Textos: II Ts. 2.3 – Dn. 12.1-13
•INTRODUÇÃO
Estudaremos esta semana o último capítulo do livro de Daniel, sendo esse uma sequência dos episódios preditos no capítulo anterior. O tema será o tempo do fim, isto é, o cumprimento cabal das profecias de Daniel na Septuagésima Semana. Inicialmente explicaremos o que significa a expressão “tempo do fim” no texto profético. Em seguida, nos voltaremos para as características do “tempo do fim”. E ao final, mostraremos quando acontecerá “o tempo do fim”, e suas implicações para o futuro da igreja.
•1. O TEMPO DO FIM
O tempo do fim descrito por Daniel, e explicado por Jesus em Mt. 24, e diz respeito a um período de tribulação, marcado por alguns sinais, dentre eles, engano religioso, guerras, terremotos, pestilências, apostasia, perseguição, esfriamento do amor, além da pregação do evangelho do reino e o aparecimento do anticristo. Esses sinais não antecedem o arrebatamento da igreja, considerando que esse poderá acontecer a qualquer momento (I Co. 15.50-54), mas a manifestação de Cristo em glória, quando virá para livrar Israel dos seus inimigos (Mt. 24.30). Esse “tempo do fim” terá uma duração de sete anos, e está em consonância com Dn. 9.27, que faz referência à Septuagésima Semana, e também com os eventos descritos no livro do Apocalipse (Ap. 6-18). Trata-se, portanto, da grande tribulação, que acontecerá “naquele tempo” (Dn. 12.1). Nesse período o anticristo se levantará, dirigido pela força de Satanás, querendo ser adorado (II Ts. 2.3,4). Consoante ao que antes foi revelado, ele ira blasfemar contra Deus e perseguir os santos do Altíssimo (Dn. 7.25; 11.45). Esse anticristo é revelado em Ap. 13.8 como a besta que emerge do mar, sendo adorada por todos aqueles que não têm o selo de Deus. Muitos cristãos, certamente aqueles que ficaram ou se converteram durante a tribulação, serão perseguidos (Ap. 13.7). O foco desse período estará sobre Israel, que será perseguida pelo anticristo e defendida pelo arcanjo Miguel, pois a igreja já terá sido arrebatada, para se encontrar com o Senhor nos ares, para celebrar as bodas do cordeiro (I Ts. 4.13-17; Ap. 19.7,8). Acontecerá nessa ocasião a ressurreição daqueles que morreram em Cristo, esses subirão para estar com o Senhor, tomando parte na primeira ressurreição (Dn. 12.2), sendo essa distinta da segunda ressurreição, que acontecerá após o Milênio para a condenação (Ap. 20.12,13).
•2. CARACTERÍSTICAS DO TEMPO DO FIM
Daniel não compreende algumas coisas reveladas, por isso recebe a orientação para “cerrar” o livro, essa palavra dá ideia de “preservar” (Dn. 12.4). É dito ao profeta que nos últimos dias “a ciência se multiplicará”. A palavra conhecimento, daat em hebraico, diz respeito à revelação das verdades divinas. A multiplicação desse conhecimento está nas Escrituras, no texto apocalíptico do Novo Testamento. A igreja dispõe de uma revelação mais ampla nos dias atuais, considerando o que já foi ensinado por Jesus, Paulo e João a respeito das coisas futuras. A mensagem profética está disponível para a igreja, para tanto precisamos atentar para os escritores sacros que foram movidos pelo Espírito Santo, para nos trazer uma revelação que ilumina e traz esperança (II Pe. 1.19). Se atentarmos para a palavra profética, não seremos enganados, como está acontecendo com muitas pessoas, por desconhecerem a Palavra de Deus. Sabemos, pela revelação da Bíblia, que o tempo do fim será de angústia para Israel (Mc. 13.19), isso porque o sol escurecerá ao nascer (Is. 13.10; Zc. 14.7; Ap. 19.17). A lua se tornará em sangue, os céus e a terra serão abalados (Is. 24.20). É justamente nesse tempo que acontecerão guerras, fomes, pestes e terremotos marcantes; inquietação mundial, com os homens desmaiando de terror (Lc. 21.26), e pelejas com vistas à destruição de Israel (Ap. 16.12), que culminará com a vinda de Cristo, para como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16).
3. QUANDO ACONTECERÁ O TEMPO DO FIM
Deus é o Sujeito da revelação, somente podemos saber aquilo que Ele decidiu nos revelar, especialmente através do Seu Filho (Hb. 1.1,2). As pessoas que não se interessam pelas verdades de Deus ficarão à mercê do engano. Mas os sábios, isto é, aqueles que se voltam para as Escrituras, compreenderão o “tempo do fim”. A sabedoria nesse contexto não está circunscrita ao conhecimento intelectual. Isso porque aqueles que recebem essa revelação de Deus, em relação ao cumprimento do tempo fim, deverão também buscar a santificação. (Dn. 12.10). Aqueles que se acham sábios aos seus próprios olhos, e entendidos no raciocínio humano, não serão capazes de discernir o tempo de Deus (Mt. 11.25,26). A tribulação terá início no arrebatamento da igreja, se prolongará por sete anos, tendo seu auge nos últimos três anos e meio, comumente denominada de Grande Tribulação, e findará com a vitória triunfal de Cristo. A respeito desse período Jesus afirmou que se esses dias não tivessem sido abreviados nenhuma carne se salvaria (Mt. 24.22). Ao final, a mensagem para Daniel é: “Tu, porém, vai até o fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias” (Dn. 12.13). O profeta deveria viver sua vida normalmente, e certamente chegaria o dia da sua morte, mas isso não deveria ser motivo para perder a esperança. De igual modo, a igreja de Jesus Cristo não pode se deixar contagiar pela onda de desespero do mundo (Jo. 14.1,2). Os cristão tessalonicenses estavam angustiados, por não saberem o que aconteceria no futuro. Por isso Paulo escreveu-lhes uma epístola, a fim de despertá-los para a esperança e conforto do evangelho (I Ts. 4.23-17). Como cristão, devemos viver a vida dentro da normalidade, mas debaixo da revelação de Deus, na expectativa do cumprimento da bendita esperança (Tt. 2.13).
•CONCLUSÃO
A revelação profética tem uma dimensão ética para os cristãos, aqueles que se voltam para mensagem do que acontecerá nos últimos dias não podem viver de qualquer jeito. Isso porque qualquer que tenha essa esperança deve purificar a si mesmo, assim como Ele é puro (I Jo. 3.3). Sendo assim, deixando todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé (Hb. 12.1,2). PENSE NISSO!
Deus é Fiel e Justo!