SISTEMA DE RÁDIO

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A PROVISÃO DE DEUS NO MONTE SACRIFÍCIO


Texto Gn. 22.8 – Leitura Bíblica Gn. 22.1-6



INTRODUÇÃO
Nenhum cristão está imune às provações, elas chegarão cedo ou tarde. Faz parte do amadurecimento passar por essa escola. Na aula de hoje estudaremos a respeito da prova de Abraão, quando Deus pediu que esse sacrificasse seu filho no monte. Inicialmente destacaremos que as provas virão, e quando isso acontecer, devemos aprender a concentrar-se nas promessas de Deus, e por fim, que se faz necessário depender a provisão divina.

1. AS PROVAS VIRÃO
Abraão passou por várias provas, a primeira foi familiar, quando precisou sair da parentela (Gn. 11). Em seguida, sobreveio a fome sobre Canaã, fazendo com que o patriarca se dirigisse para o Egito (Gn. 12). Outra prova foi a liberalidade, a disposição de aceitar a opção de Ló, quando esse decidiu ir para as produtivas campinas do Jordão (Gn. 13). Como se isso não fosse suficiente, ainda teve que enfrentar lutas, e não aceitar os despojos da guerra, aprendendo a depender exclusivamente de Deus, para seu suprimento (Gn.14). Mas as provas não tinham ainda se acabado, teve que lidar com a falta de paciência de Sara, decidindo ter um filho por meio da serva Agar (Gn. 16), depois teve que se despedir de Ismael, seu filho com a escrava (Gn. 21). As provas sobrevêm sobre aqueles que professam a fé em Deus, em alguns casos são resultantes das escolhas equivocadas que fazemos, em outros, decorrem das condições existenciais, ou mesmo de circunstâncias socioeconômicas, com as quais somos obrigados a sobreviver. É importante também fazer a distinção entre as tentações, que geralmente são resultantes dos desejos humanos (Tg. 1.12-16). As provações, porém, são permitidas, e em alguns casos, providenciadas, por Deus, a fim de nos conduzir à maturidade (Tg. 1.1-6). Há cristãos que se equivocam em relação ao objetivo primordial da vida, muitos mais interessado em nossa prosperidade financeira, Deus quer nos conduzir a uma vida plena, a semelhança do padrão em Cristo, perseguindo seu modelo de santidade (Gl. 5.22).

2. ONDE COLOCAR O FOCO
Diante das provações, devemos colocar nosso foco em Deus, que sempre providencia um escape. Ao mesmo tempo em que não somos tentados para além dos que podemos suportar (I Co. 10.3), podemos enfrentar também provas que parecem insuportáveis (II Co. 8.2). A menos que estejamos focados nas promessas de Deus, perderemos facilmente a rota da jornada espiritual. O pedido de Deus a Abraão pareceu absurdo, considerando que Isaque era o filho da promessa. Como o mesmo Deus que prometeu fazer do patriarca uma grande nação se atreveu a pedir o filho de Abraão em sacrifício? Há momentos em que não compreendemos a lógica de Deus. Na verdade, em casos semelhantes a esse constatamos que as vezes as exigências de Deus não têm lógica. Abraão e Sara aguardaram ansiosamente pelo cumprimento da promessa, pelo momento em que finalmente se tornariam pai e mãe. Então Deus resolve exigir que o velho patriarca sacrifique seu único filho no Monte. Mas Deus tem seus motivos soberanos, às vezes, para purificar nossa fé (I Pe. 1.6-9), para aperfeiçoar nosso caráter (Tg. 1.1-4), para nos proteger do pecado (II Co. 12.7-10). Há momentos que gostaríamos de ter uma explicação, mas a resposta de Deus, na maioria das vezes, é o silêncio. Voltamo-nos para a Palavra, e nela encontramos direções que nos dão paciência. Deus também sofreu na cruz do calvário, talvez essa seja a resposta mais contundente ao problema da provação. A fidelidade de Deus, que sacrificou Seu Filho, por amor aos pecadores, é o fundamenta da fé e esperança do crente (Jo. 3.16).

3. DEPENDENDO DE DEUS
Abraão sabia que poderia confiar nas promessas de Deus, Ele seria fiel para cumprir aquilo que havia revelado. Se Isaque seria a descendência do patriarca, então o Senhor haveria de providenciar o escape (Gn. 21.12). Abraão acreditava que mesmo que Deus permitisse que ele sacrificasse seu filho, poderia ressuscitá-lo e trazê-lo de entre os mortos (Hb. 11.17-19). Devemos estar cada vez mais convictos das promessas de Deus, não adianta querer alicerçar nossa fé em explicações, nem mesmo em fatos. Abraão precisou destronar o filho do seu coração, e deixar que apenas Deus tivesse o comando da sua vida. O Senhor não permitiu que o patriarca sacrificasse Isaque, porque já tinha o feito dentro do seu velho coração. Ele sabia que Deus proveria para si o cordeiro para o holocausto (Gn. 22.8), porque Ele, e somente Ele, é o Senhor da Providência, o Jeová-Jireh (Gn. 22.14). Há momentos que somente podemos depender de Deus, e ninguém mais. Sara havia ficado em casa, os dois servos que ficarem ao pé do monte, não estavam com Abraão. Há uma dimensão existencial na longa caminhada de Abraão até chegar ao Monte. Existem provações que temos que enfrentar sozinhos, sem a ajuda de quem quer que seja, nem mesmo dos membros da família. No caso de Abraão ainda havia o filho, que estava com ele, e “caminhavam ambos juntos” (Gn. 22.6,8), mas esse não compreendia o que estava acontecendo. Mas “depois”, quando tudo havia passado, Abraão recebeu a aprovação de Deus (Gn. 22.12), recebendo novas garantias do Senhor (Gn. 22.16-18), e a descoberta de que Deus é Jeová-Jireh (Gn. 22.14).

CONCLUSÃO
As provações não visam nos distanciar de Deus, muito pelo contrário. Elas fortalecem nossa fé, e nos ensinam a desenvolver um amor mais profundo pelo Senhor. Depois da provação, saímos mais fortalecidos, e principalmente, amadurecidos. A pedagogia de Deus costuma ser diferente da que conhecemos nas escolas regulares. Isso porque Deus dá a prova primeiro para que possamos extrair lições em seguida.