Textos: I Cr. 22.9 - I Cr. 28.4-8
OBJETIVO: Mostrar, através do exemplo de Davi, que formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes.
INTRODUÇÃO: Davi está avançado em seus dias de vida e começa a antever a necessidade de um novo rei para Israel. Como rei prudente, segundo o coração de Deus, trata de preparar o povo para a sucessão. No estudo desta semana, meditaremos justamente a respeito desse processo a fim de extrair lições sobre a liderança cristã. Estudaremos, a princípio, sobre a transição do reinado. Em seguida, analisaremos a escolha de Salomão para ser o rei de Israel. Ao final, refletiremos sobre a importância da formação de líderes sucessores no ministério cristão.
1. A ESCOLHA DO SUCESSOR DE DAVI: Davi está enfermo, em seus últimos dias de vida. Reconhecendo a realidade circunstancial, o rei se dirige aos líderes do povo. Vale a pena atentar para alguns detalhes do texto bíblico básico desta lição. Davi reconhece que fora escolhido rei em Israel não por méritos pessoais, mas porque o Senhor o escolhera graciosamente (I Sm. 16.10-12), assim como Judá por príncipe (Gn. 49.10). Devi teve muitos filhos (I Cr. 3.1-9), mas Deus optou por Salomão a fim de que esse sucedesse seu pai no trono de Israel, demonstrando que Ele somente conhece a pessoa certa para o lugar adequado no tempo apropriado (v. 4,5 – ver I Cr 17.12; 22.9; II Sm 7.12-14; 12.24,25 I Rs.1.13). É válido ressaltar que essa não é uma escolha para a salvação, mas para a realização do trabalho que Ele mesmo decretou (v. 6). Aqueles que Deus escolham precisam responder ao chamado de Deus, e principalmente, perseverar em cumprir os mandamentos do Senhor (v. 7 – ver I Rs. 3.14; 9.4). A observância aos mandamentos não deveria ser perseguida apenas pelo rei, mas por todo o povo de Israel a fim de desfrutar das promessas que Deus havia previamente dado a Moisés (Dt. 30.15-20). Os cristãos também precisam estar atentos para a Palavra de Deus, ciente que essa é viva e eficaz e que sonda os corações dos homens (Hb. 4.12,13) e para que, como Israel no Milênio, possamos desfrutar do melhor de Deus (Is. 1.19). O cristão deve levar adiante a mensagem do evangelho de Cristo, começando de casa com os seus filhos (v. 8), pois a Palavra de Deus é a maior herança que um pai pode deixar aos seus filhos.
2. SALOMÃO, O SUCESSOR DE DAVI: Apesar de suas falhas, Davi deixou para a Salomão, seu filho, um grande legado espiritual. O rei de Israel costumava buscar a orientação divina diante das decisões a serem tomadas (I Sm. 23.2; 30.8; II Sm. 2.1). Tomando o exemplo do pai, Salomão, após assumir o trono de Israel, ora ao Senhor, reconhecendo a benevolência de Deus (I Rs. 3.6), agradecendo ao Senhor por Sua bondade. Em seguida demonstra humildade, assumindo que diante do Grande Deus de Israel o rei não passava de uma criança (I Rs. 3.7). Por fim, demonstrou disposição para a justiça e para o altruísmo ao pedir a Deus que lhe desse um coração sábio para julgar e discernir entre o bem e o mal (I Rs. 3.9). Salomão conduziu Israel com tamanha sabedoria que sua fama se espalhou pelas nações vizinhas. A rainha de Sabá quis testificar pessoalmente a respeito de tudo que havia ouvido a seu respeito (I Rs. 10.1-13). Enquanto andou nos caminhos do Senhor, Salomão desfrutou da benção da prosperidade. Além de reger a nação com bom senso, tornou-se um pesquisador profícuo e um escritor de reconhecida sabedoria até aos dias atuais. Seguido os passos literários de seu pai, também escreveu seus livros: Cantares (na juventude), Provérbios (na meia-idade) e Eclesiastes (na velhice). Nesse último livro extraímos uma confissão que serve de exemplo para as pessoas de todas as idades a respeito do valor substancial da vida. Assim diz o pregador: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec. 12.13,14). Diferentemente de seu pai Davi, Salomão não teve o mesmo sucesso na escolha de seus sucessos. Após sua morte o reino de Israel dividiu-se e os reis seguintes alternavam-se entre servir ao Senhor e aos deuses pagãos.
3. LÍDERES PREPARAM SUCESSORES: A escolha de sucessores para o ministério é uma missão a ser observada por todo líder que ama a obra do Senhor. Mas essa não é uma tarefa fácil, haja vista que não se trata apenas de apontar uma pessoa, mas de prepará-la, no Senhor, para que essa venha a conduzir o rebanho de Deus com sabedoria. Na Bíblia temos vários exemplos que líderes que fizeram outros líderes, evidentemente debaixo da direção divina. No Novo Testamento Paulo é um modelo de um líder que prepara outros líderes. Paulo preparou, entre outros, o jovem pastor Timóteo para que esse desenvolvesse o ministério (I Tm. 1.18,19; 3.1; 4.12). Mas Timóteo também precisava fazer sua parte: exercitar-se na piedade, dá exemplo aos crentes na maneira de falar, na vida, no amor cristão, na fé e na pureza, evitar ser alvo de críticas, sabendo governar bem sua própria casa, evitar conversas profanas e não se deixar levar por discussões tolas, nem pela maledicência, não repreender um homem mais idoso, mas respeita-lo como pai. No Antigo Testamento Moisés também nos deixou o exemplo de sucessão na liderança. Antes de partir tratou de dar as devidas instruções para que Josué servisse ao Senhor e ao povo de Israel com responsabilidade e sabedoria.
CONCLUSÃO: O líder chamado por Deus deve estar ciente da necessidade de fazer sucessores para a obra de Deus. Para tanto, deve tomar consciência dos talentos e habilidades das pessoas, aceitar as diferenças como parte da constituição das pessoas, auxiliar as pessoas para ajustar suas diferenças, mostrar que tem interesse não apenas pelo que as pessoas fazem, mas pelo que elas são, expressar apreciação pelo trabalho desempenhado, reconhecer que o desenvolvimento das pessoas que o cercam contribuem também para seu crescimento e ajudar as pessoas a desenvolverem os alvos e a tomar decisões. PENSE NISSO!
Deus é Fiel e Justo!