Textos: Sl. 89.20 – I Sm. 13.13,14; Sl. 51.1-13
Objetivo: Motivar homens e mulheres a viverem, não de acordo com seus interesses egoístas, mas de acordo com o coração de Deus.
Objetivo: Motivar homens e mulheres a viverem, não de acordo com seus interesses egoístas, mas de acordo com o coração de Deus.
INTRODUÇÃO: A Escritura relata que Davi foi um homem segundo o coração de Deus. Mas o que o texto bíblico quer dizer com essa expressão? O que poderemos fazer para viver de acordo com o coração de Deus?
1. DAVI, UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS: No contexto da passagem de I Sm. 13, vemos que Saul, de acordo com seus parâmetros, buscou, ambiciosamente, obter a glória do triunfo sobre os seus inimigos adiantando-se e oferecendo os sacrifícios, os que não eram de sua competência. O rei deixou de compreender sua posição e quis, como se costuma dizer, “dar uma de sacerdote”. O defeito de Saul, em tal texto, é o de não perceber suas restrições. Ele tanto quis atuar como governante civil, como também, mostrar poder em relação ao sacrifício sagrado. Samuel pôs Saul a prova, e o rei, nesse particular, fora reprovado, sendo vencido pela impaciência (I Sm. 13.12). É nesse contexto que o Senhor revela sua intenção de que Davi seja ungido como o novo rei de Israel, o qual havia sido previamente escolhido e ungido por Samuel (I Sm. 16.12). Não podemos pensar que Davi tenha sido um homem perfeito. Ele pecou, como bem o sabemos, mas demonstrou arrependimento e confessou seus pecados a Deus (II Sm. 12; Sl. 51). Quando o autor diz que Davi foi um homem “segundo o coração de Deus” está, na verdade, comparando-o com Saul, aquele que agia de acordo com seu próprio coração, não em conformidade com a vontade de Deus (At. 13.22).
2. LIÇÕES A PARTIR DO CARÁTER DE DAVI: Como já o dissemos, Davi não foi um homem perfeito, mesmo assim, não podemos deixar de atentar para sua espiritualidade exemplar que nos serve de modelo ainda hoje. A disposição de Davi em arrepender-se dos seus pecados é uma lição que todo cristão deva seguir (II Sm. 12.9; I Jo. 1.9; 2.1). Quantos estão dispostos a demonstrar gratidão a Deus por tudo que Ele nos tem feito? Davi era grato ao Senhor por tudo (Sl. 9.1,2), temos todos os motivos possíveis para fazer o mesmo (I Co. 15.57; II Co. 9.11,15; Ef. 5.4,20; Fp. 4.6). Davi não confiava nas suas próprias forças, no seu conhecimento, e muito menos em seu poder (Sl. 17.5; 18.21). Na sociedade atual, que se propõe a desconsiderar Deus, nós, os cristãos, precisamos aprender a ser confiantes no Senhor em todos os momentos da vida (I Pe. 5.7; Mt. 6.25-34). Ao contrário de muitos líderes de hoje, Davi era um homem que se colocava abaixo da revelação divina (II Sm. 7.17,18; 12.1-15; Sl. 51). Seguido o seu exemplo, nós, do mesmo modo, devemos nos colocar debaixo da Palavra de Cristo, pois Ele, de fato, é o Senhor, e, independentemente da posição que venhamos a ocupar, não podemos pensar que somos maiores do que a revelação de Deus através da Palavra e do Espírito (Rm. 3.19; Gl. 5.18; Fp. 2.10; Hb. 2.8).
3. A BOA, PERFEITA E AGRADÁVEL VONTADE DE DEUS: O cristão, diante das adversidades do mundo, é também tentado, a viver como Saul, segundo seu próprio coração. O desafio, para obter bom êxito na empreitada para a qual fomos chamados, é viver de acordo com a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm. 12.1,2; Ef. 2.2; Gl. 1.4). Para tanto, o caminho é ter uma mente transformada de glória em glória a cada dia, com o caráter do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (II Co. 3.18). Essa é uma experiência diária, por meio da qual, podemos perceber que a vontade de Deus, a qual o próprio Jesus se referiu, na oração modelo (Mt. 6.10; Lc. 11.2), não é para o mal, mas para o bem daqueles que se comprazem em viver em conformidade com Sua vontade. É uma pena que muitos cristãos, em sua vida carnal, vejam a vontade de Deus como um fardo, quando o Senhor disse que o seu jugo é suave e leve (Mt. 11.28). O desejo de Deus, como o foi para o antigo Israel, e também para as nossas vidas, não são para a morte, mas para que vivamos em paz e em comunhão com Ele que nos chamou (Dt. 30.16,19). A menos que entendamos isto, viveremos como o filho da parábola que ficou em casa, mas não desfrutava de suas riquezas (Lc. 15.30).
CONCLUSÃO: A vida de Davi, o célebre rei e poeta de Deus, nos fornece lições bastante produtivas que podem ser aplicadas ao cristão, dentre elas destacamos: 1) a disposição para admitir honestamente os nossos erros e a lidar com eles; 2) a de que Deus perdoa os nossos pecados, contudo, não nos exime de suas conseqüências; e 3) para nos relacionarmos com Deus, precisamos pôr nossa total confiança nEle. PENSE NISSO!