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* JESUS, O SACERDÓCIO ETERNO DE CRISTO


Textos: Sl. 110.4 – Hb. 7.11, 20-28

OBJETIVO: Mostrar que Cristo é o Sumo Sacerdote Eterno, cujo sacrifício perfeito pode salvar, perfeitamente, aqueles que, por Ele, se achegam a Deus.

INTRODUÇÃO: O sacerdócio de Cristo, diferentemente, do de Arão e dos seus descendentes, não precisa de sucessores, pois Jesus é, agora e para todo o sempre, o Sacerdote Eterno. Meditaremos, no estudo desta semana, a respeito da transitoriedade do sacerdócio araônico e da atemporalidade do sacerdócio de Cristo.

1. O SACERDÓCIO ISRAELITA: Os sacerdotes, (kohen, em hebraico), eram separados, pelo Senhor, como ministros para o sacrifício no culto israelita, mais especificamente, no tabernáculo e no antigo templo. Após a organização do povo, no Monte Sinai, Deus apontou Aarão, o irmão de Moisés, e os seus descendentes, que faziam parte da tribo de Levi, para que fizessem parte da linhagem sacerdotal (Ex. 28.1; 40.12-15); Nm. 16.17). Assim que o tabernáculo fora concluído, Aarão e os seus filhos foram consagrados ao sacerdócio (Lv. 8-9), compreendendo a responsabilidade que lhes competia no serviço do santuário (Dt. 18.5). A mediação entre o mundo espiritual e o comum constituía a responsabilidade primordial do sacerdócio (Ex. 28.38; Lv. 10.17; Nm. 18.1). Os sacerdotes deveriam responder pelos sacrifícios rituais e pelas orações, intercedendo, pelo povo, diante de Deus. Além dos sacrifícios cerimoniais, o Sumo Sacerdote deveria, também, ser conselheiro do líder político do povo, apelando, sempre que possível, ao Urim e ao Thumim (Ex. 28.30; Nm. 27.21; I Sm. 30.7-8). Depois do Exílio, a tarefa principal dos sacerdotes passou a ser a do ensino da lei do Senhor (Ne. 8.1-8).

2. O SACERDÓCIO DE ARÃO E O DE MELQUISEDEQUE: O caráter principal do sacerdócio araônico, conforme a exposição do autor da Epístola aos Hebreus, é a transitoriedade, isto é, algo breve, passageiro, efêmero. O conceito de transitoriedade, no entanto, precisa, no contexto desse estudo, ser mais específico, enfatizando a limitação daquele tipo de sacerdócio. Os sacrifícios decorrentes desse sacerdócio judaico eram insuficientes para colocar o pecador na reta condição diante de Deus (Is. 1.10-17; Hb. 7.19; 8.7-13; 9.9). Em contraposição à efemeridade desse sacerdócio, o autor da Epístola aos Hebreus fala de uma ordem especial, a de Melquisedeque. Esse sacerdote nos é apresentado em Gn. 14.18-20 como rei de Salém, antigo nome de Jerusalém, cujo significado é “paz”. O nome de Melquisedeque vem da composição de duas palavras hebraicas “melek”, que significa “rei”, e “tsedeq”, “justiça”. Esse era, portanto, um rei de justiça que buscava a paz da cidade (Hb.7.2). Esse sacerdote tem um caráter bastante misterioso no relato bíblico. Está escrito apenas que era “sem pai, sem princípio de dias e nem fim de vida” (Hb. 7.3). No livro de Gêneses, no capítulo 14, há um relato da aparição desse sacerdote por ocasião da guerra com os reis babilônicos. Após a vitória, Abraão encontrou-se com Melquisedeque e lhe entregou o dízimo, recebendo, daquele, a benção (Gn. 14.18-20; Hb. 7.6).

3. A ETERNIDADE DO SACERDÓCIO DE CRISTO: Em Hb. 7.24 está escrito que o sacerdócio de Cristo se assemelha ao de Melquisedeque e se distingue do de Cristo por sua imutabilidade. Essa marca é especificada no versículo 23 quando o autor diz o sacerdócio de Cristo é atemporal. Cristo é, nesse sentido, o Eterno Sacerdote, Aquele que ressuscitou dentre os mortos, que vive para todo o sempre. Por conseguinte, seu sacerdócio é intransferível, isto é, não passa de um para outro, sem sucessão. Essa é uma verdade que conforta os crentes, ao saberem que Cristo está, constantemente, intercedendo pelos pecadores (Hb. 7.25). A esse respeito, diz João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo. 2.1,2). No sacerdócio araônico fazia-se necessário que o sacerdote fizesse sacrifícios diários por eles mesmos, pelos seus próprios pecados ( Ex. 29.38-42), somente assim, seria possível oferecer o sacrifício anual pelo povo (Hb. 9.6,7; 11.1,11). Cristo, por sua vez, como Sacerdote Eterno, não precisou oferecer sacrifícios, pois apesar de ter sido tentado em tudo não teve pecado (Hb. 7.26).

CONCLUSÃO: O sacerdócio de Cristo é eterno, portanto, não temos a temer a respeito do presente ou do futuro. Ele é Aquele que intercede, constantemente, pelos nossos pecados. Esse é um dos muitos motivos para desfrutarmos de plena segurança em Cristo, pois, como bem ressaltou o escritor sacro: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb. 4.15). Nas palavras do salmista, temos a convicção de que Ele antes, durante e depois da encarnação, “conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sl. 103.14). PENSE NISSO!