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A QUEDA DA RAÇA HUMANA


                             

 Texto Áureo  Rm. 5.12  – Leitura Bíblica  Rm. 5.12-19


INTRODUÇÃO
Deus criou o homem e a mulher com livre arbítrio, possibilidade de escolher entre o certo e o errado. Mas como veremos na aula de hoje, eles optarem pela desobediência, trazendo sobre eles consequências drásticas. Inicialmente mostraremos a realidade do Éden, o paraíso perdido pelos nossos pais, em seguida, como aconteceu o processo da tentação e queda. E ao final, as consequências da Queda, mas sem esquecer-se do plano divino para  redenção humana.

1. ÉDEN, O PARAISO PERDIDO
Após a criação dos céus e da terra Deus plantou um jardim, o qual foi denominado de Éden, e ali colocou o homem e a mulher, coroa da Sua criação (Gn. 2.8). Uma das missões de Adão, em relação àquele Jardim, deveria ser guardá-lo, cultivando-o com vistas à produtividade (Gn. 2.15). Alguns estudiosos acreditam que o Jardim do Éden se encontrava onde atualmente está o sul do Iraque, ainda que existam controvérsias quanto a essa localização. O mais importante é saber que esse local deveria ser cultivado, Adão teria a oportunidade de exercitar sua criatividade. Infelizmente, conforme veremos mais adiante, por causa da Queda, o ser humano perdeu o acesso ao Jardim. A terra, como a conhecemos atualmente, sofre as consequências do pecado de Adão e Eva (Rm. 8.22) A destruição do habitat humana é uma demonstração da condição de Queda. Por causa da ganância famigerada do ser humano a criação de Deus está sendo destruída. Os cristãos, que foram alcançados pela graça de Deus, devem se envolver integralmente na construção do Reino de Deus, incluindo a preservação do meio ambiente. Estamos cientes que o Jardim de Deus somente estará completo na dimensão escatológica, pois o próprio Cristo é a Árvore da Vida (Ap. 22.2). Enquanto isso, temos a responsabilidade de preservar a natureza, sem adorá-la como fazem alguns ambientalistas, antes assumindo nosso compromisso com a manutenção do espaço no qual vivemos. O Paraíso começou em um Jardim, mas a consumição dos séculos ocorrerá em uma Cidade. O projeto de Deus envolve tanto a esfera rural quanto urbana, pois na Cidade Celestial também haverá um Jardim, para a saúde das nações (Ap. 2.7).

2. TENTAÇÃO, QUEDA E PECADO
Deus colocou Adão e Eva no Jardim, recebendo de Deus a missão de se multiplicar (Gn. 1.28), antes mesmo da Queda. A esse respeito é importante esclarecer que o pecado original nada tem a ver com o sexo. O relacionamento sexual é uma dádiva de Deus, e deveria ser usufruído pelo homem e pela mulher. Uma ala da filosofia grega que proíbe o casamento, e o relacionamento sexual, foi inserida na igreja, resultando em uma percepção negativa do ato sexual, tal ensinamento nada tem a ver com a Bíblia (I Co. 7.5; Hb. 13.4). O ato sexual é pecaminoso quando esse é praticado fora do casamento, desrespeitando os princípios estabelecidos pela Palavra de Deus (I Co. 6.18; I Ts. 4.3-5). O homem e a mulher caíram quando decidiram desobedecer ao mandamento divino, ou seja, não poderia comer da árvore do conhecimento do bem e dom mal. O desconhecimento, às vezes, é uma dádiva divina, não precisamos experimentar todas as coisas. Há pessoas que estão envolvidas em vícios, e tem dificuldade para abandoná-los, melhor seria que não tivessem se iniciado em tais práticas. Satanás foi astuto e sagaz, ele se apropriou da serpente, e aproveitou um momento solitário de Eva para tenta-la. Ao que tudo indica, Eva não ouviu o próprio Deus dizer que não deveria comer do fruto, Adão repassou essa informação para ela. A mensagem de Satanás é sempre no intuito de contrariar a Palavra de Deus. Quando Deus diz que não se deve comer, ele diz que se comer não causa mal, e até apresenta vantagens. Eva sabia que não deveria comer o fruto, até exagerou na proibição, dizendo que “não deveria sequer tocá-lo”. Mas não resistiu aos apelos do Inimigo, pois viu que o fruto era “agradável aos olhos”, “desejável”, “comeu” e “deu também ao seu marido”. (Gn. 3.16). O pecado começa causando atração, apelando à concupiscência da carne, à concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo. 3.16).  Em Adão toda a humanidade caiu, os primeiros pais se tornaram responsáveis pela introdução do pecado no mundo, mas isso não quer dizer que nós não somos inescusáveis perante Deus. A humanidade herdou de Adão a natureza pecaminosa, mas cada pessoa é culpada pelos seus pecados (Rm. 5.12).

3. AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA
O pecado trouxe sérias consequências para a humanidade, e para a criação como um todo. A serpente seria obrigada a comer o pó da terra (Gn. 3.14). Ela se tornaria inimiga da mulher, principalmente da Sua semente, uma alusão ao Ungido de Deus, que viria como Salvador do mundo. Maria foi escolhida como a mãe do Salvador (Lc. 1.46-56), e Jesus, no calvário, pisou a cabeça da antiga serpente. Como diziam os reformadores, esse é o primeiro texto profético, que antecipa a vinda de Cristo, uma espécie de protoevangelho. A mulher teria filhos, mesmo antes da Queda, mas por causa da desobediência, o parto se tornaria mais doloroso (Gn. 3.16). Mesmo assim, não podemos deixar de ressaltar a dádiva de se tornar mãe. As filhas de Israel sempre tiveram a expectativa de se tornarem a mãe do Messias prometido. A criação de filhos é uma responsabilidade, pais e mães devem assumir esse papel, ensinando seus filhos a temerem o Senhor (Pv. 22.6). Evidentemente, não estamos isentos das consequências da Queda, os filhos poderão se desviar por outros caminhos, e se distanciarem do Senhor, optando pela desobediência. O homem, que trabalhou desde o princípio, agora comeria o pão do suor do seu rosto. Isso quer dizer que o trabalho se tornaria mais pesado, seus dias de vida também seria diminuídos na terra. É importante ressaltar que em Cristo o trabalho, ainda que seja pesaroso, é uma forma de glorificar a Deus (I Co. 10.31). Em relação aos dias de vida na terra, sabemos que a morte não é o fim, pois aqueles que creem em Cristo, ainda que morram, viverão (Jo. 11.25).

CONCLUSÃO
A Queda foi uma tragédia para os seres humanos, a opção pelo pecado continua acarretando consequências terríveis. O desejo por uma suposta liberdade resulta em libertinagem, ocasionando sofrimento e miséria. Mas nem tudo está perdido, Deus preparou um plano para a salvação da humanidade, para que todo aquele que crê em Cristo não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). Todos aqueles que O recebem tornam-se filhos de Deus (Jo. 1.12), passando a condição de nova criatura (I Co. 5.17), e súdito no Reino de Deus que terá sua completude no porvir.