SISTEMA DE RÁDIO

 
  Pedidos de Oração e-mail: teinho@teinho.com, WhatsApp: (75)98194-7808, Jesus te Ama!

PARA ANUNCIAR E OUVIR O EVANGELHO

Texto Áureo: Mt. 13.23 – Leitura Bíblica: Mc. 4.3-20

INTRODUÇÃO
A parábola do Semeador é a chave para a compreensão das outras parábolas de Jesus. Ela trata a respeito do coração do homem, destacando sua disposição para receber a semente, que é a palavra de Deus. Na aula de hoje estudaremos a respeito dessa parábola, inicialmente explanando-a, e em seguida, a interpretaremos à luz do contexto da época. Ao final, faremos as devidas aplicações da parábola, com destaque para a importância de semear a palavra de Deus, orando para que essa produza frutos nos corações.

1. A PARÁBOLA DO SEMEADOR
A parábola do semeador se encontra no contexto dos ensinamentos de Jesus a respeito do reino de Deus. No evangelho segundo Marcos, Jesus é apresentado como o Filho de Davi, que foi o maior rei da história de Israel. Mateus destacou que Jesus pregava a respeito do reino dos céus (Mt. 4.17), com destaque para a ética do reino, que se encontra no Sermão do Monte (Mt. 5-7), seus milagres (Mt. 8-12), que demonstram o poder do Seu reino. A parábola do semeador se encontra nessa perspectiva, por isso Jesus inicia sua narrativa afirmando que o semeador saiu a semear (t. 13.3-9). Uma das especificidades dessa parábola é que Jesus oferece sua interpretação, algo que não costuma ocorrer nas demais parábolas. A semente, conforme a explanação do Senhor, é o evangelho do reino, a terra é o coração do homem (v.19), e o que diferencia são os tipos de coração – ou de solos – e sua disposição de aceita ou rejeitar a mensagem de Cristo. Jesus é o próprio Semeador, pois Ele é aquele que sai a pregar a mensagem do Reino, trazendo a boa nova que alcança o coração dos pecadores. O significado do reino de Deus, nas parábolas de Jesus, precisa ser compreendido, e que esse não pode ser confundido com um governo humano. O reino de Jesus se encontra na tensão entre o “já” e o “ainda não”, e encontrará sua plenitude no escathos, quando Cristo retornar para reina, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16,17)

2. A INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA
O primeiro tipo de solo diz respeito ao coração endurecido, e pode ser descrito como a semente que é lançada a beira do caminho (Mt. 13.4), que ao ser pisada pelas pessoas no chão endurecido, além de não frutificar ainda é levada pelas aves, que na parábola são comparadas ao diabo. Esse solo é aquele que é pisoteado pelo pecado, e que se torna inóspito para que a palavra de Deus seja semeada. Corações desse tipo podem ser comparados àqueles descritos por Paulo em Rm. 1.21-31, por tratar-se de pessoas que se entregam à devassidão, acatam o pecado com naturalidade, por esse motivo não se abrem para a Palavra de Deus. O segundo tipo de solo, que nos é apresentado por Jesus na parábola, é o superficial, descrito como a terra que se encontra lugar pedregoso. Essa pessoa até ouve a palavra, e a recebe com bastante alegria, mas se perde em meio ao ativismo, e as muitas preocupações, e as dificuldades da vida. Há pessoas que não conseguem desfrutar da paz de Deus, que excede a todo e qualquer entendimento. Por esse motivo, ficam ansiosas com muitas coisas, e são incapazes de se deixar conduzir pela suficiência que Cristo nos dá (Mt. 6.25-34). O terceiro tipo de solo que nos é apresentado na parábola é aquele que é sufocado pelos espinhos, essas são as pessoas que se apegam às riquezas deste mundo. Na verdade, não podemos deixar de considerar que dificilmente os ricos entrarão nos céus (Mt. 19.23), e que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulho que entrar um rico no reino de Deus (Mc. 10.25).

3. A APLICAÇÃO DA PARÁBOLA
Mas há um tipo de solo que é receptivo à mensagem de Cristo, esse é o coração aberto à palavra de Deus. Quando a semente cai nessa terra, produz frutos a cem, sessenta e a trinta por um (Mt. 13.23). É digno de destaque que existem diferentes tipos de solos, e que cada um deles tem uma capacidade distinta para a produção do fruto. Isso mostra que nem todos produzem o mesmo fruto, o mais importante, porém, é que haja frutificação. Precisamos considerar, nesse contexto, que existe um Jardineiro Divino, que é capaz de tornar o solo propício para a frutificação. Em Ez. 36.25-27, o Senhor promete dar um novo coração ao povo de Israel, a fim de que esse pudesse se converter, e fazer a vontade de Deus. Um jovem rico indagou a Jesus: o que preciso fazer para ser salvo?  O Mestre destacou a dificuldade dos ricos se voltarem para Deus, pois há uma tendência do coração humano colocar sua confiança nas riquezas terrenas, e mais que isso, transformar Mamom em um Deus (Mt. 6.24). Mas tudo é possível ao Senhor, o que é impossível aos homens, pode se tornar realidade, quando o Agricultor Celestial, com sua graça e misericórdia, prepara o solo para receber a palavra de Deus (Lc. 18.26,27). Vivemos em uma sociedade que se baseia no que vê e no que pega, e que cada vez mais é solapada pelo materialismo. Somos chamados, através dos ensinamentos do Senhor Jesus, a ouvir o que o Espírito tem a nos dizer através da Sua palavra. E assim, a mensagem do evangelho poderá habitar em nós, e produzir muitos frutos, e nos conduzir à obediência para a glória de Deus (Cl. 3.16).

CONCLUSÃO
A boa semente da Palavra de Deus se encontra disponível aos corações, a igreja é comissionada por Cristo a levar essa mensagem até aos confins da terra (At. 1.8). Estamos cientes que nem todos darão o mesmo valor ao conteúdo da pregação, mesmo assim não podemos deixar de anunciar essa boa nova, a fim de que outros também possam se tornar discípulos do Mestre Amado (Mt. 28.18-20), sabendo que compete ao Espírito Santo convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16.8-11).

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. The parables of Jesus. LaSalle Boulevard: Moody Publishers, 1983.
SNODRASS, K. R. Compreendendo todas as parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.