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SINAIS E MARAVILHAS NA IGREJA


Textos: Hb. 2.4 – At. 3.1-11
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OBJETIVO: Mostrar a todos que sinais e maravilhas são fenômenos atuais, que, como nos tempos da igreja primitiva, seguem à atividade evangelizadora, à proclamação do evangelho de Cristo.

INTRODUÇÃO: O livro de Atos está repleto de sinais e maravilhas realizados pelo Espírito Santo através da igreja. No estudo desta semana, veremos os significados dos termos sinais e maravilhas. Em seguida, analisaremos o milagre da Porta Formosa, registrado por Lucas em At. 3. Ao final, veremos que o mesmo Deus que realizou milagres nos tempos da Igreja Primitiva, ainda os faz nos dias de hoje.

1. SINAIS E MARAVILHAS: No Novo Testamento, a palavra sinal é semeion, e diz respeito a algo que marca ou distingue, a utilização desse termo é geralmente associada a milagres. Os sinais são vistos como uma verificação ou indicador de uma verdade. Os escribas e fariseus buscavam um sinal da parte de Jesus para que pudessem acreditar que Ele era de fato o Messias (Mt. 12.38; Mc. 16.3). João mostra que os milagres de Jesus eram sinais, demonstrando que Ele era o Messias (Jo. 2.11,18,23; 3.2; 4.48,54, 6.2,14,26,30; 7.31; 9.16; 10.41; 11.47; 12.18,37; 20.30). Em relação à igreja, os sinais demonstram que Deus está com ela, pois sinais são prometidos àqueles que crêem (Mc. 16.17,20). No livro de Atos, Lucas registra os vários sinais realizados pela igreja (At. 2.19,22,43; 4.16,22,30; 5.12; 6.8; 8.6,13; 14.3; 15.12). A palavra maravilhas, em grego, é teras, que pode significar também milagre. A utilização do termo maravilhas costuma está atrelada ao de sinais, formando um tipo de expressão idiomática (próprio idioma) “sinais e maravilhas” (Mt. 24.24; Mc. 13.22; Jo. 4.48; At. 2.19,22,43; Rm. 15.19; II Co. 12.12). Interessa destacar que o poder para realizar sinais e maravilha é sobrenatural, e pode proceder tanto de Deus quanto do Maligno (Mt. 24.24; Mc. 13.22; II Ts. 2.9). Os sinais e maravilhas na igreja servem para confirmar a autenticidade dAquele que opera por meio dela (At. 2.22).

2. O MILAGRE DA PORTA FORMOSA: Por volta das 3 da tarde, Pedro e João seguem para o templo, em um dos horários regulares de oração (Ex. 29.38-41; Nm. 28.2-8). O templo antigo tinha várias portas, uma dela se chamava Formosa. Nessa porta se encontra um homem aleijado, isso porque não era permitido que entrasse no templo. De repente, os apóstolos são interpelados por aquele pobre homem, pedindo-lhes que dessem algum dinheiro. Pedro olha fixamente para o mendigo e diz: “olha para nós” (At. 3.4). Com essa expressão, ele chama a atenção daquele homem e lhe dá alguma esperança. As palavras iniciais são desalentadoras: “não temos prata nem ouro”, isso demonstra a condição financeira dos apóstolos do Senhor no primeiro século. Por outro lado, eles têm muito mais, por isso, declaram: “em nome de Jesus Cristo”, e, ao levantar o homem pela mão e suas pernas são curadas (At. 3.6). O mendigo curado pode, então, adentrar ao templo e a reação dos que o conheciam é de “pasmo e assombro” (At. 3.10). A igreja primitiva, na virtude do Espírito, tinha autoridade para testemunhar de Jesus Cristo. O testemunho era acompanhado de sinais e maravilhas, que, juntamente com a mensagem, atestavam à verdade do evangelho. Algumas igrejas dos dias modernos não podem mais, como Pedro e João declarar: “não temos prata e nem ouro”, por outro lado, também não podem dizer ao paralítico “levanta e anda”.

3. DEUS REALIZA SINAIS E MARAVILHAS: Alguns teólogos e doutores da religião que temos por ai, afirmam que Deus não mais realiza sinais e maravilhas nos dias de hoje. Outros até se dizem pentecostais, mas deixaram de acreditar, na prática, que Deus ainda os faz atualmente. Os Radicais dizem que os sinais e maravilhas (milagres) ficaram restritos ao período apostólico. Mas essa declaração se contradiz com a Grande Comissão, na qual Jesus ordena que seus discípulos preguem o evangelho, com poder para realizar sinais e prodígios (Mt. 28.18-20; Lc. 24.47; At. 1.8). Nos tempos de Cristo, Ele concedeu autoridade, não apenas aos apóstolos, mas aos 72 discípulos para curarem os enfermos em sua missão de pregar as boas novas (Lc. 10.9,17). No livro de Atos, o próprio Ananias, que não era apóstolo, orou por Paulo, exercendo o dom de cura (At. 9.17). Filipe, o diácono, também operou muitos milagres pelo poder do Espírito (At. 7.13). Não podemos esquecer que Jesus é o mesmo (Hb. 13.8), por isso, continua realizando sinais e maravilhas, e esses apontam para o futuro, quando a natureza tiver sido libertada (Rm. 8.20-22) e o corpo glorificado (I Co. 15.51-53). A igreja não tem controle sobre os sinais e maravilhas, esses dependem da soberana vontade de Deus, que os opera de acordo com os Seus eternos desígnios (Jo. 5.1-5; 9.1-3).

CONCLUSÃO: A respeito da atuação sobrenatural dos apóstolos, diz o autor da Epístola aos Hebreus: “Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade” (Hb. 2.4). A igreja do Senhor, ciente da soberana vontade de Deus, deva continuar crendo e orando para que Deus realize sinais e maravilhas (Mt. 10.8). Mas é preciso destacar que os sinais e maravilhas não garantem a conversão dos pecadores, principalmente dos religiosos que atribuirão o sobrenatural de Deus ao poder de Satanás (Mt. 12.24-27; Mc. 3.21). Mais importante ainda é saber que os sinais e maravilhas não podem, sob qualquer hipótese, substituir o testemunho da morte vicária de Jesus Cristo, essa deva ter proeminência sobre os sinais e maravilhas (Mc. 16.14-18). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!