Texto Base: Rute 3:8-10; 4:11
“Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa” (Rt.3:11).
Rute 3:
8.E sucedeu que, pela meia-noite, o homem estremeceu e se voltou; e eis que uma mulher jazia a seus pés.
9.E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende, pois, fita aba sobre a tua serva, porque tu és o remidor.
10.E disse ele: Bendita sejas tu do Senhor, minha filha; melhor fizeste esta tua última beneficência do que a primeira, pois após nenhum jovem foste, quer pobres quer ricos.
11.E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Léia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.
INTRODUÇÃO
Nesta Lição trataremos do casamento de Rute e Boaz. Após ver de perto morte na família e pobreza extrema, Noemi vislumbra um novo horizonte em sua vida e na vida de Rute. Essa mudança radical e bendita passaria pela experiência do casamento de Rute com Boaz. Noemi buscou um lar para a sua nora (Rute 3:1). Ela queria que sua nora se casasse, fosse feliz e tivesse um filho para perpetuar a memória de sua família.
A crise não dura para sempre. A vida não é feita só de turbulência. Depois da tempestade vem a bonança. Depois do choro, vem a alegria. Depois da dor, vem o refrigério. Depois de anos de tristeza, uma porta se abre para Rute e Noemi, e um novo futuro se descortina diante dos seus olhos. Deus não apenas preparou um marido para Rute, mas um remidor para ambas. Deus não apenas deu um lar a Rute, mas um lar feliz. Deus não apenas fez dela uma mulher rica, mas a avó do grande rei Davi e a ancestral do Messias (Rute 4:17; Mty.1:5).
I. O COMPROMISSO DE BOAZ COM RUTE
1. No lugar da bênção
O período da colheita da cevada e do trigo havia chegado ao fim, e Rute continuava servindo e obedecendo fielmente a Noemi (Rt.2:23). Ela seguia o lema: “Tudo quanto me disseres farei” (Rt.3:5). Rute se manteve fielmente ao lado de Noemi e não se deixou levar por ilusões de independência ou liberdade que poderiam afastá-la de seu destino (Rute 3:10). Ela não buscou falsas liberdades, como as propagadas por algumas ideologias atuais. Sua dedicação e obediência não passaram despercebidas por Boaz, que reconheceu em Rute uma mulher virtuosa e digna de compromisso. Sua lealdade e submissão fortaleceram em Noemi o desejo de vê-la casada novamente. Ter um novo lar era essencial para a felicidade e segurança de Rute.
O casamento é uma instituição divina crucial para a solidez da família, da igreja e de toda a sociedade (Gn.2:18; Ec.4:9-12; Hb.13:4). A bênção de Rute estava próxima, e ela permaneceu no lugar certo para recebê-la.
Por estar no lugar certo, Rute encontrou sua bênção. Seu compromisso com Noemi e sua disposição em seguir seus conselhos a colocaram no caminho certo para receber a promessa de uma nova vida ao lado de Boaz. Assim, a história de Rute nos ensina sobre a importância de estarmos no lugar certo e de sermos fiéis e obedientes para que possamos receber as bênçãos que Deus tem para nós.
2. A iniciativa de Noemi
Após a colheita dos cereais, os grãos eram levados para a eira, um local plano preparado para a debulha das espigas. Noemi, conhecendo os costumes de sua época e sabendo que Boaz estaria trabalhando na eira naquela noite, viu ali uma oportunidade para Rute se aproximar dele e demonstrar seu interesse em ser remida.
Com sabedoria e carinho, Noemi orientou Rute sobre o que deveria fazer. Rute deveria esperar que Boaz terminasse seu trabalho e se deitasse. Em seguida, sem ser notada, deveria se aproximar dele, descobrir-lhe os pés e deitar-se discretamente. Este ato, embora possa parecer estranho aos nossos olhos modernos, era um costume reconhecido na época, simbolizando um pedido de proteção e remissão. Boaz, ao perceber a presença de Rute, entenderia imediatamente o que ela desejava, pois o gesto tinha um significado claro: o pedido de casamento e de redenção familiar (Rt.3:4-7).
Quando Rute seguiu as instruções de Noemi e se deitou aos pés de Boaz, ele acordou e perguntou quem era. Rute respondeu: "Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és remidor" (Rt.3:9). Este ato de estender a capa simbolizava a intenção de compromisso de casamento. Boaz, ao cobrir Rute com sua capa, estava declarando sua disposição em protegê-la e cuidar dela, assumindo a responsabilidade de redimi-la e integrá-la à sua família.
Esse costume também é mencionado em Ezequiel 16:8, onde Deus usa a metáfora de estender a capa para ilustrar Seu compromisso e aliança com Israel. Assim como Boaz estendeu sua capa sobre Rute, Deus declarou Seu amor e proteção sobre Seu povo, selando um pacto de cuidado e fidelidade.
A iniciativa de Noemi não foi apenas um gesto de carinho e cuidado com Rute, mas também uma demonstração de sua sabedoria e compreensão dos costumes e leis de sua cultura. Sua orientação levou Rute a encontrar um futuro seguro e abençoado ao lado de Boaz, mostrando como a obediência e a fé podem conduzir às bênçãos de Deus.
3. Respeitando o processo
Para se encontrar com Boaz, Rute deveria seguir um ritual de preparação: tomar banho, se perfumar e vestir sua melhor roupa (Rt.3:3). Isso mostra que a santidade, embora cheia de ternura, não exclui a beleza, desde que seja apresentada com simplicidade, pureza e moderação (Gn.24:16; Is.39:2; 1Tm.2:9,10). Assim, ao se preparar adequadamente, Rute mostrou respeito tanto pelo processo quanto por Boaz, demonstrando seu desejo de remissão de maneira digna e respeitosa.
Por volta da meia-noite, Boaz acordou assustado ao perceber uma mulher deitada a seus pés e perguntou: “Quem és tu?” (Rt.3:9). Seguindo a orientação de Noemi, Rute se identificou e lembrou-lhe de sua condição de parente remidor, pedindo que estendesse sua capa sobre ela. Este ato simbolizava um pedido de proteção e compromisso de casamento, que Boaz prontamente entendeu. No entanto, ele informou a Rute que havia outro parente mais próximo, que tinha prioridade na remissão. Boaz afirmou: "Se ele não quiser redimir-te, vive o Senhor, que eu te redimirei" (Rt.3:13). Era necessário aguardar e respeitar o processo estabelecido.
O caráter íntegro de Boaz e Rute se manifestou novamente durante esse encontro. Sem qualquer contato íntimo, Rute passou o restante da noite deitada aos pés de Boaz e saiu bem cedo, para não ser percebida (Rt.3:9-14). Esta atitude reflete o respeito ao processo e a espera pelo tempo certo para que a bênção se concretize.
A história de Rute e Boaz nos ensina a importância de respeitar os processos e tempos certos para que as bênçãos de Deus se manifestem plenamente. Mesmo estando tão próxima da remissão, Rute e Boaz mostraram paciência e integridade, aguardando que tudo fosse feito de acordo com as normas e costumes da época. Assim como está escrito no Salmo 27:14 - "Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor"; e em Provérbios 20:21: "A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada" -, devemos aprender a esperar e respeitar os processos para alcançar as bênçãos duradouras de Deus.
II. O CASAMENTO ENTRE BOAZ E RUTE
1. Concluindo o negócio
Rute, orientado pela sua sogra, sugeriu que Boaz fosse o remidor. Essa sugestão de Rute foi uma ação corajosa e estratégica, uma vez que ela estava pedindo a Boaz para assumir uma responsabilidade significativa em sua vida. Boaz aceitou, porém, havia uma questão a resolver: a preferência de um parente mais próximo, que tinha o direito inicial de redimir a terra e casar-se com Rute.
A situação exigia que Boaz tomasse uma decisão rápida e eficaz. E ele agiu rapidamente para resolver a questão, como Noemi havia previsto: “Sossega, minha filha, […] aquele homem não descansará até que conclua hoje este negócio” (Rt.3:18). Boaz demonstrou determinação e diligência, convocando uma reunião com os anciãos da cidade e o parente mais próximo para resolver a situação de forma legal e transparente (Rt.4:1-10).
A atitude de Boaz serve como um exemplo importante sobre a liderança masculina, especialmente no contexto do casamento e vida conjugal. Ele mostrou que um homem deve estar preparado para tomar iniciativas e resolver questões de forma decisiva. A liderança masculina não se refere apenas à autoridade, mas envolve tomar decisões com responsabilidade, amor e honra à mulher.
A história de Boaz e Rute exemplifica como o amor e a responsabilidade são componentes essenciais de um relacionamento conjugal saudável. Boaz tomou uma atitude proativa, protegendo e honrando Rute, enquanto ela confiou e respeitou sua liderança. Este modelo de relacionamento reflete o equilíbrio que deve existir em um casamento: a liderança responsável do homem e a cooperação respeitosa da mulher.
2. Resgate e lei do Lvirato
Boaz foi para a porta da cidade e encontrou o parente mais próximo (Rt.4:1). Ao se dirigir à porta da cidade, Boaz estava seguindo uma prática comum da época: a porta da cidade servia como um lugar de encontro público onde negócios e questões legais eram discutidos e resolvidos (Rt.4:1). Este evento não parece ser uma coincidência, mas sim mais um exemplo da providência divina guiando as ações para o cumprimento do plano de Deus.
Boaz iniciou a negociação com o parente mais próximo na presença de dez homens importantes da cidade, que serviram como testemunhas do ato (Rt.4:2). Esta formalidade assegurava a legitimidade e a publicidade da transação, conforme os costumes legais da época.
Inicialmente, o remidor estava disposto a adquirir as terras que pertenciam a Elimeleque, pois isso parecia ser um bom investimento (Rt.4:4). No entanto, ao ser informado por Boaz de que o resgate das terras incluía também o dever de se casar com Rute, a moabita, para garantir a continuidade da linhagem de Elimeleque, o parente mais próximo reconsiderou (Rt.4:5).
A necessidade de casar-se com Rute para suscitar descendência ao falecido Elimeleque combinava duas prescrições distintas da Lei de Moisés:
ü Lei do Resgate (Goel). Quando um israelita se via obrigado a vender suas terras por dificuldades financeiras, o parente mais próximo tinha o dever de comprar as terras para mantê-las na família (Lv.25:25-28). Esta lei visava garantir que as propriedades permanecessem dentro da família e da tribo, preservando a herança israelita.
ü Lei do Levirato. Quando um homem morria sem deixar filhos, seu irmão ou parente próximo tinha o dever de casar-se com a viúva para gerar descendentes que manteriam o nome e a herança do falecido (Dt.25:5-10). Esta prática garantia a continuidade do nome do falecido e a proteção da viúva dentro da comunidade.
Ao ser informado da necessidade de casar-se com Rute, o parente próximo desistiu da transação, alegando motivos econômicos (Rt.4:6). Ele considerou que não seria vantajoso investir recursos em terras que eventualmente seriam herdadas pelos filhos que Rute poderia ter, que seriam legalmente considerados descendentes de Elimeleque. Este custo adicional e a responsabilidade de manter a herança dentro da família de Elimeleque tornaram o acordo menos atraente para ele.
Boaz, por outro lado, demonstrou estar disposto a assumir essa responsabilidade, não apenas como um dever legal, mas também como um ato de amor e lealdade. Ele se comprometeu a redimir as terras e casar-se com Rute, garantindo assim a preservação do nome e da herança de Elimeleque (Rt.4:9,10).
3. O registro público
Para formalizar a transferência do direito de resgate, Boaz e o parente mais próximo seguiram um antigo costume israelita: o remidor descalçou o sapato e entregou-o a Boaz (Rt.4:7,8). Este ato simbólico servia como um sinal público e visível de que o remidor estava cedendo seu direito de resgate a Boaz. Este costume, embora estranho aos olhos modernos, era uma prática legal reconhecida e significativa na cultura da época.
Boaz então declarou publicamente sua intenção de redimir as terras de Elimeleque e casar-se com Rute. Ele fez isso na presença de todos os que estavam na porta da cidade, garantindo que houvesse testemunhas para validar a transação e o compromisso (Rt.4:9,10). A presença dos anciãos e do povo da cidade assegurava que o ato fosse registrado e reconhecido legalmente.
A resposta da comunidade foi unânime e afirmativa. Todos os presentes confirmaram sua aceitação do acordo e ofereceram uma bênção a Boaz e Rute: “Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Léia, que ambas edificaram a casa de Israel” (Rt.4:11). Este desejo colocava Rute no mesmo nível das matriarcas Raquel e Léia, que foram fundamentais na formação das doze tribos de Israel. Tal bênção não só reconhecia Rute como parte integral da comunidade israelita, mas também lhe conferia grande honra e prestígio.
A acolhida de Rute pela comunidade com tão elevadas honras sublinha a aceitação e a inclusão plena de uma estrangeira dentro do povo de Deus. Este ato demonstra que a graça e a providência divinas não conhecem fronteiras étnicas ou sociais. A história de Rute culmina em sua integração total na comunidade israelita, refletindo a fé e a lealdade que ela demonstrou ao escolher servir ao Deus de Israel e apoiar sua sogra, Noemi.
III. A REMIÇÃO DA LINHAGEM DE DAVI ATRAVÉS DE RUTE E BOAZ
1. O nascimento de Obede
Após a resolução dos direitos de resgate e o casamento, Boaz tomou Rute como esposa. A narrativa bíblica nos informa que "o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho" (Rt.4:13). Este versículo destaca a intervenção divina na concepção de Obede, sublinhando que Deus abençoou a união de Boaz e Rute com um filho, assegurando a continuidade da linhagem familiar.
O nascimento de Obede foi recebido com grande celebração pelas mulheres de Belém. Elas reconheceram que Deus estava agindo em favor de Noemi, transformando sua amargura em alegria (Rt.4:14). Esta celebração comunitária não só destaca a importância do nascimento de Obede para a família imediata, mas também para a comunidade mais ampla, que viu nele um sinal das bênçãos divinas.
Noemi, que anteriormente se sentia amargurada e acreditava estar sob castigo divino (Rt.1:13,20,21), agora experimentava uma renovação de vida. As mulheres de Belém proclamaram que Obede seria "renovação da vida" para Noemi e que ele cuidaria dela em sua velhice (Rt.4:15 - NAA). Este reconhecimento público sublinha a transformação que Deus operou na vida de Noemi, restaurando sua alegria e esperança através do nascimento de seu neto.
Obede não é apenas um filho de Boaz e Rute; ele é o avô de Davi, o grande rei de Israel (Rt.4:17). Esta genealogia é significativa, pois conecta a história pessoal de Rute e Noemi com a história mais ampla da redenção de Israel. Através de Obede, a linhagem de Davi é estabelecida, preparando o caminho para o surgimento do Messias, Jesus Cristo, o "Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi" (Ap.5:5).
2. Boaz, um tipo de Cristo
Várias características de Boaz demonstram que ele é um perfeito tipo de Cristo no Antigo Testamento. Vejamos:
a) Redentor e Protetor
Boaz é frequentemente visto como um tipo de Cristo no Antigo Testamento devido à sua função como redentor e protetor. Em Rute, Boaz desempenha o papel de "goel" (parente remidor), resgatando a herança de Noemi e casando-se com Rute para manter a linhagem familiar de Elimeleque. Este ato de resgate e proteção é uma antecipação da obra redentora de Cristo, que nos resgatou da escravidão do pecado e nos trouxe para o Reino de Deus.
Paralelo com Cristo:
- Redenção. Assim como Boaz redimiu Rute e Noemi, Cristo redimiu a humanidade pelo seu sacrifício na cruz. Em Efésios 1:7, lemos: "Nele temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça".
- Proteção. Boaz assegurou que Rute fosse tratada com respeito e protegida de qualquer mal enquanto colhia nos campos. Da mesma forma, Cristo protege e cuida dos seus seguidores, conforme João 10:28: "Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão".
b) Generosidade e Graça
Boaz demonstrou uma generosidade e graça excepcionais ao permitir que Rute colhesse espigas em seus campos e garantindo que ela fosse bem tratada. Ele foi além das obrigações legais, mostrando misericórdia e bondade.
Paralelo com Cristo:
- Generosidade. Boaz não apenas seguiu a lei, mas também demonstrou graça abundante. Cristo, de forma semelhante, nos concede graça abundante além de qualquer mérito nosso, como descrito em João 1:16: "Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça".
- Hospitalidade. Boaz convidou Rute a comer com ele e ofereceu proteção e provisão. Jesus também chama todos a virem a Ele para encontrar descanso e sustento espiritual, conforme Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei".
c) Amor e Inclusão
Boaz aceitou Rute, uma moabita, como sua esposa, mostrando que o amor e a redenção de Deus não estão limitados por etnia ou origem.
Paralelo com Cristo:
- Inclusão. Assim como Boaz incluiu Rute, Jesus inclui todos no seu plano de salvação, independentemente de suas origens. Em Efésios 2:14, Paulo escreve: "Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade".
- Amor Universal. A aceitação de Rute por Boaz prefigura o amor universal de Cristo, que veio para salvar tanto judeus quanto gentios (Romanos 10:12).
d) Relacionamento Restaurador
Boaz, ao casar-se com Rute, restaurou a honra e a esperança à vida de Noemi e Rute. Esse relacionamento trouxe uma nova vida e uma nova esperança.
Paralelo com Cristo:
- Restauração. Cristo restaura nosso relacionamento com Deus, trazendo-nos nova vida e esperança. Em 2Coríntios 5:17, Paulo afirma: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo".
- Esperança. A união de Boaz e Rute deu origem à linhagem de Davi e, eventualmente, ao Messias, trazendo esperança de salvação. Cristo é a esperança da humanidade, como expresso em 1Pedro 1:3: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos".
Portanto, Boaz é um tipo de Cristo porque seu papel como redentor, protetor, sua generosidade, sua inclusão de Rute e seu relacionamento restaurador prefiguram a obra redentora e inclusiva de Cristo. Assim como Boaz foi um instrumento de graça e provisão para Rute e Noemi, Jesus é o Redentor e Protetor de toda a humanidade, oferecendo graça abundante, inclusão amorosa e restauração eterna.
CONCLUSÃO
O casamento de Boaz e Rute, com toda a sua profundidade teológica e humana, é um testemunho da graça redentora de Deus e da transformação que Ele pode trazer às vidas dos que Nele confiam. A história culmina em alegria e celebração, demonstrando que, independentemente das circunstâncias, Deus está sempre pronto para redimir, restaurar e renovar. Assim, somos inspirados a buscar uma fé profunda e a viver vidas que refletem a graça e a redenção que encontramos em Cristo, o verdadeiro Redentor.