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* OS MILAGRES DE JESUS


Textos: At. 2.22 – Mt. 11.1-6; 20.30,31


Objetivo: Mostrar como Jesus, a fim de glorificar o nome de Deus, realizou e ainda realiza milagres.


INTRODUÇÃO: A existência de milagres é parte constitutiva da verdade bíblica, de modo que, se os desconsiderarmos, não restará outra coisa do livro sagrado a não ser as capas. Jesus, o Filho de Deus, realizou muitos milagres nos tempos em que pisou o solo palestino. E mais que isso, prometeu que muitos outros seriam feitos, por Ele, por meio daqueles que O seguissem.


1. MILAGRES: DEFINIÇÃO: Podemos definir “milagre” como uma intervenção divina, no mundo natural, operado pela vontade divina, com pouca possibilidade de discernimento por meio dos sentidos humanos. Trata-se, portanto, de um evento, uma ocorrência que se encontra além da natureza e do homem. Fato fora do comum que Deus realiza a fim de confirmar o Seu poder, Seu amor e Sua mensagem. É a demonstração da atuação de um Deus Poderoso e Criador que não se confunde com Sua criação, tendo o poder de expandir as leis que Ele mesmo criou (Ex. 7.3; 8.19; Dt. 4.34,35; Jo. 3.2; 9.32,33; 10.38; At. 10.38). No Antigo Testamento, a palavra hebraica para milagre é “palah”, cujo significado primário é “milagres e maravilhas”, fazendo referência às obras extraordinárias de Deus (Ex. 3.20; Js. 3.5). Um outro vocábulo é “óth”, cujo significado básico de “sinal”. O sentido dessa palavra corresponde, em grego, a “semeion”, que tem o sentido de uma intervenção de Deus, como aconteceu antes e durante a saída do povo de Israel do Egito (Ex. 7.3; Nm. 14.22; Dt. 7.19; Js. 24.17; Ne. 9.10; Sl. 78.43; Jr. 32.20). No Novo Testamento, três palavras gregas definem o que seja “milagre”: 1) dynamis – significa, basicamente, “poder”, denotando a habilidade recebida, de Deus, para a realização de “obras de poder” (Mt. 11.20; Mc. 6.2; Lc. 19.37; At. 2.22); 2) semeion – é um “sinal” (Mt. 12.38,39) que distingue, perante os homens, uma assinatura, uma marca que revela a autoridade divina na concretização de Seus propósitos (Mt. 26.48; Lc. 2.12; 23.28 At. 4.16,22; II Ts. 3.17) e 3) Teras – um evento sobrenatural que causa espanto àqueles que o vêem (At. 2.19).


2. OS MILAGRES DE JESUS: O Novo Testamento mostra que Jesus realizou muitos milagres (Mt 8.16-17; 12.15; Lc 7.18-23; Mt 14.34-36}. Os Evangelhos registram 36, alistados a seguir na ordem provável em que aconteceram: a água feita vinho (Jo 2.1-12); o filho de um funcionário público (Jo 4.46-54); uma pesca maravilhosa (Lc 5.1-11); o endemoninhado de Cafarnaum (Lc 4.31-37); a sogra de Pedro (Lc 4.38-39); o leproso (Mc 1.40-45); o paralítico descido pelo telhado (Mc 2.1-12); o paralítico de Betesda (Jo 5.1-18); o homem da mão aleijada (Mt 12.9-14); o empregado do oficial romano (Lc 7.1-10); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); Maria Madalena (Lc 8.2); o endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22-37); a tempestade (Mc 4.35-41); os endemoninhados gadarenos (Mc 5.1-20); a filha de Jairo (Mc 5.21-43); a mulher que tinha hemorragia (Mc 5.25-34); os dois cegos (Mt 9.27-31); o mudo endemoninhado (Mt 9.32-34); a primeira multiplicação dos pães (Mc 6.30-44); Jesus anda sobre as águas (Mt 14.24-33); a filha da siro-fenícia (Mc 7.24-30); o surdo-mudo (Mc 7.31-37); a segunda multiplicação dos pães (Mc 8.1-10); o cego de Betsaida (Mc 8.22-26); o menino epiléptico (Mc 9.14-29); a moeda na boca do peixe (Mt 17.24-27); o cego de nascença (Jo 9.1-41); a mulher encurvada (Lc 13.10-17); o hidrópico (Lc 14.1-6); a ressurreição de Lázaro (Jo 11.1-44); os dez leprosos (Lc 17.11-19); o cego Bartimeu (Mc 10.46-52); a figueira sem frutos (Mt 21.18-22); a orelha de Malco (Lc 22.50-51); outra pesca maravilhosa (Jo 21.1-13). Os milagres de Jesus, diferentemente de alguns propalados nos dias atuais, não tinham um fim em si mesmos, antes objetivavam que aqueles que os testemunhassem viessem a reconhecer que Cristo era o Messias Prometido, o Deus Encarnado, e que, por meio dEle, se relacionassem com Deus (Mt. 11.4,5; Jo. 11.40-42; Mc. 1.27,28; Mc. 2.5-12; 3.10-12; Mc. 2.12; Mc. 4.40,41; Jo. 20.30,31). Em algumas ocasiões, por causa da incredulidade, Jesus deixou de realizar milagres (Mt. 13.58) e foi criterioso a fim de que os milagres distanciassem os religiosos da verdade do evangelho, em Sua pessoa (Mt. 12.39,40).


3. A ATUALIDADE DOS MILAGRES: Conforme vimos anteriormente, a expressão “sinais e maravilhas” é bastante comum no livro de Atos. Essa recorrência revela a existência de milagres operados, por Cristo, por meio daqueles que pregavam a Sua Palavra (At. 2.43; 5.12). Há um argumento teológico que defende a cessação dos milagres, afirmando que esses foram realizados apenas pelos apóstolos. O texto bíblico, no entanto, mostra que foram usados, por Deus, para fazer sinais e maravilhas: Pedro, Paulo, Barnabé, Estevão e Felipe, entre outros. Se os milagres fossem realizados apenas pelos apóstolos, então, Estevão e Felipe deveriam ficar de fora dessa lista. O Deus que curou por meio dos apóstolos, e dos não-apóstolos, continua a usar outras pessoas para curar. É válido ressaltar que também que, em Lc. 10.9,17, Jesus concedeu autoridade aos 72 discípulos para curar os enfermos em sua missão de pregar o evangelho (Mc. 9.38,39). Não podemos esquecer que os dons do Espírito Santo, apresentados por Paulo em I Co. 12, entre eles o de “operação de maravilhas” (v. 10), continuarão até a manifestação gloriosa do Senhor (I Co. 1.7). Alguns cientistas, também, defendem a impossibilidade da ocorrência de milagres. Os tais baseiam seus argumentos no naturalismo, negando, portanto, qualquer intervenção espiritual na matéria. Para eles, as leis da natureza são rigorosamente definidas, por isso, não se pode catalogar a existência de milagres. A Bíblia, a história e os testemunhos, porém, nos revelam que Deus é o Senhor da Natureza. Ele, que a criou, e que está além dela, pode, perfeitamente, intervir, sobrenaturalmente, no seu curso.


CONCLUSÃO: Aqueles que não acreditam em milagres assumem uma posição contrária ao que testemunhamos na Bíblia, na história da igreja e na vida de muitos irmãos. Não sabemos as razões pelas quais Deus intervem em alguns casos e em outros, parece que a maioria das vezes, não. Qualquer explicação, nesse sentido, não passa de especulação. Deixemos, esse quesito, no nível da soberana vontade de Deus. Da parte humana, resta o desafio de continuar crendo que o Jesus que realizou milagres nos tempos antigos “é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hb.13.8). PENSE NISSO!