SISTEMA DE RÁDIO

 
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SEJA UM MORDOMO FIEL

INTRODUÇÃO
Cada crente foi chamado a ser um servo fiel. Não é preciso ter cargo ministerial para isso. Nesta última lição, veremos que o nosso Deus espera encontrar-nos servindo-o prudente e amorosamente, multiplicando os talentos que Ele nos concedeu. Que, em Cristo, nos achemos fiéis na presença do Pai Celeste. Jesus em breve virá.
I. O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS
 1. Que sejam prudentes na espera do Senhor (Lc 12.37). Na parábola do servo vigilante, o destaque está sobre os servos que esperam pelo seu Senhor de maneira atenta. Semelhantemente, a parábola das Dez Virgens conta que havia dois grupos delas: o primeiro era caracterizado pelas virgens “prudentes” que aguardavam o noivo a qualquer momento para as bodas; o segundo, pelas que não tinham azeite suficiente para a chegada do noivo. De modo semelhante, a Igreja de Cristo anseia pelo seu Senhor. Mas, no dia em que Ele arrebatar a Igreja, dois grupos serão destacados: os que vão subir, e os que ficarão para a Grande Tribulação. A igreja fiel espera o Senhor a qualquer momento.
2. Que esperem o Senhor com prontidão (Lc 12.38). Na parábola do servo vigilante, o senhor esperava achar os seus servos de prontidão, para que, quando ele batesse à porta, imediatamente eles a abrissem. Assim, também, a parábola das virgens prudentes mostra que elas estavam prontas, sabendo que, a qualquer momento, o “esposo” chegaria. Esse é o ânimo que o nosso Senhor deseja encontrar quando de sua vinda. Os servos de Cristo precisam estar preparados, como mordomos fiéis, chamados a militar legitimamente (2Tm 2.5). Não sejamos negligentes como as “virgens loucas” (Mt 25.3). Sejamos prudentes, vigilantes e amorosos. Jesus em breve voltará.
3. Esperem a recompensa do Senhor. A Palavra de Deus declara: “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37). Que honra será quando, nas Bodas do Cordeiro, formos servidos por Cristo no Céu! Os servos verdadeiramente fiéis honram o nome de Cristo no lar, no trabalho e nas mais diferentes esferas da sociedade. Sim, o Rei nos recompensará (Hb 6.10).
II. AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL (Lc 12.45-47).
 A parábola denuncia o comportamento do mordomo infiel ante a iminente vinda do seu senhor.
1. Ele não espera que o Senhor em breve venha. O mordomo infiel simplesmente conjectura em seu coração: “O meu senhor tarda em vir”. Essa imagem tipifica o crente que não se preocupa com a vinda iminente de Jesus. Nosso Senhor alertou quanto ao tempo de sua volta: “Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.44). Sua vinda pegará muita gente desprevenida.
2. Ele “espanca” outros servos. A parábola também revela que o mau servo abusa de sua missão, passando a maltratar os outros servos de seu senhor. Ele passa a tratá-los com rigor tirânico e autoritarismo, espancando-os com palavras e atitudes brutais. Quantas pessoas já não deixaram o nosso meio por causa de tal comportamento? Uma das qualidades do mordomo fiel é o amor e o acolhimento.
3. Age de modo irresponsável. O mau servo, abusando de sua posição, envolve-se com atitudes ilícitas e impróprias para quem é comissionado pelo seu senhor, entregando-se aos vícios e à embriaguez. Acerca disso, a Bíblia nos admoesta: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1).
A prudência cristã leva-nos a abster das bebidas alcoólicas de qualquer espécie. A experiência demonstra que os riscos de um descaminho é grande para quem faz uso do álcool.
III. AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL
 1. Fidelidade. Uma das virtudes do mordomo fiel da parábola é, justamente, a sua fidelidade, que pode ser definida como a qualidade, ou caráter de quem é fiel, lealdade, firmeza e constância. No Apocalipse, Jesus disse: “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
Diante das dificuldades e das perseguições, Deus chama o cristão para ser-lhe fiel em todas as coisas. Não desista; seja perseverante.
2. Prudência. Outra qualidade apresentada na parábola é a prudência: a virtude de quem age com moderação e comedimento, evitando erros e danos tanto para si quanto para o seu semelhante. Quantos ministérios não têm sido destruídos por falta de prudência? Principalmente, no falar. Tiago aconselha-nos: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Nas palavras do sábio Salomão, “quanto mais excelente, adquirir a prudência do que a prata” (Pv 16.16b).
3. Constituído pelo seu Senhor. Quem constitui posições e ministérios na Obra de Deus é o próprio Deus. É o que revela a parábola do Divino Mestre. Nosso Senhor não comissiona interesseiros, ambiciosos e prepotentes. Ele comissiona santos para o santo ministério; homens que, como Paulo, se entregam de corpo e alma ao Salvador Amado (Gl 1.1). É preciso estar no centro da vontade de Deus. Por isso, estejamos firmados na Bíblia Sagrada, para termos um ministério cristocêntrico, no qual Cristo seja o centro de tudo.
CONCLUSÃO
A parábola contada pelo Senhor Jesus diz respeito a todos nós. A Palavra de Deus nos alerta: “virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites” (Lc 12.46,47). A vinda do Filho do Homem é certa. Que Ele nos encontre fiéis, prudentes e vigilantes para o Arrebatamento! Ora vem, Senhor Jesus. PENSE NISSO!

A MORDOMIA DO CUIDADO COM A TERRA

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a vocação do ser humano para ser o mordomo de Deus na Terra. Veremos que Deus entregou este planeta aos nossos cuidados. Por isso, faremos uma reflexão bíblica sobre a responsabilidade humana com o ambiente natural. Concluindo, perceberemos que há promessas bíblicas para a restauração da Terra. Nosso Senhor há de restaurá-la plenamente.
I. O HOMEM FOI CRIADO PARA SER MORDOMO DE DEUS 
1. O mordomo da Terra. Deus chamou o homem para ser o mordomo (gr. oikonomos) da Criação. Pela fé, entendemos que ela é obra de Deus, e não o resultado de um processo evolutivo “planejado” pelo acaso. Não há lógica em dizer que um sistema tão complexo como o da Criação tenha sido fruto de algo aleatório. A Bíblia afirma que Deus criou o Universo, fazendo-o surgir a partir de sua palavra (Hb 11.3). Por isso, o Criador é digno de receber toda a glória, toda a honra e todo o poder pela obra de suas mãos (Ap 4.11).
2. A terra habitável. Deus fez a Terra para que os seres humanos a habitassem. O homem foi autorizado por Deus a desfrutar da plenitude da Terra, e para desta sustentar-se, conforme diz a Bíblia: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Is 45.18).
II. DEUS CONCEDEU A TERRA AOS HOMENS
1. A Terra é do Senhor (Sl 24.1). As Escrituras declaram que a Terra é de Deus, e que Ele a confiou aos homens (Sl 115.16; cf. Dt 10.14). O que o Criador espera de nós é o zelo, o cuidado e a sabedoria para exercer a nossa mordomia sobre a Terra. Nesse sentido, espera-se que os crentes, em Jesus, sejam o exemplo na relação com o meio ambiente. Não podemos contaminar os recursos naturais; precisamos evitar os desperdícios e o uso irracional da água.
2. A natureza — uma dádiva da graça de Deus. A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa subsistência.
Sem a natureza, não haveria vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Por isso, quando fizermos alguma refeição, agradeçamos a bondade de Deus, e reconheçamos a sua provisão (Sl 65.8-13).
3. A missão de governar a Terra. Deus governa o cosmos. Assim como todos os planetas, estrelas e outros corpos celestes, a Terra pertence a Deus. Primeiramente, por direito de criação. Diz o Gênesis: “No princípio criou Deus o céu e a terra” (Gn 1.1). Em segundo lugar, por direito de preservação. Deus preserva todos os aspectos da natureza: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30; 65.9-13). Portanto, cuidemos com zelo do ambiente natural (Gn 1.26).
III. O HOMEM E SUA RELAÇÃO COM A TERRA 
1. A Terra antes do homem. O livro de Gênesis assim descreve a situação do reino vegetal, no Éden, antes da criação do homem: “Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra” (Gn 2.5,6). O ser humano, por conseguinte, era, e continua a ser, indispensável ao cultivo, à guarda e à preservação do planeta. Essa é a nossa missão.
2. A Terra depois da criação do homem. O segundo capítulo de Gênesis narra a formação do homem e a sua vocação para ser o mordomo do jardim (Gn 2.7,8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava pronto para ser habitado.
Muitas foram as árvores que brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.9). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador entregou ao homem a sua grande missão: “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15).
3. A Terra depois da Queda. O homem desobedeceu a ordem divina, e comeu do fruto proibido. Por causa dessa desobediência, Deus exerceu severo juízo sobre ele e sobre a natureza. Diz o Gênesis: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn 3.17).
Dessa forma, toda a ecologia do planeta foi prejudicada pela ação pecaminosa do homem (Rm 8.20,21). Por causa dele, o ambiente natural tornou-se hostil à sobrevivência humana.
IV. A MORDOMIA DO MEIO AMBIENTE 
1. A falha do homem na mordomia da Terra. Você já ouviu falar em “desenvolvimento sustentável”? É a missão de prover o desenvolvimento econômico e tecnológico sem esgotar os recursos naturais do planeta. Essa não é uma tarefa fácil, pois o interesse pelas riquezas naturais tem levado o homem a não se preocupar com a conservação do meio ambiente (1Tm 6.10).
O objetivo do chamado desenvolvimento sustentável, além de garantir a preservação ambiental, é assegurar uma condição digna de vida às gerações futuras. Na maioria dos países, a exemplo do Brasil, as cidades em geral são ambientes poluidores, dominados por estruturas corruptas, imoralidade e violência sem controle. Nesse sentido, as palavras de Jó são reveladoras: “Desde as cidades gemem os homens, e a alma dos feridos exclama, e contudo Deus lho não imputa como loucura” (Jó 24.12).
Em resumo, os processos de urbanização e industrialização se tornaram símbolos de poluição e degradação do meio-ambiente.
2. A degradação da Terra. O adversário de nossa alma, Satanás, tem atuado contra o ser humano na Terra (Jó 2.1,2). Ele provoca tragédias espirituais, morais e físicas contra o homem. Assim, movido por sentimento de ganância e avidez, ou por não procurar fazer o uso correto dos recursos naturais, o homem deteriorou o meio ambiente e causou grandes desastres ambientais. Quantos rios que, outrora limpos e cheios de peixes, são agora poluídos e impróprios à saúde?
3. A restauração da Terra. A Palavra de Deus declara que “a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.20,21). Agora, a criação encontra-se sujeita à degradação, aguardando o dia da sua redenção. O Senhor nosso Deus prometeu, um dia, restaurar plenamente o nosso planeta (Is 55).
CONCLUSÃO
Antes da Queda, o ambiente natural era perfeito, sem alterações climáticas, sem catástrofes ou fenômenos que ameaçassem a vida humana. No entanto, depois da desobediência do homem à voz de Deus, tudo mudou. Houve um prejuízo imenso tanto para o homem quanto para a Terra. O pecado transtornou a natureza. Mas há promessa de Deus para a restauração da Terra. Isso ocorrerá quando o Senhor Jesus implantar pessoalmente o Reino Milenial neste mundo. PENSE NISSO!

A MORDOMIA DAS OBRAS DE MISERICÓRDIA

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que Deus requer de seus filhos obras de misericórdias como o fruto do amor cristão. Os servos de Deus, portanto, devem expressar a virtude da misericórdia divina. Esse sentimento é o que deve dominar o coração dos cristãos: “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8).
I. SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA 
1. Definição. A palavra “misericórdia” vem do latim (misericordia) e significa “compaixão suscitada pela miséria alheia”; “indulgência, graça, perdão”. No Antigo Testamento, o termo está presente em textos como: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias” (Sl 23.6).
2. Misericordioso. A palavra “misericordioso”, no grego, tem o sentido de “entranhas de misericórdia ou de bondade”. A expressão indica o sentimento que vem do íntimo, “das entranhas”, do “coração”. Ela mostra que servimos a um Deus de misericórdia, longanimidade e benignidade (Sl 103.8). Essas são qualidades morais de Deus. Quem se identifica com Ele, por meio do Espírito Santo, deve manifestar tais qualidades morais (Gl 5.22).
II. A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTà
A misericórdia é como o amor, pois ela só tem valor se for praticada. As obras de misericórdia estão inseridas no contexto das “boas obras” inerentes à vida de todos os salvos em Cristo Jesus.
1. Obras de misericórdia na prática. Na parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37), Jesus respondeu a um “um doutor da lei” acerca da vida eterna. Ele diz que, diante de um homem assaltado, caído à beira do caminho, três personagens se destacam: primeiro, um sacerdote, que, vendo o homem caído, “passou de largo” (Lc 10.31); depois, um levita, que ignorou o enfermo; por fim, um samaritano, que cuidou do homem, e o levou a uma hospedaria.
Veja a pergunta de Jesus ao doutor da Lei: “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?”. O doutor da lei respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira” (Lc 10.36,37). Nosso Senhor mostrou que a misericórdia não deve ser apenas um “sentimento”, mas uma ação diretiva: “Vai e faze da mesma maneira”.
2. Somos criados para as boas obras. O apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Éfeso que a salvação não vem pelas obras, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. […] Porque somos […] criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8,10). Assim, devemos praticar as boas obras porque somos salvos, e fomos alcançados pela graça de Deus: “[…] os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens” (Tt 3.8). Dentre as boas obras, podemos listar algumas obras de misericórdia:
2.1. Na área das necessidades humanas. Quem faz obras de misericórdia em prol dos carentes, necessitados e vulneráveis sociais está fazendo ao próprio Cristo (Mt 25.35,36), pois assim as Escrituras afirmam: “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40).
2.2. Na área das necessidades espirituais. As necessidades espirituais do homem são tão urgentes, que Deus enviou o seu Filho para salvá-lo de sua miséria (Jo 3.16). Esse ato nos lembra quando o profeta Jonas entristeceu-se por causa da compaixão de Deus pelo povo de Nínive. Eis, porém, o que o Senhor lhe respondeu: “[…] e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” (Jn 4.11). Isso prova, conforme as palavras de Tiago, que “a misericórdia triunfa no juízo” (Tg 2.13).
2.3. Na área da evangelização e das missões. As Escrituras Sagradas mostram que a obra de evangelização e missões é central no Evangelho: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35; cf. Mc 6.34). É muito clara a necessidade espiritual do mundo. Infelizmente, o investimento na obra missionária ainda é muito pequeno. De um modo geral, gastamos mais com outros empreendimentos e objetos pessoais do que investimos em missões e na evangelização das almas perdidas.
2.4. A falta de misericórdia pelos pecadores. Há uma negligência flagrante, por parte de muitas igrejas, na pregação do Evangelho. Isso é falta de misericórdia. A Bíblia mostra que Deus “amou o mundo”, e não um grupo seleto e privilegiado. Ele quer salvar a todos em Jesus Cristo. O nosso Deus é amor, longânimo e misericordioso. Ele não tem “prazer na morte do ímpio” (Ez 33.11). A ordem do Senhor Jesus é muito clara: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15; cf. Pv 24.11).
III. CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS 
1. As boas obras devem glorificar a Deus. No Sermão do Monte, Jesus disse: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16 — grifo meu). Por isso, as obras de misericórdia devem ser feitas com humildade e sem buscar a glória para quem as pratica. Assim, o Senhor ensinou como devemos ajudar o necessitado: “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.2).
2. As obras de misericórdia são obras de amor. Elas são parte da prática do amor cristão, que, segundo Jesus, deve ser estendido até mesmo ao inimigo (Mt 5.44). Nesse sentido, o apóstolo expressa esse ensino: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” (Rm 12.20). Somente com a graça de Deus, e na força do Espírito Santo, o cristão pode cumprir o mandamento de amar o inimigo.
3. Obras de quem é salvo. Tiago diz que as obras dos salvos devem ser a expressão da fé, a qual, sem elas, de nada aproveita. Ele exemplifica esse ensino referindo-se ao caso de um irmão ou irmã, carentes, sendo despedidos de mãos vazias. Neste caso, nenhum proveito se materializa. E conclui: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17; cf. 2.14-20; Mt 5.16). Segundo Tiago, as boas obras é o testemunho da fé perante os homens.
CONCLUSÃO
Não somos salvos pelas boas obras, mas as praticamos porque somos salvos (Mt 5.16). Precisamos testemunhar nossa fé ao mundo por meio das boas obras. Logo, devemos realizar as obras de misericórdias no âmbito material e espiritual. O nosso Deus amou o ser humano por inteiro. Este tem necessidade no corpo e na alma. As obras de misericórdias são o testemunho bíblico da nossa fé. PENSE NISSO!

A MORDOMIA DAS FINANÇAS

INTRODUÇÃO
Os cristãos devem ser referência na administração das finanças que Deus, bondosamente, lhes concedeu. Nesta aula, refletiremos acerca de alguns aspectos da mordomia financeira com base na Bíblia Sagrada — como nossa única regra de fé e prática. Veremos que o dinheiro pode ser bênção ou maldição, e que tudo depende do uso que fazemos dele.
I. TUDO O QUE TEMOS VEM DE DEUS
1. Deus é dono de tudo. Tudo o que há no planeta pertence a Deus, tanto o mundo quanto seus habitantes (Sl 24.1). Há os que são filhos de Deus por criação e há os que são seus filhos por adoção através da fé em Jesus (Jo 1.12). Assim, podemos afirmar que os não-crentes recebem dádivas por permissão de Deus; nós, seus filhos por adoção em Jesus Cristo, temos convicção de que tudo o que temos vem diretamente de dEle, conforme Davi expressou: “Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1Cr 29.14).
2. O trato com o dinheiro. Se tudo o que temos vem de Deus, precisamos lidar com o dinheiro de modo especial. Isso é necessário, pois muitos se tornaram materialmente ricos, mas espiritualmente miseráveis, como Jesus revelou a situação dos crentes de Laodiceia (Ap 3.17). Em Apocalipse, nosso Senhor deixou claro que o crente pode pensar estar rico aos próprios olhos, mas invariavelmente desgraçado, miserável, pobre, cego e nu diante dos olhos do Senhor. A história do mundo mostra que a busca por dinheiro e riquezas materiais levou muitas pessoas a cometerem perversidades, violências e crimes inomináveis.
3. Cuidado com a falsa prosperidade. Precisamos ter cuidado para não sermos enganados pelas armadilhas da já conhecida “Teologia da Prosperidade”. Esta ensina que todo crente deve ser rico, porque, diz essa teologia, “somos filhos do Rei”. Isso não passa de propaganda enganosa e distorção da graça de Deus. Ora, as Escrituras mostram que Jó foi um servo fiel a Deus (Jó 1.1), mas, embora muito rico, veio certa vez a experimentar a pobreza. Mas nem por isso abandonou a Deus, apesar de todo o sofrimento que experimentou.
II. COMO O CRISTÃO DEVE GANHAR DINHEIRO 
1. Trabalhando honestamente. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforço para obter os bens de que necessita. O Criador disse: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão” (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo recomendou: “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado” (1Ts 4.11). Assim, por trabalho honesto entendemos todo o tipo de atividade que sustenta e dignifica o ser humano. Entretanto, há trabalhos que o degradam e humilham. Por isso, ao cristão sincero não convém atividades correlacionadas com a bebida alcoólica, drogas, prostituição, aborto etc.
2. Fugindo das práticas ilícitas. O cristão não deve recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, tais como jogo do bicho, do bingo, rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de se angariar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20).
3. Fugindo da avareza. Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça e a avareza que ela desperta. Abraão e Jó eram homens ricos, porém, fiéis a Deus. O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (Pv 28.20).
CONCLUSÃO
O dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Isso depende muito do uso que fazemos dele. Se o fizermos para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que usemos os recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo! Que o Senhor nos ensine a usar os recursos como bênção! PENSE NISSO!