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ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA


Texto Áureo: Is. 55.2   – Texto Bíblico: I Cr. 29.10-14; 1 Tm. 6.8-10

INTRODUÇÃO
A Ética Crista também tem a ver com mordomia, isto é, o uso apropriado dos bens materiais. Somos responsáveis pela propriedade que Deus permite que chegue até nós. Na lição de hoje estudaremos a respeito desse importante assunto, destacando, a princípio, os fundamentos bíblicos para a propriedade, em seguida, mostraremos que o trabalho é uma benção divina, desde que seja honesto, e por fim, que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e que o contentamento deve ser a meta de todo cristão.

1. TRABALHO E FINANÇAS
O trabalho é uma ordenança divina, antes mesmo da queda o homem já trabalhava, por causa do pecado esse se tornou pesaroso (Gn. 3.19). Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento encontramos passagens bíblicas que ressaltam a importância do trabalho (Pv. 21.25; 22.13; II Ts. 3.10). O trabalho possibilita a mobilidade social, bem como a educação e melhor salários. Mas é preciso considerar que a empregabilidade, e mesmo a ascensão social depende de fatores diversos. É preciso que haja justiça, e que os políticos trabalhem, a fim de favorecer a democratização dos recursos. Algumas pessoas não conseguem trabalhar, e muito menos administrar as finanças, por causa de situações adversas pelas quais passam, e quem em alguns casos estão além do controle. Os cristãos devem buscar ser exemplo no seu trabalho, com o objetivo de suprir suas necessidades, e principalmente da sua família (Fp. 4.7), mas também para contribuir com o reino de Deus (Ml. 3.7-10), e para ajudar os que têm necessidade (II Co. 9.7). É importante também evitar dívidas, sobretudo àquelas desnecessárias, impostas pela demanda consumista, que conduz as pessoas à ganância, e a desequilíbrio financeiro (Is. 55.2).

2. OS MALES DO CONSUMISMO
A princípio, faz-se necessário distinguir o que seja “consumo” e “consumismo”. No primeiro caso, as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para a sobrevivência. Em relação ao consumismo a pessoa gasta tudo aquilo que tem, e até o que não tem, em produtos supérfluos. Esse consumo exagerado, em muitos casos, é produto das provocações dos meios de comunicação de massa, especialmente, da propaganda da televisão. Os canais televisivos cobram quantias exorbitantes aos anunciadores dos produtos, os quais, incitam as pessoas a adquirirem os seus produtos, criando necessidades que, na verdade, não existem. As implicações sociais do consumismo são terríveis, pois podem gerar violência na medida em que as pessoas distanciadas de Deus acabam cometendo atrocidades a fim de satisfazer a vontade de possuir um determinado produto. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Uma outra conseqüência danosa do consumismo é a destruição do meio ambiente, algo que não pode ser desconsiderado, mesmo pelos cristãos, pois somos mordomos da criação de Deus (Gn. 2.8,19,20; Ex. 23.11)

3. NA BUSCA PELO CONTENTAMENTO
A maior riqueza de um cristão é a piedade (gr. eusebeia), uma vida dedicada a Deus, através de momentos de oração e meditação na Palavra. Existem muitos cristãos que, por causa do desejo de ficarem ricos, estão se afastando da fé. Paulo adverte quanto ao amor ao dinheiro, ressaltando que o amor a esse é a raiz de toda espécie de males (I Tm. 6.9,10). Essa mensagem confronta diretamente a famigerada teologia da ganância, que está se infiltrando em muitas igrejas evangélicas. A espiritualidade do obreiro não deve ser identificada pelo total de bens que conseguiu acumular. De nada adianta ser rico na terra, ajuntar tesouros nos bancos, e não ser rico para Deus (Lc. 12.21). Há lideranças nas igrejas que se tornaram escravas do dinheiro, são obreiros fraudulentos que não conseguem ver outra coisa, a não ser a lã das ovelhas. Até mesmo os ricos da igreja devem ser ensinados a não colocar sua fé nos bens materiais que possuem, mas em Deus que abundantemente nos dá todas as coisas (I Tm. 6.17). Os bens não podem ser usados apenas para satisfação pessoal, devem servir também para fazer o bem ao próximo, é assim que se enriquece em boas obras (I Tm. 6.18).

CONCLUSÃO
O tesouro do cristão não está na terra, pois ele não coloca a sua fé no que tem, mas em quem Deus é (Mt. 6.19-24). Mamom é o deus deste século, e tem seu altar estabelecido no meio dos homens. O crente aprendeu a viver contente em todas as circunstâncias, e sabe tanto ter abundância quanto passar por privação (Fp. 4.13).  A piedade, demonstrada através do contentamento, é grande fonte de lucro para o cristão (I Tm. 6.6). Os obreiros desta geração não podem esquecer essa importante verdade bíblica, que está sendo deturpada por uma teologia equivocada, que busca apenas as riquezas terrenas, e que nada tem a ver com as Escrituras.

BIBLIOGRAFIA
KAISER JR, W. C. O cristão e as questões éticas da atualidade. São Paulo: Vida Nova, 2015.
PLATT, D. Contracultura. São Paulo: Vida Nova, 2016.