* O DEUS DA BÍBLIA

Textos: I Tm. 1.17 – Sl. 136.1-9,26
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OBJETIVO: Mostrar que existem muitos falsos deuses, inventados pelos homens, e que há somente um Deus, o da Bíblia, que é vivo, verdadeiro, soberano, santo e amoroso.

INTRODUÇÃO: Durante este trimestre, estudaremos a respeito de Deus, não qualquer deus, ou, como disse Blaise Pascal, o deus dos filósofos. O Deus sobre o qual nos deteremos, ao longo das próximas lições, é o Deus de Abrão, Isaque e Jacó, isto é, o Deus da Bíblia, Aquele que se revelou a nós, através de Cristo, a Palavra Encarnada, e, ao mesmo tempo, na Escritura, a Palavra Escrita. Quando nos voltamos para esse assunto, que a o estudo teológico propriamente dito, precisamos, com Moisés, tirar as sandálias dos nossos pés, pois o solo no qual estamos pisando é Santo. Neste estudo, abordaremos: a definição, se é que isso é possível, de Deus, sua existência, bem como a diferença entre o Deus Vivo e Verdadeiro e os falsos deuses.

1. A DEFINIÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA DE DEUS: O conceito de Deus, no Catecismo de Westminster, é o seguinte; “Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. Mais especificamente, na Bíblia, podemos conhecer melhor a Deus através dos seus nomes. O nome de Deus, nas Escrituras, significa mais do que uma combinação de sons revela o Seu caráter. Em Ex. 6.3; 33.19; 34.5,6 temos uma das manifestações divinas a partir do Seu nome. Os nomes de Deus, na Bíblia, são: Elohim – o Deus de poder; Jeová – o Senhor; El – Deus ; Adonai – Senhor e Mestre. O Deus da Bíblia é Trino, isto é, Pai, Filho e Espírito Santo (Mt. 3.16;,17; 28.19; Jo. 14.16,17,26; 15.26; II Co. 13.14; Gl. 4.6; Ef. 2.18; II Ts. 3.5; I Pe. 1.2; Ef. 1.3,13; Hb. 9.14). Existem alguns equívocos a respeito da doutrina de Deus, dentre eles, destacamos:

1) agnosticismo – crença que não somos capazes de conhecer a Deus;
2) politeísmo – idéia de que o universo é governado por vários deuses;
3) panteísmo – sistema de pensamento que identifica Deus com a matéria, isto é, com a própria criação;
4) deísmo – admite a existência de um Deus pessoal, mas nega que Ele intervenha na criação; 5) materialismo – nega qualquer distinção entre matéria e espírito, portanto, Deus não existe.

2. A EXISTÊNCIA DE DEUS: FÉ E RAZÃO: Desde os tempos antigos, filósofos e teólogos, tentam apresentar provas contundentes da existência de Deus. As mais conhecidas são as seguintes:

1) Prova antropológica (Tiele) – nunca existiram povos ateus, o ateísmo é um fenômeno individual;
2) Prova ontológica (Anselmo) – o conceito de Deus implica sua existência necessária;
3) Prova cosmológica (Aquino) – cada movimento tem uma causa motriz, Deus é a causa não-criada; o motor imóvel que tudo move;
4) Prova da aposta (Pascal) – quando se compara perdas e ganho potenciais de acreditar ou não na existência de Deus, quem acredita sai ganhando;
5) Prova teleológica (Paley) – o universo tem um propósito, isso demonstra a existência de Deus;
6) Prova moral (Kant) – a necessidade da existência de Deus, como legislador e juiz, é o fundamento da ordem moral. Ainda que esses argumentos não sejam, no todo, descartados, a fé, e não a razão, é o fundamento para crermos na existência de Deus. Na verdade, a Bíblia não se preocupa em mostrar, racionalmente, Sua existência. Em Gn. 1.1, a existência de Deus é tomada como um pressuposto, por isso, o salmista reconhece que somente o néscio pode dizer que Deus não existe (Sl. 14.1). Muito mais do que provado, Deus precisa ser crido e, diante de Sua revelação, cujo expoente maior é Cristo, o Verbo que se fez carne (Jo. 1.1,14), devemos nos submeter em fé obediente (I Co. 2.14,15; Hb. 11.1).

3. DEUS DA BÍBLIA ENTRE OUTROS DEUSES: O Deus da Bíblia, diferentemente dos outros deuses, não é fabricação humana. Não é, como dizem os materialistas, uma construção do intelecto. Ele, conforme já o ressaltamos anteriormente, é o Deus que rompeu o silêncio. Por Sua livre graça, resolveu se revelar, se dá a conhecer à Sua criatura. Esse fato pode ser percebido na manifestação do Senhor a Moisés no meio da Sarça que não se consumia. Deus, naquele ato, resolveu mostrar o Seu amor e a Sua identificação com o sofrimento de Israel no Egito (Ex. 3). No Novo Testamento, Deus, em Cristo, revelou o Seu amor à humanidade (Jo. 3.16). Tanto no Antigo, quando no Novo Testamento, Deus é Eterno (Dt. 33.27; Is. 40.28; Jr. 10.10), Santo (Hc. 1.3; Lv. 11.44; Jó. 34.10; Sl. 99.9; Ap. 4.8), Supremo Juiz do Universo (Is. 33.22; Gn. 18.25; Sl. 75.7). Depreendemos, dos textos citados, que Ele é, verdadeiramente, um Deus Grande, que não se confunde com a natureza criada, para usar um termo teológico, transcendente. Mas, ao mesmo tempo, esse Deus se envolve com a criatura, nos chama pelo nome, age para nos salvar, sendo, também, imanente (Gn. 32.30; Sl. 7.10).

CONCLUSÃO: O Deus da Bíblia é, ao mesmo tempo, Santo e Amoroso. Diante de Sua santidade, nos prostramos, reconhecendo que somos pecadores, necessitados de Seu graça e do Seu perdão. A santidade de Deus nos faz estremecer, e lutar veementemente contra o pecado que habita em nós. Ao mesmo tempo, sabemos que não estamos imunes ao pecado, e, se pecarmos, temos, da parte do Pai, um Advogado Justo, que nos está do nosso lado (I Jo. 1.9; 2.1). Temos, assim, motivos de sobra para abandonar os ídolos e servir o Deus Vivo e Verdadeiro (I Ts. 1.9). PENSE NISSO!

* CRISTO, A ÚNICA ESPERANÇA DESTA GERAÇÃO


Textos: Rm. 15.13 – Rm. 8.18-25

OBJETIVO: Mostrar que Cristo é, verdadeiramente, a única esperança para esta geração adoecida e que, por meio dEle, as promessas de Deus se tornam realidade na vida da igreja.

INTRODUÇÃO: Após os estudos das doenças dessa geração, apresentamos, por meio do testemunho bíblico, aquela que é, verdadeiramente, a única esperança: Jesus Cristo. Para tanto, iniciaremos fazendo uma análise de algumas das doenças desta geração, estudadas ao longo do trimestre. Em seguida, mostraremos em que se baseiam as esperanças desta geração. Por fim, revelaremos que Cristo, Aquele que é o Médico que sana as nossas almas (Ex. 15.26), é a esperança para todos aqueles que nEle confiam.

1. AS DOENÇAS DESTA GERAÇÃO: Conforme estudamos ao longo deste trimestre, a sociedade moderna se encontra adoecida por causa dos mitos e neuroses que construiu. Dentre alguns abordados, destacamos: a ansiedade - que tem levado as pessoas a viverem em busca de coisas que não necessitam e preocupando-se com problemas que não existem; o medo - principalmente o da morte, a qual já fora vencida por Cristo na cruz do calvário, restando, a nós, a certeza de vida eterna; a depressão - produzida, na maioria das vezes, pelas angústias da alma que se encontra fragmentada pelas ilusões da existência; o consumismo - que orienta as pessoas ao preenchimento de um vazio que só se encontra em Deus através de objetos desnecessários; a ambição – que também é uma projeção do consumismo, na medida em que conduz o homem a buscar sempre mais tendo um outro como referente; o culto ao corpo - baseado no materialismo, isto é, na crença de que não passamos dessa vida, por isso, a obsessão pela imagem em detrimento do conteúdo; o uso de drogas - como meio de obter prazer imediato e satisfação temporária e como fuga da realidade existencial; a inversão de valores - que faz com que as pessoas denominem o errado de certo e vice-versa.

2. AS ESPERANÇAS DESTA GERAÇÃO: Essa geração adoecida, na ânsia de "matar" Deus, acabou destruindo a si mesma, pois Ele a entregou aos seus interesses, para buscar a esperança em valores que não se sustentam (Rm. 1.18-25). Por isso, vemos, comumente, crenças de que o homem poderá obter êxito, exclusivamente: 1) pelo desenvolvimento econômico (I Tm. 6.17) – o mercado financeiro está em plena efervescência, mas ao contrário de trazer soluções, o aumento das riquezas tão somente realça a desigualdade social, e, cada vez mais, são muitos com pouco e poucos sem nada. 2) o humanismo sem Deus (Jr. 17.5-7) – não que todo humanismo seja errado, na verdade, o próprio Deus é humanista, na medida em que ama a humanidade de tal modo que entregou Seu Filho para a salvação dos homens (Jo. 3.16). O problema, no entanto, é o culto ao homem, o cientificismo que tem levado muitos a acreditar que o homem é a medida de todas as coisas e que, por si só, resolverá todos os problemas; e 3) na industrialização indiscriminada (Gn. 1.28-30; 2.20; 3.17,18) – as cidades estão superlotadas, as pessoas estão deixando o campo na busca por emprego nos grandes centros, as conseqüências são as mais funestas, a criminalidade crescente, condições de vida precárias, poluição do rios, destruição da natureza, entre outras.

3. CRISTO, NOSSA ÚNICA ESPERANÇA: Consoante ao exposto, concluímos que Cristo, somente Ele, é a única esperança para o mundo. Ele é a libertação do pecado que conduz o homem à condenação eterna (Rm. 3.23; 6.23; Jo. 3.16). Ele é a liberdade da escravidão do pecado, da libertinagem que alguns confundem com liberdade (Jo. 8.32,36). Ele é o antídoto contra os falsos valores exarados pela sociedade moderna, que incita aos vícios, à ansiedade (Mt. 6.25), ao consumismo (Mt. 6.19-34), ao ódio (I Jo. 1.7), ao ceticismo (Jo. 10.38), e ao desespero (Mt. 5.3-12). Como destaca Paulo, em Rm. 15.13, “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo”. Essa esperança é, sobretudo, escatológica, na medida em que aguardamos a manifestação de Cristo para arrebatar a sua igreja (I Ts. 4.13-17). Por isso, diz ainda o Apóstolo, em II Ts. 2.16: “E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança”.

CONCLUSÃO: O mundo, conforme estudamos na lição anterior, jaz no maligno (I Jo. 5.18,19). Por isso, o retrato atual desse século é de desespero. Muitos estão apelando à auto-ajuda, na tentativa de encontrar dentro de si mesmos a resposta para os problemas da vida. Essa busca, no entanto, é frustrada por causa da condição limitada do ser humano. A solução não pode vir de dentro de nós, mas do alto, pois, em Cristo, repousa a revelação amorosa e graciosa de Deus, que nos dá a verdadeira esperança. A saúde de todos nós depende, portanto como anunciar Paulo, “Por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho” (Cl. 1.5). Ouçamos, pois o evangelho de Cristo para que não vivamos como os demais que não têm esperança. PENSE NISSO!