SISTEMA DE RÁDIO

  Sempre insista, nunca desista. A vitória é nosso em nome de Jesus!  

DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DE CRISTO


Textos: I Co. 4.1 - I Co. 4.1-5, 14-16

OBJETIVO: Mostrar que Deus não precisa da ajuda humana, mas permite que seus ministros participem da realização de seus eternos propósitos.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, veremos que Deus revelou seus mistérios à igreja. Para tanto, fomos escolhidos como despenseiros do Seu ministério. Mas, qual o significado do termo “mistério de Cristo”? Qual a missão primordial de todos nós enquanto despenseiros de tal mistério? A fim de responder a essas perguntas, mostraremos, a princípio, o significado bíblico de “mistério”, especialmente no Novo Testamento. Em seguida, apontaremos as características fundamentais dos despenseiros desse mistério. E, ao final, destacaremos a missão e a avaliação do ministério cristão.

1. OS MISTÉRIOS DE CRISTO: No Novo Testamento, a palavra grega “mysterion” denota um segredo ou algo desconhecido. Em Mt. 3.11, Jesus disse que o conhecimento dos mistérios do reino havia sido dado aos seus discípulos, ainda que estivesse oculto aos demais. Há várias passagens bíblicas que aludem aos mistérios de Deus revelados: o mistério do reino de Deus (Mc. 4.11); o mistério de Cristo (Ef. 3.4; Cl. 4.3); o mistério do evangelho (Ef. 6.19), o mistério de Deus (I Co. 2.1; 4.1; Ap. 10.7), o mistério de Deus em Cristo (I Co. 2.7); os mistérios da fé (I Tm. 3.9) e o mistério da piedade (I Tm. 3.16). Todas essas passagens se referem à mesma idéia, isto é, ao conhecimento da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Essa compreensão não se baseia no intelecto humano ou nas investigações filosóficas, conforme já estudamos em I Co. 1.20-31. A única maneira de obtê-lo é através da revelação de Deus, que falou aos antigos e, nesses últimos dias, pelo Filho (Hb. 1.1-3). Por isso, Paulo a respeito do mistério que Deus tornou conhecido pela revelação (Ef. 3.3). Nessa última passagem bíblica, a revelação desse mistério consta na junção de gentios e judeus a fim de que esses se tornem um em Cristo. Essa união é possível porque Jesus, o mistério de Deus, se revelou, nEle estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (I Co. 2.1-3). E esse não é mistério qualquer, trata-se de um grande mistério, pois tem a ver com Cristo e a Igreja (Ef. 5.32).

2. CARACTERÍSTICAS DOS DESPENSEIROS: O termo despenseiro, usado por Paulo em I Co. 4.1, é “oikonomos”. O despenseiro, nos tempos antigos, era o administrador dos afazeres do lar. Era uma espécie de mordomo ou superintendente (nascido livre ou, como era geralmente o caso, um liberto ou um escravo) para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus trabalhos, o cuidado das receitas e despesas, e o dever de repartir a porção própria para cada servo e até mesmo para as crianças pequenas. Paulo utiliza essa imagem a fim de ressaltar o papel que os obreiros – servos de Deus – têm no ministério eclesiástico. Não há maiores nem menos, e aqui vale lembrar os partidarismos, nem Pedro, Paulo ou Apolo. Todos não passam de servos – diakonos no grego – que labutam em obediência a fim de que a igreja, família e construção de Deus possa ser edificada. Algumas características são necessárias ao ministro dos mistérios revelados em Cristo: 

1) que sejam verdadeiramente chamados para a obra (At. 13.2; Rm. 1.1; Gl. 1.15; I Ts. 2.4), que não confundam o serviço cristão com emprego ou ganho de vida para enriquecimento; 
2) demonstrar responsabilidade ministerial – para tanto, precisa dar bom testemunho de fé tanto entre os fieis quanto entre os descrentes (I Tm. 3.7; 3 Jo 12);
3) serem piedosos e íntegros – vivendo dignamente, diante de Deus e dos homens (II Co. 8.21; I Tm. 6.11,12), vivendo de modo a ser exemplo para o rebanho em todos os aspectos da vida; 
4) ter comprometimento com a Palavra de Deus – não apenas conhecendo a Bíblia, mas vivendo-a em seu dia a dia (II Tm. 2.15; 4.2), pois de nada adianta a eloqüência, as palavras persuasivas, se não há testemunho de um servo de Cristo (I Co. 2.4).

3. A MISSÃO E A AVALIAÇÃO DOS DESPENSEIROS: Os despenseiros dos mistérios revelados em Cristo têm uma missão a cumprir. Não podem esquecer que foram chamados para o serviço. Pena que essa palavra esteja sendo usada de modo equivocado nos dias atuais. O termo “servo”, em grego, é “doulos”, o mesmo usado para “escravo”. Atualmente, alguns pastores, bispos e apóstolos não aceitam o desafio da serventia cristã. Pior ainda, alguns querem ser donos do rebanho, ditam regras que estão distanciadas da Palavra de Deus, impondo sobre os cristãos fardos pesados que eles mesmos não sejam capazes de carregar (At. 15.10). O despenseiro genuinamente chamado por Deus sabe que é uma dádiva à Igreja (Ef. 4.11) com vistas à edificação do Corpo de Cristo. A Igreja, bem ressaltou Paulo em seu sermão em Éfeso, é propriedade de Deus (At. 20.28) e isso fica claro também em I Co. 15.58. Os despenseiros serão avaliando pelo Senhor, por isso, é preciso que sejam aprovados, que não tenham do que se envergonhar, que manejem bem a Palavra da verdade (II Tm. 2.15). A obra de todos os despenseiros de Cristo será avaliada (I Co. 4.5). O trabalho feito será julgado pelo Senhor, passando pelo seu crivo. Isso acontecerá no Tribunal de Cristo, quando virão, à luz, as intenções do trabalho feito (I Co. 3.13-15; II Co. 5.10; Rm. 14.10,12; I Jô. 3.15). Esse não será um julgamento para condenação, mas das obras (Ap. 14.13), já que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo (Rm. 8.1).

CONCLUSÃO: Os despenseiros de Cristo não têm motivos para jactarem-se de suas obras, pois não fazem mais do que devem (Lc. 17.10). Em tudo o que fazem, devem avaliar suas ações e intenções, pois o Senhor adverte: “Eu conheço as tuas obras” (Ap. 2.2,9,13,19; 3.1,8,15). Diante de tamanha responsabilidade, temos, como Paulo, motivos para estar, diante de Deus e da Igreja, em temor e tremor (I Co. 2.3; II Co. 7.15; Ef. 6.5; Fp. 2.12). PENSE NISSO!

BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo em Cores e Pentecostal
Lições Bíblica 2º. trimestre, CPAD
Deus é Fiel e Justo!