SISTEMA DE RÁDIO

  Sempre insista, nunca desista. A vitória é nosso em nome de Jesus!  

O SENHOR PELEJA PELO SEU POVO


Textos: Ex. 14.14 - Js. 10.6-8; 12-14
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que Deus nos concede a vitória e que Ele quem nos livra das mãos dos inimigos.

INTRODUÇÃO: Conforme já vimos em lições anteriores, estamos envolvidos numa batalha espiritual. No estudo desta semana(peço desculpas, por ter colocado atrazado), enfocaremos, mais precisamente, a presença do Senhor nas pelejas da existência. Veremos, inicialmente, que Deus esteve com Josué nas lutas de Israel. E, para tanto, alterou o curso do tempo, detendo o sol e a lua para que o povo vencesse a batalha. Em seguida, meditaremos a respeito da possibilidade da intervenção miraculosa de Deus. Ao final, admoestaremos para que exercitemos a fé a fim de ver os milagres do Senhor.

1. O MILAGRE DO DIA LONGO: Com resultado da associação de Israel com os gibeonitas, conforme estudamos na aula passada, Israel precisou socorrê-los de uma investida dos inimigos (Js. 10.6). Através de uma intervenção imediata do exército israelita, sob a direção divina (v. 8), os amorreus, que ameaçavam os gibeonitas, foram vencidos (v. 10). As batalhas do livro de Josué não são guerras comuns, mas investidas do Senhor, a fim de julgar as nações rebeldes. No versículo 10 desse capítulo, sabemos que Deus interveio na batalha de modo sobrenatural, detendo o sol e a lua. Com o advento da era cientificista, muitos críticos, mesmo entre os teólogos, não acreditam que Deus tenha mudado o curso do tempo para beneficiar Seu povo naquela peleja. Os argumentos são os mais diversos possíveis, o fundamento é sempre o mesmo, a premissa materialista de que o universo é regido por leis mecânicas que independem de uma entidade espiritual. Esses críticos, geralmente de base racionalista, e no caso dos teólogos, liberais, negam todos os milagres da Bíblia: a passagem pelo Mar Vermelho (Ex. 14.15-31), a provisão do maná durante os 40 anos (Ex. 16.35); a água que jorrou da rocha em Horebe (Ex. 17.6); o machado que flutuou (II Rs. 6.5-7) e a saraivada sobre os reis fugitivos (Js. 10.11).

2. A BÍBLIA FALA EM MILAGRES: Na Bíblia, os milagres são acontecimentos do mundo externo, operados pelo imediato poder de Deus, com o fim de servir de sinal ou testemunho. A possibilidade dos milagres está baseada no fato de Que Deus é soberano e governa e dirige todas as coisas. Diversas palavras hebraicas, entre elas “mofet, péle e oth” são traduzidas por milagres, maravilhas e sinais”. No Novo Testamento, o termo mais comum é “dynamis” (poder) para significar “milagres” (Mc. 9.39) e “semeion” (sinal) também com o mesmo significado (Lc. 23.8). Essa última palavra é bastante recorrente no Evangelho segundo João. Nesse livro os milagres de Jesus são também descritos pela palavra “erga” (obras) (Jo. 5.20; 7.3; 10.25; 15.24) e terata (prodígios) (Jô. 4.48; At. 2.22). Os milagres de Cristo devem ser entendidos de acordo com a Sua obra messiânica e relacionados ao Reino de Deus. Por isso, nenhum milagre pode ser considerado como mera manifestação do poder, mas todos ocorreram seguindo o propósito da obra de Cristo (Mc. 2.10; Jo. 5.36). Não apenas Jesus realizou milagres, os seus discípulos também poderiam fazê-lo quando seguissem a pregar o evangelho (Mt. 10.8; Mc. 16.14-18). O objetivo dos milagres, nesse contexto, não apenas a realização de um espetáculo, como o fazem certos “pregadores” televisivos para ganhar audiência, e, em certos casos, angariar recursos, mas para a glorificação a Deus no âmbito da pregação do Reino de Deus.

3. O SENHOR AINDA OPERA MILAGRES: Os racionalistas descrêem totalmente na existência de milagres, e, entre alguns cristãos, há aqueles que negam que Deus ainda realize milagres nos dias atuais. A Bíblia, no entanto, nada diz a respeito da cessação dos milagres. Há os que utilizam o texto de I Co. 13.8 para afirmar essa concepção que, na verdade, fala dos dons espirituais que, na verdade, seguirão até a volta do Senhor (I Co. 1.7). Nos dias de hoje, como nos antigos tempos, Deus intervêm, soberanamente, quando é solicitado com humildade (Mc. 7.32); Mc. 8.22). O milagre divino acontece também a fim de que alguns empecilhos ministeriais sejam removidos (Mc. 1.31). As intervenções sobrenaturais acontecem algumas vezes com efeito pedagógico (Mt. 21.18-22). Um dos principais motivos para a realização de milagres é a salvação das pessoas (Lc. 5.8). Os milagres não podem ser um fim em si mesmo, eles servem, primordialmente, para abrir as portas para o evangelismo (Mc. 9.21,31; Mc. 5.20; Lc. 5.15; Jô. 4.30,42; 6.2; 12.9-11,17-19). Esse é um ensinamento que podemos aprender através da leitura do livro de Atos dos Apóstolos (At. 9.35,42), validada pelo testemunho do Senhor (Jo. 14.11; 11.45; 12.11). Os milagres existem, ainda que de modo comedido hoje, enquanto antecipação do reino messiânico que se concretizará no futuro (Is. 35.6,7; Is. 61.1). Nos tempos em que viveu na terra, o Senhor fez muitos milagres (Mt. 4.23,24; 9.35). Ele agia não de acordo com as determinações humanas, mas em conformidade com Sua soberana vontade (Mt. 12.9-13; Mc. 3.1-5; Lc. 6.6-10; 14.1-4; Jo. 5.1-9).

CONCLUSÃO: A Bíblia fala de milagres porque, verdadeiramente, o Deus que a inspirou é um Deus de milagres. De modo que, sempre que Ele o desejar, em conformidade com seus propósitos soberanos, no projeto de construção do Seu reino em Jesus Cristo, Ele os realizará. Ainda que muitos não acreditem, o Deus que parou o sol e a lua, em Jesus, continua sendo o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb. 13.8). PENSE NISSO!