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* MORNIDÃO ESPIRITUAL

Texto: Ap. 3.14-20

Objetivo: Mostrar que a mornidão espiritual leva o cristão à soberba, à iniqüidade e à apostasia.

INTRODUÇÃO: Estudaremos a respeito da mornidão espiritual, tendo, como base, a carta do Senhor à igreja de Laodicéia, suas causas e conseqüências, e, ao mesmo tempo, extraindo princípios para que não sejamos levados ao mesmo equívoco.

1. A IGREJA DE LAODICÉIA: A cidade de Laodicéia estava localizada ao sudoeste da Frigia, na Ásia Menor, não muito distante de Colosso. Conta-se que foi destruída por um terremoto em 62 a. C., e, que, mesmo assim, foi reconstruída com facilidade, em virtude da riqueza exuberante dos seus cidadãos. De acordo com os historiadores, naquela cidade, já se encontrava, naqueles tempos, um tipo de colírio para os olhos, tecidos de linho de qualidade, entre outros artefatos. Ao que tudo indica, essa riqueza levou a igreja à ostentação material, e, por conseguinte, à mornidão espiritual (Ap. 3.17). A título de curiosidade, é possível que esta igreja tenha recebido alguma epístola de Paulo (Cl. 4.16). Os estudiosos concordam que tal epístola, na verdade, seria a mesma aos Efésios, que havia sido dirigida às duas igrejas: a de Éfeso e a de Laodicéia. A essa igreja, Jesus se apresenta, no Apocalipse, como o Amém (v. 14), mostrando ser a Verdade, aquele em que não há sombra de inconstância ou dúvida, opondo-se à instabilidade dos laodicenses, a qual o Senhor denominou de “mornidão”.

2. A MORNIDÃO DOS LAODICENSES: A palavra “morno”, no grego, é chliaros, e significa, prioritariamente, indiferença, ou, em sentido metafórico, a condição humana que flutua inconstantemente e indignamente entre o fervor e o desdém espiritual. O sentimento da Igreja de Laodicéia, em relação ao Senhor, era de extrema inconstância, apelando aos tempos do profeta Elias, poderia se dizer que coxeava entre dois pensamentos (I Rs. 18.21). O coração oscilava, ora na igreja, servindo a Deus, ora no mundo, servindo a Mamon (Mt. 6.24 ver também II Rs. 17.41). O mente dos laodicenses estava dividida não sabia se o correto seria buscar ao Senhor, ou como quiseram os israelitas no deserto, voltar ao Egito e se deliciar com os mangares (Nm. 11.5) ao invés de seguir à Terra Prometida. Jesus chamou a atenção dos seus discípulos a fim de que não mais olhassem para traz (Lc. 9.62), atentando para o exemplo da mulher de Ló (Lc. 17.32). A situação dos laodicenses, como a de muitas igrejas atuais, era preocupante, pois Cristo, o cabeça da igreja, se encontrava do lado de fora (Ap. 3.20). Esse versículo é comumente usado para a pregação evangelística, mas, no contexto da passagem, ele é dirigido a uma “igreja”.

3. AS CAUSAS DA MORNIDÃO ESPIRITUAL: Quando analisamos as condições históricas da igreja de Laodicéia e as declarações do Senhor a seu respeito, é possível observar, nitidamente, as causas da mornidão espiritual, daquela igreja, resultava da sensação de auto-suficiência proveniente de suas riquezas materiais (v. 17). A ostentação dos bens fez com que os membros daquela comunidade perdessem um dos elementos fundamentais à fé cristã, o fervor (Lc. 24.32; At. 18.25; Rm. 12.11). Na confiança de suas riquezas, e sem fervor espiritual, a fama da igreja local se restringe á autoglorificação, a um marketing de suas realizações materiais, o pior é quando toda a ostentação tem como objetivo principal ocultar o pecado (Os. 12.8). Conta-se que após o período da perseguição do Império Romano, quando a igreja institucionalizada se filiou ao Império, Agostinho fora convidado por um bispo para visitar Roma. Após mostrar-lhe toda a grandeza da Igreja, o bispo disse, com entusiasmo, que a igreja agora não precisava mais dizer que não tinha mais prata nem ouro. Agostinho acrescentou que, em compensação, também não poderia dizer ao paralítico que se levantasse e andasse. Aquela igreja, como muitas de hoje em dia, perdeu o seu brilho, não mais é. Pensam que são ricos, mas por esquecerem de onde vem o poder que lhe dirige (At. 1.8), para nada servem, senão para serem pisadas pelos homens (Mt. 8.13). Essa é uma metáfora que se relaciona à ameaça do Senhor de vomitar a igreja de Laodicéia (v.16).

CONCLUSÃO: O Senhor apresenta um conselho para a Igreja de Laodicéia (v. 18) que se aplica a todas as igrejas atuais que se encontram na mesma condição. A principio, faz-se necessário que haja arrependimento (v.19) da auto-suficiência, percebendo que, sem Jesus (Fp. 3.7,8), a igreja é pobre, cega, miserável e nua (v. 17). Ao invés de supervalorizamos a riqueza material, invistamos nas riquezas de Cristo (Ef. 3.8), revestindo-se, também, das características do novo homem (Cl. 3.10-14). Não devemos esquecer que a repreensão do Senhor é uma demonstração do Seu amor (v. 19), para que não sejamos condenados com o mundo (I Co. 11.32; II Tm. 4.10). PENSE NISSO!