
Textos: Hb. 12.11 – At. 5.1-11
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OBJETIVO:  Mostrar aos alunos que a essência da disciplina é o ensino e o seu  objetivo é levar-nos a andar de acordo com a boa, perfeita e agradável  vontade de Deus.
INTRODUÇÃO: Há quem defenda  que a disciplina não é mais necessária na igreja dos dias atuais. O Deus  que disciplina em amor, conforme revelado na Bíblia, não é mais  considerado. Em contraponto a essa abordagem, estudaremos, esta semana, a respeito da importância da disciplina na igreja: definição no  Antigo e Novo Testamento, o caso Ananias e Safira e as condições para a  disciplina na igreja.
1. A DEFINIÇÃO BÍBLICA DE DISCIPLINA: No  Antigo Testamento, a palavra hebraica para disciplina é musar e  significa, prioritariamente, “instrução”. Isso porque na Lei Judaica a  disciplina tem a ver com a instrução por meio de recompensas e punições a  fim de orientar a conduta do comportamento. É nesse sentido que, em Dt.  11.2, é destacada a disciplina do Senhor. A Lei Mosaica opera por meio  de um complexo sistema de punições a fim de reforçar os Mandamentos de  Deus (Lv. 25.23; Dt. 4.36; Ex. 20.20). Por esse motivo, o ímpio, ou  seja, aquele que não observa a Torah, odeia a disciplina (Sl. 50.17). O  genuíno filho de Deus, por sua vez, ama a disciplina (Pv. 3.11), pois  nesta repousa a sua vida (Pv. 5.12) e o seu próprio bem (Pv. 19.18). No  Novo Testamento, a palavra grega é paidia que tanto se refere à  instrução ou orientação quanto ao treinamento. Esse termo, em sentido  amplo, diz respeito ao ato de “criar, educar, instruir”. O fundamento da  disciplina, conforme exposta no Novo Testamento, é o amor (Hb.  12.6-11). A disciplina aplicada com ódio não passa de vingança, nada tem  a ver com a disciplina de Jesus (Mt. 11.29).
2. A CONDENAÇÃO DE ANANIAS E SAFIRA: No  capítulo 5 de Atos, estudamos a respeito da condenação de Deus sobre  Ananias e Safira. Barnabé, um cristão recém-convertido, e de posses,  vendeu tudo o que possuía e depositou aos pés dos apóstolos. Sua  generosidade chamou a atenção da igreja, levando Ananias e Safira a  querem imitar tal ato, a fim de serem honrados pelos irmãos. Para tanto,  venderam uma propriedade e combinaram em reter parte do valor recebido.  Em seguida, depositaram-no aos pés dos apóstolos, dizendo ser aquela a  quantia total da venda. Através daquele ato, Satanás quis instaurar a  hipocrisia no seio da igreja primitiva. Eles demonstraram, por meio  dessa atitude, ser vangloriosos e cobiçosos em relação ao dinheiro (I  Tm. 6.10). Eles poderiam permanecer com o dinheiro que receberam pela  venda da herdade, mas não precisariam mentir, em busca de fama. Mas  Pedro, pelo Espírito Santo, discerniu que aqueles corações estavam  tomados pela hipocrisia: “por que encheu Satanás o teu coração?” (At.  5.3), eis a origem do pecado (Jo. 13.2; Tg. 4.7). Não se tratava de um  pecado somente aos homens, pois, conforme argumentou Pedro, “Não  mentiste aos homens, mas a Deus” (At. 5.4). Eles foram disciplinados  imediatamente, com o objetivo específico, para servir de instrução aos  demais “houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram  estas coisas” (At. 5.11). Em virtude da igreja está em seus momentos  iniciais, Deus antecipou o castigo de Ananias e Safira, e ainda pode  fazer o mesmo nos dias atuais, ainda que, em geral, continue dando  oportunidade para o arrependimento (Ap. 2.5; 3.19).
3. A DISCIPLINA NA IGREJA: Jesus  declarou que a igreja, na terra, tem a responsabilidade árdua, mas  necessária de disciplinar (Mt. 18.18-20), mas essa deve fazê-lo de  acordo com a Palavra, em oração, na dependência do Espírito Santo, e  sobretudo, em amor (I Pe. 4.8). Existem algumas falhas que podem  dispensar a disciplina, a esse respeito tratam os seguintes textos: Rm.  15.1; Fp. 4.5; I Pe. 4.8). Nos casos de transgressões que não sejam  passíveis de comprovação, o melhor é orar pela pessoa, confiando que  Deus trabalhará na sua vida, conduzindo-a ao arrependimento (Mt. 18.16).  Nos casos de ofensas pessoais, isto é, que envolvam membros da igreja, é  recomendável que a pessoa ofendida busque a pessoa culpada em busca de  reconciliação (Mt. 18.15). Caso a pessoa permaneça impenitente em  relação ao pecado, deva-se levar à igreja, através da liderança, a fim  de que o caso seja avaliado (Mt. 18.17). A pessoa que está sendo objeto  da acusação deva ter amplo direito à defesa e somente ser disciplinada  após a comprovação dos fatos, o que acarretará, se for o caso, em  exclusão (Mt. 18.17). Nos casos de pecados públicos, a disciplina é  necessária a fim de: 1) proteger a integridade da igreja (At. 20.28-31;  Hb. 12.14-16); e 2) restaurar o transgressor à igreja, conduzindo-o ao  arrependimento (Gl. 6.1; Tg. 5.19,20). Não saudável viver a procura de  casos de pecados na igreja, mas, por outro lado, não se pode deixar de  atentar para os casos dignos de disciplina (Mt. 13.28-30). A disciplina  preventiva, por meio do ensino da Palavra, é a melhor maneira de evitar  medidas mais amargas posteriormente (II Tm. 2.24-26; Tt. 1.9).
CONCLUSÃO: A  disciplina é necessária na igreja, mas essa deva sempre ser conduzida  em amor, dando aos ofensores, a ampla oportunidade de defesa, e quando  identificada a culpa, este deva, se possível, ser conduzido ao  arrependimento (I Co. 1.10,11; Fp. 4.2,3). Ananias e Safira receberam a  punição pelos seus pecados porque se negaram a reconhecê-lo, mentiram ao  Espírito Santo, e esse, verdadeiramente, é o pecado imperdoável (Mt.  12.32), a hipocrisia do pecador que não dá lugar ao arrependimento, ao  convencimento do Espírito (Jo 16.8-10). No caso da igreja, a disciplina  deva ser dada, ao pecador arrependido, com amor e humildade, almejando  sempre sua restauração (Gl. 6.1-2). PENSE NISSO!
Deus é Fiel e Justo!



