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O DOM MINISTERIAL DE PROFECIA E O DOM DE PROFECIA



Textos: I Co. 12.28 - I Co. 12.28

irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Destacar a relevância dos dons espirituais e ministeriais para a igreja de Cristo, especialmente os proféticos.


INTRODUÇÃO: Estudamos a semana que passou o ministério profético no Novo Testamento. No estudo desta semana, atentaremos para os dons ministeriais e espirituais. Em destaque, para o dom ministerial de profecia e o dom espiritual de profecia. Veremos que esses dons não podem ser comparados às profecias canônicas do Antigo Testamento e às apostólicas do Novo Testamento. Por outro lado, veremos que esses dons são imprescindíveis à edificação da igreja, o Corpo de Cristo.

1. OS DONS MINISTERIAIS E ESPIRITUAIS: Os dons ministeriais estão elencados em Ef. 4.11 e, conforme a terminologia própria especifica, diz respeito aos dons espirituais aos quais os ministros são dotados. O doador deles é Cristo, que os concede para a igreja, para preparar o povo de Deus para o serviço (Ef. 4.12), para o crescimento e desenvolvimento espirituais da igreja, segundo o desígnio de Deus (Ef. 4.13-16). Os dons ministeriais são concedidos não apenas aos ministros da igreja, mas a todos os crentes (I Co. 12.7). O doador é o Espírito Santo por meio desse o cristão recebe poder para servir na igreja. Existem várias listas de dons espirituais, a de I Co. 12.8-10 é apenas uma delas, e sendo esta a mais conhecida. Nessa passagem, entendemos que as manifestações do Espírito Santo ocorrem de acordo com Sua vontade (I Co. 12.11), em direção às necessidades da igreja (I Co.31; 14.1). Mas para tanto, compete ao crente buscar tais dons, visando à edificação do Corpo de Cristo, principalmente o de profetizar, haja vista sua funcionalidade eclesiástica (I Co. 12.31; 14.1). Nenhum dom é intrinsecamente maior do que outro, pois todos têm seu papel no Corpo. Quem tem os dons espirituais necessariamente não é espiritual, a igreja de Corinto é um exemplo concreto dessa realidade. Por isso, Paulo orienta os crentes a buscarem não apenas os dons, mas também o fruto do Espírito (I Co. 13; Gl. 5.22,23).

2. O DOM MINISTERIAL DE PROFECIA: O dom ministerial de profecia, de modo quase semelhante aos profetas do Antigo Testamento, visa à entrega de mensagens da parte de Deus ao povo (At. 2.7; 4.8; 21.4). Através do ministério profético o obreiro eclesiástico admoesta o povo a seguir o caminho revelado por Deus em Sua palavra. O exercício do ministério profético objetiva a proclamação e interpretação da Palavra de Deus, a fim de exortar, consolar e edificar o Corpo (At. 2.14-36; 3.12-26) e, em alguns casos, é possível que se revele o futuro (At. 11.28; 21.10,11). Por meio do ministério profético, a pessoa vocacionada por Deus desmascara o pecado, a injustiça e o mundanismo, e, por causa disso, como acontecia com os profetas do Antigo Testamento, poderá ser rejeitado, inclusive dentro das igrejas que acatam os padrões seculares (Lc. 1.14-17). Dentre as características dos servos de Deus que exercem o ministério profético, destacamos:

1 - Zelo pela igreja (Jo. 17.15-17; I Co. 9.11; Gl. 5.22-25),

2 - Sensibilidade espiritual (Rm. 12.9; Hb. 1.9),

3 - Posição firme contra os falsos ensinamentos (Gl. 1.9; II Co. 11.12-15),

4 - Fundamentação na Palavra de Deus (Lc. 4.17-19; II Tm. 3.16; I Pe. 4.11).

O ministério profético não está isento de erros, por isso, a igreja também deva estar atenta aos falsos mestres, que conduzem muitos ao engano (I Jo. 4.1).



3. O DOM ESPIRITUAL DE PROFECIA: O dom espiritual de profecia é concedido a alguns crentes a fim de que esses sirvam ao Senhor no Corpo de Cristo. Trata-se de uma capacitação sobrenatural dada pelo Espírito a fim de que o crente possa transmitir uma palavra de Deus (I Co. 14.24-31). O dom profético não se propõe necessariamente a predizer o futuro, antes a revelar a vontade de Deus, exortando, edificando e consolando (I Co. 14.3). Para que a manifestação seja considerada um dom genuinamente profético, é preciso que esse esteja em conformidade com a Palavra de Deus, e também, instruir os crentes a buscar a santificação (I Co. 12.3). A manifestação desse dom acontece sob a direção divina, e não humana. Existem casos de pessoas que buscam manipular o dom espiritual de profecia, algumas delas, a fim de demonstrarem uma espiritualidade forjada. Os obreiros devem incentivar os crentes a buscarem os dons espirituais, principalmente o de profetizar, pois, por meio deste, toda a igreja é edificada (I Co. 14.1). Ao mesmo tempo, deva ficar atenta em relação às falsas manifestações desse dom. Primeiramente, não se deve colocar esse dom em posição de igualdade às profecias do Antigo Testamento. O dom profético carece de julgamento, pois, diferentemente daquelas, não é infalível (I Co. 14.29-33). Além disso, a manifestação desse dom como a dos demais, deva ocorrer com decência e ordem (I Co. 14.40). O culto a Deus não deva ser tumultuado por causa do dom de profecia. O profeta, inclusive, pode determinar o momento em que a mensagem será entregue à igreja (I Co. 14.32).



CONCLUSÃO: O dom ministerial e espiritual de profecia são imprescindíveis à saúde da Igreja, o Corpo de Cristo. Nesses dias difíceis, a igreja precisa de líderes com o dom ministerial de profecias a fim de denunciar os enganos do mundo e a frieza espiritual da igreja com base na Palavra de Deus. No seio da igreja, também carecemos da manifestação do dom espiritual de profecia a fim de que sejamos edificados, exortados e consolados pela mensagem que provém do Senhor. Busquemos, pois, o dom ministerial e o espiritual de profecia, mas sem esquecer que existe um caminho sobremodo excelente, o do amor cristão (I Co. 12.31). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!