice em sua presença nos motivam à produção do fruto do Espírito (Gl. 5.22). PENSE NISSO!

* A PROMESSA DE UM LAR FELIZ

Textos: Dt. 11.21 – Dt. 11.18-21; Ef. 6.1-4

Objetivo: Mostrar que a promessa de um lar cristão feliz pode se tornar uma realidade se tão somente colocarmos em prática o amor de Deus que fora derramado em nossos corações.
INTRODUÇÃO: A palavra “lar”, de acordo com o dicionário, em sua raiz, remete a Laris, o deus mitológico responsável pela proteção domiciliar. Desse vocábulo deriva-se, também, o termo “lareira”, apontando para o fogo une e aquece a família. Dentro de uma perspectiva cristã, veremos, o estudo desta semana, qual o modelo bíblico para a constituição do lar, os requisitos necessários para a obtenção de um lar feliz, e, por último, as bênçãos decorrentes da felicidade familiar.
1. A CONSTITUIÇÃO BÍBLICA DO LAR: O lar é uma constituição divina e, desde o princípio, é monogâmico (Mc. 10.6-9), homem e mulher (Gn. 5.2; Mt. 19.4). É tão importante que boa parte do decálogo está a ele relacionado (Ex. 20.14,17), bem como dos preceitos levíticos (Lv. 18.6-18; 20.14-21; 21.7-15). A poligamia, defendida em algumas culturas, se trata de uma invenção humana (Gn. 4.19). O ensinamento às crianças no caminho no temor ao Senhor também é um dos princípios basilares da constituição do lar (Pv. 22.6). A autoridade do homem, como cabeça do lar, sempre foi uma norma na sociedade patriarcal (Gn. 3.16) e retomada por Paulo em suas epístolas (I Co. 11.3-10). Jesus, em seus ensinamentos, apelou para os fundamentos originais da criação como diretriz para o lar (Mt. 5.27-32; 18.19,20). Os apóstolos nos apresentam algumas recomendações para a consolidação do lar cristão (I Co. 7.1-28; 11.3; II Co. 6.14; Ef. 5.22; Cl. 3.18; I Tm. 5.8; I Pe. 3.1-7).
2. CONSELHOS PRÁTICOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DE UM LAR FELIZ: Existem muitos ministérios que atuam diretamente com casamentos na igreja. Esses trabalhos são necessários a fim de que as congregações aprendam a valorizar o lar cristão. Os cursos para casais podem dirimir muitos dos possíveis problemas com os quais a igreja poderá vir a lidar no futuro. Para tanto, é preciso que pessoas realmente idôneas estejam envolvidas em tais projetos, mas, acima de qualquer coisa, faz-se necessário que estejam cientes das diferenças nos relacionamentos conjugais. Isso porque nem todos os casamentos são iguais, por isso, nem todas as instruções podem ser generalizadas. É um equívoco pensar que todos os lares serão felizes se os cônjuges agirem seguindo um modelo estabelecido por um casal, cuja realidade social, econômica e educacional é completamente distinta de um outro. Ademais, na cultura atual, motivada pelo sexo, muitos conselheiros conjugais também são tentados a pôr ênfase demasiada nesse particular. É inegável que o sexo é um componente importante do casamento, mas este não se reduz a ele. Há outros aspectos de igual ou superior importância, entre eles, a amizade, o companheirismo e o respeito mútuo. Na verdade, é a sujeição em amor, e não o sexo, o princípio fundamental para um casamento feliz. Ainda que pareça paradoxal, o amor envolve sofrimento, e, felicidade, aqui, envolve, também, sacrifício (Ef. 5.2; 22-33).
3. REFLEXÕES SOBRE A FELICIDADE NO LAR: Um lar feliz é um lar onde o amor tem sempre um papel fundamental. É um ambiente no qual as pessoas não têm vergonha de pedir perdão, pois todos agem com graça, ninguém se acha melhor do que o outro. A expressão “eu te amo” é repetida naturalmente, seja por palavras ou por gestos tais como um abraço, um sorriso trocado ou gargalhadas em momentos embaraçosos. Significa aceitar o outro como ele ou ela é, olhando nos olhos, sem cobranças, sem a tentação de querer que o outro seja coisificado e objeto de nossas vontades. É abraçar para celebrar os momentos mais significativos da vida, seja o nascimento de um filhos, a comemoração de mais um ano de vida, a conclusão de mais uma etapa da vida. Um lar feliz, contudo, não se reduz apenas às situações de alegria, abrange também o cuidado de estar ao lado nos momentos de dores, de amenizar o sofrimento com um abraço, de orar ao lado na expectativa de dias melhores, de aceitar a vontade soberana de Deus quando um dos entes parte inesperadamente. É aprender a valorizar os momentos mais simples da existência. Recorrendo ao sentido etimológico da palavra “lar”, é aprender a ficar juntos e firmes, confiando no Senhor em todas as circunstâncias da vida. É acompanhar o filho na caminhada diário da vida, instruindo-o no temor ao Senhor. É tomar atitudes aparentemente desimportantes, como abaixar o som da tv para ouvir a voz suave da pessoa que fala. É investir tempo para, quem sabe, comer pipoca juntos, tomar um sorvete ou partilhar uma comida gostosa. Essas são apenas algumas possibilidades que, definitivamente, não exaurem as muitas possibilidades para que se tenha um lar feliz.
CONCLUSÃO: Vivemos fazendo cursos na tentativa de encontrar as vinte e cinco chaves para a verdadeira felicidade do lar. Essa, no entanto, é resultado de um investimento conjunto de todos aqueles que integram a família. Não existe um segredo e uma resposta fácil para encontrá-la, nem mesmo uma garantia de que os conselhos que se costuma dar surtirão o devido efeito. Mesmo assim, todo o esforço que empreendermos, para a felicidade do lar, valerá a pena, se forem regados em amor. Só assim, debaixo da soberana vontade de Deus, podermos celebrar, com o salmista, a beleza singular de um lar que, acima de qualquer outra coisa, aprendeu a submeter-se ao Senhor (Sl. 128) PENSE NISSO!

* A PROMESSA DA VERDADEIRA PROSPERIDADE

Textos: Mt. 6.33 – Sl. 731-3,5,16-20, 26-28

Objetivo: Mostrar, aos cristãos, o caminho para a verdadeira e plena prosperidade, que não se baseia, exclusivamente, no acúmulo de riquezas.

INTRODUÇÃO: A palavra “prosperidade” faz parte do atual jargão evangélico no nosso país. Os pregadores televisivos, especialmente os neopentecostais, tenta angariar adeptos às suas agremiações, a partir da promessa de uma vida farta e regalada, como diz uma música festiva de final de ano, “com muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. Será que a Palavra de Deus se coaduna com essa visão mercadológica de prosperidade, tão propalada nos meios evangélicos? Qual a diferença entre a verdadeira e a falsa prosperidade? Essas são algumas perguntas que abordaremos no estudo desta semana.


1. UM MUNDO REGIDO POR MAMOM: O mundo moderno tem se pautado pelos ditames materialistas. Muitos cristãos têm se deixado levar por essa onda, taxada, por alguns, de Teologia da Prosperidade, mas que poderia ser mais bem definida como Teologia da Ganância. Jesus sempre esteve ciente do amor exacerbado ao dinheiro, por isso, o colocou em oposição direta ao Reino de Deus. Em Mt. 6.24 o Senhor diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Essa divindade, de acordo com os pesquisadores, era adorada entre os antigos caldeus, e estava associada ao poder das riquezas. Jesus, sabendo da força que esse deus exercia no seu tempo, e viria a ter em todos outros, ressaltou, com bastante realismo, os perigos de se deixar conduzir pelas diretrizes dessa divindade. Nos dias atuais, Mamom recebe outros nomes, e é cultuado com toda a pompa, vidas são sacrificadas em sua adoração a todo o momento, principalmente, nos dias em que ele acorda agitado.


2. A VISÃO EQUIVOCADA DE PROSPERIDADE: Decorrente dessa visão materialista, muitas cristãos estão abraçando a Teologia da Ganância como se esta fosse natural. Citam exemplo de homens ricos do Antigo Testamento, em especial, a de Abraão, para justificar uma vida regalada, com muita ostentação. A riqueza, para o patriarca, não era, definitivamente, o principal alvo de sua vida. Em certa ocasião, ele demonstrou desinteresse na obtenção de recurso ilícito, que, de algum modo, viesse a macular seu testemunho perante Deus (Gn. 14.22-24). Não podemos negar o enriquecimento de Abraão, contudo, seria reducionismo pensar que ele punha, nelas, sua confiança. Na verdade, seguindo à diretriz do Senhor, sabia que nada poderia ter outra primazia no coração, a não ser Javé, Seu precioso galardão (Gn. 15.1). Essa Teologia da Prosperidade que vemos atualmente nada tem de bíblica, ela está fundamentada numa sociedade de consumo, que supervaloriza o ter em detrimento do ser, é um culto a Mamom.


3. A PERSPECTIVA CRISTÃ SOBRE O DINHEIRO: Mamom, como toda divindade pagã, desconhece a manifestação da graça de Deus, o favor imerecido, tão freqüentemente citado no evangelho de Cristo. A intenção de Mamom é pôr todos os indivíduos no círculo de dependência. Através de sua propaganda consumista, tenta fazer prosélitos, levando muitos a acreditar que não existe vida fora dessa realidade. O reino de Cristo se opõe, frontalmente, a esse círculo vicioso. Ao invés da escravidão do ter, em detrimento do ser, Jesus nos ensina a desfrutar dos cuidados amorosos do Pai, que cuida de nós em todas as circunstâncias (Mt. 6.25-34), e a entesourar nos céus onde o ladrão não rouba e a ferrugem não corrói (Mt. 6.19-21). Paulo, como bom aluno de Cristo, aprendeu a seguir os seus passos, de modo que, em suas epístolas, orienta, os seus leitores, a devotarem sua fé, exclusivamente, a Deus, e, a partir desta, serem capazes de conviver tanto com os momentos de fartura quanto de necessidade (Fp. 4.6,7,10-13). Esse apóstolo estava tão ciente da ameaça de Mamom, à fé cristã, que orienta o jovem Timóteo a investir na “piedade com contentamento” (I Tm. 6.6). É uma pena que essa moeda esteja em queda no mercado secular. Acrescenta ainda o apóstolo nos versículo 10: “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” .


4. CONTENTAMENTO: A VERDADEIRA PROSPERIDADE: Como vimos no texto anterior, a instrução da Palavra, é que devamos cultivar a piedade com o contentamento. É uma pena que as pessoas não atentem a freqüência desse ensinamento no texto bíblico. Em Hb. 13.5 está escrito: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb. 13.5). A Bíblia inteira faz coro a essa sábia revelação, basta abri-la e conferir as passagens a seguir: Ec. 5.10-11; Lc. 12.15; II Co. 4.18; Lc. 12.21; Pv. 23.4-5; Jó. 31.24-28. Ser próspero, no sentido Cristão, é muito mais do que ter uma soma vultosa de dinheiro no banco, casas e carros luxuosos. É até possível que algum cristão venha a ser rico, mas não se deve atrela-la à espiritualidade. O salmo 73, de Asafe, mostra que os ímpios também prosperam, muito embora, essa seja uma prosperidade ilusória, pois não está fundada em Deus.


CONCLUSÃO: A doutrina da prosperidade, no Novo Testamento, não está fundamentada na posse de riquezas. Jesus dessacralizou o conceito de prosperidade que, anteriormente, se pautava nos bens materiais. A prosperidade verdadeira resulta de uma vida cristã equilibrada, equilibrada pelo contentamento. É claro que precisamos trabalhar “para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” (I Tm. 2.2). Isso, no entanto, não deva nos escravizar, colocando-nos à mercê das teias do consumismo, que nos leva a acreditar que não somos felizes se não tivermos um uma mansão luxuosa, um carro importando ou um celular de última geração. A verdadeira prosperidade é Cristo, nEle repousa toda as riquezas de Deus (Ef. 2.7). Com Ele, temos razões para estarmos sempre contentes, trabalhando sempre, com respeito e dignidade (Ef. 4.28; I Ts. 2.9; II Ts. 3.8), mas confiando nEle que nos supre do que temos real necessidade (Mt. 6.33). PENSE NISSO!

* A PROMESSA DA PAZ INTERIOR

Textos: Jo. 14.27 - Jo. 14.25-31

Objetivo: Incentivar os cristãos a viverem na paz que Cristo nos prometeu, não se deixando levar pelas circunstâncias.

INTRODUÇÃO: O mundo não sabe o que é ter paz, por isso, uma das definições mais contundente, da perspectiva humana, do que seja paz, é a que a conceitua como “o intervalo entre duas guerras”. É possível o cristão desfrutar de paz num mundo tão conturbado? No estudo desta semana faremos a distinção entre paz com Deus e a paz de Deus. Em seguida, refletiremos a respeito da paz prometida por Jesus aos seus seguidores, correlacionando-a a paz enquanto fruto do Espírito.

1. PAZ COM DEUS E DE DEUS: A palavra, paz, em hebraico, é “shalom”, e essa é, certamente, um dos vocábulos mais significativos do Antigo Testamento. Em sua etimologia, e dependendo do contexto, tem o sentido abrangente, destacamos, entre eles: o de prosperidade, bem-estar, saúde, satisfação e segurança (I Sm. 25.6, Nm. 6.24-26; Jr. 6.14; 8.11; Sl. 72.3; 38.3; Is. 48.22; I Rs. 4.25). A palavra paz, no contexto judaico, remetia, também, à paz com Deus (Sl. 85.5; Is. 26.3). Deus fala, em Nm. 25.12, Is. 54.10 e Ez. 34.25; 37.26, a respeito do seu concerto de Paz com Israel. A fonte de toda paz é o Senhor (I Rs. 2.33; Mq. 5.5) e essa paz resulta da restauração da justiça divina (Is. 32.17; 48.18; 53.6; 60.17). Antecipando à volta de Cristo, Isaias profetiza a vinda daquele que seria o “Príncipe da Paz” (Is. 9.6). No Novo Testamento, a palavra grega, para paz, é “eirene”, e, desde o Seu nascimento, Jesus é a nossa paz (Lc. 2.14). Paulo faz a necessária distinção entre a paz “com” Deus, da paz “de” Paz. A primeira decorre da justificação, uma vez que o ser humano, sem Cristo, vive em inimizada contra Deus (Ef. 2.15). Essa paz tem a ver com o ministério da reconciliação (Rm. 5.1-2; II co. 5.18-20; Ef, 2.13-17). A paz de Deus nos é proporcionada pelo Espírito (Gl. 5.22), em cumprimento à promessa de Cristo (Jo. 14.26,27). Paulo se refere à essa paz, em Cl. 3.15 e Fp. 4.7, como um alvo a ser perseguido pelos cristãos.
2. A PAZ PROMETIDA POR JESUS: Em Jo. 14.25-31, Jesus promete, aos seus discípulos, uma paz que o mundo não conhece. Diz assim o Senhor no versículo 27: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. As palavras de Jesus, nessa passagem, são em tom de despedida. Seus seguidores sabem que aqueles serão seus últimos momentos entre eles na terra. O Mestre percebe o sentimento de insegurança e desolação na face daqueles com quem andou nos últimos anos. Em resposta ao temor da solidão, o Senhor promete não os deixar sozinhos, antes enviar um Consolador para que estejam sempre com eles. A paz de Jesus, nesse sentido, é a própria presença do Seu Espírito em nós. O mundo não conhece essa paz, por isso, aqueles que seguem seus princípios, fiam sua fé no dinheiro, na autoconfiança e/ou no poder. Os homens desejam obter a paz, mas, infelizmente, esses meios os distraem daquele que é, verdadeiramente, o príncipe da paz. A busca desenfreada por riquezas faz com que os seres humanos jamais se satisfaçam, querendo sempre mais, nunca desfrutam do contentamento que produz a paz (I Tm. 6.6). A autoconfiança também gera frustração, pois, destarte todo o avanço tecnológico, o pecado continua destituindo o homem de Deus, e da sua paz (Rm. 6.23). A ânsia agonizante pelo poder é sinal de alguém que quer está no controle, mas toda a autoridade só pertence a Jesus (Mt. 28.18; Jo. 19.10,11).
3. A PAZ COMO FRUTO DO ESPÍRITO: Ao invés de buscarmos as distrações do poder, da autoconfiança e do dinheiro, que nos direcionam às obras da carne, busquemos, antes, andar no Espírito. Em Gl. 5.22, uma das virtudes do fruto do Espírito, é a paz. Essa paz é uma produção espiritual, não é um dom, portanto, é resultado de um andar contínuo do cristão com o Espírito. Este está disposto o coração dos homens da paz que excede a todo o entendimento. É necessário, no entanto, que valorizemos o que é do Espírito. A menos que coloquemos nossa confiança em Deus, estaremos fadados a conhecer somente a “paz” do mundo. Viver essa paz é um contra-senso para o mundo moderno que valoriza apenas o que é visível. A paz do Espírito não se abate perante as circunstâncias, não se deixa levar pelas vicissitudes da vida. Jesus antecipou que no mundo nos teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo e que dependêssemos da Sua paz (Jo. 16.33). As tentações para construirmos a paz por caminhos meramente humanos estarão sempre à porta. O desafio, para todos os que seguem a Cristo, é viver a partir dos princípios do Seu reino, cultivando o fruto do Espírito. Andando nEle, e com Ele, nada há a temer, nada nos tirará do amor de Cristo, nem mesmo a morte (Rm. 8.31-37).
CONCLUSÃO: O mundo não tem paz porque desconhece a Jesus, o Príncipe da paz. Há uma procura incessante de paz, por todos os lados, e de todas as formas. Somente podem desfrutar da paz de Cristo aqueles que estão sob a direção do Espírito Santo. Andando com Ele, nada nos tira do centro, descansamos na certeza de que o Senhor está sempre no controle total de nossas vidas. A “shalom” de Deus nos mantém seguros, independente das circunstâncias, podemos descansar nos braços dAquele que tem todo o universo em Suas mãos. PENSE NISSO!

* A PROMESSA DA CURA DIVINA

Textos: Is. 53.4 – Is. 53.2-5; Tg. 5.14-16

Objetivo: Incentivar os crentes a orarem para que se cumpra a promessa da cura divina, sem, no entanto, esquecer que essa depende sempre da soberana vontade de Deus.
INTRODUÇÃO: A promessa de cura divina está espalhada ao longo de toda a Bíblia. Estudaremos, também, que a cura divina faz parte, e de certo modo, antecipa a glória que haveremos de ter quando Cristo se revelar. Mas como se trata de algo que depende da soberania divina, é possível que alguns não sejam curados, portanto, será necessário aprender a lidar com essa realidade.

1. A PROMESSA BÍBLICA DA CURA: Uma análise panorâmica de alguns textos bíblicos nos revela que a cura divina é uma promessa recorrente de Deus para o seu povo. Ela foi estabelecida no Antigo Testamento (Ex. 15.26; Sl. 103.3; 107.20). Em Nm; 21.6-9 ela é tipificada quando o povo de Israel fora mordido por serpentes e Deus providenciou uma salvação, ordenando a Moisés que erguesse uma serpente a fim de que fosse curado aqueles que para ela olhassem. Entre os profetas, destacamos as revelações de Isaias (Is. 53.4,5) e Jeremias (Jr. 33.6) a respeito da cura da realização da cura divina. Cristo, em seu ministério terreno, também atuou na vida das pessoas curando suas enfermidades (Mt. 4.23; 8.16,17). O Senhor também estendeu o ministério da cura divina aos seus seguidores (Mc. 16.16-18; Lc. 9.2; Mt. 10.8). O cumprimento dessa promessa de Jesus é testificado no livro de Atos (At. 3.6-10; 14.8-10). Em suas Epístolas, Paulo fala a respeito dos dons de curar (I Co. 12.9) e Tiago instrui quanto à atuação dos presbíteros da igreja nesse importante ministério (Tg. 5.14-16).

2. A ATUALIDADE DA CURA DIVINA: Existem algumas razões bíblicas para acreditar que Deus continua curando nos dias atuais. A principal delas se encontra em Hb. 13.8, na qual lemos que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. Além disso, é válido ressaltar que, ao longo de toda a Bíblia, a cura divina faz um paralelo com a salvação. Devemos também lembrar que o ser humano, em sua integralidade (I Ts. 5.23), não é apenas espírito, mas, também, corpo, por isso, quando meditamos no texto de Is. 53.5, vemos que a salvação, provida por Cristo, inclui:

1) O Espírito: “ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades”;

2) A Alma: “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele”;

3) O Corpo: “pelas suas pisaduras fomos sarados”. A cura divina, que se realiza nos dias atuais, aponta, escatologicamente, para o ato final da glorificação do corpo, quando Cristo vier arrebatar a Sua igreja (I Ts. 4.13-17), naquele dia o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade (I Co. 15.53,54).

3. A MINISTRAÇÃO DA CURA: A oração para a cura deva fazer parte do ministério da igreja, esse, porém, deve ter como meta a glorificação a Deus (Mt. 28.19,20), jamais a promoção humana. A Palavra de Deus nos instrui a orar com confiança, crendo que o Senhor efetuará a cura, pois a incredulidade pode inviabilizá-la (Lc. 4.23-29). Deixar de valorizar a cura divina é um extremo, do mesmo modo que, deixar de enfatizar o arrependimento dos pecados, para a salvação. Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão dos pecados (Mc. 2.10-12). Além disso, é bom saber que nem todos são curados, como no caso de Jo. 5.3-9, há circunstâncias em que apenas um pessoa, em meio a uma multidão, recebe essa dádiva. Isso porque a cura é um ato eminentemente divino e Deus cura a quem e quando LHE apraz. Não existe uma fórmula fixa para a manifestação da cura:

1) em II Rs. 5.1-14, Eliseu ordenou que Naamã mergulhasse sete vez no rio Jordão;

2) em Is. 38.21, o profeta determinou a Ezequias que colocasse um emplastro de figos sobre a ferida;

3) em Jo. 9.6,7, Jesus fez lodo e aplicou nos olhos de um cego, ordenando-lhe, em seguida, que fosse se lavar. A fé, seja daquele que vai ser curado, ou daquele que intercede por um outro, é a única condição para que a cura seja efetivada (Mt. 9.22; At. 3.6).

4. QUANDO A CURA NÃO VEM: A fé do homem, no entanto, é uma condição relativa, não absoluta para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura, é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas (Dt. 3.26; II Co. 12.8,9). Deus as ouviu, mas, no caso específico desse último, por motivos que estão além da compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente. Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (I Tm. 5.23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de Asa (II Cr. 16.12). Asa fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor. Há bons médicos, amados como Lucas (Cl. 4.4), que podem atuar como instrumentos de Deus para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt. 9.12).

CONCLUSÃO: A cura divina é uma promessa divina que tem se cumprido desde os tempos do Antigo Testamento. A igreja do Senhor deve se envolver nesse ministério, orando pelos enfermos para que esses venham a receber a cura de suas enfermidades. Não podemos, no entanto, esquecer que nem todos são curados, e, quando isso acontece, devemos continuar buscando ao Senhor, suplicando sua intervenção sobrenatural. Enquanto essa não vem, não podemos nos privar dos recursos médicos, contanto que esses sejam buscados em contrição, ciente que o Senhor é a fonte de toda a saúde. PENSE NISSO!

* A PROMESSA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Textos: Mt. At. 2.39 – At. 2.37-43

Objetivo: Motivar os cristãos a buscarem o Batismo no Espírito Santo, uma promessa disponível a todos quantos quiserem ser testemunhas poderosas do evangelho de Cristo.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, veremos que o Batismo no Espírito Santo é uma promessa para todos os cristãos que seguem ao Senhor Jesus Cristo. Mostraremos que o cumprimento dessa promessa se deu, inicialmente, no dia de Pentecostes, quando os discípulos estavam reunidos no cenáculo, quando todos falaram em línguas conforme o Espírito concedia que falassem. Por fim, refletiremos a respeito do propósito bíblico para o recebimento dessa promessa e a necessidade de que ela seja buscada nos dias atuais.

1. O BATISMO NO ESPÍRITO: O Batismo no Espírito Santo é conhecido, biblicamente, por vários termos. Ele é chamado de “enchimento” (At. 2.4); “derramamento” (At. 2.33; 10.45), “recebimento” (At. 2.38; 8.17) e “descida” (At. 10.44; 11.15; 19.16). A expressão “Batismo no Espírito Santo” ocorre com maior proeminência nos evangelhos (Mt. 3.11; Mc. 1.8; Lc. 3.16; Jo. 1.33). Essa variedade de termos mostra que nenhuma palavra resume completamente o que está envolvido nessa experiência. Há, contudo, uma distinção necessária, no Novo Testamento, entre o batismo “do” Espírito (I Co. 12.13), que é realizado pelo Espírito, integrando o indivíduo no corpo de Cristo, diferentemente, do batismo, “no” Espírito, que é realizado por Cristo, revestindo-o com poder. A palavra “batismo”, no grego, é baptizo e, literalmente, significa “imergir”. Assim, quando Cristo batiza o crente no Espírito, na verdade, o está imergindo na força do Espírito.

2. A PROMESSA DESSE BATISMO: As promessas mais explícitas do Batismo no Espírito Santo se encontram no Novo Testamento. João Batista, em Mt. 3.11, profetiza a respeito desse batismo que viria a ser realizado por Jesus. Nessa passagem, a distinção está entre o batismo para aqueles que se arrependem, de um outro para os que se negam a abandonar os seus pecados. Uma análise contextualizada dessa passagem nos revela que o batismo para os crentes é com o Espírito Santo enquanto que, para os infiéis, será com fogo, isso, no entanto, afasta a relação que esse batismo tem com o simbolismo do fogo (At. 2.3; I Ts. 5.19). Depois de João Batista, Jesus, profetizou e prometeu a realização futura desse batismo. Em Jo. 14.16, temos uma promessa indireta, já que, nesse versículo, é tratado apenas da descida do Espírito Santo, e não, especificamente, do Batismo no Espírito Santo. Em Lc. 24.49, encontramos uma promessa mais detalhada, de Jesus, a esse respeito quando ordena aos seus discípulos que aguardem em Jerusalém até que, do alto, sejam revestidos de poder. Em At. 1.5,8, no contexto da Grande Comissão, Jesus faz alusões diretas e específicas sobre o cumprimento futuro dessa promessa.

3. O CUMPRIMENTO DA PROMESSA: Ao ler o livro de Atos, observamos que essa promessa se cumpriu, cabalmente, na vida da igreja primitiva. No capítulo 2, versículo 4 está escrito que “todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Essa referência mostra como aconteceu o enchimento do Espírito entre os primeiros crentes. Eles falaram numa outra língua, não, necessariamente, uma língua estranha. Entendemos, assim, que é possível que alguém seja batizado no Espírito Santo e fala uma língua estrangeira, contanto que essa seja estranha para aquele que a está falando, pois não pode ser aprendida. Em Atos, o falar em línguas aconteceu em todas as ocasiões desse derramamento, nos levando a concluir que essa é uma manifestação física dessa experiência (At. 8.14-20; 9.17 comp. I Co. 14.18; At. 10.44-48; At. 19.1-7). Esse falar em línguas deve ser distinguido da variedade de línguas, de I Co. 12.10, no contexto em que Paulo elenca os dons do Espírito Santo. As línguas enquanto dom têm como objetivo a edificação de si mesmo e do corpo de Cristo (I Co. 14.4), principalmente, quando há quem interprete (I Co. 14.5) e não podem ser confundidas com as línguas como manifestação visível do Batismo no Espírito Santo. Quanto à extensão, diz Pedro, em At. 2.39: “a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”.

4. O PROPÓSITO DA PROMESSA: O texto básico que trata do propósito do Batismo no Espírito Santo é o de At. 1.8. Nesse versículo, Jesus diz, aos seus discípulos: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. O batismo no Espírito Santo não objetiva à santificação, para isso há o fruto do Espírito (Gl. 5.22), para a edificação da igreja, os dons espirituais (I Co. 12). O batismo no Espírito Santo é uma capacitação divina, com poder, para que o cristão seja uma testemunha eficaz da morte e ressurreição de Cristo. Como testemunhas, precisamos estar preparados, e para tanto, devemos buscar a revelação profética e apostólica da Escritura. Sem esse conhecimento é improvável que sejamos boas testemunhas. Além disso, é necessário que cultivemos um relacionamento contínuo com o Senhor, para que, em consonância com a Bíblia, testemunhemos do que Ele tem feito em nós. Para que esse testemunho tenha efeito nos que ouvem, devemos fiar nossa confiança, primordialmente, no “dunamis”, isto é, no poder do Espírito Santo.

CONCLUSÃO: Recebemos, do Senhor, a promessa do Batismo no Espírito Santo e Ele a cumpriu, inicialmente, por ocasião do pentecostes e a tem confirmado ao longo da história da igreja. Essa promessa está disponível a todos quantos, nos dias atuais, querem ser testemunhas eficazes do evangelho de Cristo. Para recebê-la, devemos tão somente buscá-la, dando-lhe o devido valor, certos de que o Senhor se compraz em o conceder a tantos quantos o desejam (Lc. 11.13). PENSE NISSO!

* A PROMESSA DA SALVAÇÃO

Textos: Mt. 1.21 – Mt. 1.18-23

Objetivo: Mostrar a realidade do pecado humano e a promessa divina de salvação para todo aquele que crê em Jesus.

INTRODUÇÃO: Neste estudo, trataremos a respeito da promessa de Deus para a salvação do ser humano. Veremos que, em virtude da condição humana de pecado, Deus proveu, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, um escape para a humanidade decaída. Todavia, a fim de corrigir alguns equívocos a respeito dessa tão grande promessa, analisaremos algumas das perspectivas que não se juntam com a revelação bíblica.

1. PECADO - UMA CONDIÇÃO HUMANA: A origem do pecado se encontra na livre escolha das criaturas de Deus (Ap. 12.9) que remete a Satanás. Em relação aos seres humanos, o pecado é resultado das escolhas de Adão e Eva, os quais, por meio de suas decisões, passaram a conviver com as conseqüências do pecado (Gn. 3.16-19). De acordo com a Bíblia, por causa do pecado de Adão, todo a humanidade, em solidariedade, ficou destituída da glória de Deus (Rm. 3.23 comp. Gn. 2.17). A razão desse afastamento é que Deus, sendo santo, não poderia tolerar o pecado.

Diante da santidade de Deus, não restava ao ser humano outro julgamento senão a condenação (Rm. 1.18; Hb. 10.31; 12.29; II Pe. 2.9; 3.7). Em termos conceituais, a palavra “pecado”, no Novo Testamento, é a transgressão das leis de Deus (I Jo. 3.4), desvio dos padrões divinos (Is. 53.6; Rm. 3.9-12,23), rebelião deliberada e premeditada contra Deus (Jr. 5.6). Em Rm. 6.23, na primeira parte do versículo, Paulo mostra que a conseqüência da condição humana de pecado é a morte. Essa morte, em seu sentido mais ampliado, é a separação presente e eterna da criatura dAquele que a criou (Tg. 1.13-15), resultando, por fim, na perdição eterna (Mt. 7.13; Jo. 17.12; II Ts. 2.3).

2. SALVAÇÃO - A PROVIDÊNCIA DIVINA: Nem tudo, no entanto, está perdido, pois Deus, que é santo, é, também, amor, e, com seu amor infindo, manifestado em Cristo, solidarizou-se com a humanidade decaída. Ele proveu um plano para salvar os seres humanos da condenação do pecado. Em resposta ao salário do pecado, Deus deu, ao homem, o dom gratuito da vida em Jesus (Rm. 6.23). No Novo Testamento, a palavra para salvação, diz respeito à providência divina de, em Cristo, resgatar o ser humano de sua condição de pecado (Lc. 2.30; 19.9; I Ts. 5.9; Hb. 2.3; 9.28; I Pe. 1.10). O veículo e o poder da salvação não pode ser confundido com a mera religiosidade, pois somente por meio do evangelho o homem pode ser salvo (Rm. 1.16; Ef. 1.13).

Não adianta querer confiar nos méritos próprios, pois somente pela graça, por meio da fé em Cristo, o homem pode ter acesso a essa tão grande salvação (At. 15.1; Ef. 2.8,9; Hb. 2.3). Como conseqüência da salvação divina, o ser humano passa pela transformação espiritual, tornando-se filho de Deus (Jo. 1.12,13; I Jo. 3.1; Rm. 8.15,16). Essa filiação envolve um novo tipo de vida e de caráter, descrita, por Paulo, em Rm. 6.4, como “novidade de vida”, em Ef. 4.24, ele se reporta ao salvo, como “novo homem”. Pedro, em uma de suas epístolas, diz que a salvação nos faz participantes da natureza divina (I Pe. 1.4). Em termos práticos, a salvação também será revelada, na vida do cristão, pelo seu ódio ao pecado (I Jo. 3.9; 5.18), por obras de justiça (I Jo. 2.29), pelo amor fraternal (I Jo. 4.7) e pela vitória sobre o mundo (I Jo. 5.4). Isso, no entanto, não quer dizer que estejamos imunes a pecar, mas, se pecarmos, temos um advogado perante o Pai, Jesus Cristo, justo (I Jo. 2.1).
3. UMA PROMESSA: A salvação, em sua procedência, é eminentemente divina, o homem jamais poderia ter sido salvo por sua própria iniciativa. Alguns estudiosos costumam, no entanto, fazer alguns questionamentos a respeito dessa providência: Quem pode ter acesso a essa salvação divina? Seria ela para todos, mesmo para aqueles que se recusam a receber a Cristo? Teria Deus escolhido alguns poucos para seres salvos e outros para a condenação eterna? Um análise geral dessas perguntas, à luz da revelação bíblica, nos direciona a acreditar que:

3.1 - Mas nem todos serão salvos: Há uma tendência atual, “politicamente correta”, de afirmar que, no final das contas, Deus, em sua graça, salvará a todos os perdidos, mesmo aqueles que jamais responderam (e mesmo rejeitaram) o sacrifício de Cristo. Essa perspectiva teológica, bastante cultivada atualmente, denomina-se de “universalismo”. Esse ensinamento é remendo novo em odre antigo, Orígenes, um dos pais da igreja dos primeiros séculos da igreja, já defendia tal doutrina. Ela não deixa de ser aprazível aos ouvidos daqueles que querem agradar a “todos”, mas ela não condiz com o que nos revela os textos bíblicos. O arrependimento sempre foi e continuará sendo uma prerrogativa aqueles que querem ser salvos (Mc. 16.16; At. 22.16; 16.31; 2.38; 3.19).

3.2 - Não serão salvos apenas os eleitos: Uma outra abordagem teológica, muito citada nos arraiais teológicos, em relação à salvação, é a de que Deus teria elegido apenas alguns poucos. Pena que muitos homens de Deus tenham se deixado levar por essa perspectiva, e, muitos deles, não deixam de merecer nosso respeito, apesar dessa propensão equivocada. Baseados em versículos bíblicos isolados, alguns predestinacionistas, transformam a decisão humana, diante do chamado divino à salvação, em mera ilusão. Uma espécie de “faz de conta” que o pecador recebe a Jesus como salvador e que, Deus, por sua vez, “faz de conta” que acata esse recebimento. A revelação bíblica, no seu contexto geral, conclama o ser humano, constantemente, a responder ao chamado divino, deixando claro que o Senhor deseja que todos se arrependam (Jo. 1.12,13; II Pe. 3.9).

3.3 - Serão salvos todos os que crêem em Cristo: A condição humana para a salvação está bem explicitada em Jo. 3.16, onde lemos, textualmente, que Deus amou o mundo de uma maneira extraordinária e deu Seu Filho Unigênito, “para todo aquele que crê”. Sendo assim, a condição de Deus para a salvação humana é o arrependimento e a fé. Fé, na Bíblia, não é um simples reconhecimento intelectivo, muito embora esse não deixe de ser considerado, mas é, essencialmente, um ato de confiança em Deus, para a salvação (Tg. 2.19; At. 8.13,21). Crer em Deus, para a salvação, é mais do que partilhar um conjunto de doutrinas, é uma decisão contínua de negar a si mesmo e seguir os passos de Cristo (Mt. 16.24). Essa fé é operado, no pecador, através do Espírito Santo, que o convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16.8) quando este ouve a Palavra de Deus (Rm. 10.17).

CONCLUSÃO: O realismo bíblico nos revela um ser humano decaído, distante de Deus, carente de Seu amor e sua graça maravilhosa. O destino que aguarda, a todos aqueles que se mantêm afastados de Deus, é a perdição eterna. Quando o homem caiu, Deus lhe prometeu um escape, por Cristo, a semente da mulher (Gn. 3.15). Mas para a realização dessa promessa, individualmente, as pessoas precisam se arrepender dos seus pecados, voltando-se para Aquele que, com amor, nos atraiu para si, para que não mais vivêssemos em condenação (Rm. 8.1). PENSE NISSO!

* AS PROMESSAS DE DEUS E A SUA SOBERANIA

Textos: Fp. 2.13 – Fp. 2.5-13

Objetivo: Ressaltar a soberania de Deus e a atuação humana no cumprimento das promessas bíblicas.

INTRODUÇÃO: “Deus é soberano”. Essa é uma declaração comumente citada nas igrejas. Mas qual o conceito bíblico de soberania? Qual é a sua relação com as promessas divinas? A tentativa de apresentar respostas a essas perguntas, inevitavelmente, nos conduzira a outros questionamentos: 1) Ao pronunciar Suas promessas, Deus se torna dependente delas? 2) O homem pode determinar o cumprimento de uma determinada promessa bíblica? Vamos apontar neste estudo, alguns direcionamentos a respeitos desses problemas.

1. A SOBERANIA DE DEUS: Existem diversas acepções teológicas e filosóficas a respeito do conceito de soberania. Na teologia filosófica, Deus é soberano porque existe antes de todas as coisas, conhece todas as coisas e pode todas as coisas, e está também no controle de todas as coisas”. Na Bíblia, o conceito de soberania divina está bastante associado àquele de um rei celestial, cujas abas das vestes enchem o tempo (Is. 6). No Salmo 48.2 o Senhor é chamado de “grande Rei, cujo reino é eterna porque “reina soberanamente para sempre” (Sl. 29.9. O reino de Deus, por conseguinte, não é localizada, mas por a terra Is. 10.16). Vemos, assim, de acordo com as referências bíblicas, que Deus governa sobre tudo e sobre todos (I Cr. 29.11,12). Deus não apenas governa sobre todas as coisas, Ele, também, está no controle delas (Jó. 42.2; Sl. 115.3; 135.6; Dn. 4.35).

2. AS PROMESSAS COMO UM ATO SOBERANO DE DEUS: Sendo Deus livre, Ele mesmo, por sua própria vontade, quando se revelou ao ser humano, nos deu várias promessas. Essas, portanto, manifestam o ato soberano de Deus, que, por Sua Graça, tem nos enriquecido com as bênçãos celestiais em Cristo Jesus (Ef. 2.7; 3.8,16). Assim sendo, ninguém deve, jamais, pensar que é merecedor de qualquer coisa que parta de Deus. Isso deva se aplicar a todos os aspectos da vida do cristão, desde o ar que respiramos, passando pela salvação provida na cruz, ou qualquer outro benefício que venhamos a receber dEle (Tg. 4.13-15). Quando vemos as promessas divinas, como ato soberano de Deus, temos motivos para nos humilhar perante Sua potente mão e reconhecermos que não passamos de homens e mulheres carentes de Sua graça. É uma pena que alguns cristãos não estejam se apercebendo disso, resultando em excessos na oração e nas pregações. De vez em quando, vemos e ouvimos pregadores que oram determinando bênçãos às vidas de seus expectadores. Alguns, mais ousados, querem pôr Deus no “canto da parede”, justificando, não poucas vezes, que Deus, ao prometer, não pode mais voltar atrás, tornando-se, assim, escravo de Sua palavra.

3. PROMESSAS DEBAIXO DA SOBERANIA DE DEUS: Conforme vimos no estudo anterior, algumas promessas de Deus são incondicionais, isto é, elas independem da vontade humana para se cumprirem. Tais promessas fazem parte do plano maior de Deus, e sobre essas, o ser humano não pode intervir. Em relação às promessas condicionais, o relato bíblico nos mostra que Deus tem interesse de que o ser humano coopere com Ele e isso se dá, principalmente, por meio da oração.

3.1 Orar é atuar com Deus - A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que oraram ao Senhor, suplicando mudança de desígnio: Abraão (Gn. 18.23-25), Jacó (Gn. 32.9-12), Moisés (Nm. 14.13-19), Josafá (II Cr. 20.6-12), Daniel (Dn. 9.4-16). Vemos, nessas orações, que Deus se dispõe a ouvir nossos argumentos e os responde. Através do profeta Jeremias, afirma que está disposto a mudar os seus planos, caso o homem venha a se arrepender dos seus pecados (Jr. 18.7-11), destaca ainda que se compraz em exercitar misericórdia (Mq. 7.18). Essas passagens revelam que não devemos ter qualquer receio de orar ao Senhor, solicitando, inclusive, que Ele altere as condições circunstanciais de nossas vidas e de outras pessoas. Porém, não podemos esquecer que, do mesmo modo que Jesus, devemos aprender a nos submeter à vontade soberana de Deus (Mt. 6.10; 26.39).

3.2 Limites na oração - A vontade de Deus é o aspecto fundamental da soberania divina, e, associado a essa, está o reconhecimento da limitação humana. Podemos orar ao Senhor, no entanto, não podemos pensar em determinar sobre Ele nossas próprias vontades. Jesus, sendo Deus, não o teve por usurpação o ser igual a Deus (Fp. 2.6), antes se pôs debaixo da vontade soberana do Pai, ainda que com clamor e lágrimas (Hb. 5.7). Depois da oração no Getsêmane, Jesus se levantou confortado, sabendo o que lhe aguardava (Mc. 14.42). Se Cristo acatou, com submissão a vontade divina, porque nós faríamos diferente? Há quem se apegue ao versículo isolado de Mt. 21.22, afirmando que o “tudo”, expresso nessa passagem, é a chave para que determinemos e obtenhamos o que quisermos. Contudo, é preciso ponderação a respeito desse “tudo”, pois este se encontra no campo relativo, não absoluto. É bom lembrar que a mesma Bíblia que nos instrui a pedir com insistência (Mt. 7.7; Lc. 11.9; Jo. 24), também diz que, algumas vezes, não recebemos porque pedimos mal (Tg. 4.2,3).

CONCLUSÃO: As promessas de Deus, para os crentes, devam servir de estímulo à oração. Lemos, na Bíblia, que Ele se compraz ao nos ver O buscando por meio da oração. É interessante observamos que, em algumas circunstâncias, temos a percepção de que Deus permite que vontade humana seja satisfeita, talvez, porque essa, de antemão, já era a Sua soberana vontade. Mas em algumas circunstâncias, Ele não faz qualquer concessão, como aconteceu com Moisés (Dt. 3.26) e Paulo (II Co. 12.9), nesses casos, a resposta definitiva foi um “não”. Quando isso acontece, não teremos outra alternativa senão acatar com humildade a vontade de Deus, cientes de que Ele nos dará graça (Tg. 4.6). E essa não é apenas um consolo, na verdade, é o melhor para nós, pois a vontade divina, ao contrário da humana, é sempre boa, perfeita e agradável (Rm. 12.1,2). PENSE NISSO!

* O CARÁTER DAS PROMESSAS DE DEUS

Texto Áureo: Is. 55.11 – Is. 55.6-13

Objetivo: Mostrar que as promessas de Deus fundamentam a esperança dos cristãos em todas as circunstâncias da vida, no entanto, elas devem ser apropriadamente interpretadas.

INTRODUÇÃO: A Bíblia está repleta de promessas que fortalecem a fé e a esperança do crente. No entanto, elas carecem de critérios hermenêuticos a fim de que sejam corretamente interpretadas. Estudaremos algumas das principais promessas de Deus, sem deixar de atentar para os fundamentos bíblicos que favorecem a adequada interpretação bíblica. Desse modo, evitaremos os excessos que, infelizmente, têm ocupado os púlpitos de algumas igrejas.

1. AS PROMESSAS BÍBLICAS: Uma promessa pode ser definida como “compromisso oral ou escrito de realizar um ato ou de contrair uma obrigação” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Quando levamos esse conceito ao contexto bíblico, percebemos a grandeza das promessas, principalmente, porque vemos que a origem das promessas não são homens, mas Deus. Assim, podemos descansar nas promessas de Deus, porque, conforme nos diz o autor da Epístola aos Hebreus: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hb. 10.23). A fidelidade de Deus, portanto, é o fundamento das promessas bíblicas (I Ts. 5.24). Deus é Fiel e Justo para cumprir com suas promessas, no entanto, não podemos deixar de perceber que, algumas dessas promessas são condicionais outras incondicionais. As incondicionais são aquelas que não dependem da responsabilidade humana para que Deus leve adiante, dentre essas, destacamos: a vinda de Cristo (II Pe. 3.4; Jo. 14.3); o julgamento final dos pecadores (Sl. 9.17; At. 17.30,31), entre outras. As condicionais são aquelas que dependem de uma resposta humana, isto é, que o homem aja em conformidade com a condição divina. Somente para exemplificar, a vida eterna é uma promessa condicional, pois somente a obterão SE acreditarmos no sacrifício vicário de Cristo (Jo. 3.16).

2. O PROPÓSITO DAS PROMESSAS BÍBLICAS: As promessas bíblicas fundam-se no amor de Deus, e ao mesmo tempo, na necessidade humana. Quando o homem pecou, tornou-se escravo de sua condição, numa terminologia bíblica mais específica, inimigo de Deus (Ef. 2.15; Tg. 4.4). Deus, no entanto, não abandonou Sua criatura caída, antes lhe proveu um plano de escape. Inicialmente, esse projeto fora direcionado a Israel, todavia, esse o rejeitou (Jo. 1.12), sendo reconduzido para a Igreja (II Co. 1.20). Apesar dessa rejeição, Deus prossegue com seus desígnios para Israel, que tomarão lugar no tempo oportuno (Rm. 9-11). Em relação à igreja, o propósito central das promessas de Deus é que não vivemos como os demais, que não têm esperança (I Ts. 4.13). Quando acreditamos nEsse Deus Fiel, Justo e Verdadeiro, que cumpre suas promessas, não precisamos mais nos angustiar quando ao presente e ao futuro. Deus nos, ama, na verdade, Ele é o amor (I Jo. 4.8), por isso, nos conduz ao longo da estrada da esperança (Rm. 5.2-5; 12.12). Ainda que, esse trajeto não esta isento de espinhos (At. 26.6,7). As promessas de Deus, que estudaremos, serão: a salvação, o batismo no Espírito Santo, a cura divina, a paz interior, a prosperidade, um lar feliz, a velhice feliz e produtiva, segurança num mundo inseguro, a volta de Cristo e a entrada no Céu.

3. INTERPRETANDO AS PROMESSAS BÍBLICAS: Para entender todas essas promessas que serão estudadas ao longo das semanas, faz-se necessário que observamos alguns fundamentos hermenêuticos que favorecem uma exegese adequada. Para interpretar as promessas, precisamos: 1) distinguir se uma determinada promessa bíblica fora feita especificamente à Israel e/ou para a Igreja; 2) observar se essas promessas são condicionais e/ou incondicionais, se há um “SE” para que ela se concretize; 3) ter o cuidado de não forçar interpretações escatológicas, isto é, aquelas profecias que terão cumprimento futuro, não nos dias atuais; 4) analisar os aspectos gramaticais, históricos e culturais das promessas, avaliando, inclusive, se se trata de uma promessa já cumprida; 5) observar se o contexto imediato – os versículos próximos – ou remoto – os versículos em outras partes da Bíblia – reforçam uma determinada interpretação da promessa; 6) muito embora essa não seja uma condição determinante, não devemos também esquecer de averiguar se existem exemplos, na Bíblia, que confirmem a promessa; e 7) ter o cuidado de não atribuir a si mesmo, promessas que, originalmente, no texto bíblico, estão direcionadas a um personagem bíblico específico.

CONCLUSÃO: A condição do homem, distanciado de Deus, é de desespero. A menos que olhemos para Aquele que se revelou em Cristo, não teremos qualquer motivo para ter uma expectação por dias melhores. Para o cristão, a esperança nas promessas do Senhor é o fundamento para não nos deixar conduzir pela força das circunstâncias. Essas promessas, no entanto, precisam ser respaldadas pela interpretação bíblica apropriada. Considerado esse aspecto, podemos, com o compositor sacro, cantar: “Firme nas promessas do meu Salvador, cantarei louvores ao meu Criador; fico na dispensação do Seu amor; firme nas promessas de Jesus” (HC 107). PENSE NISSO!

* O CARÁTER DE CRISTO

Textos: Jo. 13.15 – Mt. 5.3-12; Gl. 5.22,23

Objetivo: Mostrar que Cristo é o modelo perfeito do caráter que todo cristão deva perseguir, para tanto, deverá co-operar com o Espírito Santo a fim de que este produza o Seu fruto.

INTRODUÇÃO: Ao logo deste período, fizemos um passeio biográfico por alguns dos personagens mais expoentes da Bíblia, ressaltando tanto suas virtudes quanto defeitos. Neste estudo, veremos que Jesus é o modelo perfeito do caráter cristão. E este, somente pode ser alcançado, quando permanecemos nEle que, por meio do Seu Espírito, produz, em nós, o Seu fruto.

1. CRISTO, O MODELO DO CARÁTER CRISTÃO: Cristo é o modelo perfeito para o caráter cristão. A seu respeito, Pedro testemunha: “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pe. 1.19). Esse discípulo de que andou com Jesus, percebeu, em consonância com os cordeiros sacrificados na Antiga Aliança (Ex. 12.5), que Cristo é perfeito, que não havia nEle qualquer pecado. O autor da Epístola aos hebreus afirma também, que “o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb. 9.14). Em outra epístola, Pedro nos mostra a necessidade de ter a Cristo como parâmetro para a vida do cristão: “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz” (II Pe. 3.14). De modo mais específico, é possível alcançar esse status não por meios meramente humanos, mas, pelo Espírito, em amor, cujo maior exemplo, na verdade, é Cristo (Mt. 5.44; Lc. 6.27; Jo. 13.1,34; 15.12). Se alguém perguntar: como podemos imitar a Cristo? A resposta mais simples, e ao mesmo tempo, desafiadora para o cristão, é: amando como Ele amou.

2. A VIDEIRA E SEUS FRUTOS: Em Jo. 15.1-17, Jesus trata a respeito da videira e seus ramos com o objetivo de ilustrar como deve ser o relacionamento do cristão com Deus a fim de produzir frutos.
1) existem ramos que por não produzirem frutos, são cortados da videira (Jo. 15.2);
2) alguns ramos não permanecem ligados à videira, por isso, são lançados no fogo e são queimados (Jo. 15.4);
3) os ramos que produzem frutos são podados e limpos para que dêem mais frutos ainda (Jo. 15.2).
O projeto de Deus para as nossas vidas é a santificação (II Ts. 2.13), portanto, não podemos viver sem produzir frutos, na verdade, por meio deles é que somos conhecidos (Mt. 7.16-20). As condições para a produção do fruto espiritual são:
1) ser podado pelo Pai – isto diz respeito à maturidade cristã (I Ts. 5.23; Hb. 12.10-14), que envolve também a disciplina (Hb. 12.5,6) e o sofrimento (Tg. 1.2-4);
2) permanecer em Cristo – refere-se à posição do cristão com Ele (Jo. 15.4; II Co. 5.17; Ef. 2.6);
3) a permanência de Cristo é nós – é por meio da vida de Cristo em nós que podemos viver com Ele viveu (Jo. 15.4; I Co. 1.2; Gl. 2.20; Fp. 1.1; I Jo. 2.6).

3. A FRUTIFICAÇÃO PELO ESPÍRITO: O desenvolvimento do caráter cristão carece de frutificação espiritual. Para esse fim, meditemos, a partir de Gl. 5.22, a respeito dos aspectos desse fruto, nos remetendo, inclusive, aos termos gregos:
1) amor – é o fundamento do fruto, manifesta-se na disposição em doar a si mesmo (I Co. 13; Gl. 5.13; Rm. 5.2-5; Ef. 5.23-32; 5.1,2), a exemplo de Cristo (Jo. 3.16; I Jo. 3.16);
2) alegria – alegria que independe das circunstâncias (At. 2.46; Rm. 14.7; 15.13; Fp. 4.4);
3) paz – que não se atribula perante as adversidades (Is. 26.3; Jo. 14.26,27; Cl. 3.15);
4) longanimidade – tolerância para suportar os momentos difíceis (Sl. 119.71; Rm. 5.3,4; Hb. 12.7-11; Tg. 1.3,4; 5.10,11; I Pe. 2.20);
5) benignidade – disposição graciosa para fazer o bem (Ef. 4.31,32; 5.1,2);
6) bondade – é a prática da benignidade (Rm. 15.14; Gl. 5.22; Ef. 5.9; II Ts. 1.11), mais precisamente, à generosidade (II Co. 8.1-15; Gl. 6.9,10; I Pe. 4.8-10);
7) fidelidade – a fé que prevalece apesar das tribulações (Rm. 5.1,2; Hb. 6.12; I Jo. 2.6);
8) mansidão – submissão e humildade em relação a Deus e ao próximo (Mt. 11.29; Tg. 1.21; Gl. 6.1; I Pe. 3.15,16); e 9) domínio próprio (egkrateia) – controle diante das tentações (Tt. 2.11,12; II Pe. 1.5,6; I Co. 7.9; 9.25).

CONCLUSÃO: O desenvolvimento do caráter de Cristo não é algo que acontece de uma hora para outra, é resultado de uma longa caminhada ao lado do Senhor. Nós nEle e Ele em nós suscitará, ao longo do processo, a transformação, por meio da qual, de glória em glória, somos feitos à semelhança de Sua imagem (II Co. 3.18). Em toda e qualquer circunstância, Cristo, e não qualquer homem e mulher do Antigo e do Novo Testamento, é O modelo a ser seguido, pois “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co. 5.21). PENSE NISSO!

* ABRAÃO, O AMIGO DE DEUS

Textos: Hb. 11.8 – Ex. Gn. 12.1-5

Objetivo: Mostrar que é possível ser amigo de Deus como o foi Abraão. Para tanto, precisamos extrair lições, tanto de suas virtudes quanto de suas falhas.

INTRODUÇÃO: Todos nós queremos receber o título singular atribuído a Abraão: amigo de Deus. Para isso, precisamos seguir o seu exemplo. Estudaremos a respeito da amizade entre Deus e o homem na Bíblia, ilustrada no exemplo do patriarca, pai da fé. Veremos que este, além de virtudes, teve também suas falhas, as quais, também nos servem de ensino.

1. A AMIZADE COM DEUS: O conceito de “amizade” com Deus não é algo que possa ser facilmente construído a partir do Antigo Testamento. A idéia de um relacionamento mais aproximado com o Deus de Israel seria algo fora de cogitação para a mente judaica mais conservadora. No entanto, Tiago, em sua epístola, no capítulo 2 e versículo 23, diz que Abraão não apenas fora justificado por Deus, mas, também, veio a se tornar amigo do Senhor. É interessante observar esse fato porque é possível constatar que Deus sempre desejou se relacionar com os seres humanos. E, como veremos mais adiante, essa amizade fora antecipada, de algum modo, em Abraão, um homem que desfrutou de intimidade com Deus. Mais tarde, quando o Deus fez morada entre os homens, a possibilidade dessa amizade alcançou seu apogeu. Em Jo. 15.14,15 Jesus chama aos Seus discípulos de amigos mostrando, assim, a profunda intimidade que deseja ter com aqueles que atenderam ao Seu chamado.

2. ABRAÃO, UM AMIGO DE DEUS: A amizade de Deus com Abraão pode ser inferida, a princípio, a partir de Gn. 18.17, no relato da destruição de Sodoma e Gomorra. O Senhor deixa claro que não ocultará seus desígnios ao patriarca da fé em virtude dos projetos que tinha em sua vida. Mesmo sendo um exemplo de fé para os crentes de todos os tempos, Abraão, todavia, não era perfeito. Certa feita, diante da ameaça de seca e fome, Abraão “desceu para o Egito” (Gn. 12.10). Por alguns momentos, deixou de acreditar que Deus lhe pudesse prover os suprimentos necessários para viver na terra prometida. Quando se deixou levar pelas circunstâncias, teve de se ocultar por detrás de sua esposa (Gn. 12.12), recomendado, inclusive, que ela mentisse se achasse necessário, a fim de protegê-lo (v. 13). O medo de Abraão (e o de todos nós) é o de que venhamos a perder o controle das situações futuras (Gn. 12.13). É irônico perceber que o velho patriarca acabou sendo corrigido pelo rei pagão a quem tanto temia (Gn. 20.17). Por outro lado, Abraão também se mostrou, em várias circunstâncias, atitudes de generosidade – quando seu sobrinho Ló encontrava-se em perigo (Gn. 14.24); firmeza – nas promessas que o Senhor lhe havia feito (At. 7.2; Gn. 12.1,2), desprendimento - quando encontrou Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo (Gn. 14.18,19), integridade – quando lhe ofereceram riquezas indevidas (Gn. 14.22,23); e submissão – quando o Senhor requereu seu filho em sacrifício (Gn. 22.1-3).

3. PARA SER AMIGO DE DEUS: Quando lemos a narrativa bíblica a respeito de Abraão vemos que, apesar de suas falhas, esse foi um homem que desfrutou de um relacionamento aproximado com Deus. As conversas de Abraão com Deus, como aquela que antecipou a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn. 18.24-26), mostram o nível de intimidade do patriarca com o Senhor. A amizade de Abraão com Deus, ainda nos tempos antigos, e as declarações de Jesus a respeito da amizade com os seus discípulos (Jo. 15.14,45) nos servem de estímulo para buscar um relacionamento mais próximo do Senhor. A base para a verdadeira amizade, tanto com Deus como com o próximo, sempre será o amor. Não existem regras fixas para a amizade com Deus, exceto o amor incondicional (Jo.13.34; 14.15,21; 15.12,17; I Jo. 3.11,23; 4.21). Jesus é a prova maior da amizade genuína que, com altruísmo, vai às ultimas conseqüências, entregando sua própria vida (Jo. 10.13-15). Pode alguém amar a Deus assim numa época marcada pela troca de favores em que as pessoas se relacionam querendo obter algo em troca?

CONCLUSÃO: A principal exigência de Deus, para que alguém venha a se tornar seu amigo, é que recebamos a mediação de Jesus, nosso Salvador (I Tm. 2.5; Jo. 14.6; I Co. 1.1-9). Sem Ele, o ser humano continuará, para todo o sempre, inimigo de Deus, por causa de sua condição de pecado (Ef. 2.15; Tg. 4.4). Com Cristo, podemos desfrutar de plena paz e comunhão com o Senhor, e do mesmo modo que Abraão, também podemos ser chamados de amigos de Deus. Em relação a Deus, a verdadeira amizade é concretizada por meio da submissão e obediência (Jo. 14.21,24). PENSE NISSO!