Gênesis 2:
7.E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18.E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19.Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20.E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21.Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22.E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23.E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24.Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25.E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos da ideologia transgênero. Veremos as características desse movimento, a visão bíblica de sexo, gênero e os efeitos dessa ideologia. O objetivo é reafirmar a vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com o propósito divino por meio de seu sexo biológico. Uma pessoa transgênero é aquela que se identifica com um gênero diferente do que lhe foi atribuído com base em suas características biológicas (como genitália) no momento do nascimento.
O sexo biológico refere-se às características físicas e fisiológicas, como órgãos sexuais e cromossomos, que são categorizadas como masculinas ou femininas. Mas na ideologia transgênero, a identidade de gênero é considerada uma construção social e psicológica que se refere à percepção interna de uma pessoa sobre si mesma como masculina, feminina, uma combinação de ambos (não-binário) ou qualquer outra identidade de gênero; é uma ideologia progressista que nega a base biológica e desconstrói os valores bíblicos acerca da sexualidade do ser humano.
I. COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE
1. Identidade de gênero
Na perspectiva transgênero, a identidade de gênero é uma experiência interna e subjetiva de uma pessoa, na qual ela se identifica como masculina, feminina, não-binária ou outra identidade de gênero. Essa identificação é independente das características biológicas, como genitália, cromossomos e hormônios, que foram atribuídas à pessoa no nascimento. No entanto, a Bíblia Sagrada é clara e absoluta com relação a identidade binária do ser humano: ele nasce masculino ou feminino. Foi Deus quem o criou assim - “macho e fêmea os criou” (Gn.5:2).
Mas para os ativistas da ideologia de gênero e do movimento feminista, a identidade de gênero não é determinada pelo sexo biológico de uma pessoa, ou seja, pelas características físicas como genitália, cromossomos e hormônios; em vez disso, é uma construção social e psicológica, moldada por fatores como cultura, sociedade, educação, experiências de vida e autopercepção.
As ciências sociais engajadas neste contexto cultural distorcido passaram a enfatizar que o comportamento social dos gêneros é estabelecido pela cultura e não pelas características biológicas do sexo. Assim, argumentam que uma pessoa não precisa se comportar de acordo com o seu sexo de nascimento. Avaliam que a relação sexual entre macho e fêmea corresponde a papéis sociais impostos pelo contexto cultural e social, não pela constituição anatômica e biológica do corpo humano. Desse modo, validam e incentivam qualquer comportamento sexual. Nesse cenário, uma pessoa transgênero pode ser bissexual, heterossexual ou homossexual, dependendo do gênero que adota e do gênero com relação ao qual se atrai e relaciona-se afetiva e sexualmente. Mas, à luz da Bíblia Sagrada, isto é contranatural (Rm.1:26); é transgressão da lei de Deus (1Tm.1:9,10).
2. Cisgênero e Transgênero
-Cisgênero é um termo utilizado dentro dos estudos de gênero para descrever pessoas cuja identidade de gênero está em consonância com o sexo que lhes foi atribuído no momento do nascimento. Em outras palavras, uma pessoa cisgênero é aquela que se identifica com o mesmo gênero que lhe foi designado com base em suas características biológicas, como genitália e cromossomos, ao nascer. Por exemplo, se uma pessoa nasceu com características físicas consideradas masculinas (sexo biológico masculino) e se identifica como homem, ela é um homem cisgênero. Da mesma forma, se uma pessoa nasceu com características físicas consideradas femininas (sexo biológico feminino) e se identifica como mulher, ela é uma mulher cisgênero.
-Transgênero é um termo usado para descrever pessoas cuja identidade de gênero difere do sexo que lhes foi atribuído no momento do nascimento. Em outras palavras, uma pessoa transgênero é aquela que se identifica com um gênero diferente do que foi designado com base em suas características biológicas, como genitália e cromossomos, ao nascer. Por exemplo, uma pessoa que nasceu com características físicas consideradas masculinas (sexo biológico masculino) pode se identificar e se sentir como mulher, sendo, portanto, uma mulher transgênero. Da mesma forma, uma pessoa que nasceu com características físicas consideradas femininas (sexo biológico feminino) pode se identificar e se sentir como homem, sendo, assim, um homem transgênero. As pessoas desse grupo alegam ter nascido no corpo errado e se identificam com o gênero diferente do sexo biológico. Essa cosmovisão ratifica a ideia de que a identidade de gênero independe do sexo biológico, que é uma visão totalmente desviada da cosmovisão bíblica judaico-cristã. O movimento social que representa esse grupo é chamado de LGBTQIAPN+.
3. Transgênero e sexualidade
Na ideologia transgênero não há uma conexão rígida e determinística entre o sexo biológico e o gênero, e a pessoa transita livremente em todo tipo de relação sexual. Dessa maneira, o significado de sexualidade deixa de ser algo extraído da anatomia do corpo e torna-se algo imposto ao corpo. Isso significa que a identidade de gênero é vista como uma construção social e psicológica separada do sexo biológico.
Na perspectiva transgênero, a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o gênero que ela se identifica e por qual gênero sente atração sexual, como segue:
a) Heterossexual, quando a atração é pelo gênero oposto;
b) Homossexual, quando a atração é pelo mesmo gênero;
c) Bissexual, quando a atração é por ambos os gêneros;
d) Assexual, quando inexiste atração por gênero algum;
e) Pansexual, quando a atração não depende de gênero.
Além dessas categorias, existem pessoas que se denominam não-binárias, que não se encaixam em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. Com essa classificação, não se fala mais em sexualidade no singular, mas em sexualidade no plural, ou ainda, diversidade sexual. Nesse diapasão, conforme explica o pr. Douglas Baptista, a orientação sexual passa a referir-se à atração afetivo-sexual por alguém de qualquer gênero. Aqui, inexiste norma de orientação sexual em função do gênero das pessoas; considera-se que a prática heterossexual não é a única sexualidade possível.
É isto que os ideólogos desse movimento propagam, mas nós cristãos não compartilhamos deste entendimento; cremos absolutamente no que dizem as Escrituras Sagradas, que regem a moralidade divina no que tange à prática sexual, que deve ser realizada, dentro do casamento, somente só entre um homem e uma mulher (Gn.2:24).
II. REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO
1. A constituição biológica
Para os ativistas da “ideologia de gênero”, o gênero humano é uma construção social que envolve as normas culturais, papéis, comportamentos e identidades associadas ao homem ou mulher em uma determinada sociedade. Para eles, o gênero não é estritamente determinado pela biologia, mas sim pela identidade de gênero que cada pessoa atribui a si mesma, podendo ser homem, mulher, não-binário, entre outras identidades de gênero.
Para nós cristãos, porém, o gênero do corpo humano é definido pelo sexo de criação geneticamente determinado: homem ou mulher (Gn.1:27; 2:24), “macho e fêmea” (Gn.5:2). O Senhor Jesus ratificou esse formato da criação de Deus quando disse que “desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc.10:6). Nesse caso, o sexo e o gênero são determinados pelas características anatômicas, genéticas e fisiológicas do indivíduo. Portanto, o sexo e o gênero estão relacionados com as características orgânicas do corpo e dos órgãos genitais. Significa que, na criação divina, existem apenas dois sexos biológicos no ser humano: (a) Sexo Masculino - Os indivíduos possuem cromossomos XY, produzem espermatozoides e têm órgãos reprodutores masculinos, como o pênis e os testículos; ou (b) Sexo Feminino - Os indivíduos possuem cromossomos XX, produzem óvulos e têm órgãos reprodutores femininos, como o útero, os ovários e a vagina.
A partir desta distinção, podemos entender que a constituição biológica do gênero humano envolve principalmente as características sexuais primárias (órgãos reprodutores) e secundárias (características físicas não diretamente relacionadas à reprodução), bem como as diferenças hormonais entre homens e mulheres. Essas diferenças biológicas são responsáveis pelas características sexuais específicas e pela capacidade reprodutiva de cada sexo.
2. A constituição moral
A constituição moral do ser humano refere-se ao conjunto de princípios e valores que moldam o comportamento ético de uma pessoa. A Bíblia afirma que Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança moral (Gn.1:26,27); entretanto, o pecado corrompeu a moralidade do ser humano (Gn.6:5; Rm.3:23). Para restabelecer essa semelhança moral, o ser humano precisa nascer de novo (João 3:3) e tornar-se nova criatura (2Co.5:17). Jesus disse a Nicodemos que o novo nascimento não é carnal (físico, material), mas espiritual (João 3:6) - é um nascimento operado pela “água” e pelo Espírito de Deus: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (João 3:5). Significa transformação interior do ser humano. Água e Espírito eram os termos mais conhecidos no Antigo Testamento para falar sobre a transformação interior (cf. Is.32:15; 44:3; Ez.36:24-27; Jl.2:28,29).
Sem a purificação da alma, operada pelo Espírito Santo (Tt.3:5), mediante a Palavra de Deus (Ef.5:26), ninguém pode entrar no Reino de Deus. Portanto, nascer do Espírito é nascer de cima, do alto, de Deus; é ser transformado pelo Espírito Santo (Ez.36:25-27; Is.44:3); é ser nova criatura (2Co.5:17). Então, o Novo Nascimento não é algo superficial; não é uma mera reforma moral; é uma mudança completa do coração, do caráter e da vontade; é uma ressurreição, uma nova criação; é passar da morte para a vida; é uma mudança tão radical que você passa a ter uma nova natureza, novos hábitos, novos gostos, novos desejos, novos apetites, novos julgamentos, novas opiniões, nova esperança, novos temores; é voltar a ser imagem e semelhança moral de Deus. Essa nova criatura é obra do Espírito Santo que opera interiormente e promove a santificação do espírito, da alma e do corpo (Rm.8:2-5,13,14; 1Ts.5:23).
3. A constituição da sexualidade
Conforme mencionado na Bíblia Sagrada, mais especificamente no livro do Gênesis, Deus criou o homem (macho) e a mulher (fêmea). Esse fato é apresentado no relato da criação em Gênesis 1:27,28 (NVI): “Criou Deus o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!”. A partir deste texto, a Bíblia apresenta que a sexualidade faz parte do plano divino para a humanidade.
O relacionamento entre homem e mulher é visto como um complemento criado por Deus e é geralmente associado ao casamento e à procriação (Gn.2:24). Ao abordar o tema, o Senhor Jesus associou a anatomia dos sexos com o propósito divino da sexualidade e da reprodução (Mt.19:4-6). Isto enfatiza o casamento como uma instituição sagrada, criada por Deus, e destinada a ser uma união íntima e amorosa entre um homem e uma mulher. Isto destaca que o relacionamento sexual dentro do casamento é um ato abençoado e sagrado, destinado não apenas ao prazer mútuo, mas também à procriação e à continuação da humanidade (Gn.1:28; Ec.9:9; Sl.127:3-5). Portanto, a união monogâmica e heterossexual configura o modelo bíblico de sexualidade (1Co.7:3,4). Desse modo, no plano divino, o sexo, o gênero e a sexualidade não são meros estereótipos de construção social, mas estão biologicamente constituídos e intimamente relacionados.
III. EFEITOS DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO
1. Depreciação da Heterossexualidade
A Heterossexualidade é o modelo bíblico de sexualidade (Gn.2:24; Mt.19:5; Mc.10:7; Ef.5:31). Nesse modelo, uma pessoa é atraída romanticamente ou sexualmente por indivíduos do sexo oposto. Deus criou o homem e a mulher-macho e fêmea (Gn.1:27). Assim, o relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, entre um macho e uma fêmea biológicos. Afora esse modelo, a sexualidade não é lícita à luz da Palavra de Deus (Rm.1:27-28) e nem à luz das ciências biológicas. O ensino bíblico é claro: “com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (Lv.18:22). Portanto, a heterossexualidade é a norma ou padrão preferencial em uma sociedade normal e moralmente constituída, cujas relações e comportamentos são considerados naturais, aceitáveis e esperados. No entanto, os ativistas da ideologia transgênero têm atuado fortemente para desconstruir esse modelo bíblico.
Na década de 1990 foi cunhado o termo "heteronormatividade". Este termo é a combinação de "hetero", que significa diferente ou oposto, com "normatividade", que se refere a normas e expectativas sociais. Nessa década, a heteronormatividade começou a ser discutida e analisada em estudos culturais, estudos de gênero e campos relacionados. Essa teoria surgiu para criticar e explorar a sociedade que tende a assumir a heterossexualidade como o comportamento sexual normal ou padrão e, assim, moldar papéis de gênero e normas sociais em torno dessa ideia. A ideia da cunhagem do termo foi para forçar a sociedade entender como ela pode favorecer e privilegiar relações, identidades e comportamentos heterossexuais, enquanto pode marginalizar ou estigmatizar pessoas LGBTQ+.
Os ativistas LGBTQ+ entendem que, desde a cunhagem do termo, o conceito de heteronormatividade tem sido fundamental para a compreensão e discussão sobre questões de diversidade sexual e de gênero, bem como para promover uma maior conscientização sobre a importância de criar sociedades mais inclusivas e respeitosas para todas as pessoas. Na verdade, como afirma o pr. Douglas Baptista, isto é uma proposta de doutrinação para apresentar a crítica de que o reconhecimento da distinção biológica entre homem e mulher como dado óbvio do desenvolvimento humano e da realidade, ou seja, a heteronormatividade (que já é um termo doutrinador), é um sistema opressor e normatizador em que se obriga as pessoas a se relacionar apenas entre homem e mulher. Nesse sentido, acusam os héteros de preconceituosos, discriminadores e transfóbicos.
Entretanto, a prática não heterossexual como, por exemplos, a homossexualidade, a sodomia, a transgeneridade e suas derivações, é vista nas Escrituras como um mal (Jz.19:22,23), e o apóstolo Paulo a define como uma transgressão da lei de Deus (1Tm.1:9,10). O apóstolo Paulo afirma que essa prática é uma imundícia e uma desonra (Rm.1:24), é uma paixão infame e uma relação contrária à natureza (Rm.1:26), é uma torpeza e um erro (Rm.1:27). Paulo ainda afirma que essa perversão é uma disposição mental reprovável e uma coisa inconveniente (Rm.1:28). E isto traz consequências graves no tempo e na eternidade, e receberá em si mesmo a merecida punição do seu erro (Rm.1:27), e a consequência é a perdição eterna, caso não haja conversão sincera e abandono da prática do pecado (1Co.6:9,10).
Essa perversão de gênero sempre trouxe corrupção de valores e o juízo de Deus. Onde a apologia desse pecado grassou, os povos se corromperam, a família se desintegrou e o juízo de Deus foi derramado. Foi o que ocorreu com os cananeus. Foi o que ocorreu com Sodoma e Gomorra. Foi o que ocorreu com o Império Romano. Hoje, faz-se apologia desse pecado. Os seres humanos ímpios perderam o temor de Deus e se insurgiram contra a Sua Palavra. Por mais popular que essa prática reprovável possa ser, ela sempre será vista como coisa abominável aos olhos de Deus. O homem muda, mas Deus não muda, e Sua eterna Palavra sempre condenará essa prática como um dos terríveis males que provoca a ira de Deus.
2. Construção de narrativas
Ativistas do comportamento trans alegam que a subjetividade de alguém se sentir homem ou mulher ou de outra identidade de gênero pode sobrepor os aspectos biológicos; alegam que a identidade de gênero é uma construção social e psicológica, que não se limita apenas aos aspectos biológicos. A insatisfação com o próprio corpo, chamada disforia de gênero, é uma experiência real para muitas pessoas trans. Na busca de aceitação social, divulgam a ideia do nascimento no corpo errado. Diante desse fato, exigem terapia hormonal e cirurgia de redesignação sexual como solução para adequar o corpo à mente.
Mas segundo os cientistas entendidos neste assunto, “é impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, uma vez que o sexo de cada um está codificado em seus genes: XX para a mulher, XY para o homem. A cirurgia pode somente criar uma aparência do outro sexo, pois a identidade sexual está escrita em cada célula do corpo e pode ser determinada por meio do teste do DNA, não podendo ser mudada”. Ir contra os desígnios divinos é um ato de revolta contra o Criador que criou o homem e a mulher e disse: “Frutifica e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a” (Gn.1:27,28).
Em 2017, a associação de pediatras americanos (American College of Pediatricians) publicou que o uso indiscriminado de terapia hormonal e a prática da cirurgia de mudança de sexo são um erro. No relatório, destacam-se os seguintes pontos:
a) Conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e não fazendo intervenções invasivas no corpo;
b) Meninos não nascem com cérebro feminizado e meninas não nascem com cérebro masculinizado;
c) A ideia de pessoas presas no corpo errado é uma crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa.
Diante destes relatos, exponho as palavras do apóstolo Paulo: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?” (Rm.9:20).
3. Linguagem neutra
A linguagem neutra, também conhecida como linguagem inclusiva ou linguagem não sexista, é uma abordagem linguística que procura eliminar ou minimizar o viés de gênero em textos, discursos e comunicações. Esta é outra aberração do movimento LGBTQIAPN+ que exige a inserção de uma terminologia neutra ou não-binária na linguagem do dia a dia. O objetivo, segundo esse movimento, é tornar a linguagem mais igualitária e inclusiva, evitando o uso excessivo de pronomes e termos que tradicionalmente refletem uma concepção binária de gênero (masculino e feminino) e que podem reforçar estereótipos de gênero.
Alguns exemplos de práticas utilizadas na linguagem neutra incluem:
a) Uso de pronomes neutros: Em vez de usar pronomes de gênero binário, como "ele" ou "ela", pode-se optar por pronomes neutros como "ela/ele" ou "elle/elu", ou ainda "a pessoa".
b) Substituição de termos de gênero: Evitar o uso de substantivos e adjetivos que são específicos de gênero e que excluem ou marginalizam outras identidades de gênero. Por exemplo, substituir "o aluno" por "a pessoa estudante" ou "os funcionários" por "as pessoas trabalhadoras".
c) Flexão de gênero: Evitar a flexão de gênero dos substantivos, adjetivos e pronomes, quando possível. Por exemplo, usar "pessoas corajosas" em vez de "homens corajosos" ou "mulheres corajosas".
d) Terminologia inclusiva: Utilizar termos que não implicam uma divisão binária de gênero, como "pessoas cisgênero" e "pessoas transgênero" em vez de "homens cisgênero" e "mulheres transgênero".
Contudo, na Língua Portuguesa o gênero neutro é absorvido pelo masculino. Assim, o masculino é usado de modo genérico para identificar a espécie humana (homens e mulheres). Mas os referidos ativistas querem impor esse tipo de aberração linguística, que é simplesmente desnecessária e impraticável, pois consideram a gramática normativa como machista e elitista, e, por incrível que pareça, muitas escolas no Brasil já se renderam à estas aberrações e estão desconstruindo a norma gramatical para atender à ideologia de gênero, com a devida anuência das instituições governamentais. É uma tremenda vergonha!
CONCLUSÃO
Diante do que estudamos aqui conclui-se que os efeitos da ideologia transgênero promovem uma agenda completamente anticristã. O sexo, o gênero e a sexualidade fazem parte da constituição anatômica e fisiológica divinamente instituída. Portanto, a transexualidade é um terrível afrontamento à sacralidade do corpo humano, que foi criado por Deus, com sua identidade binária: “macho e fêmea os criou” (Gn.1:27). Deus não errou ao criar a sexualidade heterossexual para a humanidade; assim, ninguém nasce predeterminado a identificar-se como transgênero. A igreja cristã, então, deve rejeitar peremptoriamente toda argumentação a favor da falsa ideologia de gênero e da transexualidade, ou a falsa mudança de sexo. A Palavra de Deus é imutável! (1Pd.1:25).