Texto Áureo: Jo. 4.24 – I Pe. 2.5-10; Rm. 12.1
Objetivo: Mostrar que a igreja existe para adorar a Deus e levar o seu maravilhoso conhecimento às nações.
INTRODUÇÃO
Em Jo. 4.24, a mulher samaritana indaga Jesus a respeito do lugar onde se deveria adorar ao Senhor. Ele a responde que Deus é quem busca os verdadeiros adoradores, os quais deverão adorá-lo em espírito e em verdade. A adoração é uma aspecto fundamental à igreja que se presta a servir ao Senhor, portanto, não poderá ser feita de qualquer modo, mas em conformidade com os parâmetros bíblicos, é o que veremos na lição de hoje.
1. TERMINOLOGIA
No hebraico, a palavra sahar, significa “adorar, prostrar-se, curvar-se”. Aparece pela primeira vez em Gn. 18.2, onde lemos que Abrão “inclinou à terra” diante dos três mensageiros que anunciaram que Sara teria um filho. O termo também aparece em referência ao ato de se curvar diante das autoridade (I Sm. 24.8; Rt. 2.10; Gn. 37.5,7,8). No AT, tanto se referia ao ato de se dobrar fisicamente quanto mentalmente (Ex. 34.8; Is. 2.20; 44.15,17). No grego, proskuneo, tem o sentido de “fazer reverência” e é usado, com muita freqüência, referindo-se a adoração: a) a Deus (Mt. 4.10; Jo. 4.21-24; I Co. 14.25; Ap. 4.10; 5.14; 7.11; 11.16; 19.10); b) Jesus Mt. 2.2,8,11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 28.9,17; Jo. 9.38; Hb. 1.6); c) um homem (Mt. 18.26); d) um dragão (Ap. 13.4); e) a besta (Ap. 13.4-12; 14.9-11); f) demônio (Ap. 9.20) e a ídolos (At. 7.43). Outras palavras do Novo Testamento relacionada à adoração são: sebomai – venerar – Mt. 15.9; Mc. 7.7; At. 16.14; 18.7,13; At. 19.27; latreuo – fazer homenagem ou prestar serviço religioso – At. 7.42; 24.14; Fp. 3.3; Hb. 10.2; eusebeo – agir piedosamente para com – At. 17.23 e therapeuo – servir, prestar serviço a – At. 17.25.
2. A ADORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
No AT, a adoração era, primariamente, individual (Gn. 24.26) como expressão pessoal de gratidão pelo êxito em uma determinada missão, ou como no caso de Moisés (Ex. 34.8), na busca pelo favor divino. Algumas vezes, a adoração tinha uma alcance familiar (Gn. 12.7; 22.5) e até nacional, conforme lemos em I Cr. 29.20. No templo, a adoração consistia de: 1) atos de sacrifício com derramamento de sangue de animais (II Cr. 7.5); 2) atos cerimoniais na busca pelo favor divino (II Cr. 7.6); 3) louvor ministrados por oficiais levitas (II Cr. 5.13: I Cr. 16.36); 4) oração pública (II Cr. 6) quando por ocasião da dedicação ao templo.
3. A ADORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
No NT, é possível identificar três tipos de adoração pública tendo, como base, o templo, a sinagoga e na congregação. Em relação à liturgia – isto é – dos elementos práticos do culto religioso – inclui-se: 1) a recitação do shema, de Dt. 6.4-9; 11.13-21; Nm. 15.37-41; 2) oração, geralmente com base nos Salmos; 3) a leitura de membros da congregação de trechos da Tora e dos Profetas, selecionados pelos líderes da sinagoga; e 4) o targum ou explicação condensada das Escrituras na língua vernácula. Considerando o lugar da música na vida religiosa judaica, é possível afirmar, inclusive com base em algumas passagens, que tivesse lugar na adoração cristã.
4. A ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
A adoração se desenvolveu nas sinagogas, e não no templo, já que, com Cristo, teve fim o sistema de sacrifício judaico. Essa percepção, porém, foi gradual, é válido ressaltar, que, a princípio, o próprio Jesus demonstrou consideração pelo Templo (Mt.21.13). Contudo, Cristo sempre se colocou como maior do que o templo (Mt. 12.6), citando Os. 6.6. Emboras se reconheça a importância do templo, nos dias atuais, para aconchegar e reunir os crentes, é sempre bom destacar que os verdadeiros adoradores transcendem os lugares (Jo. 4.21,22), afinal, a sinagoga funcionava como uma espécie de templo, algo que veio a mudar depois do Pentecoste (Tg. 2.2; At. 2.1ss) devido as perseguições que sucederam a expansão do cristianismo. É bom destacar que Paulo se utilizava das sinagogas enquanto recurso estratégico a fim de proclamar Cristo (At. 20.16; I Co. 16.8).
CONCLUSÃO
As duas passagens envolvidas, Jo. 4.23;24 e Rm. 12.1-2, nos apresentam o modelo bíblico da adoração cristã que pode ser resumido assim: 1) deve incentivar à santidade (I Ts. 5.23,24); 2) é um sacrifício que trás vida (Hb. 13.15,16; e 3) tem o conhecimento da Palavra como fundamento diligente (II Pe. 1.5).
Objetivo: Mostrar que a igreja existe para adorar a Deus e levar o seu maravilhoso conhecimento às nações.
INTRODUÇÃO
Em Jo. 4.24, a mulher samaritana indaga Jesus a respeito do lugar onde se deveria adorar ao Senhor. Ele a responde que Deus é quem busca os verdadeiros adoradores, os quais deverão adorá-lo em espírito e em verdade. A adoração é uma aspecto fundamental à igreja que se presta a servir ao Senhor, portanto, não poderá ser feita de qualquer modo, mas em conformidade com os parâmetros bíblicos, é o que veremos na lição de hoje.
1. TERMINOLOGIA
No hebraico, a palavra sahar, significa “adorar, prostrar-se, curvar-se”. Aparece pela primeira vez em Gn. 18.2, onde lemos que Abrão “inclinou à terra” diante dos três mensageiros que anunciaram que Sara teria um filho. O termo também aparece em referência ao ato de se curvar diante das autoridade (I Sm. 24.8; Rt. 2.10; Gn. 37.5,7,8). No AT, tanto se referia ao ato de se dobrar fisicamente quanto mentalmente (Ex. 34.8; Is. 2.20; 44.15,17). No grego, proskuneo, tem o sentido de “fazer reverência” e é usado, com muita freqüência, referindo-se a adoração: a) a Deus (Mt. 4.10; Jo. 4.21-24; I Co. 14.25; Ap. 4.10; 5.14; 7.11; 11.16; 19.10); b) Jesus Mt. 2.2,8,11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 28.9,17; Jo. 9.38; Hb. 1.6); c) um homem (Mt. 18.26); d) um dragão (Ap. 13.4); e) a besta (Ap. 13.4-12; 14.9-11); f) demônio (Ap. 9.20) e a ídolos (At. 7.43). Outras palavras do Novo Testamento relacionada à adoração são: sebomai – venerar – Mt. 15.9; Mc. 7.7; At. 16.14; 18.7,13; At. 19.27; latreuo – fazer homenagem ou prestar serviço religioso – At. 7.42; 24.14; Fp. 3.3; Hb. 10.2; eusebeo – agir piedosamente para com – At. 17.23 e therapeuo – servir, prestar serviço a – At. 17.25.
2. A ADORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
No AT, a adoração era, primariamente, individual (Gn. 24.26) como expressão pessoal de gratidão pelo êxito em uma determinada missão, ou como no caso de Moisés (Ex. 34.8), na busca pelo favor divino. Algumas vezes, a adoração tinha uma alcance familiar (Gn. 12.7; 22.5) e até nacional, conforme lemos em I Cr. 29.20. No templo, a adoração consistia de: 1) atos de sacrifício com derramamento de sangue de animais (II Cr. 7.5); 2) atos cerimoniais na busca pelo favor divino (II Cr. 7.6); 3) louvor ministrados por oficiais levitas (II Cr. 5.13: I Cr. 16.36); 4) oração pública (II Cr. 6) quando por ocasião da dedicação ao templo.
3. A ADORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
No NT, é possível identificar três tipos de adoração pública tendo, como base, o templo, a sinagoga e na congregação. Em relação à liturgia – isto é – dos elementos práticos do culto religioso – inclui-se: 1) a recitação do shema, de Dt. 6.4-9; 11.13-21; Nm. 15.37-41; 2) oração, geralmente com base nos Salmos; 3) a leitura de membros da congregação de trechos da Tora e dos Profetas, selecionados pelos líderes da sinagoga; e 4) o targum ou explicação condensada das Escrituras na língua vernácula. Considerando o lugar da música na vida religiosa judaica, é possível afirmar, inclusive com base em algumas passagens, que tivesse lugar na adoração cristã.
4. A ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
A adoração se desenvolveu nas sinagogas, e não no templo, já que, com Cristo, teve fim o sistema de sacrifício judaico. Essa percepção, porém, foi gradual, é válido ressaltar, que, a princípio, o próprio Jesus demonstrou consideração pelo Templo (Mt.21.13). Contudo, Cristo sempre se colocou como maior do que o templo (Mt. 12.6), citando Os. 6.6. Emboras se reconheça a importância do templo, nos dias atuais, para aconchegar e reunir os crentes, é sempre bom destacar que os verdadeiros adoradores transcendem os lugares (Jo. 4.21,22), afinal, a sinagoga funcionava como uma espécie de templo, algo que veio a mudar depois do Pentecoste (Tg. 2.2; At. 2.1ss) devido as perseguições que sucederam a expansão do cristianismo. É bom destacar que Paulo se utilizava das sinagogas enquanto recurso estratégico a fim de proclamar Cristo (At. 20.16; I Co. 16.8).
Em geral, a adoração pública, entre, de acordo com o modelo dos primeiros cristãos, era aberta, informal e missionária, com vista à edificação (I Co. 14.24), composta de: 1) oração congregação; 2) louvor com hinos da autoria dos irmãos, tais como o de Ap. 5.9-13; Rm. 15.3; 11.17; I Tm. 3.16; I Co. 14.16); 3) leitura da Escritura, seguindo o padrão da sinagoga (II Tm. 3.16); 4) instrução, conforme I Co. 2.7; 6.5) para a edificação; e 5) dons espirituais para a edificação do corpo de Cristo (I Co. 12). Havia também uma celebração particular na qual os discípulos se reuniam em determinado lugar para uma refeição que tinha o simbolismo da união, comunhão, que de acordo com o Didaqué - um documento antigo dos apóstolos - era precedida ou seguida de orações e hinos. Em seguida, se celebrava a Ceia do Senhor, seguido as diretrizes de I Co. 11.23-28.
5. A ADORAÇÃO CRISTÃ
A passagem clássica para a adoração cristã é a de Jo. 4.23,24, correlacionada com Fp. 3.3 onde se percebe a condição espiritual e revelacional da adoração. Tais passagens mostram a essência interior como expressão do amor genuíno e devoção a Deus. Deus é Espírito, portanto, deve ser adorado espiritualmente, não através de imagens, produto das mãos humanas (At. 17.25), mas dos nossos lábios (Os. 14.2). Consoante ao exposto e, com base em Rm. 12.1-2, aprendemos que a adoração cristã não se reduz a um momento e um lugar, mas numa disposição espiritual na qual entregamos, a Deus, todo nosso ser. Trate-se de um culto racional, isto é, que se baseia na revelação que nos foi dada por Deus e testemunhada nas Escrituras. É uma pena que haja, nos dias atuais, uma deturpação do conceito de adoração genuinamente cristão. Em muitos cultos de hoje, há pessoas que pensam estar adorando a Deus, mas, como os antigos israelitas, se prostram diante do "bezerro de ouro" da vaidade e providência humana (Ex. 32.1-29). Tais manifestações que enaltecem o ser humano ao invés do Criador está longe do modelo cristão de adoração, "em espírito e em verdade".
5. A ADORAÇÃO CRISTÃ
A passagem clássica para a adoração cristã é a de Jo. 4.23,24, correlacionada com Fp. 3.3 onde se percebe a condição espiritual e revelacional da adoração. Tais passagens mostram a essência interior como expressão do amor genuíno e devoção a Deus. Deus é Espírito, portanto, deve ser adorado espiritualmente, não através de imagens, produto das mãos humanas (At. 17.25), mas dos nossos lábios (Os. 14.2). Consoante ao exposto e, com base em Rm. 12.1-2, aprendemos que a adoração cristã não se reduz a um momento e um lugar, mas numa disposição espiritual na qual entregamos, a Deus, todo nosso ser. Trate-se de um culto racional, isto é, que se baseia na revelação que nos foi dada por Deus e testemunhada nas Escrituras. É uma pena que haja, nos dias atuais, uma deturpação do conceito de adoração genuinamente cristão. Em muitos cultos de hoje, há pessoas que pensam estar adorando a Deus, mas, como os antigos israelitas, se prostram diante do "bezerro de ouro" da vaidade e providência humana (Ex. 32.1-29). Tais manifestações que enaltecem o ser humano ao invés do Criador está longe do modelo cristão de adoração, "em espírito e em verdade".
CONCLUSÃO
As duas passagens envolvidas, Jo. 4.23;24 e Rm. 12.1-2, nos apresentam o modelo bíblico da adoração cristã que pode ser resumido assim: 1) deve incentivar à santidade (I Ts. 5.23,24); 2) é um sacrifício que trás vida (Hb. 13.15,16; e 3) tem o conhecimento da Palavra como fundamento diligente (II Pe. 1.5).