SISTEMA DE RÁDIO
* JESUS, O VERBO DE DEUS
* COMO ALCANÇAR AS PROMESSAS DE DEUS
OBJETIVO: Mostrar que a confiança no Deus que promete e cumpre é requisito fundamental para alcançarmos o que Ele nos revelou em Sua Palavra.
* PROMESSA DE NOSSA ENTRADA NO CÉU
Textos: Fp. 3.20 – Fp. 3.13-21
* A PROMESSA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Objetivo: Mostrar que a promessa da vinda de Cristo, para arrebatar a Sua igreja, nos dá esperança em relação ao futuro.
* A PROMESSA DE SEGURANÇA NUM MUNDO INSEGURO
Objetivo: Mostrar que, apesar da cultura do medo e da insegurança, as promessas de Deus nos garantem segurança e providência eternas.
* A PROMESSA DE UMA VELHICE FELIZ E FRUTÍFERA
Objetivo: Refletir a respeito da velhice com ênfase na percepção bíblica, haja vista que, para o Senhor, o ser humano é especial em todas as etapas da vida.
INTRODUÇÃO: Estudaremos a respeito das promessas de Deus em relação à velhice. Para esse fim, analisaremos: 1) como a sociedade moderna vê a velhice; 2) o posicionamento bíblico no tratamento aos idosos; e por fim, 3) apresentaremos alguns princípios para uma velhice frutífera na obra do Senhor.
1. A VELHICE NA SOCIEDADE ATUAL: O discurso da sociedade moderna celebra tudo aquilo que é novo, e em contrapartida, desvaloriza o que é velho. Isso é perfeitamente compreensível, ainda que inaceitável, haja vista a tendência utilitária nos relacionamentos. Quando as pessoas não mais nos servem, são descartadas do mesmo modo como se faz com um copo plástico. Por isso, muitos filhos, que inclusive aprenderam dos seus pais, se desfazem dos seus genitores, por acharem que eles não mais são úteis. O extremo dessa crença é a defesa da eutanásia, já praticada em alguns países, sob a justificativa da atenuação do sofrimento terminal, principalmente, dos idosos. Atitudes como essas mascaram o desrespeito camuflado por aqueles que dedicaram suas vidas ao trabalho, mas que, agora, devido às limitações físicas, são posicionadas como seres de “segunda categoria”. Mas nem sempre isso foi assim, se nos voltarmos para a Bíblia, veremos que, desde os tempos antigos, Deus teve a velhice em alta estima, percebendo, nessa, uma oportunidade para a frutificação espiritual.
2. A VELHICE NA BÍBLICA: A palavra velhice, em hebraico, é “zaquen” que pode ser encontrada nas seguintes referências: Gn. 1811-13; Jz. 19.17,20; Jó. 14.8; Is. 47.6. Algumas passagens bíblicas, como a de Pv. 17.6, mostra a virtude do envelhecimento. Em Lv. 19.32, os idosos são apresentados como dignos de respeito por causa de sua sabedoria (Sl. 119.100). Interessante que durante a peregrinação pelo deserto, Moisés escolheu pessoas idosas para assistir na liderança (Ex. 24.1). Devemos também ressaltar que o verbo que dá origem à palavra “zaquen” é usado para aconselhar (I Rs. 12.6,8; Jó. 12.20; Ez. 7.26). No Novo Testamento, a palavra grega para ancião, bastante conhecida no seio eclesiástico, é “presbíteros”. Ela pode ser encontrada em Lc. 15.25; Jo. 8.9; At. 2.17; I Tm. 5.1; Tt. 2.2 que contrasta com os jovens (At. 2.17). Na igreja, o presbítero passou a ser um título dado aqueles que assumem posição de liderança (At. 11.30; 15.2,4,6,22,23; 16.4; I Pe. 5.1). E como tais, devam ser dignos de respeito e honra duplicada, especialmente os que estão envolvidos no ensino (I Tm. 5.17). Em sua velhice, João, o discípulo amado, que se denominava um “presbítero” (II e III Jo), desfrutou desse tipo de honra, pelo testemunho e maturidade espiritual. Na perspectiva escatológica, não devemos esquecer que ao redor do trono de Deus estarão vinte e quatro anciãos (Ap. 4.4) que têm posição de grande proeminência (Ap. 7.11).
3. A FRUTIFICAÇÃO NA VELHICE: Há quem cite o Sl. 90.10 para defender que a velhice é uma etapa da vida marcada por canseira e enfado. Com base em tal passagem, muitos admitem que a essa fase da vida é imprópria para a frutificação. É preciso, no entanto, atentar para o contexto no qual esse versículo se encontra. O salmista está fazendo uma avaliação da limitação da vida humana na terra com base em sua experiência. Essa declaração, portanto, não pode ser tomada como doutrina, sendo generalizada para toda a igreja. Outro texto também citado para justificar a inutilidade dos idosos no trabalho do Senhor é o de Ec. 12.1. Na verdade o pregador, nesse versículo, chama a atenção dos jovens para temerem ao Senhor desde a mocidade (12.13). No contexto geral da Escritura, a velhice, como as demais etapas de vida, constitui-se em oportunidade singular para produzir frutos (Sl. 92.14). Para tanto, devemos estar alicerçados no Senhor, meditando na Sua Palavra, nos alimentando nEle que nos dá a seiva da plena maturidade (Sl. 92.13). A maturidade e experiência dos mais velhos servem de estímulo e orientação para os que estão dando os primeiros passos na caminhada cristã (Dt. 26.1-11; 16.11). Na medida do possível, os idosos precisam continuar investindo na formação bíblica e no exercício espiritual a fim de auxiliar e servir de exemplo para os mais jovens. E esses, por sua vez, devem olhar para os idosos reconhecendo, como Paulo, que apesar das limitações do corpo físico, o homem interior pode ser continuamente renovado (II Co. 4.16).
CONCLUSÃO: Homens e mulheres de Deus tais como Abraão e Sara (Gn. 22.1,2), Moisés (Dt. 29.5; At. 4.23,30,36) e Davi (I Cr. 29.27,28) desfrutaram de uma velhice produtiva no temor ao Senhor. O desses homens e mulheres da Bíblia é o mesmo a quem servimos hoje e como Ele mesmo o diz, em Is. 46.4: “E até à velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei”. As promessas de Deus de uma velhice em sua presença nos motivam à produção do fruto do Espírito (Gl. 5.22). PENSE NISSO!
* A PROMESSA DE UM LAR FELIZ
Objetivo: Mostrar que a promessa de um lar cristão feliz pode se tornar uma realidade se tão somente colocarmos em prática o amor de Deus que fora derramado em nossos corações.
INTRODUÇÃO: A palavra “lar”, de acordo com o dicionário, em sua raiz, remete a Laris, o deus mitológico responsável pela proteção domiciliar. Desse vocábulo deriva-se, também, o termo “lareira”, apontando para o fogo une e aquece a família. Dentro de uma perspectiva cristã, veremos, o estudo desta semana, qual o modelo bíblico para a constituição do lar, os requisitos necessários para a obtenção de um lar feliz, e, por último, as bênçãos decorrentes da felicidade familiar.
* A PROMESSA DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
Objetivo: Mostrar, aos cristãos, o caminho para a verdadeira e plena prosperidade, que não se baseia, exclusivamente, no acúmulo de riquezas.
* A PROMESSA DA PAZ INTERIOR
Objetivo: Incentivar os cristãos a viverem na paz que Cristo nos prometeu, não se deixando levar pelas circunstâncias.
INTRODUÇÃO: O mundo não sabe o que é ter paz, por isso, uma das definições mais contundente, da perspectiva humana, do que seja paz, é a que a conceitua como “o intervalo entre duas guerras”. É possível o cristão desfrutar de paz num mundo tão conturbado? No estudo desta semana faremos a distinção entre paz com Deus e a paz de Deus. Em seguida, refletiremos a respeito da paz prometida por Jesus aos seus seguidores, correlacionando-a a paz enquanto fruto do Espírito.
* A PROMESSA DA CURA DIVINA
Objetivo: Incentivar os crentes a orarem para que se cumpra a promessa da cura divina, sem, no entanto, esquecer que essa depende sempre da soberana vontade de Deus.
1. A PROMESSA BÍBLICA DA CURA: Uma análise panorâmica de alguns textos bíblicos nos revela que a cura divina é uma promessa recorrente de Deus para o seu povo. Ela foi estabelecida no Antigo Testamento (Ex. 15.26; Sl. 103.3; 107.20). Em Nm; 21.6-9 ela é tipificada quando o povo de Israel fora mordido por serpentes e Deus providenciou uma salvação, ordenando a Moisés que erguesse uma serpente a fim de que fosse curado aqueles que para ela olhassem. Entre os profetas, destacamos as revelações de Isaias (Is. 53.4,5) e Jeremias (Jr. 33.6) a respeito da cura da realização da cura divina. Cristo, em seu ministério terreno, também atuou na vida das pessoas curando suas enfermidades (Mt. 4.23; 8.16,17). O Senhor também estendeu o ministério da cura divina aos seus seguidores (Mc. 16.16-18; Lc. 9.2; Mt. 10.8). O cumprimento dessa promessa de Jesus é testificado no livro de Atos (At. 3.6-10; 14.8-10). Em suas Epístolas, Paulo fala a respeito dos dons de curar (I Co. 12.9) e Tiago instrui quanto à atuação dos presbíteros da igreja nesse importante ministério (Tg. 5.14-16).
2. A ATUALIDADE DA CURA DIVINA: Existem algumas razões bíblicas para acreditar que Deus continua curando nos dias atuais. A principal delas se encontra em Hb. 13.8, na qual lemos que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. Além disso, é válido ressaltar que, ao longo de toda a Bíblia, a cura divina faz um paralelo com a salvação. Devemos também lembrar que o ser humano, em sua integralidade (I Ts. 5.23), não é apenas espírito, mas, também, corpo, por isso, quando meditamos no texto de Is. 53.5, vemos que a salvação, provida por Cristo, inclui:
1) O Espírito: “ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades”;
2) A Alma: “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele”;
3. A MINISTRAÇÃO DA CURA: A oração para a cura deva fazer parte do ministério da igreja, esse, porém, deve ter como meta a glorificação a Deus (Mt. 28.19,20), jamais a promoção humana. A Palavra de Deus nos instrui a orar com confiança, crendo que o Senhor efetuará a cura, pois a incredulidade pode inviabilizá-la (Lc. 4.23-29). Deixar de valorizar a cura divina é um extremo, do mesmo modo que, deixar de enfatizar o arrependimento dos pecados, para a salvação. Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão dos pecados (Mc. 2.10-12). Além disso, é bom saber que nem todos são curados, como no caso de Jo. 5.3-9, há circunstâncias em que apenas um pessoa, em meio a uma multidão, recebe essa dádiva. Isso porque a cura é um ato eminentemente divino e Deus cura a quem e quando LHE apraz. Não existe uma fórmula fixa para a manifestação da cura:
1) em II Rs. 5.1-14, Eliseu ordenou que Naamã mergulhasse sete vez no rio Jordão;
4. QUANDO A CURA NÃO VEM: A fé do homem, no entanto, é uma condição relativa, não absoluta para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura, é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas (Dt. 3.26; II Co. 12.8,9). Deus as ouviu, mas, no caso específico desse último, por motivos que estão além da compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente. Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (I Tm. 5.23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de Asa (II Cr. 16.12). Asa fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor. Há bons médicos, amados como Lucas (Cl. 4.4), que podem atuar como instrumentos de Deus para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt. 9.12).
CONCLUSÃO: A cura divina é uma promessa divina que tem se cumprido desde os tempos do Antigo Testamento. A igreja do Senhor deve se envolver nesse ministério, orando pelos enfermos para que esses venham a receber a cura de suas enfermidades. Não podemos, no entanto, esquecer que nem todos são curados, e, quando isso acontece, devemos continuar buscando ao Senhor, suplicando sua intervenção sobrenatural. Enquanto essa não vem, não podemos nos privar dos recursos médicos, contanto que esses sejam buscados em contrição, ciente que o Senhor é a fonte de toda a saúde. PENSE NISSO!
* A PROMESSA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
* A PROMESSA DA SALVAÇÃO
Objetivo: Mostrar a realidade do pecado humano e a promessa divina de salvação para todo aquele que crê em Jesus.
* AS PROMESSAS DE DEUS E A SUA SOBERANIA
Objetivo: Ressaltar a soberania de Deus e a atuação humana no cumprimento das promessas bíblicas.
1. A SOBERANIA DE DEUS: Existem diversas acepções teológicas e filosóficas a respeito do conceito de soberania. Na teologia filosófica, Deus é soberano porque existe antes de todas as coisas, conhece todas as coisas e pode todas as coisas, e está também no controle de todas as coisas”. Na Bíblia, o conceito de soberania divina está bastante associado àquele de um rei celestial, cujas abas das vestes enchem o tempo (Is. 6). No Salmo 48.2 o Senhor é chamado de “grande Rei, cujo reino é eterna porque “reina soberanamente para sempre” (Sl. 29.9. O reino de Deus, por conseguinte, não é localizada, mas por a terra Is. 10.16). Vemos, assim, de acordo com as referências bíblicas, que Deus governa sobre tudo e sobre todos (I Cr. 29.11,12). Deus não apenas governa sobre todas as coisas, Ele, também, está no controle delas (Jó. 42.2; Sl. 115.3; 135.6; Dn. 4.35).
2. AS PROMESSAS COMO UM ATO SOBERANO DE DEUS: Sendo Deus livre, Ele mesmo, por sua própria vontade, quando se revelou ao ser humano, nos deu várias promessas. Essas, portanto, manifestam o ato soberano de Deus, que, por Sua Graça, tem nos enriquecido com as bênçãos celestiais em Cristo Jesus (Ef. 2.7; 3.8,16). Assim sendo, ninguém deve, jamais, pensar que é merecedor de qualquer coisa que parta de Deus. Isso deva se aplicar a todos os aspectos da vida do cristão, desde o ar que respiramos, passando pela salvação provida na cruz, ou qualquer outro benefício que venhamos a receber dEle (Tg. 4.13-15). Quando vemos as promessas divinas, como ato soberano de Deus, temos motivos para nos humilhar perante Sua potente mão e reconhecermos que não passamos de homens e mulheres carentes de Sua graça. É uma pena que alguns cristãos não estejam se apercebendo disso, resultando em excessos na oração e nas pregações. De vez em quando, vemos e ouvimos pregadores que oram determinando bênçãos às vidas de seus expectadores. Alguns, mais ousados, querem pôr Deus no “canto da parede”, justificando, não poucas vezes, que Deus, ao prometer, não pode mais voltar atrás, tornando-se, assim, escravo de Sua palavra.
3. PROMESSAS DEBAIXO DA SOBERANIA DE DEUS: Conforme vimos no estudo anterior, algumas promessas de Deus são incondicionais, isto é, elas independem da vontade humana para se cumprirem. Tais promessas fazem parte do plano maior de Deus, e sobre essas, o ser humano não pode intervir. Em relação às promessas condicionais, o relato bíblico nos mostra que Deus tem interesse de que o ser humano coopere com Ele e isso se dá, principalmente, por meio da oração.
3.1 Orar é atuar com Deus - A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que oraram ao Senhor, suplicando mudança de desígnio: Abraão (Gn. 18.23-25), Jacó (Gn. 32.9-12), Moisés (Nm. 14.13-19), Josafá (II Cr. 20.6-12), Daniel (Dn. 9.4-16). Vemos, nessas orações, que Deus se dispõe a ouvir nossos argumentos e os responde. Através do profeta Jeremias, afirma que está disposto a mudar os seus planos, caso o homem venha a se arrepender dos seus pecados (Jr. 18.7-11), destaca ainda que se compraz em exercitar misericórdia (Mq. 7.18). Essas passagens revelam que não devemos ter qualquer receio de orar ao Senhor, solicitando, inclusive, que Ele altere as condições circunstanciais de nossas vidas e de outras pessoas. Porém, não podemos esquecer que, do mesmo modo que Jesus, devemos aprender a nos submeter à vontade soberana de Deus (Mt. 6.10; 26.39).
3.2 Limites na oração - A vontade de Deus é o aspecto fundamental da soberania divina, e, associado a essa, está o reconhecimento da limitação humana. Podemos orar ao Senhor, no entanto, não podemos pensar em determinar sobre Ele nossas próprias vontades. Jesus, sendo Deus, não o teve por usurpação o ser igual a Deus (Fp. 2.6), antes se pôs debaixo da vontade soberana do Pai, ainda que com clamor e lágrimas (Hb. 5.7). Depois da oração no Getsêmane, Jesus se levantou confortado, sabendo o que lhe aguardava (Mc. 14.42). Se Cristo acatou, com submissão a vontade divina, porque nós faríamos diferente? Há quem se apegue ao versículo isolado de Mt. 21.22, afirmando que o “tudo”, expresso nessa passagem, é a chave para que determinemos e obtenhamos o que quisermos. Contudo, é preciso ponderação a respeito desse “tudo”, pois este se encontra no campo relativo, não absoluto. É bom lembrar que a mesma Bíblia que nos instrui a pedir com insistência (Mt. 7.7; Lc. 11.9; Jo. 24), também diz que, algumas vezes, não recebemos porque pedimos mal (Tg. 4.2,3).
CONCLUSÃO: As promessas de Deus, para os crentes, devam servir de estímulo à oração. Lemos, na Bíblia, que Ele se compraz ao nos ver O buscando por meio da oração. É interessante observamos que, em algumas circunstâncias, temos a percepção de que Deus permite que vontade humana seja satisfeita, talvez, porque essa, de antemão, já era a Sua soberana vontade. Mas em algumas circunstâncias, Ele não faz qualquer concessão, como aconteceu com Moisés (Dt. 3.26) e Paulo (II Co. 12.9), nesses casos, a resposta definitiva foi um “não”. Quando isso acontece, não teremos outra alternativa senão acatar com humildade a vontade de Deus, cientes de que Ele nos dará graça (Tg. 4.6). E essa não é apenas um consolo, na verdade, é o melhor para nós, pois a vontade divina, ao contrário da humana, é sempre boa, perfeita e agradável (Rm. 12.1,2). PENSE NISSO!
* O CARÁTER DAS PROMESSAS DE DEUS
Objetivo: Mostrar que as promessas de Deus fundamentam a esperança dos cristãos em todas as circunstâncias da vida, no entanto, elas devem ser apropriadamente interpretadas.
INTRODUÇÃO: A Bíblia está repleta de promessas que fortalecem a fé e a esperança do crente. No entanto, elas carecem de critérios hermenêuticos a fim de que sejam corretamente interpretadas. Estudaremos algumas das principais promessas de Deus, sem deixar de atentar para os fundamentos bíblicos que favorecem a adequada interpretação bíblica. Desse modo, evitaremos os excessos que, infelizmente, têm ocupado os púlpitos de algumas igrejas.
1. AS PROMESSAS BÍBLICAS: Uma promessa pode ser definida como “compromisso oral ou escrito de realizar um ato ou de contrair uma obrigação” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Quando levamos esse conceito ao contexto bíblico, percebemos a grandeza das promessas, principalmente, porque vemos que a origem das promessas não são homens, mas Deus. Assim, podemos descansar nas promessas de Deus, porque, conforme nos diz o autor da Epístola aos Hebreus: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hb. 10.23). A fidelidade de Deus, portanto, é o fundamento das promessas bíblicas (I Ts. 5.24). Deus é Fiel e Justo para cumprir com suas promessas, no entanto, não podemos deixar de perceber que, algumas dessas promessas são condicionais outras incondicionais. As incondicionais são aquelas que não dependem da responsabilidade humana para que Deus leve adiante, dentre essas, destacamos: a vinda de Cristo (II Pe. 3.4; Jo. 14.3); o julgamento final dos pecadores (Sl. 9.17; At. 17.30,31), entre outras. As condicionais são aquelas que dependem de uma resposta humana, isto é, que o homem aja em conformidade com a condição divina. Somente para exemplificar, a vida eterna é uma promessa condicional, pois somente a obterão SE acreditarmos no sacrifício vicário de Cristo (Jo. 3.16).
2. O PROPÓSITO DAS PROMESSAS BÍBLICAS: As promessas bíblicas fundam-se no amor de Deus, e ao mesmo tempo, na necessidade humana. Quando o homem pecou, tornou-se escravo de sua condição, numa terminologia bíblica mais específica, inimigo de Deus (Ef. 2.15; Tg. 4.4). Deus, no entanto, não abandonou Sua criatura caída, antes lhe proveu um plano de escape. Inicialmente, esse projeto fora direcionado a Israel, todavia, esse o rejeitou (Jo. 1.12), sendo reconduzido para a Igreja (II Co. 1.20). Apesar dessa rejeição, Deus prossegue com seus desígnios para Israel, que tomarão lugar no tempo oportuno (Rm. 9-11). Em relação à igreja, o propósito central das promessas de Deus é que não vivemos como os demais, que não têm esperança (I Ts. 4.13). Quando acreditamos nEsse Deus Fiel, Justo e Verdadeiro, que cumpre suas promessas, não precisamos mais nos angustiar quando ao presente e ao futuro. Deus nos, ama, na verdade, Ele é o amor (I Jo. 4.8), por isso, nos conduz ao longo da estrada da esperança (Rm. 5.2-5; 12.12). Ainda que, esse trajeto não esta isento de espinhos (At. 26.6,7). As promessas de Deus, que estudaremos, serão: a salvação, o batismo no Espírito Santo, a cura divina, a paz interior, a prosperidade, um lar feliz, a velhice feliz e produtiva, segurança num mundo inseguro, a volta de Cristo e a entrada no Céu.
3. INTERPRETANDO AS PROMESSAS BÍBLICAS: Para entender todas essas promessas que serão estudadas ao longo das semanas, faz-se necessário que observamos alguns fundamentos hermenêuticos que favorecem uma exegese adequada. Para interpretar as promessas, precisamos: 1) distinguir se uma determinada promessa bíblica fora feita especificamente à Israel e/ou para a Igreja; 2) observar se essas promessas são condicionais e/ou incondicionais, se há um “SE” para que ela se concretize; 3) ter o cuidado de não forçar interpretações escatológicas, isto é, aquelas profecias que terão cumprimento futuro, não nos dias atuais; 4) analisar os aspectos gramaticais, históricos e culturais das promessas, avaliando, inclusive, se se trata de uma promessa já cumprida; 5) observar se o contexto imediato – os versículos próximos – ou remoto – os versículos em outras partes da Bíblia – reforçam uma determinada interpretação da promessa; 6) muito embora essa não seja uma condição determinante, não devemos também esquecer de averiguar se existem exemplos, na Bíblia, que confirmem a promessa; e 7) ter o cuidado de não atribuir a si mesmo, promessas que, originalmente, no texto bíblico, estão direcionadas a um personagem bíblico específico.
CONCLUSÃO: A condição do homem, distanciado de Deus, é de desespero. A menos que olhemos para Aquele que se revelou em Cristo, não teremos qualquer motivo para ter uma expectação por dias melhores. Para o cristão, a esperança nas promessas do Senhor é o fundamento para não nos deixar conduzir pela força das circunstâncias. Essas promessas, no entanto, precisam ser respaldadas pela interpretação bíblica apropriada. Considerado esse aspecto, podemos, com o compositor sacro, cantar: “Firme nas promessas do meu Salvador, cantarei louvores ao meu Criador; fico na dispensação do Seu amor; firme nas promessas de Jesus” (HC 107). PENSE NISSO!
* O CARÁTER DE CRISTO
Objetivo: Mostrar que Cristo é o modelo perfeito do caráter que todo cristão deva perseguir, para tanto, deverá co-operar com o Espírito Santo a fim de que este produza o Seu fruto.
INTRODUÇÃO: Ao logo deste período, fizemos um passeio biográfico por alguns dos personagens mais expoentes da Bíblia, ressaltando tanto suas virtudes quanto defeitos. Neste estudo, veremos que Jesus é o modelo perfeito do caráter cristão. E este, somente pode ser alcançado, quando permanecemos nEle que, por meio do Seu Espírito, produz, em nós, o Seu fruto.
1. CRISTO, O MODELO DO CARÁTER CRISTÃO: Cristo é o modelo perfeito para o caráter cristão. A seu respeito, Pedro testemunha: “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pe. 1.19). Esse discípulo de que andou com Jesus, percebeu, em consonância com os cordeiros sacrificados na Antiga Aliança (Ex. 12.5), que Cristo é perfeito, que não havia nEle qualquer pecado. O autor da Epístola aos hebreus afirma também, que “o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb. 9.14). Em outra epístola, Pedro nos mostra a necessidade de ter a Cristo como parâmetro para a vida do cristão: “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz” (II Pe. 3.14). De modo mais específico, é possível alcançar esse status não por meios meramente humanos, mas, pelo Espírito, em amor, cujo maior exemplo, na verdade, é Cristo (Mt. 5.44; Lc. 6.27; Jo. 13.1,34; 15.12). Se alguém perguntar: como podemos imitar a Cristo? A resposta mais simples, e ao mesmo tempo, desafiadora para o cristão, é: amando como Ele amou.
2. A VIDEIRA E SEUS FRUTOS: Em Jo. 15.1-17, Jesus trata a respeito da videira e seus ramos com o objetivo de ilustrar como deve ser o relacionamento do cristão com Deus a fim de produzir frutos.
3. A FRUTIFICAÇÃO PELO ESPÍRITO: O desenvolvimento do caráter cristão carece de frutificação espiritual. Para esse fim, meditemos, a partir de Gl. 5.22, a respeito dos aspectos desse fruto, nos remetendo, inclusive, aos termos gregos:
CONCLUSÃO: O desenvolvimento do caráter de Cristo não é algo que acontece de uma hora para outra, é resultado de uma longa caminhada ao lado do Senhor. Nós nEle e Ele em nós suscitará, ao longo do processo, a transformação, por meio da qual, de glória em glória, somos feitos à semelhança de Sua imagem (II Co. 3.18). Em toda e qualquer circunstância, Cristo, e não qualquer homem e mulher do Antigo e do Novo Testamento, é O modelo a ser seguido, pois “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co. 5.21). PENSE NISSO!
* ABRAÃO, O AMIGO DE DEUS
Objetivo: Mostrar que é possível ser amigo de Deus como o foi Abraão. Para tanto, precisamos extrair lições, tanto de suas virtudes quanto de suas falhas.
INTRODUÇÃO: Todos nós queremos receber o título singular atribuído a Abraão: amigo de Deus. Para isso, precisamos seguir o seu exemplo. Estudaremos a respeito da amizade entre Deus e o homem na Bíblia, ilustrada no exemplo do patriarca, pai da fé. Veremos que este, além de virtudes, teve também suas falhas, as quais, também nos servem de ensino.
1. A AMIZADE COM DEUS: O conceito de “amizade” com Deus não é algo que possa ser facilmente construído a partir do Antigo Testamento. A idéia de um relacionamento mais aproximado com o Deus de Israel seria algo fora de cogitação para a mente judaica mais conservadora. No entanto, Tiago, em sua epístola, no capítulo 2 e versículo 23, diz que Abraão não apenas fora justificado por Deus, mas, também, veio a se tornar amigo do Senhor. É interessante observar esse fato porque é possível constatar que Deus sempre desejou se relacionar com os seres humanos. E, como veremos mais adiante, essa amizade fora antecipada, de algum modo, em Abraão, um homem que desfrutou de intimidade com Deus. Mais tarde, quando o Deus fez morada entre os homens, a possibilidade dessa amizade alcançou seu apogeu. Em Jo. 15.14,15 Jesus chama aos Seus discípulos de amigos mostrando, assim, a profunda intimidade que deseja ter com aqueles que atenderam ao Seu chamado.
2. ABRAÃO, UM AMIGO DE DEUS: A amizade de Deus com Abraão pode ser inferida, a princípio, a partir de Gn. 18.17, no relato da destruição de Sodoma e Gomorra. O Senhor deixa claro que não ocultará seus desígnios ao patriarca da fé em virtude dos projetos que tinha em sua vida. Mesmo sendo um exemplo de fé para os crentes de todos os tempos, Abraão, todavia, não era perfeito. Certa feita, diante da ameaça de seca e fome, Abraão “desceu para o Egito” (Gn. 12.10). Por alguns momentos, deixou de acreditar que Deus lhe pudesse prover os suprimentos necessários para viver na terra prometida. Quando se deixou levar pelas circunstâncias, teve de se ocultar por detrás de sua esposa (Gn. 12.12), recomendado, inclusive, que ela mentisse se achasse necessário, a fim de protegê-lo (v. 13). O medo de Abraão (e o de todos nós) é o de que venhamos a perder o controle das situações futuras (Gn. 12.13). É irônico perceber que o velho patriarca acabou sendo corrigido pelo rei pagão a quem tanto temia (Gn. 20.17). Por outro lado, Abraão também se mostrou, em várias circunstâncias, atitudes de generosidade – quando seu sobrinho Ló encontrava-se em perigo (Gn. 14.24); firmeza – nas promessas que o Senhor lhe havia feito (At. 7.2; Gn. 12.1,2), desprendimento - quando encontrou Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo (Gn. 14.18,19), integridade – quando lhe ofereceram riquezas indevidas (Gn. 14.22,23); e submissão – quando o Senhor requereu seu filho em sacrifício (Gn. 22.1-3).
3. PARA SER AMIGO DE DEUS: Quando lemos a narrativa bíblica a respeito de Abraão vemos que, apesar de suas falhas, esse foi um homem que desfrutou de um relacionamento aproximado com Deus. As conversas de Abraão com Deus, como aquela que antecipou a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn. 18.24-26), mostram o nível de intimidade do patriarca com o Senhor. A amizade de Abraão com Deus, ainda nos tempos antigos, e as declarações de Jesus a respeito da amizade com os seus discípulos (Jo. 15.14,45) nos servem de estímulo para buscar um relacionamento mais próximo do Senhor. A base para a verdadeira amizade, tanto com Deus como com o próximo, sempre será o amor. Não existem regras fixas para a amizade com Deus, exceto o amor incondicional (Jo.13.34; 14.15,21; 15.12,17; I Jo. 3.11,23; 4.21). Jesus é a prova maior da amizade genuína que, com altruísmo, vai às ultimas conseqüências, entregando sua própria vida (Jo. 10.13-15). Pode alguém amar a Deus assim numa época marcada pela troca de favores em que as pessoas se relacionam querendo obter algo em troca?
CONCLUSÃO: A principal exigência de Deus, para que alguém venha a se tornar seu amigo, é que recebamos a mediação de Jesus, nosso Salvador (I Tm. 2.5; Jo. 14.6; I Co. 1.1-9). Sem Ele, o ser humano continuará, para todo o sempre, inimigo de Deus, por causa de sua condição de pecado (Ef. 2.15; Tg. 4.4). Com Cristo, podemos desfrutar de plena paz e comunhão com o Senhor, e do mesmo modo que Abraão, também podemos ser chamados de amigos de Deus. Em relação a Deus, a verdadeira amizade é concretizada por meio da submissão e obediência (Jo. 14.21,24). PENSE NISSO!