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* A PROMESSA DA VERDADEIRA PROSPERIDADE

Textos: Mt. 6.33 – Sl. 731-3,5,16-20, 26-28

Objetivo: Mostrar, aos cristãos, o caminho para a verdadeira e plena prosperidade, que não se baseia, exclusivamente, no acúmulo de riquezas.

INTRODUÇÃO: A palavra “prosperidade” faz parte do atual jargão evangélico no nosso país. Os pregadores televisivos, especialmente os neopentecostais, tenta angariar adeptos às suas agremiações, a partir da promessa de uma vida farta e regalada, como diz uma música festiva de final de ano, “com muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. Será que a Palavra de Deus se coaduna com essa visão mercadológica de prosperidade, tão propalada nos meios evangélicos? Qual a diferença entre a verdadeira e a falsa prosperidade? Essas são algumas perguntas que abordaremos no estudo desta semana.


1. UM MUNDO REGIDO POR MAMOM: O mundo moderno tem se pautado pelos ditames materialistas. Muitos cristãos têm se deixado levar por essa onda, taxada, por alguns, de Teologia da Prosperidade, mas que poderia ser mais bem definida como Teologia da Ganância. Jesus sempre esteve ciente do amor exacerbado ao dinheiro, por isso, o colocou em oposição direta ao Reino de Deus. Em Mt. 6.24 o Senhor diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Essa divindade, de acordo com os pesquisadores, era adorada entre os antigos caldeus, e estava associada ao poder das riquezas. Jesus, sabendo da força que esse deus exercia no seu tempo, e viria a ter em todos outros, ressaltou, com bastante realismo, os perigos de se deixar conduzir pelas diretrizes dessa divindade. Nos dias atuais, Mamom recebe outros nomes, e é cultuado com toda a pompa, vidas são sacrificadas em sua adoração a todo o momento, principalmente, nos dias em que ele acorda agitado.


2. A VISÃO EQUIVOCADA DE PROSPERIDADE: Decorrente dessa visão materialista, muitas cristãos estão abraçando a Teologia da Ganância como se esta fosse natural. Citam exemplo de homens ricos do Antigo Testamento, em especial, a de Abraão, para justificar uma vida regalada, com muita ostentação. A riqueza, para o patriarca, não era, definitivamente, o principal alvo de sua vida. Em certa ocasião, ele demonstrou desinteresse na obtenção de recurso ilícito, que, de algum modo, viesse a macular seu testemunho perante Deus (Gn. 14.22-24). Não podemos negar o enriquecimento de Abraão, contudo, seria reducionismo pensar que ele punha, nelas, sua confiança. Na verdade, seguindo à diretriz do Senhor, sabia que nada poderia ter outra primazia no coração, a não ser Javé, Seu precioso galardão (Gn. 15.1). Essa Teologia da Prosperidade que vemos atualmente nada tem de bíblica, ela está fundamentada numa sociedade de consumo, que supervaloriza o ter em detrimento do ser, é um culto a Mamom.


3. A PERSPECTIVA CRISTÃ SOBRE O DINHEIRO: Mamom, como toda divindade pagã, desconhece a manifestação da graça de Deus, o favor imerecido, tão freqüentemente citado no evangelho de Cristo. A intenção de Mamom é pôr todos os indivíduos no círculo de dependência. Através de sua propaganda consumista, tenta fazer prosélitos, levando muitos a acreditar que não existe vida fora dessa realidade. O reino de Cristo se opõe, frontalmente, a esse círculo vicioso. Ao invés da escravidão do ter, em detrimento do ser, Jesus nos ensina a desfrutar dos cuidados amorosos do Pai, que cuida de nós em todas as circunstâncias (Mt. 6.25-34), e a entesourar nos céus onde o ladrão não rouba e a ferrugem não corrói (Mt. 6.19-21). Paulo, como bom aluno de Cristo, aprendeu a seguir os seus passos, de modo que, em suas epístolas, orienta, os seus leitores, a devotarem sua fé, exclusivamente, a Deus, e, a partir desta, serem capazes de conviver tanto com os momentos de fartura quanto de necessidade (Fp. 4.6,7,10-13). Esse apóstolo estava tão ciente da ameaça de Mamom, à fé cristã, que orienta o jovem Timóteo a investir na “piedade com contentamento” (I Tm. 6.6). É uma pena que essa moeda esteja em queda no mercado secular. Acrescenta ainda o apóstolo nos versículo 10: “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” .


4. CONTENTAMENTO: A VERDADEIRA PROSPERIDADE: Como vimos no texto anterior, a instrução da Palavra, é que devamos cultivar a piedade com o contentamento. É uma pena que as pessoas não atentem a freqüência desse ensinamento no texto bíblico. Em Hb. 13.5 está escrito: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb. 13.5). A Bíblia inteira faz coro a essa sábia revelação, basta abri-la e conferir as passagens a seguir: Ec. 5.10-11; Lc. 12.15; II Co. 4.18; Lc. 12.21; Pv. 23.4-5; Jó. 31.24-28. Ser próspero, no sentido Cristão, é muito mais do que ter uma soma vultosa de dinheiro no banco, casas e carros luxuosos. É até possível que algum cristão venha a ser rico, mas não se deve atrela-la à espiritualidade. O salmo 73, de Asafe, mostra que os ímpios também prosperam, muito embora, essa seja uma prosperidade ilusória, pois não está fundada em Deus.


CONCLUSÃO: A doutrina da prosperidade, no Novo Testamento, não está fundamentada na posse de riquezas. Jesus dessacralizou o conceito de prosperidade que, anteriormente, se pautava nos bens materiais. A prosperidade verdadeira resulta de uma vida cristã equilibrada, equilibrada pelo contentamento. É claro que precisamos trabalhar “para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” (I Tm. 2.2). Isso, no entanto, não deva nos escravizar, colocando-nos à mercê das teias do consumismo, que nos leva a acreditar que não somos felizes se não tivermos um uma mansão luxuosa, um carro importando ou um celular de última geração. A verdadeira prosperidade é Cristo, nEle repousa toda as riquezas de Deus (Ef. 2.7). Com Ele, temos razões para estarmos sempre contentes, trabalhando sempre, com respeito e dignidade (Ef. 4.28; I Ts. 2.9; II Ts. 3.8), mas confiando nEle que nos supre do que temos real necessidade (Mt. 6.33). PENSE NISSO!