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IGREJA, AGÊNCIA EVANGELIZADORA

  
Texto Áureo  At. 1.8 – Leitura Bíblica  At. 1.1-14

INTRODUÇÃO
O evangelho de Cristo deveria sair de Jerusalém, seguir para Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Ainda hoje essa responsabilidade é posta sobre a Igreja, e sobre nenhuma outra agência institucional. Para tanto, aqueles que são chamados por Cristo devem manter o foco, não se dispersarem com atividades outras, que comprometam essa missão. E mais importante, depender do poder do Espírito Santo, a fim testemunhar com ousadia, atestando que Jesus ressuscitou de entre os mortos, esse será o assunto a ser estudado na lição de hoje.

1. IGREJA, AGÊNCIA PARA O EVANGELHO
A palavra Igreja, no grego do Novo Testamento, é ekklesia, e diz respeito a uma assembleia, no caso os crentes que professam sua fé em Cristo. O próprio Senhor, em Mc. 16.18, prometeu que edificaria Sua igreja, e que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela. Isso aconteceu no dia de Pentecostes, quando o poder de Deus veio sobre àqueles que estavam reunidos no cenáculo (At.2.2). A Igreja é o Corpo de Cristo, e compete a essa, divulgar a boa nova do evangelho, até os confins da terra (At. 1.8). De acordo com os textos paralelos da Grande Comissão da igreja, essa deve fazer discípulos (Mt. 28.16-20), alcançar toda criatura (Mc. 16.15), testemunhando a morte e ressurreição de Cristo (Lc. 24.46-48), tendo Jesus como Maior Exemplo (Jo. 20.19-23), e no poder do Espírito Santo (At. 1.3.12). Quando dizemos que a Igreja é uma agência, ressaltamos que essa deve agir sobre a sociedade, caindo na graça do Senhor (At. 2.47). A Igreja precisa assumir a responsabilidade evangelizadora, ganhando as almas perdidas para Cristo, conduzindo-as em amor aos pés da cruz. Não podemos esperar que as instituições governamentais façam aquilo que compete exclusivamente à Igreja. O poder político deve se preocupar com a melhoria das condições sociais da população em geral. Enquanto isso, a igreja investe seus recursos, financeiros e humanos, para a tarefa desafiadora da evangelização, e em prosseguimento, o discipulado.

2. EVANGELIZAR, PRIORIDADE PRIMORDIAL DA IGREJA
Há igrejas evangélicas que estão perdendo sua prioridade, algumas delas estão tão ocupadas com o poder político que deixaram de cumprir o “fazei discípulos” de Jesus. Algumas igrejas se tornaram verdadeiros comitês eleitorais, não se preocupam com outra coisa, senão conseguir votos para seus candidatos. É um equívoco pensar que iremos ganhar as pessoas para Cristo através do poder secular. Todas as vezes na história que a igreja recorreu a esse artifício, resultou em escândalo ao evangelho de Cristo. Outro equívoco é o de reduzir a atuação da igreja ao filantropismo, não podemos negar que a igreja tem uma responsabilidade social, e que deve fazer evangelização integral. Mas é preciso ter cuidado para não reduzir a atuação da igreja ao assistencialismo. Existem igrejas que querem mudar o país, se envolvem em militância partidária, assumem ideologias humanas, como se divinas fossem. A responsabilidade primordial da igreja é a evangelização, isto é, proclamar a todas as pessoas que o pecado conduz à condenação, e que a salvação é Jesus Cristo, a prova maior do amor de Deus (Jo. 3.16). Para fazê-lo de maneira exitosa, a Igreja precisa ver a pessoa como um todo, atentando não apenas para a alma, mas também o corpo. Devemos ter cuidado dos necessitados, e assumir que o próximo carece da nossa atenção, não apenas para conduzi-lo ao evangelho. A ação social da Igreja é uma tarefa que pode conduzir as pessoas a Cristo, mas esse não deve ser a motivação central. Através do nosso amor, e sobretudo, da nossa atenção, as pessoas que verão que nos as amamos, e tomem sua decisão pelo evangelho.

3. NO PODER DO ESPÍRITO SANTO
Para evangelizar a contento, cumprindo o imperativo discipulador de Jesus, a igreja deve depender do poder do Espírito Santo (At. 1.8). Esse é tão importante que o Senhor orientou Sua Igreja que permanecesse em Jerusalém, até que do alto fosse revestida do poder (Lc. 24.49). As igrejas que se dizem pentecostais devem viver como tais, buscando constantemente o poder do Espírito Santo. Para tanto, precisamos valorizar mais os momentos de oração, a fim de que o lugar nos quais nos reunimos sejam estremecidos pelo poder de Deus (At. 4.31). O pentecostalismo ao qual nos referimos é aquele respaldado pelas Escrituras, que concilia com moderação o conhecimento da Palavra e a manifestação sobrenatural do Espírito. Precisamos também dar lugar à operação dos sinais, prodígios e milagres (At. 4.39,30), bem como os dons do Espírito (At. 2.1-4; I Co. 12). As igrejas que maiores êxitos tiveram em ganhar almas foram aqueles que passaram por um genuíno avivamento, e que aprenderam a depender do Espírito Santo. A história das missões, a partir do livro de Atos, revelam o que uma Igreja poderosa pode fazer (At. 8.6,7). É importante também que haja espaço para o desenvolvimento dos dons ministeriais (Ef. 4.11), com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Uma igreja evangelizadora, que investe na pregação, e depende do Espírito Santo, fortalece o discipulado. O ensino é uma responsabilidade da igreja evangelizadora, de nada adianta as pessoas levantarem as mãos, mas não serem ensinadas na palavra de Deus (II Tm. 3.16).

CONCLUSÃO
Compete exclusivamente à Igreja a tarefa de levar o evangelho de Jesus até aos confins da terra (At. 1.8). Para tanto essa deve depender do poder do Espírito Santo, e não se envolver em responsabilidade que retirem o seu foco. Se assim fizermos, veremos o que Deus é capaz de fazer através da Sua agência evangelizadora. Muitas almas se prostraram aos pés de Cristo, reconhecendo-O como Único Salvador, e Senhor de Suas vidas. Que não venhamos a desprezar a evangelização, recorrendo à Palavra de Deus, e no poder do Espírito Santo.