Objetivo: Mostrar que Jesus fora batizado para que a justiça se cumprisse, e nós, também, devemos valorizar o batismo.
INTRODUÇÃO: Jesus quis ser batizado por João Batista, ainda que este tenha se achado indigno de fazê-lo. Jesus fez opção pelo batismo não porque tivesse necessidade de arrependimento, antes para que se cumprisse toda a justiça. Mas, afinal de contas, o que é o batismo? Qual a razão do batismo de João? Tentaremos, na medida do possível, aprofundar algumas dessas questões no estudo desta semana.
1. JOÃO, O BATISTA: João é denominado de Batista porque batizava aqueles que ouviam a sua mensagem de arrependimento, pregada às margens do rio Jordão (Mt. 3.1,6; Mc. 1.4,5; 6.14). Esse João, que não deve ser confundido com o evangelista, teve o seu nascimento predito (Mt. 4.5) em resposta a oração de seu pai, Zacarias (Lc. 1.13). Lucas diz que ele era cheio do Espírito Santo desde o ventre materno (Lc. 1.15-17), haja vista seu grandioso ministério, ser o precursor do Messias (Mt. 3.11). Fora preso, decapitado e sepultado por Herodes (Mt. 14.3-12). Em um dos momentos de fragilidade, João recebeu não só a repreensão, mas o apoio e elogio de Jesus (Mt. 11.1-7). A honra que João recebeu de Jesus deva servir de estímulo para todos nós, principalmente, no que tange à humildade (Mt. 3.11; Jo. 3.30).
2. O BATISMO DE JOÃO: Em Mc. 1.4-8, temos um registro da atuação de João em seu ministério de batizar. É dito, nessa passagem, que se tratava de um “batismo de arrependimento para remissão de pecados” (v. 4). Em Mt. 3.11, João contrasta seu batismo, com água, com o batismo no Espírito Santo, que haveria de ser dado por Jesus. O batismo de João, ao que tudo indica, não deve ser confundido com o batismo ordenado por Jesus. Seu batismo, como o próprio texto o explicita, era de arrependimento, e não fazia alusão à Trindade.
3. JESUS FOI BATIZADO: Jesus precisava ser oficialmente inserido na esfera pública, por isso, veio até João para que fosse batizado. Essa atitude de Cristo justifica-se porque João representava, naquele tempo, a lei e os profetas, isto é, o ritual judaico. O profeta quis, a princípio, eximir-se daquela responsabilidade, por se achar indigno de batizar a Jesus. O Senhor, no entanto, entendeu que Seu ato voluntário, como o da encarnação, carecia de cumprir o ritual religioso. De modo que, para tomar o lugar dos pecadores, Ele fez a opção de ser batizado a fim de que, como Ele mesmo o disse, se cumprisse toda a justiça (Mt. 3.15). Devemos, nesse sentido, fazer a diferença entre o Cristo, sem pecado, e o Seu dever oficial na sociedade judaica, como aconteceu por ocasião de Sua circuncisão (Lc. 2.21-24). Ao submeter-se ao batismo, Jesus, de certo modo, antecipou o outro batismo pelo qual viria a passar no futuro, na cruz, para a remissão dos pecados (Lc. 12.50).4.
4.O BATISMO CRISTÃO: A palavra “batismo”, no grego neotestamentário, remete ao ato de imergir ou submergir alguém, na água, por razões rituais. Após a Sua ressurreição, por ocasião da Comissão aos Apóstolos, Jesus ordenou aos Seus discípulos que batizassem aqueles que viessem a se tornar discípulos. Esse batismo deveria ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt. 28.19). Em cumprimento a essa ordenança, Pedro, em At. At. 2.38, instruiu aos ouvintes a que se arrependessem e que fossem batizados em nome de Cristo, isto é, na autoridade que Jesus havia dado aos discípulos. Na prática bíblica, a decisão pelo batismo resultava de um ato de fé em Cristo para a salvação (Mt. 16.16; At. 2.41). Por meio do batismo nas águas, o crente se identifica, simbolicamente, com a morte e a ressurreição de Cristo (Rm. 6.3; Gl. 3.27).
CONCLUSÃO: Jesus decidiu ser batizado não porque tivesse pecado, dos quais precisaria se arrepender. No ato do batismo, Cristo quis identificar-se com a condição humana, com os rituais judaicos a fim de que, como Ele mesmo afirmara: “se cumprisse toda a justiça” (Mt. 3.15). O batismo cristão, ainda que não seja uma condição para a salvação (Mt. 16.16), é uma prática que precisa ser observada, a fim de que, por meio desse ato, possamos demonstrar, simbolicamente, nossa identificação com Aquele que morreu e ressuscitou para que fôssemos salvos. PENSE NISSO!