Texto Áureo: Jo. 8.12 – Leitura Bíblica: Lv. 1.1-9
INTRODUÇÃO
Um dos componentes do interior do tabernáculo era o candelabro de ouro, cuja luz ardia continuamente sobre o altar. Nesta aula estudaremos a respeito desse utensílio, inicialmente sobre sua fabricação e localização no templo. Em seguida, destacaremos que Jesus é a luz que alumia o mundo, e que dissipa as trevas. E por fim, seguindo o exemplo de Cristo, a igreja deve ser sal da terra e luz do mundo, e mais precisamente, como disse Paulo, como astros no mundo.
1. O CANDELABRO DE OURO
O candelabro era uma peça do tabernáculo que foi construída de ouro puro e batido (Ex. 25.31), trabalhada por Bezaleel e Aoliabe, para o qual foi destinado quase 40 quilos de ouro (Ex. 25.39). Essa era uma peça simétrica, cujo fogo era alimentado por azeite puro, sendo colocado no lado esquerdo, ou na parte sul do tabernáculo (Ex. 26.35), a fim de apontar para a presença e a glória de Deus. Para que o brilho fosse constante, e também para que permanecesse aceso, os filhos de Arão deveriam limpa-lo continuamente, mantendo o provimento de azeite necessário para que não se apagasse. O fato de esse candelabro se encontrar aceso, iluminando todo aquele ambiente, era uma prova de que os sacerdotes estavam em trabalho contínua, assumindo todas as suas funções ritualistas. Dentre os trabalhos dos sacerdotes estavam: cortas os pavios queimados, limpar os castiçais e colocar neles o azeite, desde a tarde até a manhã. O próprio povo deveria fornecer o azeite para que a lâmpada fosse acesa, ou para ser mais preciso, as sete lâmpadas que constituíam o candelabro. Na verdade, há uma unidade na diversidade nessa composição, pois ao mesmo tempo em que era uma lâmpada, eram também sete lâmpadas. Esse aspecto aponta para a diversidade das tribos de Israel, ao mesmo tempo que deveriam manter a unidade, sob a orientação de Deus – o Único Senhor.
2. JESUS, A LUZ QUE ALUMIA O MUNDO
A palavra luz aparece 23 vezes no Evangelho segundo João. Dessas, 21 se referem a Jesus. Em João, luz é uma metáfora acerca de Jesus, por isso, quando Ele diz ser a luz do mundo, quis dizer que é a solução para as trevas em que o mundo está. O mundo jaz em trevas, o diabo é o príncipe das trevas e viver no pecado é andar na escuridão. O diabo cegou o entendimento das pessoas, por isso, aqueles que são prisioneiros do pecado vivem em densas trevas. No princípio desse evangelho, está escrito: “Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (João 1.4,5). Em Jesus está a vida, a qual, como uma luz, pode tirar os homens das trevas em que vivem. Isso é algo muito poderoso, pois não há como as trevas resistirem à luz. Onde o evangelho é proclamado, a escuridão é vencida. Onde a verdade de Deus prevalece, a alma humana é iluminada. Onde Jesus é anunciado como Salvador, aqueles que vivem presos nas garras do pecado é liberto, isso porque Jesus é a luz que veio ao mundo para alumiar todos os homens. Aqueles que nele creem não andam em trevas. Aqueles que nele confiam sabem para onde vão.
3. A IGREJA: LUZ PARA O MUNDO
Conforme destacamos, Jesus era a luz própria no sentido que, em seu ser e na sua obra de redenção, ele é o fundamento e a fonte da verdade, salvação e iluminação. A luz de Jesus nos livra das trevas da morte espiritual (Ef 2.1). Ele nos salvou das trevas ou cegueira imposta sobre o homem caído pelo pecado (II Co. 4.4), e mais, nos redimiu das trevas da morte eterna e do inferno pelo seu dom de justificação (Ef 2.8-9; Fl 3.8-9). Ee também nos libertou da escravidão ao pecado e do andar nas trevas por seu dom da santificação definitiva. Por esse motivo, quando falamos dos cristãos sendo luz, essa é sempre um espelho que reflete a luz de Cristo já revelada e recebida. Somos luz porque cremos e possuímos a verdade e comunicamos essa verdade sobre Cristo a um mundo em trevas. Como o sal da terra os discípulos eram cruciais em purificar e preservar o mundo; como a luz do mundo eles devem iluminá-lo com a luz de Cristo. Sal é usado para deter a putrefação, enquanto luz é usada para iluminar e dissipar as trevas. Podemos ser luz, portanto, na medida em permanecemos em Cristo (I Jo. 2.20), demonstramos amor uns pelos outros (Ef. 4.3; Cl. 3.14), praticamos boas obras (Tt. 2.7).
CONCLUSÃO
Cada cristão é um astro no mundo (Fp. 2.15), a fim de expressar a luz que emana de Cristo, que é a Luz do Mundo. Por isso, devemos ser luz, que leva às trevas o esplendor da glória de Cristo. É através do fruto que somos conhecidos, e o principal deles é o genuíno amor cristão, que se manifesta através do sacrifício. Uma igreja que verdadeiramente faz a diferença está vinculada à verdade do evangelho, e prega o amor, a misericórdia e o perdão de Cristo.
BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010.