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QUANDO A IGREJA DE CRISTO É PERSEGUIDA


Textos: Mt. 5.11 – At. 8.1-8
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OBJETIVO: Mostrar que apesar das perseguições contra a igreja de Cristo, o evangelho de Cristo torna-se, a cada dia, mais universal e influente e que nenhuma perseguição conseguirá deter o seu avanço.

INTRODUÇÃO: A partir do capítulo 8 de Atos, identificamos uma forte oposição à igreja de Cristo. Por meio dessa, o Senhor favorece a expansão do evangelho para outros horizontes. No estudo desta semana veremos a respeito desse período de perseguição. A princípio, destacaremos o papel de Estevão, o primeiro mártir da igreja. Em seguida, refletiremos sobre o que acontece quando a igreja é perseguida. Ao final, mostraremos, à luz da Bíblia, como a igreja deva se portar diante da perseguição.

1. ESTEVÃO, UM MÁRTIR: O relato do caráter de Estevão, nos dado por Lucas, é vibrante: “E Estevão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At. 6.8). Quanto maior o poder de Deus atuante na igreja e na vida do cristão, maiores serão as perseguições. Por causa do testemunho corajoso de Estevão, os membros das sinagogas passaram a persegui-lo. Como foram incapazes de detê-lo por meio da argumentação bíblica, apelaram para a violência (At. 6.10). A perseguição pode ficar no campo das ideias, mas quando o perseguidor não consegue responder com base em seus argumentos, geralmente responde na base do falso testemunho (At. 6.13) da força física (At. 7.58). As declarações de Estevão foram firmes, ele se posicionou contra aquilo que era considerado de mais sagrado pelos judeus, o templo (At, 7.30,33,48), por isso eles o acusaram de “proferir palavras blasfemas contra este santo lugar” e de proferir “palavras blasfemas contra Moisés”. A pregação de Estevão, registrada no capítulo 7 de Atos, enfureceu as autoridades religiosas judaicas porque ele mostrou claramente que os líderes israelitas nunca entenderam os planos de Deus. A raiva dos judeus era tamanha que eles, diz Lucas, “enfureciam-se em seus corações e rangiam os dentre contra ele”. A coragem de Estevão não vinha dele mesmo, mas do Senhor, que o encheu com o Seu Espírito Santo (At. 6.5,8). O cristão cheio do Espírito Santo não teme a perseguição, nem mesmo a morte, pois sabe que, como aconteceu com Estevão, o Senhor estará nos céus para recebê-lo (At. 7.55,56). Mesmo sendo apedrejado, Estevão não desejou mal aos seus opositores, antes orou por eles, depois entregou seu espírito a Jesus, semelhantemente o que o Senhor havia feito na cruz (Lc. 23.34).

2. QUANDO A IGREJA É PERSEGUIDA: Após o martírio de Estevão, a igreja passou a enfrentar forte perseguição. A palavra mártir, em grego, significa “testemunho”, aqueles que são mortos por amor a Cristo, estão testemunhando do Seu amor a Ele, por isso são bem-aventurados (Mt. 5.11). Na ocasião em que Estevão foi apedrejado, Saulo de Tarso, “consentiu na morte dele” (At. 8.1). A morte de Estevão resultou numa grande perseguição contra a igreja de Jerusalém, mas essa não conseguiu deter a força do evangelho, pois “todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria (...) mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At. 8.1,4). A perseguição pode ser uma estratégia permitida por Deus para retirar a igreja do comodismo. Saulo de Tarso, o perseguidor, “assolava a igreja, entrando pelas casas; e arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At. 8.3). O verbo “assolava”, em grego, é lumaino e expressa “uma crueldade sádica e violenta”. O zelo religioso de Saulo de Tarso o conduzia a perseguição dos enviados por Cristo para pregar o evangelho, esse é o perigo da religiosidade humana, destituída do evangelho de Cristo. Seus líderes perseguem os cristãos sem qualquer respaldo no evangelho, pior ainda, fazem tudo “em nome de Deus”. Sempre foi assim, nos dias da igreja primitiva, no período das “santas” inquisições e ainda hoje. A igreja de Cristo não está imune às perseguições, pois, conforme expressou Paulo a Timóteo, “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. (II Tm. 3.12). A menos que a igreja partilhe os valores defendidos pelo mundo, e deixe de ser igreja, essa enfrentará oposições. E essas são de diversas ordens: institucionais – através de leis e decretos que sejam contrários à palavra de Deus; cultural – através da produção televisiva, cinematográfica e literária que se afastam do evangelho; e física – através da prisão, tortura e morte daqueles que apregoam a mensagem de Jesus Cristo.

3. ENFRENTANDO A PERSEGUIÇÃO: Como a igreja não está imune à perseguição, ela precisa saber enfrentá-la com fé e coragem. No capítulo 4 de Atos, está registrada a perseguição que Pedro e João sofreram por causa da cura de um coxo. A partir dessa passagem, é possível extrair alguns ensinamentos a respeito de como a igreja deva lidar com a perseguição. Primeiramente, é imprescindível a busca pelo poder do Espírito Santo (At. 4.8). Uma igreja cheia do Espírito Santo declara com intrepidez, aos perseguidores, que Cristo Jesus é o Senhor. Ela não se cala diante da autoridade suprema da Palavra de Deus, pois ainda que as autoridades queiram silenciá-la, os verdadeiros discípulos não podem deixar de testemunhar do que viram e ouviram (At. 4. 18-20). Paulo testemunhou a respeito dessa verdade “nós cremos também, por isso também falamos” (II Co. 4.13). Diante da perseguição, seja ela de ordem institucional, cultural ou física, temos respaldo do Senhor para a desobediência, pois, conforme expressou Pedro diante das autoridades judaicas, “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At. 5.29). O Senhor prometeu está com a Sua igreja, Ele declarou que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt. 16.18). Diante da perseguição, Ele não a deixará sozinha, pois prometeu estar com ela até a consumação dos séculos (Mt. 28.20). Por isso, devemos estar convictos que Ele agira diante das perseguições, realizará proezas no meio da igreja (Mc. 16.15-18). Se a perseguição continuar, e ainda que se tenha que pagar com a própria vida, a igreja tem a certeza de receber, do Senhor, a herança que está reservada aos mártires (II Tm. 4.8; Ap. 2.10).

CONCLUSÃO: A igreja não pode ter medo de perseguições, na verdade, pior que a perseguição é o comodismo. O Senhor prometeu está ao lado da Sua igreja quando essa for perseguida, Ele mesmo sofre com ela. Por isso, não devemos desvanecer diante das perseguições, precisamos enfrentar com coragem, no poder do Espírito Santo, na autoridade da Palavra de Deus. A igreja que cresce enfrenta perseguição, mas quanto mais essa for perseguida, mais avançará a semente do evangelho de Jesus Cristo. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!