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POSSESSÃO DEMONÍACA E A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS


Texto Áureo: Lc. 10.17 – Leitura Bíblica: Mc. 5.2-13

INTRODUÇÃO
Os demônios atuam na esfera humana, ainda que alguns tentem negar essa verdade. A ciência moderna, com o objetivo de reduzir tudo ao material, atribui a possessão demoníaca aos transtornos mentais. Essa, no entanto, é uma realidade no contexto bíblico, reforçada pela experiência. Na aula de hoje, estudaremos a respeito da realidade da possessão demoníaca, e o mais importante, a autoridade de Jesus sobre as potestades espirituais.

1. ANÁLISE TEXTUAL
Logo após Jesus sair do barco, pois estava ensinado às pessoas, saiu-lhe ao encontro um homem com um espirito imundo – pneumati akatharti – isto é, um espírito impuro. E esse, fazia com que aquele homem morasse nos sepulcros, e tinha uma força extraordinária, de modo que ninguém podia preder – o verbo grego é deô, indicando que nada podia atá-lo, ou mais precisamente, amarrá-lo (v.2). E isso é reforçado no versículo seguinte, pois muitas vezes foi preso com grilhões – pedais – correntes e cadeias – halusesin – prisões, mesmo assim, sua força era tão grande que fazia as correntes e cadeias não passarem de migalhas – synthretipetai – destruindo em pedações (v. 3). E mais, esse espírito imundo o impulsionava a andar de dia e de noite clamando pelos montes, fazendo com que o homem ferisse a ele mesmo com pedras. Paradoxalmente, quando esse homem vê Jesus, corre para o adorar – prosekynesen – se prostrando aos seus pés. E reconhece que Jesus é o Filho do Deus Altíssimo – huie tou Theos ho hupsistos. O demônio pede a Jesus que não o atormente – basanizo, que dá ideia de perturbar. Jesus, com autoridade divina, pergunta qual o nome daquele demônio, e esse responde: Legião – legion, e o próprio explica – porque somos muitos (v. 9). O demônio roga a Jesus para que não o enviasse para fora daquela província – chora – região, país ou área de atuação. Naquela ocasião, pastava no monte uma grande manada de porcos, e os demônios rogaram a Jesus para que os mandasse para entrar nos porcos. Jesus permitiu, os espíritos imundos entraram nos porcos, e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar, e ali se afogou (v. 13).

2. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Esse episódio ocorreu próximo a Gerasa, uma cidade pequena próxima ao mar, na narrativa de Mateus, é especificado que era na região de Gadara (Mt. 8.28). Havia ali . um demônio – espírito imundo – que se apoderava de um homem e que o tentava destruir. Essa realidade é coerente o que Jesus ensinou, o diabo veio para roubar, matar e destruir (Jo. 10.10). Aquele homem cortava a si mesmo, utilizando-se de pedras, tendo tendências autodestrutivas. Há quem defenda que toda tendência suicida é demoníaca, mas isso nem sempre é verdade. Existem pessoas que têm problemas mentais e que demandam tratamento especializado. Mesmo assim, não se pode negar que as potestades do mal se aproveitam da vulnerabilidade humana para inculcar tendências autodestrutivas (Mc. 5.5). Esse demônio se apropria da voz daquele homem, isso mostra que os espíritos imundos podem se utilizar das funções biológicas, inclusive dando-lhe maior capacidade, considerando que ninguém podia prender aquela pessoa. A partir desse texto, aprendemos também que os demônios agem de maneira orquestrada, em alguns casos, como um exército, já que se chamava Legião, que em Roma era composta por 6.000 soldados, não sabemos ao certo se esse era o total de demônio existentes naquele homem, mas certamente eram muitos (Mc. 5.9). Os porcos, no contexto da cultura judaica, eram considerados animais impuros, por isso, os demônios pediram para serem lançados neles (Mc. 5.13). Jesus permitiu que tais espíritos fossem para os porcos, e esses morreram ao caírem no despenhadeiro. É digno de destaque que as pessoas daquela região, ao invés de ficarem satisfeitas com a libertação do homem, preferiram lamentar o prejuízo, deixando de ver a importância da restauração da sua condição normal.

3. APLICAÇÃO TEXTUAL
Os demônios existem, e continuam atuando nos dias atuais, mas o poder deles está limitado, Jesus tem autoridade para expulsá-los, como fez nos tempos antigos. A presença do Senhor, em ambientes dominados pelas forças do maligno, pode fazer com que esses sejam modificados. O fato de Jesus ter perguntado o nome dos demônios não é fundamento para entrevistá-los, como fazem algumas igrejas neopentecostais em programas televisivos. Além disso, não podemos deixar de considerar que o diabo é o pai da mentira, portanto, não é digno de crédito. É preciso também ter cuidado, para não supervalorizar a atuação demoníaca, e não fazer propaganda demasiada da sua atuação. Existem pregadores que falam tanto a respeito do demônio em suas preleções que esquecem de enfatizar a cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, que deve ser nossa mensagem central. Existem, nesses tempos difíceis, muitas pessoas que estão debaixo do controle das hostes infernais, precisamos continuar pregando a boa nova do Reino de Deus, e expulsando os demônios na autoridade de Jesus. Mas devemos saber, conforme nos é revelado nas Escrituras, que expulsar demônios não tem por objetivo espetacularizar o evangelho. Muito pelo contrário, o mais importante é o Reino de Deus, e o ato de expulsar os demônios é apenas um sinal, que antecipa o “já”, do “ainda não”, quando os poderes das trevas serão definitivamente destronados. Assim, com a autoridade do nome de Jesus, devermos expulsar os demônios, mas não podemos deixar de anunciar que o reino de Deus está no meio de nós.

CONCLUSÃO
Os demônios continuam atuando no planeta terra, e instrumentalizando pessoas para causar a destruição delas mesmas, bem como de outros. Na autoridade do nome de Jesus, podemos expulsá-los, a fim de que essas pessoas sejam libertas, e possam viver para a glória de Deus. É importante que estejamos cientes do poderio de Jesus sobre os poderes das trevas, e que ao expulsamos os demônios, estamos antecipando a realização do reino de Deus, que terá sua plenitude no futuro.

BIBLIOGRAFIA
BORGMAN, B., VENTURA, R. Spiritual warfare. Grand Rapids: RHB, 2014.
STEDMAN, R. C. Batalha espiritual. São Paulo: Abba Press, 1995.